sábado, 31 de julho de 2010

LADEIRA ABAIXO - DORA KRAMER


O PT é assim: bate como gente grande, mas quer ser tratado com carinhos reservados aos pequenos.

Quando apanha, se diz vítima da injustiça, do preconceito, do udenismo, do conservadorismo, do moralismo, dos conspiradores, dos golpistas, das elites e de quem ou do que mais se prestar ao papel de algoz na representação do bem contra o mal, do fraco contra o forte que o partido encena há anos.

Sempre no papel de mocinho, evidentemente, embora desde que assumiu o poder tenha mostrado especial predileção pela parte do roteiro que cabe ao bandido.

Luiz Inácio da Silva é mestre nessa arte, exercitada ao longo de quatro candidaturas presidenciais e muito aprimorada nestes quase oito anos de Presidência da República.

Tanto que ao longo desse tempo se consolidou na política uma linha de pensamento segundo a qual o contra-ataque significa insidiosa radicalização que só pode render malefícios aos seus autores.

Em miúdos: o adversário tem de apanhar calado; se ousar se defender pagará o atrevimento com a condenação geral e consequentemente com a derrota político-eleitoral.

Por essa lei a oposição teria de assistir quieta ao presidente usar dois anos de seu mandato como cabo eleitoral, sem "judicializar" a política com ações por campanha eleitoral antecipada.

Deveriam todos ouvir calados os desaforos que sua excelência diz contra quem bem entende quando contrariado, o que, na concepção dele, significa afrontado.

A Justiça, acionada pelo adversário, deveria atribuir tudo "à guerra eleitoral" e ignorar a existência de leis só porque ao juízo do partido no poder essas leis são retrógradas e atrapalham a marcha do espetáculo do crescimento da hegemonia política, social, ideológica e até cultural do PT e adjacências.

Pela norma referida acima a oposição deveria se comportar com toda a fidalguia durante o processo eleitoral, aceitando como verdadeiras todas as aleivosias do adversário.

Como se já não bastasse o tempo que a oposição deixou que o presidente eleito para "mudar" se apropriasse de todas as suas obras para governar e ainda as tachasse de "herança maldita" para efeito de se manter sempre na investidura do "bem".

Pois chegou a campanha eleitoral e a oposição resolveu enfrentar Lula. Pagou para ver se é perigoso mesmo dar o troco na mesma moeda: dizer umas meias-verdades por aí, carimbar umas perfídias na testa do adversário, manipular emoções do eleitorado, manejar ideias preconcebidas, despertar instintos adormecidos, jogar duro e, quando necessário, baixo.

Como quem tivesse desistido de andar na linha num embate onde o outro lado não preserva escrúpulos.

Se será beneficiada ou se isso lhe renderá malefício, é o eleitor quem dirá.

Agora, o que não soa verossímil é a versão da candidata Dilma Rousseff de que está "assustada" com as reações do adversário José Serra e que por nada neste mundo alguém a fará "baixar o nível".

Quanta delicadeza e civilidade.

Ao que se sabe Dilma Rousseff não se assusta com nada. Enfrenta a tudo e a todos, ironiza os "homens meigos" que lhe criticam os modos bruscos no trato cotidiano, reivindica para si a responsabilidade de coordenar todas as ações de governo e leva um susto com palavras mais duras?

No quesito "nível" não parece que haja nada mais baixo que um presidente da República que desacata as leis e a Constituição e fala palavrões em público.

Evidente que a cena do candidato a vice de José Serra provocando o adversário para que "explique" suas ligações com o narcotráfico, o Comando Vermelho e as guerrilhas colombianas não é edificante.

Muito melhor que no lugar disso Serra e Dilma estivessem dizendo ao País como é mesmo que pretendem dar combate à bandidagem e levar segurança ao público.

Justiça seja feita ao tucano, começou a campanha todo lhano, atribuindo até ao presidente atributos de divindade acima do bem e do mal.

Mas Lula não aceitou a esgrima como forma de luta. Preferiu a força bruta do vale-tudo. Deu o tom, definiu as armas e, portanto, não estão, nem ele nem o PT nem a candidata, na posse de autoridade moral para reclamar.

FONTE: O Estado de são Paulo - 23/07/2010




quinta-feira, 29 de julho de 2010

ÍNDIO, FARC E PT - RUY FABIANO


Há um dado a registrar nos desdobramentos das acusações de Índio da Costa sobre as ligações do PT com as Farc: nenhuma das manifestações em contrário tratou do conteúdo do que disse. Todas, sem exceção, centraram-se em desqualificar quem as disse.

O que está em pauta, porém, não é apenas o denunciante, mas o teor do que foi denunciado, que vai muito além de sua dimensão pessoal ou política. Se o que disse é verdadeiro, então cumpriu seu papel de homem público. Se não é, deve ser responsabilizado judicialmente e o que contra ele já se disse ainda terá sido pouco.

Só se pode chegar à segunda assertiva depois de elucidada a primeira. No entanto, ignorou-se a primeira e aplicou-se a segunda.

O PT acabou estabelecendo a solução: levou o caso à Justiça. Lá, Índio terá que provar o que disse ou se submeter às penas da lei. Ele diz que tem provas do que disse. O país as aguarda. O que disse, afinal, não é pouca coisa – e o lugar que ocupa confere-lhe ao menos o benefício da dúvida, negado desde o primeiro momento.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas. São hoje a principal organização narcotraficante do continente e mantêm relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC.

Estão no centro da presente discórdia (mais uma) entre Venezuela, acusada de fomentá-las, e a Colômbia. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo. Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce.

Em 2002, com o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Bettencourt, as Farc deixaram formalmente o Foro, a cujas reuniões, no entanto, continuaram a comparecer informalmente.

“Esse sujeito é um perturbado”, disse Marco Aurélio Garcia. “Quando terminar as eleições, vai ser vereador no Rio de Janeiro”. Tem sido essa a linha de argumentação, o que, convenhamos, está longe de obedecer à mais elementar norma de debate público.

Se é um despropósito atribuir vínculo do PT com as Farc, então, antes de condenar o acusador, ou simultaneamente a essa condenação, é preciso mostrar a improcedência dessa acusação.

Dizer algo como: o PT não tem e nunca teve vínculo com as Farc. O PT condena – e considera criminosa – a ação narcoguerrilheira das Farc. E aí outras explicações se impõem: por que então o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República?

Dizer também porque o mesmo Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos de pessoas, inclusive gente alheia à luta política na Colômbia – e não obstante ser essa a classificação que lhes dão União Europeia e Estados Unidos.

Mais: por que o PT, ao criar o Foro de São Paulo, em 1990, convidou as Farc, que, já naquela época, praticavam sequestros e tráfico de drogas?

Não basta dizer que o acusador é um nada, até porque não o é. É deputado federal e candidato a vice-presidente da República. Se fosse um nada, o PT não o levaria à Justiça. Se o levou, é porque viu gravidade no que disse. E, se o que disse é grave – e é -, precisa ser respondido, e até agora não foi.

Ruy Fabiano é jornalista

quarta-feira, 28 de julho de 2010

DECIFRAR O ENIGMA DILMA - CARLOS ALBERTO DI FRANCO

Decifrar o enigma Dilma

As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos leitores. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros mitos que conspiram contra a credibilidade dos jornais. Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da imparcialidade absoluta. Transmite a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É um engano, um jogo de marketing. É necessário cobrir os fatos com uma perspectiva mais profunda. Convém fugir das armadilhas do politicamente correto, da desinformação dos estrategistas eleitorais e do contrabando opinativo semeado pelos arautos das ideologias.
Boa parte do noticiário de política, mesmo em ano eleitoral, não tem informação. Está dominado pelo declaratório e ofuscado pelos lances do marketing da campanha. Dilma Rousseff, por exemplo, continua sendo apenas uma embalagem, um enigma a ser decifrado. Maquiada, penteada e produzida pelo comando de sua campanha, ainda não mostrou a verdadeira face. Suas convicções, aparentemente, mudam como chuva de verão. Lança um programa de governo. Tem reação? "Não assinei, não li, só rubriquei." A leviandade constrange e desqualifica a candidata. Instaurou-se, sob a égide de certas esquerdas, a política do descompromisso radical com os fatos. A saída é sempre a mesma: ninguém sabe, ninguém viu.
No documento de 19 páginas protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e depois estrategicamente escanteado pela tática do "não li, só rubriquei", a candidata ressuscitou as mesmas teses que apareceram marcadas com a força das suas impressões digitais na primeira edição do 3.º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3). Você lembrará, caro leitor, que o presidente Lula seguiu o mesmo roteiro da sua criatura. Pressionado pela reação da sociedade, disse que tinha assinado "sem ler" e mandou que o pacote fosse refeito. O procedimento é sempre o mesmo. E é essa reiteração da leviandade malandra que preocupa. Será que as teses do PNDH-3 conhecidas e já rechaçadas pela sociedade não são a verdadeira cara da candidata?
Quem é Dilma Rousseff? Qual é sua biografia real? O que a candidata oficial, sem blindagens e proteções, efetivamente pensa a respeito dos temas que dominam a agenda pública: liberdade de imprensa, controle da mídia eletrônica, aborto, propriedade privada, invasões de terras pelo MST?
Os defeitos, as virtudes e o pensamento de José Serra são patentes. O idealismo coerente de Marina Silva, embora sem a força de uma poderosa máquina eleitoral, também é bastante evidente.
Dilma Rousseff, no entanto, continua empacotada. Dilma não é Lula, um carismático de livro e mestre da conciliação. Conseguirá impedir que os radicais do PT imponham sua política do atraso? Recentemente, João Pedro Stédile, o mais influente dirigente do MST, previu que o Brasil viverá uma explosão de ocupações de terra se Dilma vencer as eleições. "Com Dilma, nossa base social perceberá que vale a pena se mobilizar", disse Stédile, armado de uma sinceridade cortante.
Na verdade, Dilma é o terceiro mandato de Lula. Mas sem o carisma, sem a habilidade, sem o domínio das bases e sem a ginga do criador. E isso precisa ser dito com todas as letras. Segundo Hélio Bicudo, fundador do PT, deputado federal pelo partido, vice-prefeito de São Paulo na gestão Marta Suplicy, "Lula quer Dilma Rousseff no poder para continuar mandando no País". Dilma não tem luz própria. É, apenas, um elo no projeto autoritário de poder do presidente da República.
"Não estou no PT desde 2005", diz Bicudo. "Retirei a filiação porque entendi que o PT não cumpria mais seus ideário." Referindo-se ao papel de Lula no mensalão, não tergiversa: como ele "diz que não sabia? Lula manda no PT". Com forte dose de ceticismo, vislumbra um horizonte sombrio para a democracia brasileira: "É uma vergonha. A Constituição diz que se deve olhar a vida pregressa do candidato. Mas a lei resumiu isso a um processo criminal. Vamos continuar tendo bandidos na política. Veja os envolvidos no mensalão. Foram denunciados pelo procurador-geral da República. Mas, pela lei, poderiam candidatar-se." E conclui: "Quando um presidente da República nomeia nove ministros do STF, não há como garantir independência."
Bicudo, com razão, manifesta crescente preocupação com o uso político das estruturas do Estado. O recente silêncio da Receita Federal sobre o vazamento do Imposto de Renda do tucano Eduardo Jorge Caldas Pereira é um exemplo preocupante. O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, revelou saber exatamente quem cometeu o crime. Mas disse precisar de mais 120 dias para concluir as investigações. Adia-se, aparentemente, a punição dos culpados para não prejudicar o desempenho da candidatura oficial.
Ao contrário de Hélio Bicudo, não sou tão pessimista, sobretudo quando penso no Supremo Tribunal Federal. Presumo, sinceramente, que o nomeado, ao sentir o peso e a dignidade da toga, é capaz de deixar de lado interesses menores e olhar para o bem do Brasil. A História registra um belo capítulo de independência. Thomas Becket, jurista, chanceler da Inglaterra e amigo do rei, disse ao seu protetor: "Se está pensando que terá um obediente pupilo, está enganado e seu amor se transformará em ódio." E assim foi. Henrique II tentou manipular o amigo, mas Becket foi fiel à sua consciência e ao seu cargo. Foi executado a mando do rei. O monarca perdeu um leal servidor, mas a Inglaterra ganhou um herói e a Igreja Católica proclamou um novo santo.
A programação eleitoral gratuita é, quando muito, uma aproximação da verdadeira face dos candidatos. Tem muito espetáculo e pouca informação. Só o jornalismo independente pode mostrar o verdadeiro rosto dos candidatos. Sem maquiagem e sem efeitos especiais. Temos o dever de fazê-lo.

O Estado de São Paulo - 26/07/2010

DOUTOR EM COMUNICAÇÃO, É PROFESSOR DE ÉTICA E DIRETOR DO MASTER EM JORNALISMO E-MAIL: DIFRANCO@IICS.ORG.BR



terça-feira, 27 de julho de 2010

AQUELES A QUEM TUDO SE TOLERA - PERCIVAL PUGGINA


Na última quarta-feira, participando de um programa de debates na Rádio Bandeirantes aqui em Porto Alegre, saí em defesa de Índio Costa quando veio à baila o que ele havia dito a respeito das relações entre o PT e as FARC/PCC. Minha posição causou alvoroço no estúdio porque, a todos, aquelas afirmações pareceram fora de contexto e prejudiciais à candidatura de José Serra. Quando passei a relatar as tantas evidências em que se fundamentara o candidato a vice-presidente na coligação PSDB/DEM, percebi que os demais participantes do programa tinham na lembrança os fatos que mencionei. Mas todos haviam ficado negativamente surpresos quando o assunto foi tratado publicamente por um candidato à vice-presidência.

É muito estranho isso. Na política brasileira, o único partido que pode atacar seus adversários é o PT. Aos petistas é dado o direito de investir contra a honra e infernizar por mil modos a vida daqueles a quem se opõem. No contra-fluxo, todo revide é apontado conduta inadequada, deselegância e causa enfado. "Isso vai prejudicar a campanha do Serra", alertam alguns, desatentos para o fato de que a campanha do Serra está prejudicada por muitos outros motivos, entre os quais a máquina publicitária do governo e o coronelismo oficializado, que troca comida por voto. Ou haverá alguém, no Brasil, que argumente de modo consistente contra essa afirmação?

O que de fato surpreende no que disse Índio Costa é a constatação de que algo conhecido, sabido e consabido, possa causar espanto quando na boca de um candidato a vice-presidente. No país da mentira, da enrolation, da mistificação assumida como prática de Estado, isso dá causa a muxoxos e narizes torcidos. Você já percebeu, leitor, que o nome do candidato virou motivo de gozação, servindo à mais vulgar ironia? Prestando-se para coisas assim, inteligentes e criativas, como menções a Funai, tanga, apito e cara pintada? Mas isso pode, porque na origem do desrespeito estão aqueles de quem tudo se tolera.

Tolera-se que Lula desatenda candente apelo da Colômbia, feito pessoalmente pelo presidente Uribe, em 2003, no sentido de que o Brasil declarasse as FARC como organização terrorista (coisa que elas são). Aceita-se que Lula cometa essa grosseria em nome de uma alegada intenção de "servir como mediador no conflito colombiano". O então ministro do Interior daquele país, Fernando Lodoño, comentou a inusitada situação dizendo que o presidente do Brasil se oferecia para uma tarefa à qual "ninguém o designou e nem está na lista das possibilidades" (Folha Online, 27/02/2003). Qualquer governo com um mínimo de seriedade, ao contrário do que fez o governo petista, deveria conceder total apoio a Uribe no enfrentamento que faz às FARC porque não existe na América do Sul - sob o ponto de vista político, social, moral e institucional - algo mais nocivo, nem mais nutritivo para o crime. E o PCC é um braço bem armado das mesmas FARC no Brasil.

O governo brasileiro, no entanto, acolhe os membros daquela organização, troca afagos ("na Venezuela tem democracia até demais, disse Lula") com o companheiro Chávez, que dá guarida às FARC em seu território. Ao mesmo tempo, somos obrigados a ler nos jornais, periodicamente, que esses bandidos usam, também, a Amazônia Brasileira como local de refúgio e fazem do Brasil através do PCC e outras organizações, uma de suas principais rotas de destino e trânsito para a droga que comercializam. Mas errado, reprovável, injurioso, incompatível com a seriedade de uma boa e reta campanha eleitoral, conforme os elevados padrões requeridos pelo TSE, foi o deputado Índio da Costa, ao trazer essa irrelevante pauta para a campanha eleitoral.

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* Percival Puggina (65) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.
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http://groups.google.com/group/por1brasilmelhor?hl=pt-BR.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

DISCURSO DE IMPROVISO - DOCA RAMOS MELLO


Gente, vamos parar de criticar a fala improvisada de V. Exa. Metalurgíssima na África do Sul, com o fim especial de chamar o mundo para vir ao Brasil em 2014! Ele tinha em mãos um calhamaço que escreveram para ele, mas sabemos que O Cara detesta ler, portanto foi à forra falando o que lhe deu na telha. Mais uma vez. E a Maldadebras andou espalhando que ele estava...err..ma...mamadinho da silva, que falou asneiras, prejudicou nossa imagem, essas reclamações de sempre. Esse pessoal é chato e mente muito...

Durante o improviso, o filho de Dona Lindu disse coisas lindas sobre a vida tupiniquim, mas há quem afirme que isso atravessou por completo a intenção da Embratur de trazer turistas para cá – eu acho que V. Exa. não quer que ninguém venha mesmo, o Brasil aqui é dele e da turma dele, essa gente de fora viria só para meter o bedelho, encher a paciência... E ainda sairia falando de nós, o que é pior, ele está certo, fora com essa cambada!

Assim, no improviso ele comentou a nossa beleza dizendo poeticamente que “cada sapo tem sua sapa” – sempre digo que Vinicius morreu cedo demais, estivesse vivo e O Cara faria com ele grande parceria, quem sabe juntos compusessem “A sapa de Ipanema”, entre outras canções que fariam o mundo ajoelhar de emoção, uma lástima essa morte prematura -, que o nordeste é lindo, mas lá ninguém fala inglês, porém “mimicam” muito os nordestinos, de sorte que o inglês nem faz falta. Disse também que ao nos visitar os turistas deveriam tomar cuidado com uma “sucuri mais destreinada”, e que ele lamentava o fato de que aqui as pessoas vão ao cinema e quando saem o carro delas foi roubado... Enfim, folclore puro, loas de um presidente amoroso, somos um país muito pitoresco, exótico, foi o que ele quis dizer, porém as bocas de matildes meteram a lenha nele.

Por isso, a repórter constrangedora do jornal A Piada Popular, Jadilúcia Flores, foi em busca do verdadeiro discurso que V. Exa. Metalurgíssima gostaria de ter feito na íntegra, se não tivessem botado areia no caminhão dele e um calhamaço chato para ele ler, logo ele, ó... Como não escreve, assim com também não lê – não me façam repetir essas coisas! –, nosso guru gravou sua fala que era sem nunca ter sido e repassou para Jadilúcia. Ali, na gravação, ele revelou tudo o que gostaria de ter dito, mas não lhe foi permitido, por isso até bebeu um pouco mesmo, de desgosto...

Abaixo, trechos mais emocionantes do discurso.

“Eu sei que aqui ceis é tudo estrangeiro, mas tem os homi ali com antena na oreia e eles vão contar proceis, na língua de cada um doceis, quiquieu tô falano, porra. Ceis tão pensando em ir pro Brasil, quer ir, vá, mas tome tento, a coisa lá é brava, tem tiroteio em tudo quanto é rua, se oceis entra no banco quando sai é assaltado, se vai na joalheria também é assaltado, usou relógio no braço vem o ladrão e leva, passou perto de bueiro o buraco explode e faz uma desgraceira em quem tá por ali, marcou bobeira, perdeu, mané, lá é foda...”

“E as mulé, as mais espertas, quero dizer, a piranhada mesmo quiqué se dar bem com jogador de futebol, que trate de pintar o cabelo. A negada lá só dorme com loira e no caso, que nenhuma delas bote olho em cima de goleiros, que goleiro vou te contá , anda dando um pobrema FDP, se o time for bom, mas o que mata é o goleiro, as moças que prefira o Miquejegue, quá, quá, quá... Entre jogador brasileiro e inglês roqueiro, melhor arrumar barriga com o cantor do Rolistonis, arre égua!”

“Vou contar uma coisinha poceis, as lei num funciona no Brasil, quero dizer, funciona p’ra uns e outro, p’ra mim, por exemplo, num faz nem cosca, dá com o burro n’água, eu posso tudo. Então se cuidem oceis pa num pegar cana, e se levarem menino pequeno coceis, nada de palmada na bunda dos moleque, vou logo avisando que isso no Brasil dá pobrema, é que nem espancar criança, dá cadeia. Só num dá cadeia se matar namorada com tiro pelas costas e for jornalista, aí fica em casa esquentando o pé”.

“Tão aí, cobrando nóis, até parece que samu um bando de idiota e num vamu aprontar os prédio p’ra Copa de 2014, ô qual, além de aprontar ainda vamos ver muita gente nossa enricar com estádio superfaturado e outras maracutaias. Se oceis num sabe o que é maracutaia, melhor nem viajar po Brasil. Mas eu ajudo, maracutaia é mutreta, trololó, essas coisas que tem no Brasil que nem capim, graças a Deus”.

“Fora uma sucuri mais destreinada, nóis também tem jacaré de boca grande que gosta de comer gringo abusado, e os macaco que a gente manda ficar atormentado tudo quanto é estrangeiro que aparece, quié poceis respeitá o meiambiente. Num vou contá como é que macaco enquizila o cidadão, vão oceis lá e paga p’ra ver, rs...rs... Macaco num cochila.”

“Tem ladrão no Rio, em Sumpaulo, Recife, no Brasil inteiro. Só num tem em Brasília porque lá o pessoal se reúne no Senado, na Câmara, no governo, todo mundo de terno e gravata, zelite mesmo, ninguém fica assaltano na rua porque isso é merda que rende amolação... Lá ceis pode ir sossegado que o dinheiro doceis nem interessa p’ra nóis, é merreca, farinha pouca, quirera, pó de traque.”

“Seguinte, gente, eu acredito de que tá todo mundo avisado, boca fechada, bolso costurado e usem camisinha porque depois vem o teste de deneá e aí, pensão, pensão, pensão, é uma cancela batedeira da gota, eu sei o que é isso, PQP, oceis num queira saber a merda que dá. Ah, não sei se ainda tem uns golpe de rua, malandro vendeno o Pão de Açúcar, porque antigamente tinha, rs...rs... Em compensação, mano Vavá sempre pede um jabá p’ra quem aparece na frente dele, mas pede dois pau, não tira pedaço de ninguém.”
“Ia me esquecendo, que leso... O Battisti mora lá, é gente boa, cabra porreta.”
DOCA publicou esta crônica em: http://www.papolivre.com.br



domingo, 25 de julho de 2010

LULLA, QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ!



A casa de taipa onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nasceu, na cidade de Caetés (20 km de Garanhuns), virou ponto turístico da região. Segundo moradores da localidade, seguidamente aparecem curiosos para fotografar o local.


Mais tarde morou num apartamento em São Bernardo Campo, cedido por um compadre. Quando foi deputado, em 1986, morou numa casa na mesma cidade.

Hoje, Luiz Inácio Lula da Silva, o filho de Dona Lindu, mora num palácio, no Alvorada, uma das mais importantes obras arquitetônicas de Brasília, e está localizado numa península que divide o Lago Paranoá em Lago Sul e Lago Norte, com todas as mordomias possívels e imagináveis, tudo pago por nós, pagadores da maior carga tributária do planeta e das mais altas taxas de juros do mundo.


Quando quer viajar, o presidente Luiz Inácio usa o Aerolula, um dos mais sofisticados aviões presidenciais do mundo, parece até uma aeronave de um xeque do petróleo, este também, pago por nós...

O VICE DE SERRA - CARLOS VEREZA

O vice, Indio da Costa, colocou o debate eleitoral no nível inesperado pelo PT, e mesmo por alguns setores da oposição. A linha "Serra paz e amor", podería levar a campanha para um terreno perigoso, livrando Lula, da linha de fogo, e centrando as criticas somente em Dilma, quando, é mais do que evidente, que os dois formam uma só estratégia: o disfarçado terceiro mandato de da Silva!

Os sinais da mais do que evidente intenção de um regime autoritário,chegaram ao ponto de ataques aos promotores públicos, desrespeito ao TSE,e aguardem, um acirramento da guarda pretoriana sindicalista, dossiês, MST e outros atos de vandalismo, típicos da quadrilha!

Outra questão: qual é verdadeiramente o objetivo da candidata Marina Silva? Ainda outro dia, a ecológica candidata, nos informou, que o mensalão não foi tão grave assim..."...apenas uma meia dúzia tomou parte..." E, eu que acreditei no promotor que classificou de verdadeira quadrilha, cerca de quarenta petistas, chefiados pelo inefável José Dirceu! E ainda: porque Marina não saiu do partido, por ocasião do escândalo, e mais, quando foi iniciada a transposição do Rio São Francisco, sem consulta à população ribeirinha, que por sinal foi contra? A propósito, as margens do indigitado rio, estão desmoronando, porque não foram dados os devidos cuidados à fonte do São Francisco. Será que Marina esperava ser indicada à sucessão do Grande Capo, e frustrada, partiu para a sua aventura particular, embora, regularmente, envie alguns elogios à antiga agremiação?

Lula acaba de autorizar o envio de 25 milhões de reais à faixa de Gaza... (leia-se Hamas!) evidenciando sua posição anti-Israel e antiamericana... E Obama, quieto... Quando ele acordar terá que chamar o Bush de volta... Enquanto isso, os navios "humanitários", insistem em oferecer "ajuda" aos palestinos, que em verdade, são os verdadeiros reféns do Hamas! Queridos amigos seguidores, não existem mais paises, e sim conglomerados especulatívos que estipulam a regra do jogo.

Lula, Chavez, Morales, Ahmadinejad são "apenas" peças de um tenebroso jogo, para um cerco aos EUA, que mesmo com seus inúmeros defeitos ainda é possivel destituir um presidente, como Nixon, através de uma série de reportagens! Análises minuciosas, realizadas (não com o meu modesto computador...) Já trabalham com a real possibilidade de racionamento de agua, e mesmo sua falta para, no máximo trinta anos, e não por acaso, centenas de ONGs "bem intencionadas", infestam a Amazônia, e acampam próximos à Reserva Raposa do Sol, onde existem fantásticas quantidades de Nióbio e outras riquezas minerais! Concluo, que além da importância das próximas eleições presidenciais, é fundamental desmascarar Lula e seus bucaneiros, e para isto (volto ao Indio da Costa) necessário se faz a denuncia constante, vídeos, internet, correntes democráticas, que se unam de todas as formas para impedir o terceiro mandato de Lula!
FONTE: E-MAIL