sexta-feira, 15 de junho de 2012

NOSSO PUTREFATO PARLAMENTO É O REFLEXO DA IRRESPONSABILIDADE CÍVICA DO ELEITORADO - JÚLIO FERREIRA

É impressionante a cara de pau de nossos políticos, seguramente incentivados pela total e absoluta irresponsabilidade com que a maioria dos eleitores costuma usar seu direito de voto, esquecendo-se que a urna eletrônica seria o instrumento ideal para punir o cinismo e o pouco caso com alguns dos seus representantes parlamentares desempenham o papel para o qual foram eleitos.

Não tem jeito! Enquanto o povo brasileiro não der ao direito do voto o valor que ele merece, deixando-se transformar em eleitores de “segunda categoria”, é óbvio que estaremos criando o caldo de cultura ideal para que os “cafajestes da política”, aqueles que ao longo da carreira tornaram-se verdadeiros “gigolôs de cargos públicos”, continuem “mamando nas tetas da viúva” vivendo as ofensivas regalias com que hoje em dia são brindados.

Ou os brasileiros tomam vergonha na cara, passando a encarar o voto como instrumento de assepsia, ou continuaremos na mesma pasmaceira que hoje predomina nesse Brasil Tiririca, com os “marajás” se refestelando na riqueza enquanto a maioria do povo chafurda na miséria.
 
Júlio Ferreira
Recife – PE

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MAS AFINAL, O QUE É INTELIGÊNCIA? - ISAAC ASIMOV

MAS AFINAL, O QUE É INTELIGÊNCIA? 

(ISAAC ASIMOV)

Quando eu estava no exército, fiz um teste de aptidão, solicitado a todos os soldados, e consegui 160 pontos.
A média era 100.
Ninguém na base tinha visto uma nota dessas e durante duas horas eu fui o assunto principal.
(Não significou nada – no dia seguinte eu ainda era um soldado raso da KP – Kitchen Police)
Durante toda minha vida consegui notas como essa, o que sempre me deu uma ideia de que eu era realmente muito inteligente. E eu imaginava que as outras pessoas também achavam isso.
Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, e que provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha?
Por exemplo, eu conhecia um mecânico que jamais conseguiria passar em um teste desses, acho que não chegaria a fazer 80 pontos. Portanto, sempre me considerei muito mais inteligente que ele.
Mas, quando acontecia alguma coisa com o meu carro e eu precisava de alguém para dar um jeito rápido, era ele que eu procurava. Observava como ele investigava a situação enquanto fazia seus pronunciamentos sábios e profundos, como se fossem oráculos divinos.
No fim, ele sempre consertava meu carro.
Então imagine se esses testes de inteligência fossem preparados pelo meu mecânico.
Ou por um carpinteiro, ou um fazendeiro, ou qualquer outro que não fosse um acadêmico.
Em qualquer desses testes eu comprovaria minha total ignorância e estupidez. Na verdade, seria mesmo considerado um ignorante, um estúpido.
Em um mundo onde eu não pudesse me valer do meu treinamento acadêmico ou do meu talento com as palavras e tivesse que fazer algum trabalho com as minhas mãos ou desembaraçar alguma coisa complicada eu me daria muito mal.
A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto mas sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo.
Vamos considerar o meu mecânico, mais uma vez.
Ele adorava contar piadas.
Certa vez ele levantou sua cabeça por cima do capô do meu carro e me perguntou:
“Doutor, um surdo-mudo entrou numa loja de construção para comprar uns pregos. Ele colocou dois dedos no balcão como se estivesse segurando um prego invisível e com a outra mão, imitou umas marteladas. O balconista trouxe então um martelo. Ele balançou a cabeça de um lado para o outro negativamente e apontou para os dedos no balcão. Dessa vez o balconista trouxe vários pregos, ele escolheu o tamanho que queria e foi embora. O cliente seguinte era um cego. Ele queria comprar uma tesoura. Como o senhor acha que ele fez?”
Eu levantei minha mão e “cortei o ar” com dois dedos, como uma tesoura.
“Mas você é muito burro mesmo! Ele simplesmente abriu a boca e usou a voz para pedir”
Enquanto meu mecânico gargalhava, ele ainda falou:
“Tô fazendo essa pegadinha com todos os clientes hoje.”
“E muitos caíram?” perguntei esperançoso.
“Alguns. Mas com você eu tinha certeza absoluta que ia funcionar”.
“Ah é? Por quê?”
“Porque você tem muito estudo doutor, sabia que não seria muito esperto”
E algo dentro de mim dizia que ele tinha alguma razão nisso tudo.
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terça-feira, 12 de junho de 2012

A VITÓRIA É DA INTELIGÊNCIA E DA VERDADE - GRUPO GUARARAPES

A VITÓRIA É DA INTELIGÊNCIA E DA VERDADE - DOC. Nº92 -2012

WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES

Enquanto nós, que defendemos a DEMOCRACIA, o DIREITO e a NAÇÃO, não nos
convencermos que a nossa vitória será conquistada pela INTELIGÊNCIA E PELA
VERDADE não seremos vitoriosos e a MENTIRA e a CANALHA de LADRÕES, de todos
os tipos, irão avançando e levando o País ao desastre.
A MENTIRA tem perna curta e a VERDADE trás o sentimento da grandeza moral.
O mentiroso olha para o chão e o que diz a VERDADE olha para o horizonte da
magnitude Divina.
Vejam que a VERDADE começa a ganhar corpo quando GABEIRA afirma que queriam
implantar uma ditadura com isso confirmam HEITOR DE PAOLA E AARÂO REIS. Já
a jornalista Mirian Macedo afirma que recebeu ordem para MENTIR, dizendo
inverdades como que teria, ela e sua irmã, sido torturadas pelos defensores
da democracia.
Quem conhece o passado sabe como é triste a história da MENTIRA no
comunismo e no nazismo. Ninguém sabe quem era mais mentiroso, se Hitler ou
Stalin. Mentiram tanto que até ficaram amigos inseparáveis na  assinatura
do Pacto de Moscou, na madrugada de 24 de agosto de 1939 (mas datada de 23
de agosto) pelo então Ministro do Exterior Soviético Vyacheslav Molotov e
pelo então Ministro do Exterior da Alemanha Nazista Joachim von Ribbentrop.
Invadiram a Polônia e a URRS teve permissão para invadir a Filândia,
também. Todos os comunistas do mundo receberam ordem de apoiarem a
Alemanha, até 22 DE JUNHO de 1941, quando receberam ordem de serem inimigos
dos alemães, pois a Alemanha invadiu a URSS. Os dois povos se mataram e
nunca souberam a verdade do que ocorria na guerra. Seus ditadores só
mentiam.
Aqui no Brasil os comunistas mentiam e mentem na propaganda,
descaradamente. O PC do B diz que tem 69 anos. Mentira. Estão roubando a
história de Prestes. Estão mentindo quando dizem que são democratas quando
adoram CUBA e apoiam o regime comunista da Coréica do Norte.
  A contra-revolução de 1964 lutou contra a MENTIRA e salvou A DEMOCRACIA
BRASILEIRA. Os que a combatem gritam que foram torturados e  estão sendo
desmentidos por eles mesmo. Quem torturou idoso e cuspiu na cara de velho
indefeso na frente do Clube Militar? Foram os idosos que comemoravam
pacificamente a VITORIA DA DEMOCRACIA ou os arruaceiros?
A nossa VERDADE fez o Brasil crescer, construindo-se as grandes obras de
infraestrutura que temos. Os MENTIROSOS não apontam uma OBRA. As GRANDES
OBRAS DOS MENTIROSOS SÃO AS GRANDES QUADRILHAS DE LADRÕES QUE CRIARAM.
Será que a "Comissão da Verdade" vai apurar as mortes realizadas  NA
HISTÓRIA DOS JUSTIÇAMENTOS revolucionária no Brasil que teve início nos
anos 30  (caso Elza Fernandes) e nos 70. Em 35 assassinaram a amante de um
colega preso e na luta de 1970 mataram os seguintes correligionários
acusados e julgados por eles mesmos: Ary Rocha Miranda - Antônio Lourenço -
Márcio Toledo Leite - Amaro Luiz de Carvalho - Carlos Alberto Cardoso -
Jacques Moreira Alvarenga - Salatiel Teixeira Rolim - João Pereira - Osmar
- Pedro Ferreira da Silva - Rosalindo de Souza e o assassinado bárbaro do
marinheiro inglês David A. Cuthberg.
O ódio dos comunistas  contra o povo brasileiro e as Forças Armadas é que
falamos a VERDADE e eles mentem.

A NOSSA VERDADE TEM COMO SÍMBOLO A CRUZ QUE É O SÍMBOLO DO AMOR.

A "VERDADE -MENTIRA" DELES TEM COMO SÍMBOLO A FOICE QUE REPRESNTA A MORTE!

QUE DIFERENÇA!
AMOR E ÓDIO!

ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12 58
93. Cartório do 1ºregistro de títulos e documentos, em Fortaleza.  Somos
1.807 civis - 49 da Marinha -  476 do Exército - 53 da Aeronáutica;  TOTAL
2.385  Batistapinheiro30@yahoo.com.br.  13  de JUN DE 2012
1WWW.FORTALWEB.COM.BR/GRUPOGUARARAPES

domingo, 10 de junho de 2012

LULA DOUTOR HONORIS CAUSA? - FERNANDO BATALHA MONTEIRO


  

À ADUFF - ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
No exercício do direito que me assiste como associado da ADUFF conclamo sua diretoria a emitir um comunicado à comunidade acadêmica, manifestando veemente repudio à concessão, pelo magnífico reitor CARLOS SALLES, do título de DOUTOR HONORIS CAUSA ao senhor Luis Inácio Lula da Silva.

Os detentores da mais alta dignidade acadêmica da UFF, até então, foram assim distinguidos por terem, comprovadamente, prestado relevantes serviços à causa do ensino, seja no nobre exercício do magistério com reconhecida proficiência, seja na produção do saber, reconhecido como significativa contribuição à Ciência.

Não foi este o caso do senhor Luis Inácio Lula da Silva, que, durante os oito anos manteve a Universidade Pública brasileira como a última prioridade de seu governo, cujo maior signo foi a corrupção institucionalizada.

Ademais, por suas atitudes e opiniões o senhor Lula sempre demonstrou desprezo pelo ensino e pela aprendizagem, cultuou a ignorância como uma virtude cívica e se referiu ao saber como um iníquo instrumento de dominação do povo pelas “elites”.
Fernando Batalha Monteiro
Professor Adjunto (Aposentado)

POR QUE LULA TEM PAVOR DO MENSALÃO? - POLICARPO JUNIOR

Por que Lula tem pavor do mensalão?
O julgamento do mensalão foi marcado para iniciar em 01/08/2012. Se V não sabe ou não lembra como era o esquema, leia este artigol. Vai ficar bem informado para acompanhar o julgamento..


DETALHES DO MENSALÃO e os Segredos do doleiro
Antonio Oliveira Claramunt (Toninho da Barcelona)
Publicado Sábado, 20 de Agosto de 2005 por Policarpo Junior da Revista VEJA.
Na semana passada, doze parlamentares da CPI dos Correios desembarcaram em São Paulo para ouvir o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona. Durante quatro horas, o doleiro procurou atiçar o apetite da CPI para negociar uma delação premiada, instituto pelo qual um criminoso conta o que sabe em troca de uma redução de sua pena. Toninho da Barcelona cumpre 25 anos de prisão na penitenciária de Avaré, a 258 quilômetros de São Paulo. Aos parlamentares da CPI, ele contou que conhecia detalhes das operações financeiras do PT para o exterior, disse que sabia de remessas feitas pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e indicou que o MTB Bank, casa bancária de Nova York, era o epicentro da lavagem de dinheiro. No depoimento, no qual chorou várias vezes, o doleiro disse ainda que a corretora Bônus Banval, de São Paulo, operava para o ex-ministro José Dirceu e era uma das fontes de pagamento do mensalão.
No dia seguinte, Toninho da Barcelona concordou em dar uma entrevista a VEJA, por escrito. Ele recebeu uma lista com vinte perguntas da revista e levou duas horas para manuscrever as respostas, que ocupam treze folhas de ofício. Suas revelações ajudam a desvendar o tesouro milionário do PT no exterior e mostram que:
O PT tinha conta clandestina no exterior, operada pelo Trade Link Bank, uma offshore vinculada ao Banco Rural. Quando o PT queria sacar recursos do Trade Link para usá-los no Brasil, o doleiro acionado era Dario Messer, do Rio de Janeiro.
• Dario Messer recebia os dólares petistas em sua offshore no Panamá e entregava ao PT o correspondente em reais no Banco Rural, sediado em Belo Horizonte.
Os cofres do PT viviam abarrotados de dólares. Em 2002, no auge da campanha presidencial, a casa de câmbio do doleiro, a Barcelona, chegou a fazer trocas de moeda em ritmo quase diário.
As trocas, em valores que oscilavam entre 30.000 e 50.000 dólares, eram realizadas no gabinete do então vereador Devanir Ribeiro, ex-metalúrgico e petista histórico.
• A Bônus-Banval, de São Paulo – aquela corretora que recebeu um pagamento de Marcos Valério para Bob Marques, amigão do ex-ministro José Dirceu –, realizava operações de "esquenta-esfria". Por essas operações, um lado sempre ganha (e esquenta dinheiro de caixa dois) e outro sempre perde (e esfria dinheiro de caixa um, produzindo assim recursos para destinos escusos).
• Nas operações de esquenta-esfria, os prejuízos eram sempre de fundos de pensão de estatais – cujos recursos, esfriados, eram liberados para entrar no caixa dois do PT. Um dos atendidos pelo esquema da Bônus-Banval, diz o doleiro, era José Dirceu.
O publicitário Duda Mendonça, ao depor na CPI dos Correios, disse que o PT lhe pagou 10 milhões de reais no exterior e, com isso, foi a primeira testemunha a abrir uma nova fronteira de investigação – o braço do PT no exterior. No depoimento, o publicitário já exibira comprovantes mostrando que a maior parte dos 10 milhões de reais que recebeu saiu do Trade Link, offshore aberta nas Ilhas Cayman, um dos grandes paraísos fiscais do Caribe, administrada pelo Banco Rural.
A entrevista de Toninho da Barcelona, agora, confirma o papel de destaque conferido ao Trade Link no esquema petista no estrangeiro. A operação era feita assim: o Trade Link remetia o dinheiro petista para a offshore panamenha do doleiro carioca Dario Messer e o doleiro, por sua vez, disponibilizava a quantia correspondente, em reais, no Banco Rural. O esquema é uma forte evidência de que os 28 milhões de reais que Valério diz ter obtido na forma de dois empréstimos junto ao Banco Rural sejam simplesmente recursos internados pelo PT a partir de sua conta clandestina no exterior.
Dario Messer é filho do mais antigo doleiro vivo do país, o polonês Mordko Messer, de 90 anos, que hoje se locomove com a ajuda de uma cadeira de rodas. Desde que começou a ser acossado pela polícia, Dario Messer, que é amigo de celebridades como o jogador Ronaldo, sumiu do pedaço. Suspeita-se que esteja, hoje, escondido em algum lugar no Uruguai. Como doleiro, Messer operava pelo menos cinco contas lá fora – três no MTB Bank e duas no Merchants Bank. Não se sabe quais as razões que levaram o PT a escolhê-lo como doleiro preferencial, mas seu tamanho nesse mundo financeiro clandestino talvez seja sua principal credencial. "Ele, sim, é um dos maiores doleiros do país. Muito maior do que o Toninho da Barcelona", diz o procurador da República Vladimir Aras, de Curitiba, um dos integrantes de uma força-tarefa que investiga as remessas ilegais para o exterior. Como prova do seu gigantismo, basta um dado: só uma das contas de Messer no MTB Bank, a Depolo, movimentou 1,7 bilhão de dólares em 2003.
As trocas de dólares por reais, que se materializavam no gabinete do então vereador e hoje deputado Devanir Ribeiro, integram outro braço do esquema petista. Nesse caso, o partido mantinha volumes consideráveis de dólares em dinheiro vivo, escondido em cofres ou malas ou cuecas, e acionava a casa de câmbio quando precisava convertê-los em reais. Em geral, quem ligava para a casa de câmbio Barcelona era o assessor legislativo da Câmara de Vereadores, Marcos Lustosa Ribeiro – que vem a ser filho do deputado Devanir Ribeiro. No telefonema, Marcão, como é conhecido, perguntava a cotação de venda e informava quanto queria trocar. No início de 2002, as trocas eram esporádicas e ocorriam a cada dez ou quinze dias. No meio do ano, já estavam em ritmo alucinado. "Com a aproximação das eleições, tornaram-se quase diárias", lembra o doleiro.
Nesse período, as trocas chegavam a somar em torno de 500.000 reais por semana. "Eles faziam muita questão de que as notas em reais fossem de 50 e 100 por questão de volume", diz Toninho. O volume das trocas cresceu tanto que, certa vez, um assessor de Devanir Ribeiro pediu para que os reais fossem depositados diretamente na conta bancária do PT. Na entrevista por escrito a VEJA, Toninho da Barcelona conta que hesitou em autorizar a operação. Tinha receio de que os registros bancários viessem a comprometê-lo, mas fez o negócio. Os registros, agora, podem ser a prova de sua história. Além disso, as trocas eram registradas nos computadores da casa de câmbio. Os computadores foram apreendidos pela Polícia Federal e, se não foram alterados, contêm todas as operações, garante o doleiro.
VEJA localizou o funcionário da Barcelona que fazia as entregas de dinheiro do PT. É Marcelo Viana, então responsável pelas operações de balcão da Barcelona. Ele relata que, dependendo do volume das trocas, o dinheiro seguia em sacolas ou envelopes. "Mas também já levei dinheiro preso às meias e debaixo da roupa", diz. Marcelo Viana lembra que suas visitas à Câmara de Vereadores eram precedidas de identificação na portaria. Ouvido por VEJA, Marcão confirmou que fazia as trocas no gabinete do seu pai, mas garante que o dinheiro não era do PT. "Não era dinheiro de política, meu pai não tinha nada a ver com isso. Era dinheiro que eu ganhava com serviços de informática que fazia na Câmara e trocava por dólar. Coisa pequena, para meu uso mesmo", afirma. Coisa pequena, com 500.000 reais por semana? Bem, a exemplo da trajetória do filho do presidente Lula, Fábio Luiz, o biólogo que enriqueceu como micreiro, dá para ver que esse pessoal do PT, quando inventa de mexer com informática, faz um sucesso monumental...
O deputado Devanir Ribeiro faz coro com o filho, diz que jamais soube de nada (eis outra característica marcante do pessoal do PT, a de não saber de nada do que acontece mesmo dentro do seu gabinete!) e que o dinheiro não era do PT. "Se o Marcos trocou dinheiro com Toninho Barcelona, o problema é dele. O Marcos é maior de idade, casado, vacinado e cuida da vida dele", diz o pai. Devanir Ribeiro foi metalúrgico e é petista de primeira hora. Amigo de Lula desde 1972, ele esteve presente nos momentos mais simbólicos da vida do presidente: integrou a primeira diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, participou da greve de 1978 e dividiu uma cela com Lula quando ambos foram presos. Em 1982, quando Lula se candidatou a governador de São Paulo, o motorista da Belina que rodou o estado era Devanir Ribeiro. Os dois são amigos até hoje. Nos fins de semana em Brasília, Devanir e a mulher, Zeneide, visitam o primeiro casal na Granja do Torto, onde se divertem tomando cerveja e jogando cartas. Devanir Ribeiro garante que nem conhece Toninho da Barcelona.
Toninho da Barcelona, no entanto, diz que conhece o PT de longa data. Ele conta que, desde 1989, o PT faz remessas para fora do país. Paco, seu velho amigo, dono da Doratur e falecido no ano passado, lhe confidenciou ter despachado para o exterior dinheiro recolhido pelo PT no caso Lubeca, escândalo no qual dirigentes do partido foram acusados de cobrar 200.000 dólares da empresa Lubeca para aprovar um projeto urbanístico. Outro esquema que rendeu muitos dólares ao PT, diz o doleiro, funcionava em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, de 2000 a 2002. Toninho afirma que conhece o caso porque a cambista Nelma Cunha, da Havaí Câmbio e Turismo, de Santo André, nem sempre dispunha do volume de dólares requerido e recorria a ele. Toninho pode ajudar até a esclarecer a corrupção petista em Santo André. Os promotores do caso querem ouvi-lo porque sabem que empresas de ônibus de Santo André – achacadas pelo PT – enviaram recursos ao exterior usando o Banco Rural. Será que esse dinheiro caía naquela conta do PT lá fora, no Trade Link?

Um dos esquemas mais complexos – mas igualmente clássico – do PT funcionava na corretora Bônus-Banval, de São Paulo. Toninho da Barcelona conta que a corretora era usada pelo partido para intermediar operações fraudulentas e, assim, tornou-se uma das principais fontes de pagamento do mensalão. Sua especialidade eram as operações de "esquenta-esfria", nas quais os prejuízos eram sempre dos fundos de pensão das estatais. "As ligações entre o PT e a Bônus são estreitas. Os sócios são amigos íntimos de José Dirceu", acusa o doleiro. Na semana passada, VEJA apurou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está fazendo uma investigação sigilosa sobre a Bônus-Banval, por suspeita de lavagem de dinheiro e de promover operações fraudulentas com fundos de pensão, exatamente nos moldes como relata o doleiro. Apenas um dos inquéritos em andamento na CVM envolve transação de 12 milhões de reais. José Dirceu nega qualquer relação com a Bônus-Banval. A Bônus-Banval não quis falar sobre o assunto. E a CVM informa que não comenta suas investigações.
A VEJA, o doleiro voltou a dizer que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, fez remessas para o exterior, mas não deu detalhes. Sabe-se que em outubro de 2002 Meirelles sacou 50.600 dólares de sua conta no banco americano Goldman Sachs e depositou o dinheiro na conta da Biscay Trading, uma offshore operada por três doleiros de São Paulo no MTB Bank, em Nova York. Quando o caso veio à tona, em agosto do ano passado, Meirelles explicou que o depósito foi feito a pedido de um credor. Disse que não podia identificar o destinatário do dinheiro nem a origem da dívida porque tais dados estariam em seus arquivos pessoais guardados nos Estados Unidos, onde residiu de 1996 a 2002. Na semana passada, um ano depois de prometer buscar os documentos que explicariam o depósito aos doleiros, Meirelles continuava sem respostas: as informações sobre o depósito – informou sua assessoria – não estavam no arquivo pessoal.
No caso do atual ministro Marcio Thomaz Bastos, o doleiro reafirmou as acusações que já fizera à CPI e deu mais detalhes. Ele conta que as remessas de Bastos começaram em 1993 e lhe foram confidenciadas por quem as fazia Marco Antônio Cursini, que na época, segundo o doleiro, operava contas no Deutsche Bank e no Swiss Bank e até recebeu uma assistência jurídica do hoje ministro. Marcio Thomaz Bastos confirmou que Cursini, de fato, foi cliente de seu escritório na década de 90, mas nega que tenha usado seus serviços de doleiro ou feito remessas ilegais ao exterior. O ministro diz que abriu conta no exterior e fez três remessas.
Conforme documento expedido pelo Unibanco, agente operador do ministro, a primeira foi feita em novembro de 1994 e a última em março de 1995, totalizando, na época, 2,8 milhões de dólares. As remessas foram autorizadas pelo Banco Central. Em fevereiro de 2003, o ministro trouxe o dinheiro de volta para o Brasil, também pelas vias legais, e pagou cerca de um milhão de reais em imposto. As acusações de Toninho da Barcelona, naturalmente, não podem ser tomadas como expressão da verdade, mas devem ser investigadas com rigor. Exigir que ele apresentasse provas – como fizeram alguns membros da CPI dos Correios na semana passada – é risível. Afinal, Toninho da Barcelona não tem sequer como provar quem ele é, já que, em seu macacão cor de laranja de prisioneiro, não carrega nem a carteira de identidade. Mas repete sempre que as provas estão nos discos rígidos dos computadores que usava e hoje estão lacrados e sob a guarda da Polícia Federal. "Meu cliente está disposto a contar toda a verdade", repete seu advogado, Ricardo Sayeg. "Para a autoridade que quiser ouvir."
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E compreensível o pavor que Lula tem do mensalão. Ele dizia não saber de nada, mas age como soubesse de tudo.
A perda de votos do PT - no caso acima - é avassaladora, porém a desinformação e apedeutismo do povão são os maiores aliados do PT.
Victor M. Silva