Antonio Carlos Pereira
sábado, 17 de setembro de 2011
CULPA DO ELEITOR?
Antonio Carlos Pereira
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
DE BESTIALIZADOS A CIDADÃOS - MARIA LÚCIA VICTOR BARBOSA
A vinda da corte portuguesa, em 1808, e o modo como se realizou a independência em sete de setembro de 1822, trouxeram várias consequências. Em primeiro lugar a presença da família real fortaleceu a unidade política do colosso territorial, ao contrário do Império Espanhol que se fragmentou em várias nações entre 1810 e 1838. Segundo, apesar de alguns movimentos importantes, mas isolados, a independência foi obra do príncipe regente e de minorias políticas enquistadas nos bastidores do poder. Não houve, pois, o sentimento nacionalista que marcou os episódios libertadores das colônias espanholas, sentimento que no nosso caso foi substituído por meros interesses individualistas que nada tinham a ver com percepção de pátria ou ideal de bem comum.
Foram também a partir de 1808, que se instalaram no Brasil de uma vez por todas as características do velho Estado português, que em terra nova não perderia sua essência patrimonialista magistralmente explicada por Raymundo Faoro em sua obra, “Os donos do poder”: “Os reis portugueses governaram o reino como a própria casa, não distinguindo o tesouro pessoal do patrimônio público”.
Era um Estado também corrupto na medida em que para tudo se dependia dele, do seu excessivo quadro de funcionários, da morosidade típica da burocracia, correndo soltas as propinas para aligeirar licenças, fornecimentos, processos, despachos, etc. Nas entranhas do desajeitado e ineficiente Leviatã conduzido por D. João VI traficavam-se influências, negociava-se a coisa pública em proveito próprio. Imagino que os leitores devem estar notando que a realidade de hoje não difere muito do nosso já distante passado.
Acrescente-se que os fatos mais marcantes da nossa história não contaram com a participação popular. Por isso, a proclamação da Republica não sensibilizou a massa, nem sequer no Rio de Janeiro, quanto mais nas vastidões afora do país. José Murilo de Carvalho cita em seu livro, “Os bestializados”, Aristides Lobo, adepto incondicional da nova forma de governo e um dos mais desapontados. Segundo este, “o povo, que pelo ideário republicano deveria ter sido o protagonista dos acontecimentos, assistiu a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”.
Muita coisa foi mudando como não poderia deixar de ser. Vários movimentos aconteceram. Alguns, como as diretas já e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor levaram o povo às ruas. Mas sempre houve lideranças partidárias, sindicais, apoios da Igreja e de estudantes que conduziram multidões. Em showmícios a massa aplaudia entusiasticamente tanto oradores políticos quanto artistas preferidos do grande público.
Na era Lula/PT em que a decadência partidária avança, os valores se extinguem, a corrupção sempre havida é exacerbada de modo impressionante juntamente com a impunidade dos “colarinhos brancos” e a propaganda transforma cidadãos em bestializados, aconteceram fatos que o domínio petista não deve ter digerido bem.
Um deles foi o sonoro não ao desarmamento da população, em plebiscito levado a cabo por ordem de Lula da Silva. Posteriormente, um movimento via internet ajudou a pressionar parlamentares para que a famigerada CPMF, que está prestes a ser ressuscitada pela presidente Rousseff, fosse extinta. Outros abaixo assinados como aquele a favor da “ficha limpa” ou centenas de artigos e de opiniões críticas ao governo que se entrecruzam em e-mails mostram que, ao contrário dos muitos satisfeitos, por enquanto, com sua situação financeira, uma minoria consciente das classes médias que lê jornais e revistas começa a perceber que a avassaladora corrupção que se espraia por todos os cantos do poder é danosa aos interesses da nação.
Surgiram, porém, criticas entre os próprios internautas. Muitos dizem que não basta escrever, seria preciso agir, ganhar as ruas, expressar publicamente a indignação.
A Internet ficou pulsando até aglutinar um movimento espontâneo que fez do virtual o real, materializando no sete de setembro em vários Estados e, principalmente, em Brasília, milhares de pessoas, sobretudo, jovens, que tiveram como foco o combate à corrupção. Pela primeira vez um movimento não teve líderes, foi consciente, apartidário, não expressava ideologia tanto de esquerda quanto de direita, não era individualizado, mas em defesa de um objetivo comum.
Digam os críticos desse inédito acontecimento que ele é efêmero e difuso, queiram alguns espertamente se apropriar dele, mas o fato é que brasileiros foram ao desfile de sete de setembro e assistiram a parada militar não como bestializados, mas como cidadãos. Tomara que esses compatriotas sejam o fermento de uma progressiva transformação rumo à consciência cívica que tanto nos falta.
Quem escreveu este artigo
maria lucia victor BARBOSA
Sou mineira de Belo Horizonte, mas hoje piso a terra roxa do norte do paraná.Sou socióloga por profissão, fui professora por missão, sou escritora por vocação. Antes de mais nada sou mãe e meus filhos são minhas três obras-primas, acrescidas agora por uma netinha, minha primavera, minha borboletinha cor-de-rosa. Sou politicamente incorreta. Sou uma passageira da eternidade em busca da LUZ.
Blog: www.maluvibar.blogspot.com
mlucia@sercomtel.com.br
fonte: http://www.jornalistas.blog.br
DESABAFO DE UM CATARINENSE - AURI JOSÉ CARLINI
TRAGÉDIA EM SANTA CATARINA, ATÉ HOJE SEM AJUDA DO GOVERNO
No alto vale existem milhares de pessoas passando fome, sede, frio e muita necessidade devido a esta tragédia, pessoas perderam suas casas, suas coisas, empresários perderam suas empresas, o comércio está todo comprometido e muita gente não tem pra onde ir, e me espantei quando consegui em meio a toda bagunça lá de casa instalar minha televisão para ver o programa do “fantástico” da emissora rede globo no domingo a noite e ver qual seria a importância que dariam para nós Brasileiros que estamos sofrendo com tudo isso, não queria ver fotos ou imagens da tragédia, queria simplesmente que este veiculo de comunicação se mobilizasse e ajudasse as pessoas que precisam, mais ao contrário o que eu vi? Uma reportagem de 12 segundos, isso mesmo 12 segundos sobre as enchentes e quase que todo o programa falando sobre os 10 anos do atentado de 11 se setembro nos Estados Unidos. Tudo bem concordo que lembrar das vítimas é muito importante, porém dar extrema importância para os norte americanos e deixar pra trás milhares de pessoas sofrendo aqui é lamentável, a Patrícia Poeta foi até o marco zero onde ficavam as torres do World Trade Center mostrar sobre as homenagens as vitimas fazendo uma demagogia impressionante, como se ela realmente se importasse com quem morreu lá, como se a rede globo se importasse com alguém neste país ou no mundo, fizeram chamadas ao vivo mostrando como estava tudo lá naquele momento e mostraram as seguidas homenagens que foram feitas pelos parentes das vítimas naquele dia, mostraram a tristeza e dor de quem perdeu algum parente naquela tragédia. Hipócritas, isso que são, deviam ter feito a chamada ao vivo em frente a uma das casas que caíram aqui na cidade de Rio do Sul, mostrar a agonia de quem perdeu tudo, mostrar a tristeza de quem trabalhou uma vida toda para conseguir uma casinha e ver ela sendo destruída em minutos, mostrar a dor daquele pai que perdeu seu filho eletrocutado por um fio de alta tensão quando tentava escapar da sua casa tomada pelas águas, para ver se assim alguém fica sensibilizado e ajuda pelo menos a dar um pouco de comida a quem tem fome, um cobertor a quem tem frio ou um gole d’água a quem tem sede. O que mais me revolta é o sensacionalismo que a rede globo faz em cima de certas coisas, o criança esperança fazem a cada ano e chamam diversos cantores, atores etc... uma mobilização enorme para ajudar quem precisa, não sei até que ponto isso é sincero porque eu tenho comigo de que devemos fazer o bem sem olhar a quem, e ir na TV aparecer e dizer que ajuda é fácil, mais entrar em casas até o peito com água para salvar crianças ou ir dar uma palavra de carinho para uma criança que não tem mais sua cama e sua coberta para dormir daí ninguém faz, nenhum artista faz, nenhuma emissora faz porque? Porque não dá audiência, não aparece...cadê o Renato Aragão ?? cade a Xuxa? Cadê aquela turma de artistas implorando pra ajudar quem precisa? Será que só ajudam quando aparece na TV? Será que realmente vão no criança esperança pedir ajuda porque são boas pessoas? Ou porque querem aparecer? essa turma da globo só pensa em audiência e dinheiro, não passam de um tremendo bando de porcos sujos e mal intencionados.
PASSE ADIANTE...QUEM SABE ALGUÉM DA REDE GLOBO SE SENSIBILIZA E FAZ ALGUMA COISA PRA AJUDAR DE VERDADE!
Att:
Aurí José Carlini - POR E-MAIL
Administrador - CRA/SC 22828
SILÊNCIO INTRIGANTE - HUMBERTO DE LUNA FREIRE FILHO
Humberto de Luna Freire Filho
terça-feira, 13 de setembro de 2011
RECADO AOS PORCOS - REINALDO AZEVEDO
Recado aos porcos: "Não, vocês não podem!"
Por Reinaldo Azevedo –
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
Revista Veja - 02/09/2011
Eles acham que podem tudo. E é nosso dever moral, ético, político, humano, dizer-lhes que não. É nosso dever de pais, de filhos, de professores, de alunos, de trabalhadores, de empresários, de leitores, de jornalistas. É nosso dever! Dos homens e das mulheres livres!
Se militantes políticos, mas cidadãos como quaisquer um de nós, eles podem fazer tudo o que não está proibido em lei — ou arcar com as conseqüências da transgressão. Se funcionários do Estado, podem fazer apenas o que a lei lhes permite. Num caso e noutro, é preciso que lhes coloquemos freios. Não são os donos do poder, mas seus ocupantes. E têm de dançar conforme a música da democracia e do estado de direito. Mas eles estão mal acostumados.
Porque o método da mentira deu certo uma vez, eles repetiram a dose. Porque deu certo outra vez, eles insistiram. Agora estão empenhados em transformar o engodo e a trapaça numa categoria de pensamento, num fundamento, num — e isso é o mais pateticamente ridículo — ato de resistência. Têm de ser relatados. Têm de ser denunciados. Têm de ser combatidos onde quer que se manifestem com seu falso exclusivismo ético, com sua combatividade interesseira; com suas duas morais: a que usam para incensar os crimes de seus pares e a que usam para crimininalizar a decência de homens de bem.
Criminalizaram a Lei de Responsabilidade Fiscal. E ela era boa.
Criminalizaram as privatizações. E elas eram boas.
Criminalizaram o Proer. E ele era bom.
Criminalizaram a abertura do país ao capital estrangeiro. E ela era boa.
Criminalizaram os programas sociais, chamando-os de esmola. E eles eram bons.
Não há uma só virtude que se lhes possa atribuir que não decorra de escolhas feitas antes deles — e que trataram aos tapas e, literalmente, aos pontapés.
Construíram a sua reputação desconstruindo a biografia de pessoas de bem. E acabaram se aliando ao que há de mais nefasto, mais degradante, mais atrasado, mais reacionário, mais vigarista na política brasileira. Poucos são hoje os canalhas da República que não estão abrigados sob o seu guarda-chuva, vivendo o doce conúbio da antiga com a nova corrupção. Se algum canalha restou fora do arco, foi por burrice, não por falta de semelhança. Corromperam, aliás, mais do que as relações entre o público e privado. Promoveram e promovem uma contínua corrupção do caráter.
Perceberam — e há uma vasta literatura política a respeito, que faz o elogio da tirania — que o regime democrático tem falhas, tem fissuras, por onde o mal pode se insinuar e prosperar. Corroem o princípio fundamental da igualdade promovendo leis de reparação destinadas a criar clientela, não cidadãos. E essa doença da democracia já chegou ao Supremo Tribunal Federal. Estimulam movimentos criminosos, ditos sociais, ou com eles condescendem, porque isso alimenta a sua mística dita socialista — se o socialismo era essencialmente criminoso, e eu acho que era, para eles é a virtude possível para esconder seus vícios. São os porcos de George Orwell, de quem parecem simular também o cheiro.
Para eles, a única coisa feia é perder. E isso significa, então, que pouco importam os meios que conduzem à vitória.
Tentaram comprar o Congresso com o mensalão.
Tentaram fraudar uma eleição com os aloprados.
Tentaram destruir um adversário produzindo falsos dossiês.
Tentam agora aprovar uma reforma política que é um escárnio à decência, ao bom senso, à inteligência, à racionalidade. E tudo porque não estão aí para aperfeiçoar os instrumentos do estado do direito que tornem cada homem mais livre, mais senhor de si, mas independente do estado. Eles querem precisamente o contrário. É por isso que “ele” já se disse o pai do Brasil e anunciou que elegeria a mãe. Não é o amor filial que os move, mas o vocação para o mando. Querem um país de menores de idade: de miseráveis pidões, de trabalhadores pidões, de empresários pidões… Até de jornalistas — e como os há! — pidões! E eles odeiam os que não precisam pedir, rastejar, implorar. Acostumaram-se com os mascates de elogios, que têm sempre um “bom negócio” para arrancar um dinheirinho dos cofres públicos. Compram consciências e consideram que os que não se vendem só podem ter sido comprados pelos adversários. Esqueceram-se de que são eles a bênção para os que se vendem porque sempre podem pagar mais.
Estão em toda parte! São uma legião! Realizam a partir desta sexta-feira um congresso partidário, que se estende até domingo. Aproveitarão a ocasião para fazer um desagravo a um dos seus, aquele que se tornou notável, aos 14 anos, segundo testemunho do próprio, porque roubava as hóstias da igreja. Que têmpera corajosa já se formava ali! Até hoje, ao comungar, lembro da minha meninice e colo o Santo Pão no céu da boca. Temíamos, os muito jovens, que o corpo de Cristo sangrasse. Ainda não entendíamos a Transubstanciação da Eucaristia, mas já tínhamos idade para saber que não se deve roubar. É um dos Mandamentos da Lei de Deus! E deve ser um dos mandamentos da lei dos homens. Em qualquer idade.
O ladrão de hóstias pretende ser hoje um ladrão de instituições cheio de moral e razão.
Mais do que isso: quer dar à sua saga uma dimensão verdadeiramente heróica. Se, antes, pretendeu ser o paladino da liberdade contra a ditadura, numa história superfaturada, apresenta-se hoje como o paladino da ditadura contra a democracia. O herói é um lobista de potentados da economia nacional e global e reivindica o direito de ter como subordinados homens de estado — cuja conduta é regulada por princípios de ética pública —, com os quais pretende despachar num governo clandestino, paralelo, que se exerce em quartos de hotel, numa espécie de lupanar institucional.
E vilã, na boca e na pena daqueles que tentaram comprar o Congresso, fraudar eleições e destruir adversários, é a imprensa livre, que faz o seu trabalho, que vigia a coisa pública, que zela pelos bons costumes da República — aqueles consubstanciados na Constituição. Querem censurar a imprensa. Querem eliminar a oposição. Querem se impor pela violência institucional. Como os porcos! Aqueles passaram a andar sobre duas patas para imitar seus antigos inimigos. Estes não têm qualquer receio de andar de quatro, escoiceando vigarices, para homenagear os amigos.
Mas não passarão!
Não passarão porque a liberdade de imprensa lhes diz: “Não, vocês não podem!”
Não passarão porque as pessoas de bem protestam: “Não, vocês não podem!”
Não passarão porque a decência se escandaliza: “Não, vocês não podem!”
E por isso eles estão bravos e mobilizam seus sicários na rede. Começam a perceber que o movimento ainda é tímido, mas é crescente. A cada dia, surgem evidências de que suas mentiras perdem vigor, de que suas falcatruas perdem encanto, de que seus crimes buscam mesmo é o conforto dos criminosos, não o bem-estar da população.
Não, eles não podem!
Não calarão a imprensa livre!
Não calarão os homens livres!
Não calarão os fatos.
Agora é a eles que me dirijo, que leiam direito e escutem bem:
“NÃO, VOCÊS NÃO PODEM!!!”
Entre outras coisas, não podem porque estamos aqui.
domingo, 11 de setembro de 2011
ABAIXO A CORRUPÇÃO
Manifestações por todo o pais, a começar na própria sede da corrupção, a capital Brasília, no entorno da Esplanada dos Ministérios, na Av. Paulista, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras capitais. Isto é apenas um começo, uma centelha que acabará por incendiar o pais e exigir, de uma vez por todas, o fim da bandalheira, da maracutaia, da safadeza, da falta de caráter e de ética.
Foi assim nas “Diretas Já” e no “impeachment” de Fernando Collor, está sendo assim no oriente médio, onde ditadores corruptos estão sendo apeados do poder depois de décadas de desmandos e de corrupção. Lá, o povo, embora massacrado não se intimidou e está derrubando, um a um, estas figuras sinistra e sanguinárias.
O fato que detonou estas demonstrações foi a degradante absolvição da deputada Jaqueline Roriz, que foi filmada recebendo dinheiro vivo para sua campanha política e a possibilidade de impunidade para os envolvidos no mensalão do PT que o ex-presidente Lulla insiste não ter ocorrido, de ser apenas intriga da oposição, numa tentativa ridícula de tapar o sol com a peneira. Assim também as negativas sobre as denúncias de corrupção que levaram à demissão de 3 ministros de sua indicação, na propalada “faxina” da presidente Dilma, aconselhada por ele de parar com a limpeza, pois poderia acabar com a chamada base aliada, além de chegar até a figura do ex-presidente.
Afinal, o que querem os governantes? Querem dentre outras coisas acabar com a liberdade de imprensa, uma forma de roubarem sem possibilidades de denúncias e a pregação de só propagarem boas notícias.