quinta-feira, 4 de abril de 2013

UMA VIDA CHEIA DE SOL - Ricardo R Hashimoto


Uma vida cheia de sol

No dia 3 de abril de 1994 – um sábado de Aleluia – Jérôme Lejeune ganhou o Céu. Aguardavam-no a Virgem Maria e, ao lado dEla, um monge agostiniano, ansioso e alegre.

Jérôme Lejeune foi um médico francês. Em 1958, aos 32 anos de idade, descobriu a causa da síndrome de Down: um cromossomo extra no par 21, por isso chamada de Trissomia 21. Devolveu a dignidade a inúmeros casais, até então estigmatizados, pois descobriu que a síndrome era um acidente, sem culpa dos pais. Graças a esta e a outras importantes contribuições, ganhou fama e prêmios internacionais, e é considerado o pai da genética moderna.

Quando a sua pesquisa avançou, vislumbrou o seu uso por eugenistas, ou seja, as crianças não desejadas seriam abortadas. Tornou-se um ferrenho defensor da vida, odiado pelos abortistas pois ninguém conseguia vencê-lo num debate.

A vida começa na fecundação: “Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele.”

Como o seu compatriota Saint-Exupéry, sabia que a contribuição de cada ser humano é única – disse a raposa ao Pequeno Príncipe: “Por favor, cativa-me!

Se tu me cativas, serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo. Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol; conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros...” Ao dar a vida (Eu faço   morrer e eu faço viver – Dt 32, 39), a sabedoria divina dá a cada ser humano uma missão única, e assim, num entrelaçamento de vidas e destinos, quer que levemos as cargas uns dos outros, para cumprirmos a lei de Cristo. Mais: se,

por um lado, Deus é amor, e, por outro, os portadores da síndrome de Down são capazes de experimentar um amor puríssimo – um amor inatingível para nós, ditos “normais” – pergunto: quem é o “normal” nesta história?

Mais ainda: o aborto é ítem prioritário da agenda de globalistas e comunistas, para quem a vida não vem de Deus, mas de uma autorização do Estado. Querem demolir o edifício da civilização retirando a pedra-angular do respeito aos seus membros mais frágeis. Como ensina o filósofo Olavo de Carvalho, o importante,

nestes casos, é desmascarar logo de cara a proposta política subjacente e deixar de lado o lenga-lenga pega-trouxa (direito da mulher ao corpo, combate à pobreza, superpopulação, direito ao aborto em caso de estupro etc.).

Por tudo isso, em 1971, discursando no National Institute for Health (EUA), Jérôme Lejeune disse “vocês estão transformando o seu instituto de saúde em um instituto de morte”. Naquele dia, mandou uma mensagem para a esposa: – Hoje perdi o meu Nobel de medicina.

No dia 3 de abril de 1994, Jérôme Lejeune ganhou o seu Céu. Era sábado de Aleluia, e Maria o recebeu com um beijo. Gregor Mendel o puxou para um canto e conversaram longamente sobre pesquisa científica e sobre a vida e sobre o Amor

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O autor, Ricardo R Hashimoto, é mariólogo e coach. SP 3abr13


quarta-feira, 3 de abril de 2013

COMUNISMO E CARA-DE-PAU - ALEXANDRE GARCIA


A. Garcia - 26 de março de 2013 Comunismo e cara-de-pau

Passou praticamente despercebido do noticiário da semana passada a decisão da direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista. A cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pela Supremo, porque baseada na Constituição. Conhecida como constituição liberal, ela vedava, no entanto o Partido Comunista, porque ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em que estava no poder.

Recuperaram os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João Amazonas e o autor do Manual da Guerrilha Urbana, Carlos Marighella – todos agora mortos. O Senado, por sua vez, devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar o governo em 1945, num levante que matou 32 militares, a maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha.

A líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d`Ávila, num discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de alienação mental. Quem mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século XX foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras, sangüinárias, de que hoje ainda temos resquícios, em Cuba e na Coréia do Norte. Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobrea Polônia, a Hungria e tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia.

Foi a maior praga do século XX, afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes. O terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler – com quem aliás, Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de judeus.

Escapamos da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes , como Olga Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”. Mesmo assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a cavaleiro do aparelho de estado, converter rapidamente, a exemplo da Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista.” Isso é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior cara-de-pau vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos comunistas.





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EQS.

terça-feira, 2 de abril de 2013

INFLAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E DIVERGÊNCIAS.


INFLAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E DIVERGÊNCIAS.

A falta de coesão entre a presidente Dilma e sua equipe econômica, incluindo ai o Banco Central, deixa de cabelos em pé os economistas independentes, os investidores e as autoridades de outros países, já que os desencontros de informações demonstram bem o que se passa em nosso pais.

Dona Dilma declara uma coisa, seus ministros outra, assim não há como fazer um planejamento para investimentos e aplicações no país.

A presidente afirma sempre que a inflação está sob controle, nós todos, mesmo não sendo economistas, sabemos que não, assim como os especialistas de fora do governo.

Na última semana, a presidente da República foi a público, em Durban, para declarar que as linhas de combate à inflação não estavam alinhadas com o Banco Central. Da África do Sul, onde participava da reunião dos Brics, ela afirmou que a escalada da inflação é proveniente de choques externos e que seu governo não irá adotar nenhuma política que sacrifique o crescimento econômico e o emprego.

A repercussão do completo desencontro entre a fala da presidente e a estratégia do BC de combate à inflação obrigou a um desmentido formal, no qual Dilma denunciou “manipulação da notícia”.

Há dias nosso competente ministro Mantega declarou que a alta dos preços dos combustíveis não afetaria o combate à inflação, sem comentários...

A mais recente Ata do Copom,  em seu parágrafo 32  está dito que taxas de inflação elevadas reduzem o potencial de crescimento da economia, bem como de empregos e de renda...

A gente poderia dizer: Eles são brancos que se entendam, porém, quem  acaba por pagar o pato em toda esta confusão, somos nós, os contribuintes!

Só para constar, a produção industrial ficou quase igual à de 2008 e os lucros das empresas caíram 30% em 2012 e, além disso, o "pibinho"!
Antonio Carlos Pereira