sexta-feira, 31 de agosto de 2012

MENSALÃO, PRIMEIROS RESULTADOS.


MENSALÃO, PRIMEIROS RESULTADOS DO JULGAMENTO PELO SUPREMO.

Embora poucos  acreditassem, eu inclusive,  o primeiro  round do julgamento do mensalão já colocou para fora o primeiro petista, o Deputado João Paulo Cunha e condenou igualmente outros envolvidos. Na realidade, João Paulo Cunha já está também praticamente fora da Câmara, a cassação é automática, pois o Regimento Interno da Casa assim o determina,  isto, tão logo seja publicada a decisão do Supremo, além disso, pelo Lei da Ficha Limpa deverá ter seus direitos políticos cassados por oito anos.

Agora fica a pergunta que não quer calar: E o Zé Dirceu, será também punido?

Ficamos agradavelmente surpreendidos com este primeiro resultado, e esperamos que desta vez o Supremo  seja mesmo supremo e supere todas as dúvidas que a maior parte da população tem sobre o seu desempenho.

O PT e seus membros fizeram pouco das instituições, João Paulo, réu do mensalão, foi nomeado, como  que dando um tapa na cara do cidadão brasileiro, presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Não é mesmo um acinte?

Lançou-se também candidato à Prefeitura de Osasco, crendo firmemente na sua absolvição. Até onde chega o descaso e o atrevimento de certos políticos para com o eleitor e para com a Lei!

Gostaria de ver a cara do Zé Dirceu após esta decisão do  STF. Deve já estar preparando seu passaporte para novamente fazer  um estágio na ilha de Fidel Castro!

Será que nossas esperanças serão mesmo concretizadas e estamos mesmo às portas de uma nova fase de nossa história?

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PRÊMIO KLUNGE - MAURO PEREIRA

O Prêmio Klunge aprofunda o fosso que separa um estadista de um sucessor rancoroso
MAURO PEREIRA
Ao receber do Congresso norte-americano o prêmio Klunge, versão alternativa do Nobel sueco, em reconhecimento à inquestionável obra intelectual e ao notável desempenho como chefe do Governo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso não só esparge um pouco de luz sobre a embolorada intelectualidade do País do Carnaval como também desagrava a Presidência da República, instituição tão vilipendiada nos últimos nove anos.
Hoje, todos os brasileiros desprovidos de rancores rendem homenagens ao risonho octogenário que mudou a história política e social do Brasil pós-ditadura. A lamentar, apenas a pouca disposição da imprensa para compreender a importância do evento. As publicações que noticiaram o acontecimento não foram além de textos comprometidos pelo espaço acanhado e pelo laconismo. Todos se abstiveram de contar aos leitores o que levou os julgadores a considerar FHC o maior pensador da América Latina, e a premiá-lo com a soma de 1 milhão de dólares.
Democrata autêntico, avesso à retórica vazia e oportunista, Fernando Henrique retirou o Brasil da categoria de república terceiromundista para colocá-lo no patamar reservado às grandes nações. Sábio, ensinou que é possível fortalecer a sociedade sem fragilizar o estado. Hábil, restituiu aos cidadãos o poder de definir os rumos do país.
O sucesso irrefutável de sua administração transformadora fez com que aflorassem sentimentos pouco nobres, como o ciúme e a inveja.
Incentivados pela omissão dos companheiros de partido do ex-presidente, adversários políticos afundados em rancores e na miséria ética colocaram em prática uma sórdida campanha cujo único propósito era a desconstrução impiedosa do grande legado administrativo, político e moral deixado pelo governante formidável.
Abandonado por correligionários pusilânimes e injustiçado por grande parte da imprensa, o maior presidente de nossa história travou praticamente sozinho a luta desigual em defesa das grandes conquistas de seu governo. Liderados por Lula, seus algozes tentaram consumar outro linchamento moral com uma violência jamais vista. Bilhões de reais foram torrados na tentativa de apagar da memória política nacional o líder que venceu a hiperinflação que vitimava sobretudo os mais pobres, estabeleceu os fundamentos do equilíbrio macroeconômico ─ preservados até hoje por seus detratores, ressalte-se ─, consolidou a democracia e fixou as diretrizes de programas sociais que, expropriados cinicamente pelo PT, desembocaram no Bolsa Família.
FHC saiu mais fortalecido da ofensiva permanentemente alimentada pelo ódio inexplicável do seu sucessor. Aos 80 anos, sereno e extraordinariamente lúcido, a vítima dos ataques virulentos coleciona demonstrações de admiração e respeito oferecidas por brasileiros decentes, pelas plateias das conferências que tem feito no exterior por leitores das obras que se espalham pelas bibliotecas das universidades de dezenas de países.
A conquista do Prêmio Klunge aprofunda o formidável fosso que separa Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. O confronto das inumeráveis diferenças atesta que FHC, sem nunca ter reivindicado tal status, é o estadista que Lula imagina ser, porém jamais será. O prêmio concedido pela Biblioteca do Congresso norte-americano não deve ser visto como mais um exemplo de que “a justiça tarda mas não falha”.
No caso de FHC, um dos intelectuais mais reverenciados do século XX, a justiça jamais tardou, tampouco falhou. Seus inimigos é que se divorciaram dela.