sábado, 23 de março de 2013

SEMANA SANTA


SEMANA SANTA


 

       Nestes dias em que devemos elevar nossos espíritos a Deus, orar e refletir sobre  nossas vidas, fico pensando, como os políticos que não honram seus mandatos podem se sentir, quando ao invés de procurar o bem comum, procuram apenas se locupletar e pensar em si mesmos, esquecendo-se completamente da missão que o povo lhes outorgou e para a qual se candidataram?

       Será que, ao olhar para seus filhos verão neles os filhos dos que acreditaram em suas promessas de campanha, nas bravatas de palanque, como uma vez assim se referiu o nosso ex-presidente às suas mentiras e que tem sido a tônica de sua sucessora?    

       Será que quando colocam suas cabeças nos travesseiros pensam em quantos milhões de pessoas estão sendo prejudicadas com suas atitudes insensatas e desonestas?

       Será que imaginam quanta falta faz ao país o dinheiro que desviam dos cofres públicos para suas contas nos paraísos fiscais, nos superfaturamentos nos gastos supérfluos e na roubalheira generalizada?

       Será que pensam nos milhares de crianças que ficam sem escolas, sem creches, sem médicos, sem hospitais, sem medicamentos por causa de seus roubos?

       Será que pensam no sofrimento dos  pais de família sem emprego e sem recursos para as necessidades básicas?

       Será que imaginam o desespero dos jovens que se vêm  sem futuro e acabam partindo para as drogas e o crime?

       Será que não pensam que um dia terão que prestar contas de suas atitudes irregulares e desonestas ao Todo Poderoso?

       Estas reflexões me vieram à mente após receber uma mensagem de um amigo com trechos do livro “O Evangelho de Chico Xavier” de Carlos A. Baccelli, diz o texto que me chamou atenção:

Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na terra em lastimável situação na vida espiritual...”

Antonio Carlos Pereira – 23/03/2013
 

 

 

quinta-feira, 21 de março de 2013

VISITA A ROMA - DOCA RAMOS MELLO


 

 

                                                        Visita a Roma  

 

                                                                   Doca Ramos Mello – ddramosmello@uol.com.br

 

Mandaram e-mail aqui para reclamar que Dona Dilma foi a Roma e reservou 52 apartamentos em um hotel de luxo, mais 17 carros com motoristas, entre eles um blindado.

            Primeiro. Ela não foi lá fazer uma visitinha mixuruca, perguntar e aí, como vai essa força?, e a seleção, firme?, comentar sobre o frio de Roma ou qualquer outra banalidade. Nossa presidente-adjunta foi lá chamar o Santo Padre às falas, sim, foi lá botar o dedo no nariz de Francisco porque ele é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, onde já se viu coisa mais antiga? Quem ele pensa que é, Feliciano?

            Roma é mesmo muito démodé, tudo antigo, um latinório que ninguém entende, padres com vestes pesadas e pouco fashion... Fosse no Brasil e já teríamos chamado do Dudu Bertholini para repaginar aquelas roupas, Carlinhos Brown para reescrever a missa (bebeu vinho? tá com sede? olha, olha o Papa natural!) e Sig Bergamin para remodelar os prédios. Aqui, o Vaticano ia virar no avesso.

            Segundo. O Brasil é rico, nóis é rico, emergente tipo Valdirene Marchiori, não dormimos num pardieiro qualquer, gente! Roma está assim de pensão meia boca, vocês acham chique se hospedar nessas espeluncas? E Dona Dilma disse que ficar em hotéis é melhor para trabalhar, ou seja, ela foi a Roma dar o duro, não eram férias, ora me creiam!

            Terceiro, crianças. Dona Dilma já foi terrorista, quem tem, digamos, retaguarda, tem medo, ela sabe do que está se protegendo, daí o carro blindado. O Brasil é potência, nós temos o Eike Batista, precisamos de um comboio à altura, 17 carros é o mínimo.

            Quarto. Muita gente na comitiva? Não. Só a comissão de frente e a ala dos compositores – a escola toda abriga bem uns seis mil componentes, é fazer as contas antes de meter a boca.

            E nós fomos atrás da leitura labial para traduzir para vocês o diálogo entre nossa presidente-adjunta e Francisco. A seguir, os melhores trechos do papo.

 

_ O Lula mandou um abraço, Santidade, ele...

_ Sim, sei. Pulemos esta parte, Dona Patrícia, pela misericórdia divina.

_ Eu vim para dizer que o senhor tem de compreender os diferentes, aceitar o casamento gay, meu caro, é preciso tomar atitudes mais drásticas com...

_ Oremus. A senhora está me dando ordens? Quer ensinar o Padre Nosso ao Papa? Por Cristo, com Cristo, em Cristo!

_ Não, Santidade, mas quero fazer um convite. No Brasil temos a Parada Gay, queria convidar a Santidade para participar. O Lula disse...

_ Brincadeira tem hora, Dona Estela, glória a Deus nas alturas. Eu já estava roxo de medo de a senhora me trazer aqui aquele cuja bíblia diz que “o PT não rouba e não deixa roubar”. Com a graça do Senhor Todo-Poderoso, o Barbosa está atuante. Li sobre o mensalão, vade retrum!

_ Calúnias, Santidade, calúnias, mea culpa porque o PT ainda não controla a imprensa. Mas eu dizia dos diferentes e...

_ Cordeiro de Deus, que matraca! Sou Francisco, não sou Jó. E largue minha mão, Wanda, volte para sua terra, Deo Gratias.

_ Ok. Sobre os diferentes...
_ Jesus-Maria-José!!!!

quarta-feira, 20 de março de 2013

HUMILDADE E ARROGÂNCIA



 


Contrastando com a humildade do Papa Francisco (embora seja argentino), que dispensou sua limusine e pagou do próprio bolso sua estadia num hotel duas estrelas, nossa ilustre presidentA, Dona Dilma Roussef, antigamente também conhecida como Dulce Maria e outros epítetos, embora tenhamos uma embaixada num palácio em um dos pontos mais nobres da cidade eterna, na Piazza Navona,  preferiu optar uma um hotel dos mais caros, o Hotel Westin Excelsior, na Via Veneto, onde sua comitiva ocupou 52 quartos, alugou 17 carros e a diária da suíte presidencial custa apenas R$ 7.700,00, tudo  isto, com o nosso rico dinheirinho. Para o transporte de bagagem e equipamentos foram alugados mais um caminhão-baú e dois furgões, coisa de quem tem muito dinheiro.

Além de assistir à missa inaugural do novo Papa ela está aproveitando para visitar museus e também ter um encontro com sua amiga, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, conversa que não teve seu teor revelado.

Dona Dilma que já propôs, sem sucesso, corrigir a orientação da economia da zona do euro, tentou agora corrigir a orientação do Papa e da Igreja Católica para que sejam respeitadas as “opções diferenciadas das pessoas”, o mesmo fez sua distinta colega, a Cristina Kirchner, que solicitou ao Papa Francisco tolerância com suas leis de casamento gay e aborto e sobre o problema das Malvinas.

Enquanto isto, o sofrido povo da região das serras de Petrópolis continuam na sua saga, todo ano, mortes e mais mortes, até hoje, 28 confirmadas e o dinheiro gasto assim, com viagens de turismo,  sem nenhum critério.

E assim, Dona Dilma, enquanto o Papa Francisco pede aos seus conterrâneos que doem o dinheiro que gastariam com sua viagem a Roma aos pobres,  vai lá, e esbanja, no maior luxo, com a maior arrogância, uma verba que poderia muito bem ser melhor aplicada na ajuda os flagelados brasileiros, tanto os da região serrana de Petrópolis como aqueles atingidos pela seca e incompetência administrativa no nordeste, onde o gado tem morrido por falta de milho, que sobra noutras regiões do pais, faltando apenas o seu direcionamento por parte do governo.

Este é o governo que se diz dos pobres, dos trabalhadores...

Antonio Carlos Pereira


terça-feira, 19 de março de 2013

TÁ LINDU!!!!! - DOCA RAMOS MELLO








                                                                  Tá lindu!!!!!!

 

                                                                                         Doca Ramos Mello

                                                                                    ddramosmello@iol.com.br

           

 

 

Sou do tempo – conheço gente que vai dizer que sou louca por usar a expressão, afinal ela denota idade e hoje, todo mundo tem de ser obrigatoriamente jovem - mas eu sou mesmo do tempo em que o cidadão tinha de se adaptar às leis e às regras. Assim, se o local pedia, digamos, saia para as mulheres e calça social para homens, ou bem a pessoa se enquadrava ou sua entrada ali seria barrada.

            Como tudo neste país evolui às avessas, hoje são as leis e as regras que devem se adaptar às pessoas, sob o risco de processos por discriminação. Aliás, tudo é discriminação e você aí não se arvore em dizer publicamente que detesta espinafre porque os produtores de espinafres podem mandar você para a cadeia. E outras barbaridades mais, que o Brasil é prodigo em atitudes para inglês ver. Aqui se faz barulho por conta de um deputado inadequado para assumir os direitos humanos, mas se faz corpo mole quando condenados comandam a comissão de constituição e justiça – nós gostamos de auê.

            Assim, se o local tiver a audácia de pedir as tais saia e calça social como requisitos para a entrada, podemos ter um movimento de moças com os peitos de fora protestando contra a arbitrariedade. Os rapazes ainda não tiram as cuecas para exercer a cidadania, mas deve ser uma questão de tempo, afinal os direitos são iguais. 

            Formei-me em letras. Sou do tempo – olha ele aí, de novo – em que se tinha de ralar muito para conseguir um diploma de licenciatura em línguas anglo-germânicas com português. Estudei loucamente, ao todo fiz 11 anos só de latim, pesquisei literaturas a rodo, tive aulas de filologia, lingüística, o diabo a quatro, fora os idiomas. Hoje ouço dizer que se estuda somente português, diplomam-se estudantes a dar com o pau e eles saem da faculdade dizendo que SEJE o que Deus quiser... Santíssimo Sacramento do altar, misericórdia!!!

            Lecionava português, quando certa feita, à minha pergunta “o que é oração?”, em uma prova, o aluno me respondeu: “É a fé que temos em Deus”. Sou católica. Abandonei a cadeira de língua portuguesa porque tenho sangue quente, temi assassinar alguns exemplares estudantis e ir queimar no fogo do inferno.

            Hoje, preciso me desculpar com aquele aluno. Se tivesse feito o exame do Enem neste 2013, provavelmente ele teria sido incensado com nota mil, afinal, o que importa é...hum... bem...o que disseram mesmo as professoras da universidade de Brasília...? (Sou meio encanada com Brasília, tenho certos receios e...bom, deixemos p’ra lá).

            No Enem deste ano, só para ficar num exemplodignificante, o aluno escreveu “trousse”, entre outras pérolas, e as professoras deram a nota máxima para ele. Que bom! É a língua portuguesa, safada, debochada, homofóbica e preconceituosa, dobrando sua espinha dorsal para acolher melhor o cidadão criativo, o aluno carente, as cotas. Maraviliozo! Fassinante! Incríveu! Estou axando que deveçe voltar a lessionar portugueis porque agora, tenho chansse de me ridimir, né genti?