sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A TRAGÉDIA SOCIAL DO ALCOOLISMO - DÍDIMO BORGES



Existe uma indiferença ou falta de conscientização quanto aos males sociais do consumo de bebidas alcoólicas. O convívio social associa de forma recorrente o consumo destas bebidas. Considerada como droga “lícita” o consumo de álcool se alastra de forma incontida e as delegacias especializadas em crianças e adolescentes já estão plenamente conscientes de que o consumo de álcool está cada vez mais atingindo crianças que nem sequer chegaram à puberdade.
Nunca é demais advertir sobre as danosas conseqüências para a sociedade do consumo indiscriminado destas bebidas que gozam do privilégio de serem admitidas como “legais”. E, como “legais” não sofrem a repressão dispensada às outras drogas consideradas como “ilegais” como o crack, a cocaína, a maconha, etc. Assim, pela inação das autoridades, pela falta de conscientização da extensão dos malefícios sociais do consumo de álcool, vai-se universalizando o consumo irrefreado delas. E, deve-se dizer que é cada vez mais irrefreado o consumo pela falta de uma legislação restritiva à propaganda delas.
Cabe repisar os impressionantes números divulgados acerca da sinistralidade no trânsito, nas estradas e nas ruas que mostram o número de vítimas de motoristas alcoolizadas ascender às dezenas de milhares todos os anos. E o número destas vítimas fatais de motoristas alcoolizados tende a crescer na medida em que está cada vez mais democrática a posse de veículo automotor.
No Rio a polícia proibiu a comercialização de bebidas alcoólicas no entorno dos estádios nos dias de jogos de futebol. No Recife um projeto de lei da vereadora Marília Arraes proíbe a venda destas bebidas no entorno dos estádios nos dias de jogos sob o fundamento de que 51% dos homicídios ocorridos em logradouros públicos tem alguém alcoolizado como protagonista no crime, seja como vítima, seja como autor.
Um projeto de lei do dep. Wilson Filho ( PMDB-PB) pretende tornar obrigatória a propaganda contra as drogas ilícitas nas emissoras de rádio e televisão. Mas se sabe que o mal maior é o álcool como droga lícita. Até parece haver alienação geral quanto aos danos do álcool como droga lícita. Tem também a estupenda verba de publicidade da indústria cervejeira que compra a leniência da mídia radiofônica e televisiva.
Uma discussão sobre a importância da anti-propaganda contra drogas está na postagem do InfoBRASIL, a realidade nua e crua, sob o título “A TRAGÉDIA SOCIAL DO ALCOOLISMO”.



Dídimo Borges - por e-mail



Imagem: WEB

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O ACÚMULO DE ESTRESSE RESULTA NA QUEDA DE RENDIMENTO NO TRABALHO - CRC ONLINE





O estresse tem sido o causador de diversos pontos fracos na vida de executivos brasileiros. De desentendimentos familiares a problemas de saúde, afeta grande parte da população ativa do País.
Segundo o médico psiquiatra, Vladimir Bernik, não há ainda uma definição para esta enfermidade na patologia médica. No entanto, quem nunca sentiu dos sintomas do estresse, tais como respostas ríspidas, a falta de paciência ou, até mesmo, crises de choros?
O psiquiatra explica que “todo mundo passa por estresse ou por situações estressantes. É algo presente no dia a dia de todos. A quantidade imposta é que deve ser analisada. Um profissional pode passar por uma situação muito estressante, sofrer com picos ou então presenciar pequenos estresses repetitivos”.
Reconhecido como uma doença da modernidade, o estresse atinge cerca de 60% das pessoas que trabalham. “Trata-se de um sério problema social e econômico, pois ceifa pessoas ainda jovens, em idade produtiva e geralmente ocupando cargos de responsabilidade, imobilizando e invalidando as forças produtivas da nação”, pondera o médico.
Porém, o estresse já conta com diferentes tratamentos. Cuidar da alimentação e manter uma atividade física frequente são pontos positivos na luta contra o estresse. “É necessário, primeiramente, que todos consigam dosar esse estresse real. Às vezes, não há necessidade de nos preocuparmos demais com um determinado problema. Além disso, é fundamental aprender a relaxar quando se está fora do ambiente de trabalho”, disse o especialista.Quando o problema se agrava e tendo cada vez mais consequências, a indicação é buscar ajuda especializada. “A ajuda psicológica é bastante interessante. Ir a um psicólogo ajudará e, caso não seja a especialidade dele, saberá indicar o melhor caminho”, finaliza Bernik.


Fonte: CRC/SP ONLINE

Imagem: WEB

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

TODO POLÍTICO É FARINHA DO MESMO SACO: É REGRA SEM EXCEÇÃO! - JÚLIO FERREIRA

Infelizmente, esse Brasil Tiririca virou uma terra em que a diferença entre o ladrão e o espertalhão é determinada pelo valor que cada um conseguiu roubar. Se roubou pouco, é ladrão, mas se roubou bastante, e fez fortuna, é tratado como um indivíduo “essspeeerrrto”.



Vejamos o caso de alguns políticos brasileiros, que metem a mão no dinheiro público, inclusive distribuindo “mesadas” com parentes e aderentes, mas que devem ser protocolarmente tratados como excelências, na medida em que, aproveitando-se das brechas das Leis, muitas das quais criadas de forma artificial e preconcebida por eles mesmo, usam e abusam do direito de “se dar bem”.



Isso é que está acontecendo em Pernambuco, onde os deputados estaduais aprovaram o ganho de um tal de “auxílio moradia”, como mais uma forma de faturar um “dinheirinho” às custas do contribuinte. Essa norma “arrumada” pelos próprios deputados pernambucanos pode até ser legal, mas imoral!



A coisa funciona assim: na hora de votar Leis que favoreçam aos seus próprios interesses, por mais mesquinhos e calhordas que sejam, nossos parlamentares agem com extrema agilidade, no mais das vezes apelando para o velho artifício de “votações feitas nas coxas” para aprovar as mamatas que possam lhes favorecer, mas quando as tais Leis tem como objetivo o benefício da sociedade, como um todo, os “marajás da Democracia” começam com aquele joguinho de puxa-encolhe, fazendo com que muitas vezes as tais votações se arrastem por décadas.



Compare-se, só a guisa de exemplo, a agilidade com que os políticos votam normas que estabelecem vergonhosas vantagens para suas próprias aposentadorias, e a “secular” morosidade com que postergam decisões quanto a aspectos que possam melhorar as miseráveis aposentadorias dos pobres mortais que pagam impostos para sustentar suas “nababescas mordomias”.



Júlio Ferreira
Recife – PE

E-mail: julioferreira.net@gmail.com
Blog: www.ex-vermelho.blogspot.com/




O TAMANHO DA CORRUPÇÃO EM 2011? R$ 3.2 BILHÕES - FOLHA

O TAMANHO DA CORRUPÇÃO EM 2011?
R$ 3,2 Bilhões

PF flagra desvio recorde de recursos públicos em 2011
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Texto Folha
Operações da Polícia Federal flagraram o desvio de R$ 3,2 bilhões de
recursos públicos em 2011, dinheiro que teria alimentado, por exemplo, o
pagamentos de propina a funcionários públicos, empresários e políticos.
A informação é da reportagem de Fernando Mello, publicada na Folha deste
domingo (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL,
empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
O valor é mais do que o dobro do apurado pela polícia em 2010 (R$ 1,5
bilhão) e 15 vezes o apontado em 2009 (R$ 219 milhões).
Os números inéditos estão em um relatório produzido a partir apenas das
operações. Segundo a Polícia Federal, trata-se do valor provado nas
investigações, que são repassadas para o Ministério Público mover ações na
Justiça e tentar reaver o dinheiro.
Editoria de Arte/Folhapress



O DESMONTE DA PETROBRÁS
Ildo Sauer denuncia como José Dirceu entregou o Pré-Sal para Eike Batista
(Parte final - Os leilões dos campos da Petrobras)
A maior entrega da história do Brasil
Agradecendo ao comentarista Mario Assis, que nos enviou a matéria,
publicamos hoje a segunda parte da importantíssima entrevista do professor
Ildo Sauer, diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade
de São Paulo, concedida a Pedro Estevam da Rocha Pomar e Thaís Carrança, da
revista da Associação dos Docentes da USP (Adusp).

Considerado um dos maiores especialistas em energia do país, ex-diretor da
Petrobras no primeiro governo Lula, Sauer conta como foi descoberto o
Pré-Sal e denuncia o lobby feito por José Dirceu para entregar a Eike
Batista a maior parte das reservas.
Revista Adusp: Você ainda estava na Petrobras, quando o Pré-Sal foi
descoberto?

Ildo Sauer - Eu ajudei a tomar essa decisão. Nós tomamos essa decisão, não
sabíamos quanto ia custar. O poço de Tupi custou US$ 264 milhões, para
furar os 3 km de sal e descobrir que tinha petróleo. O Lula foi avisado em
2006 e a Dilma também, de que agora um novo modelo geológico havia sido
descoberto, cuja dimensão era gigantesca, não se sabia quanto. Então,
obviamente, do ponto de vista político, naquele momento a nossa posição, de
muitos diretores da Petrobras, principalmente eu e Gabrielli, que tínhamos
mais afinidade política com a proposta do PT de antigamente, a abandonada,
achávamos que tinha que parar com todo e qualquer leilão, como aliás foi
promessa de campanha do Lula.
Na transição, ainda a Dilma falou, "não vai ter mais leilão". Mas se
subjugaram às grandes pressões e mantiveram os leilões. Fernando Henrique
fez quatro, Lula fez cinco. Lula entregou mais áreas e mais campos para a
iniciativa privada do petróleo do que Fernando Henrique.
Um ex-ministro do governo Lula e dois do governo FHC foram assessorar Eike
Batista. O que caberia a um governo que primasse por dignidade? Cancelar o
leilão. Por que não foi feito? Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os
ex-ministros, estavam nessa empreitada
Revista Adusp: Mas Gabrielli era contra e acabou concordando?
Ildo Sauer - Não. A Petrobras não manda nisso, a Petrobras é vítima, ela
não era ouvida. Quem executa isso é a ANP [Agência Nacional do Petróleo],
comandada pelo PCdoB, e a mão de ferro na ANP era da Casa Civil. Então a
voz da política energética era a voz da Dilma, ela é que impôs essa
privatização na energia elétrica e no petróleo. Depois do petróleo já
confirmado em 2006, a ANP criou um edital pelo qual a Petrobras tinha
limitado acesso. Podia ter no máximo 30% ou 40% dos blocos, necessários
para criar concorrência. Porque, em 2006, Tupi já havia sido furado e
comunicado. O segundo poço de Tupi, para ver a dimensão, foi feito mais
adiante, esse ficou pronto em 2007. Só que o Lula e a Dilma foram avisados
pelo Gabrielli em 2006.

Muitos movimentos sociais foram a Brasília, nós falávamos com os
parlamentares, os sindicatos foram protestar. O Clube de Engenharia, que é
a voz dos engenheiros, mandou uma carta ao Lula, em 2007, pedindo para
nunca mais fazer leilão.
Em 2005-6, o [Rodolfo] Landim, o queridinho do Lula e da Dilma, saiu da
Petrobras. Porque o consultor da OGX, do grupo X, do senhor [Eike] Batista,
era o ex-ministro da Casa Civil (José Dirceu), e ele sugeriu então que Eike
entrasse no petróleo. Aí ele contratou o Landim, que começou a arquitetar.
Como o centro nevrálgico da estratégia da Petrobras é a gerência executiva
de exploração, o geólogo Paulo Mendonça, nascido em Portugal, formado aqui
na USP, e o Landim, articularam para em 2007 criar uma empresa nova, a
partir dos técnicos da Petrobras. E o senhor Batista queimou alguns milhões
de dólares para assinar os contratos e dar as luvas desses novos cargos,
que estavam dentro da Petrobras mas, desde que o Landim foi trabalhar com o
senhor Batista, ele já estava lá para arrancar de dentro da Petrobras esses
técnicos.

Aí chegou o fim de 2007, todos nós pressionando para não ter mais leilão, o
Lula tira 41 blocos. Mas vamos voltar a 2006. Em 2006, quem anulou o leilão
foi a Justiça, por discriminação contra a Petrobras fazer essas coisas.
Ouvi isso da Jô Moraes, num debate na Câmara dos Deputados.
Só que aí se criou o seguinte imbróglio: um ex-ministro do governo Lula e
dois do governo Fernando Henrique, Pedro Malan e Rodolpho Tourinho, foram
assessorar o Eike Batista. Ele já tinha gasto um monte para criar sua
empresa de petróleo. Se o leilão fosse suspenso, ele ia ficar sem nada, e
já tinha aliciado toda a equipe de exploração e produção da Petrobras.

O que caberia a um governo que primasse por um mínimo de dignidade para
preservar o interesse público? Cancelar o leilão e processar esses caras
que saíram da Petrobras com segredos estratégicos. Por que não foi feito?
Porque tanto Lula, quanto Dilma, quanto os ex-ministros, os dois do governo
anterior e um do governo Lula, estavam nessa empreitada.

Revista Adusp: Quem era o ex-ministro?
Ildo Sauer - O ex-chefe da Casa Civil, antecessor de Dilma.
Revista Adusp: José Dirceu?