sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A SEMENTE ESTÁ GERMINANDO




A SEMENTE ESTÁ GERMINANDO



A semente que foi lançada em sete de setembro já começou a germinar, e como semente que cai em solo fértil já está se multiplicando, as manifestações de indignação contra a falta de vergonha de nossos políticos e gestores da coisa pública já espocaram em várias cidades do pais, com ênfase na capital da corrupção, Brasília, sede do poder central e da maior concentração de corruptos por metro quadrado.
Estes políticos e gestores, como bem lembrou um nosso amigo, hoje não passam de masculino de “mulher pública” como eram chamadas antigamente as “mulheres de vida fácil”. Com a impunidade total para a roubalheira, instituída principalmente a partir de 2001 quando o partido que se dizia incorruptível, que não roubava nem deixava roubar, foi guindado ao poder, principalmente com o voto dos eleitores simples, facilmente enganados por uma propaganda mentirosa, e também por indivíduos, teoricamente mais cultos, que afinal se deixaram enganar pelo canto da sereia petista, quer de boa fé, quer por interesses escusos.
A poder de massiva propaganda, promessas mirabolantes e muita grana pública, foram comprados políticos e partidos, finalmente o mentiroso- mor, aquele que nada sabia das falcatruas que se perpetravam dentro de seu próprio palácio e debaixo de suas hirsutas barbas, conseguiu eleger sua substituta, que já como o mestre iniciou suas viagens e vexames internacionais, como, por exemplo, dar conselhos sobre economia e gestão pública aos dirigentes de países do primeiro mundo e na viagem, paga por nós à Bulgária seus pais de origem onde foi receber homenagens, alegou que o Brasil não pode ajudá-lo pois lá a corrupção é muito grande, como se eles fossem capazes de superar nossos dirigentes nesta “nobre arte”.
Como já escrevi anteriormente, espero que realmente estas sementes já germinadas se multipliquem e se transformem como que num tsunami, para varrer para sempre esta vergonhosa corrupção que nos assola!
Antonio Carlos Pereira

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

EXPLICAÇÕES DE SARNEY - JÚLIO FERREIRA

Na sua eterna mania de defender o indefensável, coisa natural em políticos que acreditam que com o uso do poder da palavra conseguem "enrolar todo mundo", o presidente do Senado, Zé Sarney, partiu para dar explicações sobre aquele episódio em que usou uma helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para fazer o deslocamento de sua "comitiva", em gozo de férias, de São Luiz até a sua ilha particular, no litoral maranhense, assim como tentar dar sua versão para o episódio em que, durante a apresentação das bandas "Capital Inicial" e "Detonautas", foi vaiado e xingado pela imensa platéia presente no "Rock In Rio".

Em ambos os casos, o "tiranossáurico senador" perdeu belas oportunidades de continuar calado, pois "conversou muita abobrinha", e acabou por não dizer "coisa com coisa". Em relação a "carona" que pegou no helicóptero maranhense, continua insistindo que não cometeu nenhum "pecado", pois, segundo suas cínicas explicações, tais tipos de procedimentos fariam parte da "ritualística do cargo que ocupa". Em relação às ofensas recebida durante o "Rock in Rio", Sarneyzinho resolveu usar sua idade avançada para se "fingir de abestado", fazendo de conta que não entendeu o que de fato aconteceu.

Pense em um sujeito "cara de pau"! Esse Brasil Tiririca, e seu eleitorado resiliente, parece ter "pisado em rastro de corno"! Afinal um país que depende de lideranças desse porte moral e ético, tem mais é que dar "cambalhotas de alegrias", por ainda não ter chegado ao fundo do poço (Será que ainda não chegou?). Vai ver, esse poço não tem fundo...

Júlio Ferreira
Recife - PE
E-mail: julioferreira.net@gmail.com
Blog: www.ex-vermelho.blogspot.com/




DIRETO AO PONTO - AUGUSTO NUNES

Obs: as vassouras da foto foram roubadas

12/10/2011
às 3:10 \ Direto ao Ponto Por Augusto Nunes
Entre 7 de setembro e 12 de outubro, os corruptos não pararam. Precisam ser detidos
Apenas 25 dias separam as primeiras manifestações promovidas pelo movimento contra a corrução em 7 de setembro e a segunda rodada de atos de protesto programada para este 12 de outubro. Menos de quatro semanas. Tanto bastou para que quadrilheiros espalhados pelos três Poderes e por todo o país desafiassem os brasileiros honestos com a ampliação do vastíssimo acervo de bandalheiras. Três exemplos são suficientes para retratar a desenvoltura dos fora-da-lei.

1. Em 15 de setembro, três ministros do Superior Tribunal de Justiça decidiram que não tem validade legal a imensidão de provas colhidas ao longo da Operação Boi Barrica. Em três anos de investigações, delegados e agentes da Polícia Federal descobriram o suficiente para instalar no banco dos réus dezenas de parentes, amigos e agregados do senador José Sarney. Em poucas horas, o ministro Sebastião Reis Júnior produziu um relatório que desqualifica os resultados da operação autorizada pelo Judiciário e monitorada pelo Ministério Público.

Excitados com a derrota imposta aos xerifes, os vilões resolveram dispensar-se de cautelas. No momento, até os meirinhos que já morreram sabem que Sarney manobra ostensivamente para infiltrar no STJ a desembargadora federal Assusete Dumont Reis Magalhães. E o inevitável José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão, quer preencher a vaga no Supremo Tribunal Federal aberta pela aposentadoria de Ellen Gracie com a nomeação de uma amiga que o assessorou na Casa Civil. A candidata certamente acha que a maior gatunagem da história republicana não existiu.

2. Em 23 de setembro, o Estadão reproduziu a entrevista concedida a uma emissora de rádio do interior pelo deputado estadual Roque Barbiere, do PTB paulista. Irritado com concorrentes que andam invadindo sua capitania eleitoral, Barbiere contou que há na Assembléia Legislativa um movimentadíssimo balcão de compra e venda de emendas parlamentares. De lá para cá, multiplicaram-se evidências contundentes de que o comércio de dinheiro público é ainda mais repulsivo do que sugeriu a entrevista.

Como o escândalo envolve todos os partidos, o plenário uniu-se para abafá-lo. Nenhum deputado ousou romper o silêncio corporativista. O governador Geraldo Alckmin avisou que só se interessará pela apuração do caso se Barbiere entregar-lhe os nomes dos envolvidos e as quantias recebidas (talvez exija também o CIC e o RG dos acusados). Até agora, ninguém foi preso, indiciado ou processado. Aliás, nenhum dos incontáveis larápios federais presos pela Polícia Federal nos últimos nove anos está na cadeia.

3. Em 28 de setembro, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados absolveu o notório Valdemar Costa Neto, vulgo Boy, de todos os pecados pretéritos e presentes (os futuros ficam para as próximas sessões). O prontuário de bom tamanho informa que o chefão do PR foi um dos sócios fundadores do esquema do mensalão, aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal por formação de quadrilha e chefiou o bando que saqueou o Ministério dos Transportes, fora o resto. Para os colegas, Boy é um exemplo de respeito ao decoro parlamentar.

Convencido de que será inocentado também pelo STF, o delinquente irrecuperável informou que, ao contrário do que fez em 2005, desta vez não vai interromper o mandato para antecipar-se à cassação. “Não renuncio nem com reza braba!”, resumiu. Amigo e discípulo de Lula, Valdemar Costa Neto fez o que o mestre recomendou no fim de setembro aos ministros corruptos: só consegue resistir no cargo quem tem “casco duro”. Tradução: só se mantém no emprego quem nega tudo ─ mesmo depois de pilhados em flagrante.

Os três exemplos comprovam que o Executivo, o Judiciário e o Legislativo estão contaminados pela ladroagem endêmica e impune que o fundador do Brasil Maravilha transformou em instrumento político. Cabe ao movimento contra a corrupção transformá-los em três ultrajes, três estímulos, três bandeiras e três motivos adicionais para outros atos de protesto. Insaciáveis, os assaltantes de cofres públicos não vão parar espontaneamente. Precisam ser detidos pelos brasileiros que respeitam os códigos morais, desprezam ladrões e não capitulam.

Esses tampouco cruzaram os braços depois do Sete de Setembro, atestaram os memoráveis momentos do Rock in Rio em que a multidão cuidou de fazer um perfeito contraponto para o Capital Inicial e os Detonautas. Estimuladas pelos vocalistas Dinho Ouro Preto e Tico Santa Cruz, dezenas de milhares de vozes resumiram o que pensam dos corruptos no coro desmoralizante endereçado a José Sarney. Sarney é, merecidamente, um dos símbolos da impunidade. Mas, como lembrou Tico Santa Cruz (que estará nos atos de protesto desta quarta-feira, a Marcha contra a Corrupção tem muitos alvos. Também por isso, não vai acabar tão cedo.

O importante é que começou. O caminho se faz ao andar.