sábado, 7 de agosto de 2010

DEFINIÇÃO DO PT - JÚLIO FERREIRA


Circula na Internet uma perfeita definição do PT: "O PT é um partido orientado por intelectuais que estudam e não trabalham, formado por militantes que trabalham e não estudam, comandado por sindicalistas que não estudam nem trabalham e suportado por eleitores que trabalham pra burro e não têm dinheiro pra estudar". Genial! O autor da frase, seja lá quem for, deve ser alguém que conhece bem a petralhada, pois conseguiu sintetizar perfeitamente o quadro de degradação ética e moral imposto por dirigentes partidários, transformados em gigolôs dos cofres públicos, que conseguiram transformar o antigo PT, orgulho de uma militância que fazia questão de ostentar nas ruas sua opção partidária, por entender que pertencia a ÚNICA legenda verdadeiramente ética e séria da política brasileira, em uma sigla tão manchada pela desonra quanto aquelas que fazia questão de criticar de forma tão ácida, fazendo com que seus antigos militantes, encabrestados por uma direção partidária fascista, tenham ao longo dos anos tendo de escolher entre duas opções: 1)Dar um basta às imoralidades cometidas pelo PT, em uma clara demonstração de que não compactuam com as imoralidades impostas pela direção partidária, e buscar abrigo em outras legendas, ainda não cooptadas pelo neoliberalismo, tal como o PT, definitivamente, foi; 2) Continuar no PT, deixando-se comprar pelas benesses oferecidas em troca do seu irresponsável silêncio. É triste ver tantos petralhas, que tiveram coragem de enfrentar o regime militar, capitularem ante boas propostas de se locupletar com migalhas do poder.

Júlio Ferreira
Recife - PE
Ident.: 850.650 SSP-PE
E-mail: julioferreira.net@gmail.com

UMA AULA DE HISTÓRIA - LÚCIA HIPPÓLITO

O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, através das Comunidades Eclesiais de Base.
Os orgulhosos padrinhos foram, primeiro, o general Golbery do Couto e Silva, que viu dar certo seu projeto de dividir a oposição brasileira.

Da árvore frondosa do MDB nasceram o PMDB, o PDT, o PTB e o PT... Foi um dos únicos projetos bem-sucedidos do desastrado estrategista que foi o general Golbery.

Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.

O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.

O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava com picaretas.

O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.

Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.

Tudo muito chique, conforme o figurino.

E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve que se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve que abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.

A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plinio de Arruda Sampaio Junior.

Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloisa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.

Os militantes ligados a Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto. E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.

Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.

Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64. Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.

Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.

É o triunfo da pelegada.

Lucia Hippolito

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

CIRO, O BOCA INDOMÁVEL - DOCA RAMOS MELLO



* Sobral Produções Cinematográficas apresenta: “Duro de se retirar, parte 5”-.

Sei que o moço está em baixa e por fora, mas acho que por isso mesmo não resisto, hehehe... Não que eu seja maldosa a ponto de tripudiar em cima de quem enfrente um mau momento, absolutamente, mas é que o sujeito em questão pede, implora, sugere, sabem como é...?

Ciro Gomes, oh, Ciro Gomes...

Sou de Pindamonhangaba e ele diz que também o é. De fato, nasceu lá numa das paradas da família, mas não conhece o Bosque da Princesa, não deve ter a menor intimidade com os versos de Baltazar de Godoy Moreira, aposto como ignora quem tenha sido João Romeiro, nunca visitou o busto de Athaíde Marcondes ou freqüentou o Literário, nem tomou Café Lourenço, enfim, de Pinda ele não sabe o ó do borogodó. Resumindo: filho de gato que nasce no forno não pode se considerar biscoito. Diferente de Geraldo Alckmin, este sim, pindamonhangabense ilustre e legítimo, nascido e criado lá, onde começou sua carreira política. E agora já batendo 50% das intenções de voto em São Paulo, para nosso contentamento, vade retrum Mercadejante!

Isso posto, quero fazer um mea culpa bravo: eu...err...já...humm, rãn, rãn...gulp...já votei em Ciro Gomes... Eu explico, eu explico, por Deus, não me joguem aos leões (aliás, prefiro os leões ao Leão, gente, que técnico é aquele?!) Logo que ele se projetou nacionalmente, gostei daquele discurso nordestês cheio de ypicilones, a fala emproada arrotando conhecimentos, um Caetano da política – Ciro é um cara inteligente, culto, fala bem (até degringolar). O problema é com sua fantasia de oposição, tecido ruim alinhavado grosseiramente, que fui percebendo quando já não podia voltar atrás porque meu xis havia sido sufragado e só me restava gemer sem sentir dor, oh vida madrasta carolina jatobá! Errar é humano, técnico da seleção é o Mano, sorry.

A coisa começou a descer ladeira p’ra mim quando, na campanha para presidente, perguntado em público por um jornalista sobre qual seria o papel da global Patrícia Pilar (a nova esposa dele à época, pois o homem muda de mulher mas adota uma segunda com o mesmo nome da anterior, quem sabe para não dar chance ao azar de errar ao chamar a pobre) na sua vida pública. Ele foi curto e grosso: “O papel dela é dormir comigo”. Fiquei bege. Tem declaração mais elegante, mais romântica? Ui!

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Pausa para lamentar que a moça, descolada, celebridade, bem paga, liberada, atriz de sucesso, moderna, independente, e correlatos, não tivesse reagido de modo ao menos singelo (“que isso, benhê?!”), quem dera mandando a criatura caçar sapo com bodoque, catar lata, ir ver se ela estava na esquina. Sempre digo que a verdadeira libertação da mulher deve começar do umbigo para cima, mas a região abaixo dessa linha tem mais apelo, inclusive sensual e... Tragédia, tragédia... Além disso, mesmo moderníssimas, antenadas e liberadérrimas, muitas mulheres hoje em dia ainda adotam o look burka (nem discutem o apedrejamento!), não perdem uma edição do Afeganistão Fashion Week – é uma questão de gosto. E de cabeça, na maioria das vezes de borboleta pura, que fazer...?

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Sei dizer que, candidato à Presidência, naquela época agindo como oposição ao Grande Guru de Garanhuns, Ciro disse textualmente: “Votar em Lula é mandar o Brasil para um buraco negro que ninguém sabe onde vai dar”. Derrotado, comprou uma lanterna potente, deixou crescer uma barbinha rala e medonha e apareceu para o país na pele de ministro do Cabra da tal cratera, instalando-se no buraco do poder com gáudio e pompa, como lhe convinha aos brios em verdade nordestinos de sangue.

Já no episódio da farra das passagens, tendo sua mãe, Dona Maria, dado um rolê em Nova York à nossa suada custa, irritou-se ao ser questionado sobre o tema e disse que a veneranda senhora tinha 80 anos – como se a longevidade de sua mãinha a dispensasse de se ater à decência que deve nortear todos os brasileiros quando se trata do dinheiro do povo. Mas, o coração nordestino tem razões que a razão comum dos demais Estados do Brasil não atinge, vide V. Exa. Metalurgíssima, para quem as leis não servem de nada e estão aí para todos, exceto para sua augusta pessoa.

Bem, bem, bem... Ciro inventou de ser candidato à Presidência de novo em 2010. É um direito que nos atinge a todos, sem dúvida, até Nicinha Boa de Bico, cuja atividade mais constante é tomar baldes diários de água que passarinho não bebe, já andou lançando seu nome ao cargo, mas depois que V. Exa. Metalurgíssima entrou no páreo, desistiu: “Estou..ic...bem representada...ic”, disse no boteco de sua preferência. Voltando a Ciro, o problema é que ele fez apostas erradas, pois julgou que, tendo babado ovo durante oito longos anos, poderia contar com a solidariedade política do homem de Pernambuco, mas não só foi de novo para o buraco como encontrou a cratera cheia d’água, onde foram dar seu burro e ele juntos, lasqueira! Ciro Gomes então levantou poeira, fez carranca, apontou a metralhadora para todo mundo, terminando por dizer que seu ex-patrão, antes por ele badaladíssimo, “viaja na maionese”.

Ai, ai, ai...

Disse ter sido traído, retirou-se da cena, sumiu, não sem antes fazer um bafafá no seu melhor e mais verborrágico estilo, até afagar José Serra e esculhambar com a Boneca Terrorista de Ventríloquo, a grande dama de ferro escolhida pelo Cara para ser eleita e assim permitir que ele se mantenha sempre de frente para o espelho d’água de Brasília, sem que o aborreçam. E Ciro avisou que não faria coro à candidatura da Favorita de Peruca, bateu o pé, meteu a lenha, trovejou, soltou as feras, boquejou p’ra caramba!

Esta semana, Ciro Fênix ressurgiu das cinzas, já mais calminho, encenando o humilde algo retraído (por enquanto...) para, afinal, acrescentar timidamente seu óleo de peroba à receita da maionese da chefia, com direito até a almoço especial de adesão ao Grande Baile de Máscaras de Estela (Wilma, Patrícia, Wanda e quejandos). Para o qual, com certeza, tem preparado o smoking da contradança, no caso de a banda Bolsa-família & Mensalão, contratada e amarrada a peso de sanguessugas e aloprados, conseguir entoar o arranjo escrito por V. Exa. Metalurgíssima para embalar seu sonho de reinado. Toque a zabumba, maestro, bote fogo no bate-coxa! Assegurar uma vaguinha no arrasta-pé (e o apoio ao irmãozinho) é preciso, ser coerente não é preciso... Se Pessoa puder me perdoar pela paródia infame.

DOCA publicou esta crônica em: http://www.papolivre.com.br/

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

AMBIENTE DE TRABALHO REQUER RESPEITO E ATITUDES POSITIVAS



Trabalhar num ambiente agradável é o desejo de todos. Estar entre pessoas amáveis ou, no mínimo, educadas e que prezam a “política da boa vizinhança” certamente proporciona uma maneira satisfatória de desenvolver as tarefas do dia a dia.

Mas, o que muitos não sabem, é que esse clima favorável é na verdade o resultado da soma das atitudes e posturas dos colegas e da própria liderança da equipe. Saber discordar com educação, ouvir, cooperar, ser solícito com os colegas são alguns dos requisitos da boa convivência. As palavras de Winston Churchill, primeiro ministro do Reino Unido, "para que se construa uma nação é preciso que cada um cumpra com o seu dever", podem ser adaptadas para a vida empresarial. Se cada um fizer a sua parte, em termos profissionais e pessoais, o local de trabalho se tornará positivo, produtivo e agradável para todos.

Esse comportamento amigável está justamente no lado oposto do ambiente hostil, do qual a maioria das pessoas procura se distanciar. Mas, infelizmente, às vezes nos deparamos com pessoas com uma postura irritadiça e com atitudes que só geram incômodos. Saber conviver, se comunicar e se relacionar com pessoas difíceis é uma arte, que devemos dominar para poder adquirir antídotos contra os maus hábitos e desfrutar de uma poderosa ferramenta de comunicação e convivência, que proporcionará muitas oportunidades, no sentido de encontrar aliados e não concorrentes no desempenho das funções, além de promover harmonia no ambiente de trabalho.

O economista e pesquisador do Comportamento Humano Carlos Hilsdorf delineia um caminho para uma carreira promissora quando afirma que “para sermos felizes e alcançar realização pessoal e profissional em qualquer área de nossas vidas, precisamos encontrar o verdadeiro sentido pelo qual fazemos as coisas”.

Uma liderança eficaz produz na equipe um sentimento de trabalho em conjunto, com resultados satisfatórios para a empresa e para as pessoas que nela passam grande parte de suas vidas.

“Carreira não é um plano de remuneração, reconhecimento e longevidade profissional. Carreira é um compromisso ético com a existência, é o seu histórico de contribuições efetivas para que a vida seja melhor por meio da sua atitude”, conclui Carlos Hilsdorf.

FONTE: CRC/SP ONLINE

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O VIAJANTE - JOELMIR BETING


O Viajante
texto de Joelmir Beting

Se beber não dirija. Nem governe.
Até aqui, em 40 meses de governo, o presidente Lula já cometeu 102 viagens ao mundo. Ou mais de duas por mês, tal como semana sim, semana não. Sem contar, ora pois, as até aqui, 283 viagens pelo Brasil...

Hoje, dia 15/07, ele completa 382 dias fora do país desde a posse. E pelo Brasil, no mesmo período, 602 dias fora de Brasília.

Total da itinerância presidencial, caso único no mundo e na História: Exatos 984 dias fora do Palácio, em exatos 1.201 dias de presidência. Equivale a 81,9% do seu mandato fora do seu gabinete.
Esta é a defesa da tese de que ele não sabia e nem sabe de nada do que acontece no Palácio do Planalto.

Governar ou despachar, nem pensar. A ordem é circular. A qualquer pretexto.

E sendo aqui deselegante, digo que o presidente não é (nem nunca foi) chegado ao batente, ao despacho, ao expediente.

Jamais poderá mourejar no gabinete, dez horas por dia, um simpático mandatário que tem na biografia o nunca ter se sentado à mesa nem para estudar, que dirá para trabalhar.

SEM CONTAR AS DESPESAS:
FHC, EM 8 ANOS DE GOVERNO, GASTOU R$ 58 MILHÕES, CRITICADOS PELO PT.
LULA ATÉ AGORA, EM MENOS DE 7 ANOS, GASTOU R$ 584 MILHÕES! E SÓ AS IDENTIFICADAS PELA IMPRENSA

E o povão ainda aplaude... e vota!

LULA É O MELHOR AMIGO DOS TIRANOS NO MUNDO DEMOCRÁTICO - JACKSON DIEHL


Lula é melhor amigo dos tiranos no mundo democrático, diz colunista do "Post"

O "melhor amigo dos tiranos no mundo democrático". Assim foi definido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em artigo do jornalista Jackson Diehl, subdiretor da seção de opinião do jornal americano "Washington Post". O artigo comenta a resposta negativa de Teerã à proposta de Lula de conceder asilo à iraniana condenada à morte por apedrejamento.
Diehl diz que Lula "foi mais uma vez humilhado por um de seus clientes", o líder iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, "patrocinador do terrorismo e que nega o Holocausto, a quem Lula publicamente abraçou --literalmente". Segundo Diehl, o governo de Ahmadinejad usou de "condescendência refinada" para descrever Lula como "mole".
"Até onde sabemos, [Luiz Inácio Lula] da Silva é uma pessoa muito humana e emotiva que provavelmente não recebeu informações suficientes sobre o caso", disse o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast, em resposta à proposta de Lula. Informações adicionais serão providenciadas para o presidente para esclarecer a situação sobre 'uma pessoa que é uma criminosa condenada', o porta-voz acrescentou.
O jornalista lembra ainda do acordo nuclear iraniano mediado por Brasil e Turquia, e diz que "não é a primeira vez que Lula é constrangido por seu 'amigo' iraniano". Na época do acordo, "Ahmadinejad o seduziu a fazer o papel de idiota útil às vésperas de votação de sanções do Conselho de Segurança da ONU".
Em 17 de maio, os presidentes Lula e Ahmadinejad, além do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, fecharam um acordo para tentar encerrar o impasse em torno do programa nuclear iraniano. Porém, a maior parte da comunidade internacional rejeitou o acordo optando pela adoção de sanções ao Irã, acusando o país de querer desenvolver armas nucleares.
O líder iraniano "não é o único ditador a explorar o apoio incondicional de Lula", continua Diehl em seu artigo. "Lula estava ocupado alisando Raul e Fidel Castro em Cuba em fevereiro passado, quando o regime anunciou que um dissidente preso, Orlando Zapata Tamayo, morreu em greve de fome".
O articulista finaliza lembrando do boato de que Lula sonha em ser o próximo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas). "Daí seu desejo de demonstrar que pode persuadir governantes como Ahmadinejad a dar ouvidos à razão. Só que --aparentemente, ele não pode", escreveu Diehl.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

STALLONE - OLAVO DE CARVALHO


A mídia inteira está brabíssima com o ator Sylvester Stallone porque ele disse que no Brasil você pode explodir o país e as pessoas ainda lhe agradecem, dando-lhe de quebra um macaco de presente. Alguns enfezados chegaram até a resmungar que com isso o ator estava nos chamando de macacos – evidenciando claramente que não sentem a diferença entre dar um macaco e ser um macaco.
Da minha parte, garanto que Stallone só pecou por eufemismo. Macaco? Por que só macaco? Exploda o País e os brasileiros lhe dão macaco, tatu, capivara, onça pintada, arara, cacatua, colibri, a fauna nacional inteira, mais um vale-transporte, uma quota no Fome Zero, assistência médica de graça, um ingresso para o próximo show do Caetano Veloso e um pacote de ações da Bolsa de Valores.

Exploda o País como o fazem as Farc, treinando assassinos para dizimar a população, e o governo lhe dá cidadania brasileira, emprego público para a sua mulher e imunidade contra investigações constrangedoras.

Sequestre um brasileiro rico e cinco minutos depois os outros ricos estão nas ruas clamando pela libertação – não do sequestrado, mas do sequestrador (passado algum tempo, o próprio sequestrado convida você para um jantar na mansão dele).

Crie uma gigantesca organização clandestina, armando com partidos legais uma rede de proteção para organizações criminosas, e a grande mídia lhe dará todas as garantias de discrição e silêncio para que o excelente negócio possa progredir em paz; sobretudo, ninguém, ninguém jamais perguntará quem paga a brincadeira.
Tire do lixo o cadáver do comunismo, dando-lhe nova vida em escala continental, e os capitalistas o encherão de dinheiro e até se inscreverão no seu partido, alardeando que você mudou e agora é neoliberal.

Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional.

Encha de dinheiro os invasores de terras, para que eles possam invadir mais terras ainda, e até os donos de terras o aplaudirão porque você "conteve a sanha dos radicais".
Mande abortar milhões de bebês, e os próprios bispos católicos taparão a boca de quem fale mal de você. Mande seu partido acusar as Forças Armadas de todos os crimes possíveis e imagináveis, e os oficiais militares, além de condecorar você, sua esposa e todos os seus cupinchas, ainda votarão em você nas eleições presidenciais.

Destrua a carreira de um presidente "direitista" e alguns anos depois ele estará trocando beijinhos com você e cavando votos para a sua candidata comunista no interior de Alagoas.
Um macaco? Um desprezível macaquinho? Que é isso, Stallone? Você não sabe de quanta gratidão, de quanta generosidade o brasileiro é capaz, quando você bate nele para valer.
Fora essa ressalva quantitativa, no entanto, a declaração do ator de "Rambo" é a coisa mais verdadeira que alguém disse sobre o Brasil nos últimos anos: este é um país de covardes, que preferem antes bajular os seus agressores do que tomar uma providência para detê-los.
O clássico estudo de Paulo Mercadante, A Consciência Conservadora no Brasil, já expunha a tendência crônica das nossas classes altas, de tudo resolver pela conciliação. Mas a conciliação, quando ultrapassa os limites da razoabilidade e da decência, chega àquele extremo de puxa-saquismo masoquista em que o sujeito se mata só para agradar a quem quer matá-lo.
Curiosamente, muitos dos que se entregam a essa conduta abjeta alegam que o fazem por esperteza, citando a regra de Maquiavel: se você não pode vencer o adversário, deve aderir ao partido dele.
Esses cretinos não sabem que, em política prática, Maquiavel foi um pobre coitado, que sempre apostou no lado perdedor e terminou muito mal. A pose de malícia esconde, muitas vezes, uma ingenuidade patética.

Olavo de Carvalho é ensaísta, jornalista e professor de Filosofia

http://groups.google.com/group/por1brasilmelhor?hl=pt-BR.

domingo, 1 de agosto de 2010

CARA-DE-PAU

Não tem tamanho a cara-de-pau de certos políticos, alijados do legislativo nas eleições de 2006, envolvidos na "máfia das sanguessugas" estão tentando a volta por cima nestas eleições 2010. Dos 86 políticos acusados de integrar o esquema, mais da metade destes indivíduos tentam voltar agora, esqueceram, que embora incipiente, a Lei da Ficha Limpa barra os fichas-sujas, se não pelo STE, pelo menos pela mídia e pela internet. A lista está prontinha e será devidamente espalhada pelo web no momento oportuno. Não se esqueçam estes políticos corruptos da força que temos. Nos aguardem...
Publicado parcialmente no O DIA -RJ - de 03/08/2010

DOSSIÊ PETISTA, NEM O PT SE SALVA!

Tudo é possível na luta infame para conquista de poder dentro deste governo lulista. Agora a vítima do novo dossiê petista é a filha do ministro Guido Mantega, em que o próprio governo identifica como da lavra da ala dos sindicalistas bancários. Embora tentassem dizer que não sabiam de nada, como sempre, desta vez não deu para abafar, a estória veia à tona. Também, ninguém quer perder as inúmeras e portentosas mamatas em poder da máfia dominante. Desta vez a briga é pelo poder dentro da PREVI, fundo de pensão das funcionários do banco do Brasil. Nem é bom pensar o que de desvios devem estar ocorrendo por lá...Vamos esperar que pelo menos reste alguma coisa para manter a aposentadoria do pessoal do BB. Deus queira!.

FANTASMA, SACI E PAPAI-NOEL - JOSÉ CARLOS LEITE FILHO


Certamente os que lerem este artigo não acreditam na existência dos entes epigrafados, mas muitos outros, sem hábito de leitura, pensam diferente e são até capazes de contar, com convicção ou não, fatos vivenciados com os mesmos.
Dizem que “o homem é produto do meio” e daí podermos imaginar que a crença em seres sobrenaturais é função de vários fatores, começando na idade e passando pelas oportunidades de frequentar escolas e outras de amadurecimento para o mundo. Quando isso não acontece, pela pobreza familiar ou por culpa de maus governantes, permanece a escuridão que não condiz com a cidadania.
A atual vida política brasileira é, para mim, algo semelhante. Não são poucos os governantes e candidatos, na cúpula do executivo federal ou alhures, que se aproveitam da triste realidade brasileira de 53% da população abaixo do 1º grau de ensino, com difícil discernimento, e tudo fazem para que o eleitor acredite no seu saci ou no seu papai-noel, esquecendo os fantasmas por não terem uma boa imagem...
Às vezes, por interesses e ambições pessoais, o saber é publicamente desvalorizado e as mentiras proliferam em um complexo de cultura propício à ignorância, à ingenuidade, à aceitação pacífica da corrupção, da cumplicidade, dos enriquecimentos fraudulentos e da não renovação dos personagens políticos. É o que se evidenciou em Natal, há três dias, durante a rápida e inexpressiva visita da candidata Dilma Roussef, aquela que não leu o seu programa de governo entregue à Justiça Eleitoral e que “apenas o rubricou”, mais conhecida pelas suas mentiras contumazes do que pelo seu currículo cujo enriquecimento ela já tentou pelo acréscimo de títulos de mestrado e doutorado, ambos inexistentes. A candidata, não selecionada pelo partido dominante, mas imposta pelo seu dono poderoso, prometeu aos potiguares aeroporto, ZPE, barragem e Transnordestina, tudo o que não foi feito em oito anos de governo do seu partido e só não prometeu mais porque necessitava de tempo para falar mal de políticos honrados eleitos pelo povo para fazer oposição democrática.
E agora me restou refletir e perguntar aos possíveis eleitores: você acredita em mulher rancorosa, que usa a mentira e a insolência como armas, tanto quanto acredita nos seus duendes?

(GCarlos Leite Filhoen Ex José – linsleite@supercabo.com.br – 30/07/10)
(Publicado em “O Jornal de Hoje”, de 31/07/ e 01/08/10-Natal,RN)