sábado, 1 de agosto de 2009

CENSURA AO ESTADÃO

Vergonhosa, imoral, absurda, inconstitucional e mais o que se pensar, a censura imposta ao Estadão sobre publicações que envolvam o filho da Sarney sobre a Operação da Polícia Federal, denominada Boi Barrica. O desembargador do caso, Dácio Vieira, como bem explicita a foto publicada no Estadão (uma imagem vale por mil palavras) é ligado à clã do senador. Só por isto a decisão já devia ser derrubada. Alega o magistrado que "diálogos íntimos" foram tornados públicos. Diálogos íntimos? Sobre o nosso dinheiro? Isto nos interessa sim e temos todo o direito de saber quem está nos roubando. É preciso que se diga que, se não fosse a imprensa não saberíamos de nada que ocorre na "ilha da fantasia". Firme Estadão, a internet está ai para divulgar as falcatruas desta clã safada, destes verdadeiros sangue-sugas do erário. Hoje mesmo vou fazer minha assinatura!

CADÊ O PT?

Nunca fui petista, mas nos seus primórdios, sob a capa de representantes do trabalhadores e de defesa da ética e da transparência, acreditei que seria uma boa opção pra se contrapor aos partidos maiores que à época dominavam o governo do pais. Com o passar dos tempos o partido foi ganhando força e poder, com isto, logo mostrou a que veio, tornou-se o partido mais corrupto que já vimos. Os verdadeiros "petistas", aqueles que realmente entraram no partido por ideal, logo se desiludiram e criaram outros partidos para continuar a sua luta. Os que ficaram se acomodaram e procuraram, como seus principais dirigentes, se locupletarem, mamando nas gordas tetas da nação. Esqueceram-se do que pregavam e tudo justificam dizendo que os outros também fizeram. Quando se critica Lulla, levamos a pecha de preconceituosos. A elle tudo é permitido, desde mentir descaradamente a trair e abandonar seus "cumpanheiros" na hora do aperto. Agora fica a pergunta: onde está o verdadeiro PT? Junto aos que saíram, ou junto aos que ficaram?

JÁ PASSOU DA HORA!

Já passou da hora de as forças vivas da nação, já que os partidos políticos estão quase todos envolvidos com este mar de lama que nos assola, tomarem medidas reais e efetivas de combate a esta corrupção pandêmica que atinge todos os poderes da nação. Onde estão a OAB, as Igrejas, a Maçonaria e outras entidades que teriam força para liderar um movimento de real combate a isto tudo? Sabemos que ainda existem, embora raros, políticos honestos, mas onde estão eles? Com medo de se mostrarem honestos no meio de tanta falta de caráter? Nosso povo está se acomodando, achando que tudo é normal, pois, por isto mesmo a grande aprovação popular do nosso presiMente. Onde estão os honestos, por favor, apareçam!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

NÃO VOTEI NO SARNEY... - LULLA

Como já é de praxe nosso querido presiMente mudou totalmente o seu discurso ao ver que é insustentável a manutenção de seu aliado bigodudo na presidência do senado e até como senador. Como sempre, ele não tem culpa de nada, nega com a maior cara de pau sua interferência no PT (que o diga o Mercadante) e nas decisões do congresso como um todo. Diz não ter votado no bigodudo, contudo, ao negar apoio ao petista Tião Viana, não fez outra coisa a não ser "votar" no Sarney. E como sempre dá seus foras: -"...não votei para ele ser senador no Maranhão". Todos sabemos, menos ele, que Sarney é senador pelo Amapá.É incrível como " o cara" é capaz de dar foras e mentir tão descaradamente...

terça-feira, 28 de julho de 2009

CORDEL NO BIGODE DA NAÇÃO - MIQUEZIM DE PRINCESA

NO BIGODE DA NAÇÃO
Miguezim de Princesa

I
Presidente Zé Sarney,
Queira ao menos me explicar
Se tudo o que o senhor faz
Há como fundamentar:
Se é coisa consciente
Ou, se o assunto é parente,
Costuma se abilolar?
II
Pois um homem experiente,
Que nunca perdeu uma meta,
Que apoiou a ditadura
E a renegou na indireta
Ao se eleger com Tancredo,
Vai se lascar no segredo
Do namorado da neta!
III
Vai se perder na hospedagem
Do cabra lá de Codó
(Vereador muambeiro,
Babão de uma conversa só,
Exímio catimbozeiro,
Pomba-gira de terreiro,
Amarrador de cipó)?
IV
Como dizia Platão,
Tu és do primeiro time,
Rei, príncipe, seja o que for,
Comandante do regime,
Pra cujas falhas a pena
Não passa de cantilena,
Não existe nem redime.
V
Quem sabe, não foi por isso,
Engolfado nos milhões,
Que pra ti virou besteira
O destino dos tostões
Desviados de Brasília,
Que são troco da família
De assinalados barões.
VI
E aí o presidente,
A nossa máxima excelência,
Hierarquizou o crime,
Nos pedindo paciência:
Simples mortais, a prisão;
Quem representa cifrão
Tem inteira complacência!
VII
O Brasil do Bolsa-Fome,
Que vive na precisão,
De milhões que nunca viram
A luz da educação,
Suporta agora quieto
Seiscentos atos secretos
No bigode da Nação.
VIII
Atire a primeira pedra,
Senador ou deputado,
E eu de cá escutando
A coruja no telhado
Ou algum bicho agoureiro
Campanado no poleiro
Esperando o resultado.
IX
A campanha dos jornais
Escolheu José Sarney:
Ele é a bola da vez
(Da minha lista eu rifei),
Mas eu conheço mais gente,
Supostamente decente,
Em quem não apostarei.
X
E para finalizar,
Peço a Sarney atenção:
Beiço não é arroz doce,
Polenta não é pirão;
Jumenta nunca foi égua;
Compasso nunca foi régua;
Brasil não é sua mansão!

domingo, 26 de julho de 2009

O SENADO HUMILHADO E CHAGAS EXUMADO

Lula manda e desmanda no Congresso como ninguém o fez
José Neumane Pinto


Como os engenhos do escritor José Lins do Rego, encontra-se no momento em “fogo morto” a brasa soprada e reavivada por senadores oposicionistas, alguns ditos independentes e os que ousam destoar do coro dos contentes na base situacionista por obra e desgraça da sentença de Lula segundo quem os senadores são todos “pizzaiolos”. Como não há notícia de que nenhum honrado pizzaiolo propriamente dito e sem aspas processará o presidente da República por confundir sua digna atividade com a atuação bem menos decente de coveiros de denúncias vivas, Sua Excelência pode dormir em paz e falar o que quiser de quem quiser, pois é improvável que algo de ruim lhe aconteça. Fica a questão: a sentença abusada caiu no vazio por terem os senadores vestido a carapuça ou por não ousarem desafiar a palavra real, ainda que esta os ofenda? É possível inferir que podem ser as duas coisas – a frase é verdadeira e o ofensor, inatingível pela ira dos ofendidos?
Ao contrário da repetição da História, em que a tragédia vira farsa, segundo Karl Marx, este é um drama sujo que retrata, de forma cruel e exata, nossa chanchada institucional. Repetindo o bordão triunfalista de Luiz Inácio Lula da Silva, “nunca antes na História deste país” o chefe do Poder Executivo interveio de forma tão descarada e desabusada nos negócios internos do Poder Legislativo sem necessidade de recorrer à força. Sempre que os militares precisaram intervir no Congresso Nacional, cercaram-no, fecharam-no ou recorreram a atos arbitrários, cassando mandatos. Noço guia não incomoda seus subordinados fardados para fazer o que resolve sem eles: primeiro, decretou que não havia crise no Senado, apesar da enxurrada de denúncias contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e sua parentela; depois, decidiu sozinho que o próprio fica e desautorizou seu partido, cuja liderança tentara imitar o rei Salomão na forma, já que nunca reuniu condições de repeti-lo na inteligência, ao propor a saída “honrosa” de uma licença de um mês. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não tugiu nem mugiu, permitindo que Lula deixasse claro que manda no governo, no Partido dos Trabalhadores (PT) e no Senado sem admitir contestações de nenhum deles.
O PT não ousa desafiar Lula por saber que não tem condições de manter todos os cargos que ocupa na máquina pública federal e em empresas como a Petrobrás se desafiar o presidente, que é maior em tudo do que o partido em que milita: apoio popular, capacidade de articulação e sagacidade política. Por isso, o chefe do Poder Executivo manda e provou que desmanda no próprio partido e no Senado, do qual não é nem nunca foi sequer membro. Mas isso por si só não o satisfaz. E, para deixar claro que manda quem pode e obedece quem é sabujo, Sua Excelência usou de sua habitual sem-cerimônia com a retórica para tisnar as togas dos varões do Senado com a definição jocosa com que a gíria paulistana põe no mesmo saco decentes pilotos de forno de pizzaria e maus agentes públicos que evitam julgar para não serem julgados. A reação destes mostra que Lula pode não saber o que diz, mas sabe, sim, o que faz. A reação pífia à ofensa vinda de cima mostra por que o ídolo das massas na chefia da República manda e desmanda num Poder soberano e autônomo, tratando detentores de mandato eletivo como vassalos.
Há ainda outra evidência de que, com o objetivo inconfessável de manter regalias sem ter de se explicar ao patrão – o cidadão –, os senadores se deixam humilhar publicamente pelo presidente. É a presença do sr. Paulo Duque (PMDB-RJ) na presidência do Conselho de Ética do Senado exatamente no momento crucial em que será julgado o destino do sobrenome da crise que se abate sobre a instituição: Sarney. O leitor atento haverá de perceber que o sr. acima usado não é uma abreviatura de senador, mas de senhor mesmo. Pois Duque não foi eleito para o Senado, mas é o segundo suplente do Sérgio Cabral Filho, que, diplomado governador, foi substituído pelo primeiro suplente, Régis Fichtner, que deu lugar ao ex-deputado estadual ao assumir a chefia da Casa Civil do Estado do Rio.
Mostrando não ser Duque por nobreza, mas por submissão aos caprichos reais, ele se tornou presidente do Conselho de Ética mercê dos serviços prestados na sessão em que presidiu a eleição da mesa da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Petrobrás – e não por mérito, mas por antiguidade. Fiel vassalo, o nobre parlamentar mandou às favas a lógica elementar ao impedir que o candidato da oposição à presidência da CPI, Álvaro Dias (PSDB-PR), se apresentasse aos eleitores antes de disputar o pleito, que já sabia perdido. O perdedor que se apresentasse depois da eleição, determinou. E isso lhe valeu o patrocínio do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), que preteriu Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), candidato tido como “natural” apresentado por Mercadante (mais uma vez humilhado e de novo silenciado), para comandar o julgamento de Sarney.
No uso gozoso de sua súbita notoriedade, Duque definiu-se em poucas, mas significativas palavras, que resumem a filosofia dos donos do poder: “Sou chaguista mesmo. O meu estilo é atender ao povo. Atendo muito. Minha preocupação principal não é com grandes cargos na Petrobrás, é o feijão com arroz: cuidar da bica d’água, de internar quem precisa, de nomeação de gari. Dou valor a isso.” Além de ter diagnosticado a natureza do regime do salário-família e explicado o êxito do pacto de Lula com as oligarquias de antanho, de que na oposição o PT fingia ser carrasco, ele assumiu com orgulho a herança do cabedal político de Chagas Freitas e exumou um ícone do convívio do Estado com a burla da lei para pô-lo a serviço de Lula, Renan, Sarney, Severino, Collor e outros figurões do atual (e novelho) regime.

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VOCÊ É FEIO? NÃO PRECISA TRABALHAR!

Esta foi demais: o senador Wellington Salgado emprega em seu gabinete um dirigente da CBF. O "assessor" só trabalha de vez em quando. O senador justifica: - "Ele é muito feio". O problema é que na nossa "Casa dos Horrores" nem os bonitos trabalham!