sexta-feira, 30 de outubro de 2009

VENEZUELA - O PAPO CANALHA DO "NÃO ISOLAMENTO"



Reinaldo Azevedo - quinta-feira, 29 de outubro de 2009 16:31
No post abaixo, chamo de “picaretagem” essa história de que é pior isolar um regime autoritário do que integrá-lo. Ora, tenho os fatos a meu favor. E o meu melhor exemplo é justamente a Venezuela. Ninguém isola o país — nem os EUA, comprador quase único do seu petróleo. Chávez tem trânsito em todo o mundo. Isso adiantou? Ele desistiu de suas idéias e práticas ditatoriais? Ao contrário, ele as vai aprimorando — tanto quanto se pode aprimorar uma ditadura. É verdade que os venezuelanos, coitados, já não podem tomar banho de mais de três minutos e que Caracas é, provavelmente, a cidade mais violenta do mundo. Para vocês terem uma idéia, o índice de assassinatos corresponde a quase cinco vezes o do Rio de Janeiro… São conquistas genuínas do chavismo! Mas volto ao ponto.
Adiantou? Aconteceu rigorosamente o contrário. Em vez de Chávez melhorar ao travar contato com outros países, foram os outros países que pioraram em contato com ele. Ora, ele já até formou a tal associação de países bolivarianos, com nove membros. É uma espécie de condestável do Equador e da Bolívia. Juntou-se a Daniel Ortega para ações delinqüentes no continente. Fez-se interlocutor privilegiado do Irã e da Rússia na América Latina. Será que Chávez realmente melhorou ao ser “integrado”?
Então, essa conversa é coisa de vigaristas intelectuais da pior espécie. Vocês acham o quê? Que um Raúl Castro que fosse admitido em todos os salões da democracia deixaria de ser um Raúl Castro? Que isso necessariamente empurraria o regime para uma liberalização?
Peguemos um caso realmente emblemático: a China. É verdade que o mundo depende daquele país. Lula, em particular, deve a sua atuação “formidável” à demanda chinesa. O país é hoje “o” player internacional. Algum sinal de abertura política por lá? Ao contrário. Há teóricos em penca demonstrando que aquele troço só funciona porque é uma tirania: a tirania virtuosa, imaginem…
Falo de países vários, com realidades políticas e econômicas as mais distintas, de propósito. É para demonstrar que, em todos esses casos, a tese da “integração que leva à liberalização do regime” é FALSA!
Os que votaram a favor do ingresso da Venezuela no Mercosul o fizeram, em primeiro lugar, porque Lula mandou; em segundo, porque não estão nem aí para a democracia. Os esquerdistas do grupo não estão porque nunca estiveram. Ou um admirador de Stálin, como Inácio Arruda, dá bola para algo como liberdades públicas? E outros, como Francisco Dornelles,votam porque Lula, no que diz respeito a seu cartório, é “papo-firme”, como se dizia nos tempos em que Dornelles tinha cabelo.
Imaginem só… Este senhor é um dos nossos “liberais” no Senado!!! Eu não disse? O único Burke que passou pelo Brasil foi seqüestrado e quase morto…
Por Reinaldo Azevedo

CARTA DE UM JUIZ AO PRESIDENTE LULA - ESTADÃO


Resposta do Juiz ao Lula!. CARTA PUBLICADA NO ESTADÃO - Carta-resposta de um Juiz ao Presidente Lula publicada no Estadão. Veja a carta que um juiz colocou no jornal de hoje: Carta do Juiz Ruy Coppola (2º TAC) . Mensagem ao presidente!Estimado presidente, assisti na televisão, anteontem, o trecho de seu discurso criticando o Poder Judiciário e dizendo que V. Exa. e seu amigo Tarso, ministro da Justiça, há muito tempo são favoráveis ao controle externo do Poder Judiciário, não para 'meter a mão na decisão do juiz', mas para abrir a 'caixa-preta' do Poder... Vi também V. Exa. falar sobre 'duas Justiças' e sobre a influência do dinheiro nas decisões da Justiça.Fiquei abismado, caro presidente, não com a falta de conhecimento de V.Exa., já que coisa diversa não poderia esperar (só pelo fato de que o nobre presidente é leigo), mas com o fato de que o nobre presidente ainda não se tenha dado conta de que não é mais candidato. Não precisa mais falar como se em palanque estivesse; não precisa mais fazer cara de inconformado, alterando o tom da voz para influir no ânimo da platéia. Afinal, não é sempre que se faz discurso na porta da Volks.Não precisa mais chorar. O eminente presidente precisa apenas mandar, o que não fez até agora.Não existem duas Justiças, como V. Exa. falou. Existe uma só.Que é cega, mas não é surda e costuma escutar as besteiras que muitos falam sobre ela.Basta ao presidente mandar seu amigo Tarso tomar medidas concretas e efetivas contra o crime organizado.Mandar seus demais ministros exercer os cargos para os quais foram nomeados.Mandar seus líderes partidários fazer menos conchavos e começar a legislar em favor da sociedade. Afinal, V. Exa. foi eleito para isso. Sr. presidente, no mesmo canal de televisão, assisti a uma reportagem dando conta de que,em Pernambuco (sua terra natal), crianças que haviam abandonado o lixão, por receberem R$ 25,00 do Bolsa-Escola , tinham voltado para aquela vida (??) insólita simplesmente porque desde janeiro seu governo não repassou o dinheiro destinado ao Bolsa-Escola .. Como se pode ver, Sr. presidente, vou tentar lembrá-lo de algumas coisas simples. Nós, do Poder Judiciário, não temos caixa-preta. Temos leis inconsistentes e brandas (que seu amigo Tarso sempre utilizou para inocentar pessoas acusadas de crimes do colarinho-branco) .Temos de conviver com a Fazenda Pública (e o Sr. presidente é responsável por ela, caso não saiba), sendo nossa maior cliente e litigante, na maioria dos casos, de má-fé. Temos os precatórios que não são pagos. Temos acidentados que não recebem benefícios em dia (o INSS é de sua responsabilidade, Sr. presidente). Não temos medo algum de qualquer controle externo, Sr. presidente. Temos medo, sim, de que pessoas menos avisadas, como V. Exa. mostrou ser, confundam controle externo com atividade jurisdicional (pergunte ao seu amigo Tarso, ele explica o que é). De qualquer forma, não é bom falar de corda em casa de enforcado. Evidente que V. Exa. usou da expressão 'caixa-preta' não no sentido pejorativo do termo. Juízes não tomam vinho de R$ 4 mil a garrafa. Juízes não são agradados com vinhos portugueses raros quando vão a restaurantes. Juízes, quando fazem churrasco, não mandam vir churrasqueiro de outro Estado. Mulheres de juízes não possuem condições financeiras para importar cabeleireiros de outras unidades da Federação, apenas para fazer uma 'escova'. Cachorros de juízes não andam de carro oficial. Caixa-preta por caixa-preta (no sentido meramente figurativo), sr. presidente, a do Poder Executivo é bem maior do que a nossa. Meus respeitos a V. Exa. e recomendações ao seu amigo Márcio. P.S.: Dê lembranças a 'Michelle'.(Michelle é cachorrinha do presidente que passeia em carro oficial)Ruy Coppola, juiz do 2.º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, São Paulo

terça-feira, 27 de outubro de 2009

NAS DEPENDÊNCIAS CELESTIAIS -DOCA RAMOS MELLO

Nas Dependências Celestiais



“De novo?! Mas quem é esse fariseu, alguém pode me decifrar, por favor?!” Eis Jesus Cristo, danado da vida ao saber que alguém andou falando que se Ele, o Filho de Deus, viesse ao Brasil, teria de chamar Judas Iscariotes para conversar... “Cafarnaum me defenda! Quem é essa criatura que Me usa o nome em vão de forma licenciosa? E que língua é aquela, presa e torta, aramaico de quinta?!”, disse Jesus, ao conclamar seus apóstolos e até mesmo Nossa Senhora, sua Divina Santa Mãe, para mais uma reunião com o objetivo de clarear a situação e tomar providências.
Correm os trabalhos...

Jesus Cristo: Aê, Judas, é gente sua, faça-Me a generosidade de explicar de quem se trata, como pode falar assim sobre Mim, sem autorização, Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, mas tudo tem um limite, veja lá! Você já me aprontou uma boa, não vamos reavivar o episódio, porém está lá na Bíblia, todo mundo sabe, eu relevei porque sou um perdoador nato, entretanto...

Judas: Minhas apologias, Jesus Nazareno Rei dos Judeus, ajoelho-me diante de Seu perdão, nunca vou cansar de me penitenciar por meus erros, oh, Senhor, eu os maldigo! Porém, não me cabe culpa, ao menos desta feita, pois V. Exa. Metalurgíssima fala o que lhe dá no bestunto e não creio que...

Tomé: Alto lá, quem não crê aqui, sou eu, você não se contenta em ser traidor por merrecas de dracmas, ainda quer usurpar os papéis alheios, toma sua linha!

Jesus: Sem querelas inócuas, por favor, nada de tumultuar a reunião que isso daqui não é um Senado. Eu já ando assoberbado com as coisas indecentes que acontecem naquele mundo de Meu Pai, tanta guerra, ódio, violência, a Madonna, o Ahmmadnejad, o Zelaya, etc., Me respeitem a toga suada, por Meu Santo Sudário! Quem é o sujeito, afinal? V. Exa. Metalurgíssima, alguém assim o disse...?

Paulo: Mestre, ele é o Cara.

Jesus: ....?!

Paulo: Bom, ao menos foi isso que o Barack Obama falou para elogiar o exotismo dele, o Senhor sabe, as potências adoram um bode, acham sempre folclórico, primitivo, essas coisas, pimenta em olhos alheios... E eu só posso Lhe dizer que inclusive na cidade que apadrinho com desabrido orgulho pelo valor que seus habitantes dão ao trabalho, o tal Cara está querendo implantar gente dele, uns saduceus... Que Nosso Pai Celeste afaste minha terra da garoa e do Adoniram dessas desgraças, eu detesto esse Cara, maldito seja, herege de uma figa, @#..##* grunf, eu...

Jesus: Barrabás! Acalme-se, Paulo de Tarso, por favor, não se enerve, esse seu gênio é complicado, sossegue. As aleivosias que saem de sua boca Me ofendem a Casa de Deus Pai Todo Poderoso, olha a compostura! E Me expliquem todos a troco de quê esse tal Cara Me citou em seu discurso – aliás, que oratória ruim é aquela, Meu Pai?! – e ainda ditou-Me condutas, onde já se viu isso, a Mim, o Filho do Homem, o Messias, tem cabimento? E os senhores que nada fizeram para impedir essa indecência, onde estavam?!

Bartolomeu: Bom, como sempre, eu viajei. Fui acompanhar São Francisco a uma tal mudança de rumos de águas às quais ele empresta seu nome, estava aborrecidíssimo, queria fazer alguma coisa, dar apoio ao padre que jejuou contra a medida, mas... Quando a gente chegou lá o que foi que vimos com nossos olhos celestes? V. Exa. Metalurgíssima e Lady Dil de vara em punho! Aí, São Francisco teve um acesso, virou os olhos, babou, gritava “o Cabra e a Terrorista se fazendo passar por pescadores, oh, os céus me desabem sobre a cabeça, a caatinga me seque o leito,” e perdeu a consciência. Foi um perereco, Jesus Cristo, Bendito seja Seu Nome, me perdoe, até perdi a noção do tempo, só agora estou de volta. Francisco está derreado, Mestre, que dureza!

Jesus: Minha Santa Mãe, sua bênção, a Senhora sabe de alguma coisa?

Maria: Deus O abençoe, Filho Meu, tenha piedade, clemência. Esse Cara diz ser filho de mãe que nasceu analfabeta, Você sabe, Filho Amado, que isso tudo é ignorância porque, segundo ouvi dizer, ele não freqüenta o templo do saber, não lê nada por ter azia dos escritos, dos pergaminhos, quem dera dedicar-se às Escrituras eivadas de parábolas, sofismas e filosofias, então o que ele diz é como um papagaio que repete o que ouviu, perdoe, Filho, perdoe-lhe a blasfêmia.

Jesus: Mãe, eu penso como um escritor que disse: “Pode-se perdoar tudo num homem, menos que não bote forças para deixar de ser burro”. Mas enfim, devo cumprir Meu destino de andar por aí em bocas de pecadores até que, um dia, negras nuvens desçam sobre a terra no juízo final e... Por falar em juízo, gente, esse tal Cara não é presidente de um paraíso tropical para o qual Meu Pai deu do bom e do melhor, natureza deslumbrante, água sem fim, bom clima, terra fértil, fauna e flora inigualáveis, aquele país da piada do “vai ver só o governinho que vou colocar aí”...?

Pedro: Exato, Senhor. A Terra Brasilis.

Jesus: Ah.... Está desperdiçando seu latim, Simão Pedro.


com autorização da autora.
DOCA publicou esta crôncia em: http://www.papolivre.com.br/

BONS HÁBITOS DE SAÚDE

Adoção de quatro hábitos simples tem significativo impacto na prevenção de doenças, revela estudo
26 de outubro de 2009 (Bibliomed). Um estudo recentemente publicado na revista Archives of Internal Medicine revela que a adoção de quatro simples fatores do estilo de vida – não-fumar; controlar o peso, para ter índice de massa corporal menor que 30; fazer 3,5 horas por semana de atividades físicas; e praticar bons hábitos nutricionais, com dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais, além de baixo consumo de carnes – pode ter um impacto considerável na prevenção de doenças crônicas.
Pesquisadores norte-americanos e alemães descreveram a redução do risco relativo de desenvolver doenças crônicas, tais como cardiovasculares, diabetes e associadas ao câncer de acordo com os quatro fatores de estilo de vida entre indivíduos alemães adultos. Foram utilizados os dados do estudo European Prospective Investigation Into Cancer and Nutrition–Potsdam, que incluiu 23.153 alemães com idades entre 35 e 65 anos.
Durante 7,8 anos de acompanhamento em média, 2006 participantes desenvolveram diabetes (3,7%), infarto do miocárdio (0,9%), acidente vascular cerebral (0,8%) ou câncer (3,8%). E os pesquisadores observaram que menos de 4% dos participantes tiveram zero fatores de saúde, a maioria teve entre um e três, e aproximadamente 9% tiveram quatro. Após ajuste para sexo, idade, escolaridade e ocupação, o índice para o desenvolvimento de doença crônica diminuiu progressivamente na medida em que o número de fatores de saúde aumentou.
Aqueles com todos os quatro fatores de saúde no início tiveram um risco de desenvolver doença crônica 78% menor (diabetes 93%, IAM 81%, AVC 50% e câncer 36%) do que os participantes sem nenhum fator de saúde.
Fonte: Arch Intern Med. Volume 169, Number 15, 10 Aug 2009.Pages 1355-1362

domingo, 25 de outubro de 2009

CFC E A CAMADA DE OZÔNIO - A FARSA? - Luiz Carlos Baldicero Molion -Prof. Phd do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas

"Estamos frente ao maior perigo que a humanidade já enfrentou."Dr. Mostafa Toba, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente.


Em primeiro lugar, gostaria de alertá-lo para não acreditar em tudo que é publicado por organizações pertencentes a ONU, pois, muitas vezes, tais ações e orientações têm o objetivo de fazer com que países de primeiro mundo continuem a manter sua hegemonia, em termos econômicos e tecnológicos.
A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio na estratosfera esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluorcarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont. O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedade ("royalties") sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI,Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram "certos" governos de países de primeiro mundo (começou com Sra. Margareth Tatcher, Ministra da Inglaterra) a darem apoio para a "a farsa da destruição da camada de ozônio e do aumento do buraco de ozônio na Antártica" pois, agora, os seus substitutos recebem "royalties
"Se me permitirem, eu gostaria de tecer alguns comentários sobre emissões de gases de efeito-estufa para a atmosfera, provenientes das atividades humanas. Eu sou professor no Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas e venho estudando o assunto há mais de 15 anos. Em primeiro lugar, gostaria de alertá-lo para não acreditar em tudo que é publicado por organizações pertencentes a ONU, pois, muitas vezes, tais ações e orientações têm o objetivo de fazer com que países de primeiro mundo continuem a manter sua hegemonia, em termos econômicos e tecnológicos.Esse parece ser o caso do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), ONU, que tem tratado de emissões de gases e que liberou recentemente seu "Third Assessment on Climate Change" (3° avaliação sobre mudanças climáticas) que aumentou, ainda mais, as estimativas de aumento da temperatura global se a concentração de CO2 e outros gases deefeito-estufa dobrarem, variando agora de 1,5 °C a 5,6°C.. A figura 10 do Sumário Técnico do próprio IPCC mostra que, para os últimos 17 anos, houve uma tendência na concentração de metano (CH4) de -0,09% ao ano, o que significa que seu crescimento tem sido negativo e que a concentração de CH4 poderá se estabilizar em 2005 e diminuir a partir desse ano, apesar de os rebanhos de ruminantes terem crescido nesse mesmo período. As taxas de aumento de CO2 também têm decrescido, passando de 0,45% ao ano no começo dos anos 1980 para 0,41% ao ano no início dos anos 1990 (decréscimo de 0,04%), enquanto as emissões humanas passaram de 5,4 Gigatoneladas de carbono (GtC) por anopara 6,8 GtC/ano, um aumento de 26% no mesmo período. As concentrações desses gases de efeito-estufa dependem muito da temperatura dos oceanos que cobrem 71% do planeta. Os oceanos são os grandes reservatórios desses gases, contendo, por exemplo, cerca de 60 vezes mais CO2 que a atmosfera. Quando os oceanos estão quentes, a absorção de gases diminui, quando eles se esfriam a absorção de gases aumenta. Assim, bastaria um pequeno resfriamento da temperatura dos oceanos para mudar completamente as projeções feitas pelo IPCC sobre o aquecimento global.
Há quase 10 anos, reanalisei as séries de ozônio de Oslo e Tronsoe, Noruega, e escrevi um trabalho mostrando que as concentrações de ozônio estratosféricos são altamente variáveis e dependem da variação de fatores internos e externos ao sistema Terra-atmosfera, como produção de radiação ultravioleta pelo Sol e a presença de aerossóis vulcânicos. A verdade é que não há evidências científicas de que a camada de ozônio na estratosfera esteja sendo destruída pelos compostos de clorofluorcarbono (CFCs), que são gases utilizados em refrigeração (geladeira, ar condicionado), como Freon 11 e Freon 12 da Du Pont.
O que ocorreu foi que, como os CFCs se tornaram de domínio público e já não podiam ser cobrados direitos de propriedade ("royalties")sobre sua fabricação, as indústrias, que controlam a produção dos substitutos (ICI,Du Pont, Atochem, Hoechst, Allied Chemicals), convenceram "certos" governos de países de primeiro mundo (começou com Sra. Margareth Tatcher, Ministra da Inglaterra)a darem apoio para a "a farsa da destruição da camada de ozônio e do aumento do buraco de ozônio na Antártica" pois, agora, os seus substitutos recebem "royalties".
O Freon 12, por exemplo, custava US$1,70/kg e seu substituto R-134 custa quase US$20,00/kg. Como essas 5 indústrias têm suas matrizes em países de primeiro mundo e pagam impostos lá, não fica difícil de se concluir para onde vai nosso dinheiro e de quem é o interesse de sustentar uma idéia, ou hipótese tão absurda como essa da destruição da camada de ozônio pelo homem. Na minha opinião, essa hipótese é uma atitude neocolonialista, ou seja, de domínio dos países ricos sobre os pobres, através da tecnologia e das finanças. Países tropicais, como Brasil e Índia, precisam de refrigeração a baixo custo. A hipótese da destruição da camada de ozônio é uma forma de transferir dinheiro de países pobres para países ricos, que já não possuem recursos naturais e têm que sobreviver explorando os outros financeiramente.
Uma das minhas preocupações é que o assunto já está sendo tratado nos livros de Ciências que as crianças usam e parece que vamos formar uma geração inteira, ou mais, baseados em afirmações , ou "dogmas", sem fundamento científico.
Gostaria de adicionar uns aspectos ao problema. "Em 1950, R. Penndorf, do Laboratório da Força Aérea, em Cambridge, EEUU, analisou os dados do período 1926-42, da estação de Tronsoe, Norte da Noruega. Ele notou registros de concentrações de ozônio de valores tão baixos quanto 50 Unidades Dobson(UD) e uma grande variabilidade diária, com um fator quase 10 (ou seja, 1000%) entre o máximo e o mínimo registrados. Ele chamou essa anomalias de baixas concentrações de "buracos na camada de ozônio". Porém, a expressão só ficou famosa depois que J.B. Farman, do British Antarctic Survey publicaram um trabalho na revista Nature em 1985.
Note a coincidência da data e o país - Inglaterra - preocupado com a destruição do ozônio). Em 1960, o cientista Gordon Dobson, utilizando dados coletados na Antártica durante Ano Geofísico Internacional (1957-58, escreveu em seu livro que o "buraco na camada de ozônio sobre a Antártica era natural. Aliás, ele não utilizou a expressão "buraco" e sim "anomalia". O Brasil foi forçado a assinar o Protocolo de Montreal, que banias os CFCs. Era uma das exigências do FMI para renegociar a dívida externa e receber mais empréstimos. Daí, eu ter afirmado, e continuo convicto, que a " a eliminação dos CFCs como argumento que destroem a camada de ozônio" nada mais é do que uma atitude neocolonialista. Daqui alguns anos (100 anos??)quando provarem a verdade, ou seja, que a camada de ozônio jamais foi ameaçada pelo atividades humanas, vão ver quão medíocres eram os cientistas do final do século XX e inícío do século XXI e certamente receberemos os mesmos comentários e adjetivos que utilizamos hoje para criticar a atitude da Igreja Católica durante o período da Inquisição na Idade Média que atravancou o desenvolvimento da Ciência com "dogmas"absurdos."
O desinteresse atual sobre o estado da Camada de Ozônio (O3), ou seja, porque o PNUMA , OMM e as ONGs da vida não falam mais sobre o assunto, reside no fato de a Indústria já ter conseguido seu intento, ao forçar a aceitação dos substitutos (R-134, por exemplo), e voltar a faturar mais, transferindo recursos de países pobres, carentes de refrigeração a baixo custo, para os países ricos, detentores da patentes e dos "royalties", ou seja, a eliminação dos CFCs foi um ato de NEOCOLONIALISMO. Portanto, o assunto "ficou fora de moda”.
Para complicar a situação dos que defendem, com propósitos escusos, que o homem possa destruir a Camada de Ozônio ou aumentar o "Buraco de Ozônio", este diminuiu depois de 1996.
Note que o ano de 1996 coincidiu com um "mínimo solar" (Figura Ciclo 23), ou seja, quando a atividade solar está num mínimo, o Sol produz menos radiação ultravioleta (UV) que é essencial para a produção de O3, i.e., menos UV, menor concentração de O3. O Sol atingiu um máximo (não tão máximo) de atividade em 2000 (Figura Ciclo 23) e a concentrações de O3 aumentaram. Em 2007-2008, o Sol estará num novo mínimo, menos UV, e o Buraco voltará a crescer. O máximo solar de 2000 foi suficiente para aumentar as concentrações globais de O3 em cerca de 3% acima da média. Um ponto interessante, é que existe um possível ciclo solar, de cerca de 90 anos (Ciclo de Gleissberg), que prevê que o Sol vai estar num grande mínimo de atividade ( minimum minimorum) nos próximos dois ciclos solares (próximos 22 anos), ou seja, de agora até os anos 2022-23, se se repetirem os ciclos anteriores (1890-1915 e 1800-1825).
Dessa forma, é possível que a camada de O3 naturalmente diminua em função do menor fluxo de UV.(Dentre as centenas de estudiosos - e consultores de indústrias de gases de refrigeração - será que só eu sei disso?!)
Será que acertarei minha "previsão"? E aí? Serão os "substitutos", ou os remanescentes dos CFCs, os causadores da diminuição (flutuação??) da camada de O3 no futuro? Esperar e ver o que acontece!
Anexo duas figuras uma que mostra o aumento de concentração de O3 com o tempo (1996-2001) e outra que mostra o número de manchas solares do ciclo que estamos vivendo o "Ciclo 23". Note o mínimo de O3 em 1996 (mínimo o solar), o máximo relativo em 1998 e o máximo em 2000 (máximo solar).
FIGURA 1. Concentrações globais médias mensais de O3comparadas com as mínimas registradas em 1996.




FIGURA 2. CICLO SOLAR 23 . Observe-se o mínimo de 1996, o máximo relativo de 1998 e o máximo absoluto de 2000 .Previsão de mínimo para 2007-08.


Não se pode tentar conservar o Planeta usando "verdades" científicas não comprovadas! É importante esclarecer a população sobre as limitações do conhecimento científico atual e lutar para a conservação sob o argumento que, sendo a base de dados observados pequena, existe uma incerteza quanto à capacidade do homem interferir em fenômenos básicos do clima, como efeito-estufa e camada de O3. Na dúvida, atualmente existente, é melhor conservar reduzindo atividades que possam interferir no sistema climático. Luiz Carlos Baldicero Molion -Prof. Phd do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal de Alagoas mailto:Molion.molion@ccen.ufal.br
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