sábado, 13 de novembro de 2010

TREM-BALA




Não há como parar de criticar este governo que ai está, e que, mercê da ignorância de nosso povo, tende a se alongar por muitos anos. Vejam a última do Sr. Lulla da Silva: - editou medida provisória liberando financiamento de R$ 20 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à empresa concessionária do trem-bala. Dona Dilma, o poste eleito, assumiu compromisso, durante a campanha, de não injetar dinheiro público neste projeto do trem-bala, que, diga-se de passagem, não oferece, segundo estudos, garantia de retorno. Além destes R$ 20 bilhões haveria ainda mais R$ 5 bilhões de subvenção. Como se vê, as promessas de campanha, foram, conforme sempre disse nosso amado presidente, apenas "bravatas de campanha", nada que se possa levar a sério. Cabe agora à oposição(?) derrubar tal absurdo. Como podemos verificar, o tal trem-bala é mesmo rapidinho para se apossar do dinheiro público. Enquanto o povo brasileiro não se tocar que dinheiro público tem dono, que somos nós, a roubalheira vai continuar...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

TERCEIRO MANDATO? - MARIA LÚCIA VICTOR BARBOSA

TERCEIRO MANDATO?

Maria Lucia Victor Barbosa

10/11/2010

Algumas pessoas me perguntaram se estava satisfeita pelo fato de uma mulher ter chegado à Presidência da República. Respondi que isso me era indiferente. Primeiro, porque seja homem ou mulher num cargo político o que interessa é se essa pessoa é competente, ética e tenha visão de bem comum. Segundo, em postos elevados mulheres não são automaticamente modelos de perfeição e lisura. Só para citar exemplo mais recente relembro a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que juntamente com a família se locupletou no cargo tendo saído ilesa por ser amiga da rainha. Terceiro, quem ganhou de fato foi um homem, o presidente que age como se projetasse seu terceiro mandato, pois escolhe ministros e já tem diretrizes de governo para 2011.

A mulher, retocada fisicamente, fabricada em termos de imagem política, treinada pela propaganda teria qualidades que se imaginam intrinsecamente femininas. Entre outras, amor maternal, desvelo familiar, doçura, capacidade de perdão. Qualidades é claro, que nem todas as mulheres possuem, muito menos a candidata escolhida pelo homem. Por ela ele foi cabo-eleitoral e animador de comícios de retórica violenta e rancorosa, boquirroto que debochava da lei eleitoral, autoritário que vociferava contra a imprensa e pregava o extermínio de partidos, Antecipando a campanha em mais de um ano Lula da Silva colocou à disposição de Dilma Rousseff a máquina estatal e as polpudas contribuições das “zelites”. Não apareceu oposição para condenar tais abusos.

Venceu, na verdade, o poderoso “coronel” Lula. Conquistou um pouco mais da metade dos votos dos pobres agradecidos pelas bolsas-esmolas, dos ricos satisfeitos com os lucros, das classes médias inebriadas com as alegrias de consumidores capazes de comprar a felicidade em suaves prestações a serem pagas no além.

Entretanto, o final de mandato do popular Lula da Silva parece conturbado. É emblemática mais uma trapalhada do Enem, cuja responsabilidade em última instância é do ministro da Educação. Num país civilizado este pediria demissão ou seria demitido pelo presidente da República, mas, ambos, de modo arrogante insistem em não reconhecer o erro. Um péssimo exemplo para os jovens estudantes.

Na política externa, que acumulou perdas em todos os cargos pleiteados pelo Brasil, em repetidos fiascos, em apoios a governantes que afrontam os direitos humanos, o último golpe deve ter deixado estonteados o presidente da República, seu chanceler de direito, Celso Amorim, seu chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia. Isso porque, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu seu apoio expresso à inclusão da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, cargo perseguido de forma obsessiva pelo Itamaraty durante os dois mandatos de Lula da Silva. Também pudera, “o cara” em sua linguagem antiamericana fez coro com as afrontas de Hugo Chávez aos norte-americanos. Além disso, o governo Rousseff pode significar a chegada do PT ao poder, como determinou José Dirceu. Considere-se ainda o fato da Índia ser estrategicamente bem mais interessante para os Estados Unidos do que o Brasil.

Para piorar, Lula da Silva quer de volta a famigerada CPM e vai tentar desarmar no Congresso a bomba fiscal de R$ 30 bi. Se conseguir a façanha no mês que lhe resta vai bater de frente com policiais civis, militares e bombeiros que perderão um piso salarial a ser criado por emenda constitucional. Afrontará governadores que reivindicam R$ 19,5 bilhões, a título de repasse, referentes a perdas que tiveram com a Lei Kandir. Desgostará parlamentares que querem elevar a cota reservada a cada um deles para fazer emendas no Orçamento. Sobrará para Rousseff a espinhosa questão do salário mínimo, que no Orçamento é contemplado com um piso de R$ 538,14, sendo que as centrais sindicais que ajudaram elegê-la reivindicam R$ 589,00.

Outro fator polêmico é a obsessiva ideia do ministro Franklin Martins de “monitorar” ou exercer “controle social sobre a mídia”, o que traduzido significa cercear a liberdade de pensamento. Ele usa arabescos de linguagem para o que é simplesmente censura, aliás, prevista, entre outras coisas, no Plano de governo Rousseff sob o título PNDH3.

Enquanto tudo isso acontece, onde anda o PSDB? Afinal, sem oposição não existe democracia. Ao PSDB falta militância, união, mística, coragem para vocalizar a parcela da sociedade que se sentir prejudicada pelos desmandos da situação. Sobra aos tucanos fascinação por Lula da Silva e vergonha de sua trajetória. É necessário, então, que o PSDB deixe a torre de marfim e venha às ruas contra a CPMF, contra a censura, contra a inflação que Fernando Henrique derrubou, contra o ardiloso terceiro mandato de Lula da Silva. Se fizer isso será seguido. Caso contrário, morrerá de inanição política.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

mlucia@sercomtel.com.br

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

RESSACA CÍVICA

Meus estimados leitores, depois de curtir uma tremenda ressaca pela derrota que o Brasil teve nas urnas, onde prevaleceu a mentira, o fingimento, o desprezo pela lei, o acinte, o desrespeito total à inteligência do cidadão e todas as mazelas que possam imaginar, volto a malhar Mister da Silva, como dizem os gringos, pois os escândalos não foram sequer interrompidos durante este período eleitoral, somente nosso amado presidente, ficou um pouco em terra, porém, já partiu para outras plagas na asas do aerolulla. Nos últimos dias, a demonstração inequívoca da falência da nossa educação no âmbito federal, cujas autoridades não são capazes ao menos de proporcionar uma exame honesto e organizado, E NEM o ministro da área soube explicar o que ocorreu, que vergonha, que incompetência! E o escabroso caso do Banco Panamericano? Quem acreditou que Silvio Santos tenha ido, nas vésperas da eleição pedir ajuda ao Mister da Silva para o Teleton, ficou evidente que não, já desonfiavamos que o assunto era bem outro. Dai a insistência na bolinha de papel que acertou a cuca do Serra, que mesmo desmentido por outras TVs, este desmentido nunca foi feito pela TV do Silvio Santos. E o debate na TV do nordeste, suspenso na última hora quando a candidata do governo não quis comparecer. Como explicar que a Caixa Federal tenha adquirido por R$ 750 milhões quase a metade do capital do Banco? Onde estava o Banco Central e os seus técnicos? E o todo poderoso Henrique Meireles? E ainda, onde estava a oposição? E os projetos do PAC? Em mais de duzentos e poucos examinados, somente nove não apresentaram problemas. Viram por que nosso ilustre presidente não queria a fiscalização do TCU? E a CPMF que já está ai na porta? Bem, quem achou que estava tudo bem e votou pela continuação do desgoverno atual não pode nem reclamar, não sabia do PNDH3 com todas as suas armadilhas? O pior é que nós, que neste poste não votamos, vamos ter que pagar a conta juntos!

ENTRE O PENSAR E O AGIR - CRC/SP

Entre o pensar e o agir

No mundo profissional, a agilidade é uma característica muito valorizada. Algumas situações, porém, requerem uma visão mais analítica, o amadurecimento da ideia, uma análise geral do contexto, para que determinadas atitudes sejam colocadas em prática. O atual mercado de trabalho treina o profissional para agir a curto prazo e isto, na maioria das vezes, impede-o de ampliar as inúmeras possibilidades de resultados.

De acordo com o especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos, Cersi Machado, algumas causas podem denunciar o ato impulsivo de agir sem pensar. A mesmice do dia a dia, a falta de tempo e a obviedade das atividades profissionais levam muitas pessoas a acionarem o “piloto automático”, e simplesmente tomarem decisões sem medir as consequências.

Toda decisão tomada às pressas pode se refletir em ganho imediato, mas, futuramente, poderá ter consequências não tão positivas. É preciso pesar e considerar as variáveis da situação, para depois tomar atitudes de forma moderada e consciente. “O profissional que sabe como iniciar, executar com qualidade e finalizar a tarefa que se propõe, esse possui melhor noção de presente e futuro”, aponta o gestor estratégico.

Durante a rotina profissional, pensar antes de agir se reflete em muitos benefícios, como: enxergar e não somente ver as possibilidades para resolver uma situação, conseguir os melhores resultados, obter qualidade no que se propôs a realizar. Outro ponto importante é saber avaliar as atividades que são importantes e as que são urgentes. “Quando existe a sensação de que não se tem mais tempo para fazer as coisas, é preciso repensar a maneira como o administra. A partir dessa observação é necessário planejar o trabalho, utilizando como princípio, a antecipação”, sugere Machado.

Para finalizar, o gestor estratégico aponta que para os dias de hoje, a flexibilidade é uma das maiores características para se superar e se destacar profissionalmente, mas para isto, é de extrema importância ter a visão das possibilidades, pois, ser flexível é ampliar escolhas, ter novas e mais ricas formas de agir.

Dicas de como pensar para depois agir:

· Avaliar a gravidade e importância da situação. Definir critérios para analisar cada situação, antes de tomar decisões por impulso.

· Definir o tempo, de forma adequada e inteligente, para lidar com a situação; lembrar que nem tudo que tem gravidade alta precisa ser resolvido agora.

· Identificar qual a consequência da ação, seguindo a avaliação anterior.

· Usar corretamente uma agenda e classificar as atividades por grau de importância.

· Aprender a dizer não para coisas que não são importantes.

· Manter o foco e se concentrar naquilo que é urgente.

· Verificar as alternativas mais inteligentes para se sair bem de uma determinada situação.

· Pensar e avaliar as possibilidades, para que a resposta diante da situação seja a melhor possível.

FONTE: CRC/SP ONLINE

domingo, 7 de novembro de 2010

V. EX.ª CAMARADA ROUSSEF - O PERFIL - DOCA R. MELLO



Bueno, habemus uma presidente. (Tenham pena de mim e não adotem ‘presidenta’, eu não mereço isso depois de oito anos de acredito de que, menas et caterva, mal estou saindo desse buraco...).

Eu lamento, vou lamentar durante quatro anos e digo, desde já, que tenho solenes dúvidas a respeito da Boneca Terrorista de Ventríloquo, mas alimento uma certeza que não me sai da cabeça: de posse da faixa, a caneta na mão e o traseiro na cadeira, a criatura vai mostrar ao criador o que é bom p’ra tosse – quero viver para ver isso, já comprei a poltrona e estoquei a batata frita porque vai ser um espetáculo e tanto, ah, se vai! E falo isso baseada no perfil dela semelhante ao dele, ou seja, arrogante até a medula, ainda que Lady Dil (com a graça do Senhor, que teve piedade de nós nesse sentido) saiba ler, aleluia! Fala atropeladamente, claudica nas palavras, desmonta o pensamento no meio das frases, mas faz isso porque tem um chefe rodando aquela borboletinha de metal atrás dela, ela tem de dizer o que ele diria, pelo menos por enquanto, todavia com concordância melhor, para nosso gáudio, afinal, já é alguma coisa. Enfim, trocamos seis por meia dúzia? Vamos esperar para ver. Aposto no gênio guerrilheiro de Estela, Vilma, Patrícia... Adoro aquela foto dela jovem e empunhando uma arma, que linda!

* Na verdade, após o discurso da vitória, pintou uma luzinha tênue no fundo do túnel, pois se for pelo caminho que deixou antever, quem sabe Lady Dil dê um belo pontapé em esperanças alheias e se dedique a firmar seu nome para ficar oito anos no poder... Tomara! Ao menos O Cara ficará relegado ao raio que o parta e nos deixará em paz. Sem contar que a briga será de cachorro grande, boa de se ver, torçamos...

Aqui, começo a me despedir da expressão ‘V. Exa. Metalurgíssima’, tratamento que criei especialmente para ele enquanto durou-lhe o malfadado reinado. E que inclusive me rendeu uma celeuma familiar com um professor-doutor, parente de meu marido, que me julgou preconceituosa, ora, isso não ficava bem, denotava preconceito de classe, eu devia sei lá o quê, patati, patatá... Deve ser fã de Chico Buarque, outro intelectual com saudade da velha e boa esquerda que O Cabra esfacelou no Brasil. Mas, como nada é eterno e Deus ainda é Pai, olha só, estou-me livrando ao menos oficialmente de V. Exa. Metalurgíssima e posso imaginar o quanto ele próprio deva estar surpreso com isso – como é, então vai acabar mesmo?; vou deixar de ser o presidente?; o Brasil não é meu mais?; onde estão meus puxa-sacos?; quando eu falar merda não vão mais me aplaudir?; vou ter de pagar minhas viagens pelo mundo?; a terra não me idolatra mais?; vou precisar pagar o Wanderley Nunes do meu próprio bolso?!...

Agora, a vida recomeça com V. Exa. Camarada Rousseff – diz aí, ficou bonitinho o tratamento, heim? Melhor que a figura em si, eu acho, aquele armário 7 x 10 com terninho esquisito (Minha amiga Denise fala, com propriedade, no ‘coração’que se instala na traseira da maioria das mulheres que passam pela menopausa, oh, céus, Deus não é muito justo conosco, deve ter ressentimento por conta de Eva, aquela devassa, Paris Hilton do Paraíso; e na televisão, o tal coração fica pior !). O toque meio alemão do tratamento me lembra uma freira, minha professora de matemática no colégio, alemã de berço e nazista por natureza, a quem devo praticamente todos os traumas que sempre tive com a matéria, a ponto de aprender de regra de três a gráfico de parábola sem nunca, mas nunca nesta vida, ter sabido para que servem – sou uma pessoa de letras. Aliás, estudei um rol de itens que jamais usei, matemática é uma coisa muito louca, dou graças a Deus e aos japoneses, pois hoje existem as máquinas de calcular e se pode ser presidente ao menos por aqui não só sem números como também sem letra alguma, sem lenço e sem documento, sem ética, sem conteúdo, só na baba de quiabo – depois dizem que o Brasil é atrasado....

Quem é V. Exa. Camarada Rousseff?

De frente e visualmente falando, lembra um pouco S. Exa. Tiririca, o parlamentar (preciso escusar-me com o professor-doutor, ainda não gravei o nome de pia do deputado, pelo amor de Deus não me fale em preconceito de novo). Salvou-se da comparação na inteireza graças à interferência fashion e socialite de Martox, a rainha do botox, que lhe recomendou um cabeleireiro japonês – como vocês veem, o pessoal da terra do sol nascente não está neste mundo a passeio, o negócio é dominar todos os setores. O moço fez das tripas coração e reinventou um topete à la galo de briga ligeiramente avermelhado com as têmporas afogueadas, bastante apropriado para o tempo da campanha.V. Exa. Camarada Rousseff ficou mais up to date, mais leve, se fez simpática, passeou com cachorrinho, etc., mas sempre fui assombrada por aqueles dentinhos de fora ansiosos para chupar nossos pescoços, credo! O Brasil entra de cabeça na Era da Vampira que veio da Guerrilha!

No discurso da vitória – temos um bom tempo para saber quem, de verdade, levou essa, afinal o poste é apenas a ponta do grande iceberg que cerca nosso Titanic tupiniquim, ai de nós, e o mar não está nem vai estar durante mais quatro anos para o nosso peixinho popular! – vimos Eduardo Cardozo feito um papagaio de pirata atrás da favorita, se esforçando para dar pinta de Aécio Neves, sensual e bonitão, os dedos ávidos por entre os cabelos, na maior pose de celebridade diante de paparazzo. E Antonio Palloci com sua lingüinha presa (boa parte dela ficou atada à República de Ribeirão Preto e ao caseiro Francenildo, o moço não é fraco, não) à lateral, de olho na carne-seca. Fora o prestimoso presidente do partido da eleita, aquele homem extremamente elegante, cortês, distinto, fino, cavalheiro, sensato e equilibrado, mais uma mulherzinha loira e gordota que me lembrou alguém com seu nariz enfiado no canto da tela da tv o tempo todo que durou o pronunciamento.

Last, but not least, Michel Temer, o Máscara, fazendo as contas e armando o bote, V. Exa. Camarada Rousseff que ponha os dentinhos de molho...

Se ouvi bem, felizmente a presidente eleita prometeu liberdade de imprensa. Como Franklin Martins e a cambada em geral têm ideias outras sobre o tema, aguardemos para ver com quem está essa cocada preta.

Para V. Exa. Metaturgíssima, desde já, meu adeus em regozijo. Eu ainda acho preferível a favorita a ele e sua retórica insuportável, sua megalomania, seu autoendeusamento. Aliás, tenho de agradecer muito a Deus pela oportunidade de vê-lo sair de Brasília, porém espero, com fé redobrada, ver muuuuuuito mais!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Para isso, conto com quem fez caras e bocas até aqui, aposto na sua revelação e torço pelo seu sucesso por esse caminho, afinal, vencemos a barreira do elogio à ignorância e a nova presidente – oh, glória!!!! – sabe ler! P’ra mim, em confronto com aquele que sai, já está de bom tamanho, depois de oito anos de agruras, aprendi a ser humilde nos meus sonhos...
DOCA publicou esta crônica em: http://www.paolivre.com.br