sábado, 24 de julho de 2010

PARA OS AMIGOS SIGILO; PARA OS INIMIGOS DEVASSA - JOSÉ NÊUMANNE


Para os amigos, sigilo;

para os inimigos, devassa

José Nêumanne

Sentenças na Justiça não protegem segredos contábeis de tucano da curiosidade de petistas

Nem a chuva nem o fenômeno do encolhimento da multidão (o PT esperava 100 mil, mas só mil pessoas foram a seu comício no Rio, sexta-feira) arrefeceram a disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de desrespeitar o “império da lei”, definição de qualquer democracia que se preze. Diante dos mil gatos molhados pelos pingos da chuva que o aplaudiram, mas ignoraram a presença de sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff (PT), Sua Excelência vociferou contra “uma procuradora qualquer aí” que, segundo ele, tenta inibir sua presença na campanha.

Só que essa violação do juramento que ele fez em 1.º de janeiro de 2003 e repetiu quatro anos depois – o de obedecer e fazer cumprir o sistema legal sob a égide da Constituição da República – não se manifesta apenas nas palavras do chefe supremo do petismo no poder, mas mais ainda nas ações de seus correligionários. Para ficarem no poder eles têm feito tudo e mais um pouco. E não serão o pudor nem as normais legais que os inibirão. Comprova-o o caso Eduardo Jorge Caldas Pereira. Esse cidadão era secretário-geral da Presidência nas gestões de Fernando Henrique Cardoso e hoje é vice-presidente do PSDB, legenda pela qual o ex-governador de São Paulo José Serra disputa a chefia do governo que Lula ocupa e quer, de qualquer maneira, entregar à sua ex-ministra Dilma.

Em 2001, na vigilante e competente oposição que fazia, e que o PSDB e o DEM não sabem repetir depois que Lula assumiu o governo, o PT escolheu esse tucano de pouco poder e menos visibilidade como alvo de investigações a respeito de malversação do dinheiro público. Os petistas acusavam-no de chefiar uma rede de influências para beneficiar empresas. A denúncia foi encampada pelos procuradores da República Luiz Francisco de Souza, que passou a ser chamado de Torquemada, sobrenome do frade dominicano, caçador de bruxas, perseguidor de judeus, inquisidor-geral nos reinos de Castela e Aragão e confessor da rainha católica Isabel, e Guilherme Schelb – ambos muito conhecidos à época pela pertinácia com que perseguiam “malfeitores” na gestão pública. As denúncias foram publicadas pela Folha de S.Paulo, processada pelo acusado. Em 2006, o jornal foi condenado pelo juiz Fabrício Fontoura Bezerra a pagar-lhe R$ 200 mil, porque ele nunca sequer chegou a ser acionado na Justiça por tais acusações. Ao longo de cinco anos, segundo relatou o juiz na sentença, as investigações abertas contra ele pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal, pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal e pela Corregedoria-Geral da União nunca encontraram algum crime que pudesse haver cometido.

Eduardo Jorge representou ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra os procuradores cujas suspeitas se tornaram matéria-prima das publicações que o juiz considerou caluniosas. Em 2007, esse conselho os suspendeu por 45 dias e, dois anos depois, a pedido do persistente Eduardo Jorge, reconheceu ter sido este vítima de perseguição pessoal por ambos. Desde então, ninguém mais ouviu denúncias de nenhum deles.

E não têm faltado, em sete anos e sete meses de República petista, assuntos que eles pudessem investigar, se seu objetivo fosse de fato o interesse público. Souza e Schelb, por exemplo, nunca se propuseram a apurar se é verdadeira a delação do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de compra de apoio parlamentar pelo governo no episódio – sub judice no Supremo Tribunal Federal (STF) – conhecido como “mensalão”. Da mesma forma, a isenção missionária de ambos não os levou a denunciar os responsáveis pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Pereira, cujo único delito conhecido é o de ter testemunhado que vira o então ministro da Fazenda Antônio Palocci, do PT, frequentar assiduamente uma mansão suspeita em Brasília.

O doce ostracismo em que vive hoje essa dupla que já foi malvada só perde para a completa impunidade gozada por Waldomiro Diniz, cujo crime confesso de tentar achacar um empresário da jogatina nunca foi investigado pela solerte Polícia Federal (PF) nem pelo ex-implacável MP do Distrito Federal. Mas isso não quer dizer que as sentenças favoráveis ao vice-presidente nacional do PSDB tenham arrefecido o ânimo dos contumazes quebradores do sigilo de adversários dos arapongas militantes a serviço do PT no poder. Desta vez, cópias das declarações do Imposto de Renda (IR) de 2005 a 2009 de Eduardo Jorge integravam um dos quatro dossiês preparados pelo “grupo de inteligência” da campanha de Dilma.

O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, foi convocado a depor na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, à qual disse que já foram identificados os servidores responsáveis pelos “cinco ou seis” vazamentos ocorridos. A imprecisão dessa “informação” já denota por si só o pouco-caso com que ele lidou com as explicações que tinha de dar aos senadores. E também se negou a dar seus nomes antes do fim das investigações, prometido para 120 dias. Ou seja, para depois do segundo turno da eleição presidencial, disputada por um candidato do partido do qual a vítima da quebra de sigilo é dirigente e pela candidata para quem trabalhavam os suspeitos de terem violado esse direito pétreo do cidadão. Neste ínterim, o corregedor-geral da Receita, Antônio Carlos Costa d’Ávila Carvalho, reduziu pela metade (e, mais relevante, para antes do pleito de outubro e novembro) o prazo dado pelo secretário: 60 dias.

Até o terrível comissário Laurenti Beria, que a serviço de Stalin se comprazia em atirar na nuca de “inimigos do povo”, morreria de inveja dos colegas petistas que violam o sigilo alheio em terminais de computadores e usufruem o inviolável direito de serem mantidos em segredo pelo espírito de corpo do chefe direto e pelo desprezo a tudo o que não lhe convier do chefão geral.

JORNALISTA E ESCRITOR, É CHEFE DOS EDITORIALISTAS DO ‘JORNAL DA TARDE’

(publicado na página A2 do Estado de S. Paulo de quarta-feira 21 de julho de 2010)

FARC E PT, NAMORO OU AMIZADE? -JULIO FERREIRA



É absolutamente cínica a reação da petezada diante das denúncias de ligações entre o PT e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Tudo jogo de cena! Talvez preocupados com o fato de estarmos em período pré-eleitoral, eles temem vinculações com os narcotraficantes colombianos, travestidos de guerrilheiros de esquerda. Afinal, ao longo dos anos muitas matérias têm sido veiculadas no exterior, abordando a possibilidade de intimas ligações entre o PT e as FARC, a exemplo de uma reportagem publicada pela revista "CAMBIO", da Colômbia, em novembro de 2008, abordando uma extensa troca de e-mails entre o comandante das FARC, Raúl Reyes, e membros da "ala aloprada" do PT, descobertos no computador do chefão dos narcotraficantes, apreendido durante a operação em que ele foi morto pelo Exército colombiano (a integra da matéria pode ser acessada através do link http://www.cambio.com.co/portadacambio/787/ARTICULO-WEB-NOTA_INTERIOR_CAMBIO-4418592.html). Pois bem, sempre que essas notícias surgiam, a preocupação dos petralhas era evitar que repercutissem na imprensa brasileira, o que, diga-se de passagem, foi facílimo, pois, de olho nas partilhas das portentosas verbas de veiculação de propagandas governamentais, muitos "lobos" do setor de comunicação, deixam-se transformar em "vaquinhas de presépio". Agora, vendo a petralhada tão "ouriçada", diante de um assunto "requentado", muitos passam a ter dúvidas quanto aos limites que possam ter sido atingidos nesse "relacionamento secreto". Hummm... sei, não!


Júlio Ferreira
Recife - PE
Ident.: 850.650 SSP-PE
E-mail: julioferreira.net@gmail.com

quinta-feira, 22 de julho de 2010

LIDANDO BEM COM AS DEMISSÕES

Lidando bem com as demissões

Os momentos mais difíceis na carreira de um profissional são os que envolvem demissões: pedi-la, ser demitido, ver um colega ser demitido ou ter de demitir alguém. Essas situações, apesar de serem normais no mundo corporativo, são constrangedoras e, infelizmente, nem todos lidam bem com elas. A personalidade de cada pessoa interfere no modo como ela vai reagir, mas existem algumas atitudes básicas de bom-senso que devem ser seguidas.

Ao ver um colega ser demitido, ou ficar sabendo do ocorrido, o melhor a fazer é dar uma palavra de apoio a ele, mas sem perguntar detalhes. Fale algo construtivo, como elogios ao seu profissionalismo, incentivos e votos de boa sorte para conseguir um novo emprego rapidamente. Seja solidário, mas não exagere em suas atitudes e mantenha descrição. No dia seguinte à demissão, é de bom tom telefonar para oferecer ajuda e perguntar como ele está se sentindo.

No caso de ser você a pessoa demitida, receba a notícia com dignidade e jamais perca a cabeça, demonstrando reações de pânico ou raiva. Converse com o chefe calmamente, procurando entender os motivos do desligamento. Depois, reflita sozinho sobre suas ações e atitudes e busque melhorar seu desempenho profissional.

Não é recomendável falar sobre o assunto com todos os colegas da empresa, pois o chefe pode ver tal atitude como uma tentativa de se colocar no papel de vítima. Já que você está saindo do trabalho, não deve deixar uma imagem negativa, mesmo porque ela poderá atrapalhá-lo no futuro. Você pode precisar de indicações ou de cartas de recomendação do ex-chefe. No último dia de serviço, procure não fazer alarde de que está saindo. Guarde os pertences com descrição e se despeça educadamente.

Se desejar sair da empresa por conta própria, isto é, se quiser pedir demissão, comunique sua decisão à chefia com antecedência. Evite criticar o ambiente e as pessoas e não diga que está saindo por insatisfação – ainda que seja verdade. Apenas alegue que está buscando novos desafios e agradeça pela oportunidade. Nos empregos futuros, não fale mal dos anteriores. Isto dará a entender ao novo chefe que você fará o mesmo com ele quando sair da empresa.

O consultor do site DireitoeTrabalho.com Jorge Araújo alerta que, antes de pedir demissão, é importante conhecer a legislação trabalhista. "Nessa situação, o trabalhador não tem direito a, por exemplo, sacar o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ou obter o acréscimo de 40% sobre seus depósitos, e, muitas vezes, precisa cumprir o período de trinta dias correspondentes ao aviso prévio ou permitir o desconto desse valor no seu acerto de contas. Tais regras podem deixar o funcionário em dificuldades financeiras. Por isso a demissão é uma decisão que deve ser avaliada previamente".

Porém, pode ser que a situação se inverta e seja você o chefe. No caso de demitir alguém, tenha claro, antes de tudo, o motivo da demissão e os números da indenização para informar ao funcionário. Comunique-o dessa decisão o quanto antes. Caso ele fique deprimido, fale a respeito dos benefícios e demonstre que a empresa está disposta a ajudá-lo no processo de recolocação. Agora, se ele reagir com raiva, apenas informe-o sobre os direitos e não entre em discussão.

Lembre-se ainda de fazê-lo assinar a carta de demissão antes de deixar a sala. Por mais que esta seja uma situação constrangedora, a carta de demissão é um instrumento exigido por lei.

FONTE: CRC/SP ONLINE

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O ANALFABETO POLÍTICO - BERTOLT BRECHT



Estamos cansados de ouvir de amigos e conhecidos: - "Detesto política, não entendo e não quero entender, os políticos são todos uns vigaristas, farinha do mesmo saco!" A respeito, é bom tomar conhecimento do texto abaixo E VOTAR COM RESPONSABILIDADE NA PRÓXIMA ELEIÇÃO, O FUTURO DO BRASIL ESTÁ EM JOGO:


"O Analfabeto Político

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais. "

Bertolt Brecht ou Eugen Berthold Friedrich Brecht (Augsburg, 10 de Fevereiro de 1898 — Berlim, 14 de Agosto de 1956) foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Recebeu o Prêmio Lênin da Paz em 1954

segunda-feira, 19 de julho de 2010

NA CONTRA-MÃO DA HISTÓRIA


Enquanto os Estados Unidos e a Espanha se preparam para receber novos "exilados" cubanos, o chanceler Celso Amorim se prepara para reagir dentro do Conselho de Segurança da ONU contra as sanções a serem impostas ao Irã. Amorim e o chanceler turco se aliaram nesta espinhosa missão! Nosso Itamaraty vai mesmo na contra-mão do bom senso e da história! Depois de perder a chance de ser um forte interlocutor junto aos seus amigos cubanos, os irmãos Castro, Lulla determinou esta defesa ridícula de um acordo fajuto com o sanguinário Ahmadinejad.

RECEITA LIBERA CONSULTA AO LOTE RESIDUAL DE IRPF 2007


A Receita Federal abriu nesta segunda-feira, a partir das 9h, a consulta ao lote residual do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) 2007.

Do total de 28.305 contribuintes, 14.324 tiveram imposto a pagar, somando R$ 36,5 milhões. Outros 4.657 terão direito à restituição e receberão R$ 12,3 milhões.

O valor estará disponível para saque na rede bancária a partir do dia 26 e terá correção de 33,85%, correspondente à variação da taxa básica de juros, Selic, no período.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita ou ligar para o Receitafone (146).

PROSÓDIA - DOCA RAMOS MELO



_ Ô Garcia, qualé a desse tal de povo...?

_ Errr... Como assim, majestade?

_ Esse povo que dizem que adivinha um monte de coisa, se vai chover, quem ganha a Copa e tralalá.

_ Ah, majestade, não é povo, é polllllllvo.

_ Que merda é essa, Garcia, que linguinha safada é essa que tu tá grudando no céu da boca p’ra falar com essa volta toda, eu heim, tô te estranhando, cabra, se assunte, homem! Tem passeata hoje, é?

_ Pollllvo, majestade é aquele bicho que tem vários tentáculos e...

_ Por isso, não. Também tenho dois desses e não adivinho porra nenhuma, só porque ele tem um monte não quer dizer que seja melhor que eu, você ou....

_ Eu disse tentáculos, majestade.

_ O quê?

_ Braços, braços. Majestade nunca foi a um aquário?

_ Já fui a um monte, no mundo inteiro, eu sou viajado, cabra, e achei muito chato, os peixes tudo me olhando atrás do vidro, uma coisa sem graça, porcaria. Se eu saio de casa p’ra ver peixe nadando no vidro... Que merreca, prefiro mil vezes ver um jogo do Coringão, a Mulher Melancia dançando funk...

_ Pois polvo é mais um bicho do mar, majestade. E esse polvo de que fala o senhor tem fama de adivinhador do futuro, ele acertou todos os jogos da Copa, inclusive o campeão.

_ Adivinhador porreta...?

_ Sim, adivinhador porreta. Ao menos na Copa ele...

_ Traz ele aqui, compra ele, dá um cargo pra ele no Senado e...

_ Mas...

_ Nem mais nem meio mais. Quero o bicho aqui p’ra fazer propaganda da minha favorita. Aí, vamos p’ras cabeças, PQP! O pessoal acredita em adivinhação, todo mundo gosta, acha bacana.

_ Majestade, eu acho...

_ Você não recebe uma puta grana aqui, não viaja de graça p’ra lá e p’ra cá, não aparece no jornal e outras coisas que nem vou falar você sabe por quê, p’ra achar porra nenhuma que eu não quero que você ache. Você é pago p’ra me babar ovo, me puxar o saco e fazer tudo o que eu mando. Portanto, juízo e vá buscar esse povo duma figa.

_ Polllllvo, majestade.

_ Arre égua, respeito é bom e eu gosto, tu pensa que vou me dar o desfrute de falar como uma bicha velha? Traga o povo aí e não me apoquente.

_ Majestade, isso não vai funcionar.

_ Vai sim, a gente treina ele. Bota uma foto da boneca terrorista – tem uma foto bem bonitona aí, de foto no chops, tem não? – na frente dele e fala que vai dar bolsa-família p’ra ele, casa popular, vale, indenização, basta só se ele dizer que ela vai ganhar. Aí chamamos a imprensa, ele fala e pronto.

_ Ele não fala, majestade.

_ PQP, se não fala, então como é que conta quem vai ganhar?

_ Aponta, majestade.

_ Aponta...? Com um monte de braço, de que jeito ele aponta, cabra, p’ra que lado? Garcia, Garcia, eu ando meio cabreiro com você, depois daquela coisa de negócio é negócio que você inventou e quase me deixou mal na fita, tu tá pensando em me aprontar mais alguma, é isso? Olha que te deixo no mar, tu viu que abandonei até o ZéD, o nosso Delúbio, tu vê aí o que vai fazer da sua vida, cabra...

_ Funciona assim, majestade: oferecem comida a ele em duas cumbucas, cada uma com uma opção escrita, por exemplo, Alemanha e Espanha. Então ele escolhe comer o conteúdo da Espanha – pronto! Quer dizer que a Espanha vai ganhar. E ganhou mesmo.

_ Então temos de pôr a boneca nas duas cumbucas, daí qualquer lado é nove e a gente ganha.

_ Mas...

_ Porra, só falta você mandar tocar o hino nacional p’ra me aborrecer, cabra, que saco. Qualé o pobrema agora?

_ Não podemos fazer isso porque essa escolha é feita diante das câmeras.

_ E daí?

_ Daí que o mundo todo vê a escolha que o polvo faz, tem de haver dois nomes, não dá para sabotar isso.

_ Dá, sempre dá. E você vai fazer isso direitinho, se vire. A gente já adestrou um povo maior que esse, tu sabe, a gente ensina ele, vicia bem o bicho, dá uma graninha mensal p’ra ele tomar lá as pingas dele com as quengas e tu sabe o resultado... Tá todo mundo adestradinho por aqui, cego, bobo, os babacas todos me adorando, me amando, me achando o maior, eu não perco p’ra ninguém, aconteça o que acontecer, nada me derruba, eu sou o rei! Portanto, um povinho a mais, um povinho a menos não vai fazer a menor diferença, corra, cabra.

_ É pollllllvo, majestade.

_ Garcia, tu anda querendo dar uma volta na Land Rover do Silvinho...?

_ Não, majestade, longe de mim.

_ Então, sacuda o corpo! E diga p’ro povo lá quem sou eu, ele que venha de joelhos, me beije a mão e faça reverência. Aí, quem sabe eu até boto ele p’ra ganhar mais uns trocados na empresa do meu filhote empresário, com essa mãozada toda seria bom, heim, Garcia, que tu acha?

_ ...Sim...? Como...?

_ Final de mandato, final de mandato, que merda! Nem tá me escutando, ôôô... Outro dia me abaixei para pegar água, ninguém pegou água p’ra mim, olha só, esse pessoal já tá de mala pronta p’ra mudar de lado e abanar o rabo p’ro próximo, PQP! Eu não vou suportar isso, não vou mesmo. Ô Garcia, tu não sabe que a favorita assumindo o meu lugar significa que eu não vou sair porra nenhuma? Então, olho na vida, meu cabra, olho na vida, tô falando, quem avisa amigo é...

DOCA publicou esta crônica em http://www.papolivre.com.br

domingo, 18 de julho de 2010

KIT DILMA


Incrível como o PT, Lulla e Dilma, não têm o mínimo pudor em gastar dinheiro público e até dinheiro destinado a outras finalidades, como o do convênio entre o governo e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Foram produzidas e distribuídas 215 mil cartilhas, 3 mil livros e 20 mil cartazes defendendo o voto nas mulheres, incluindo ai um discurso de seis laudas da candidata do PT. Tal kit foi enviado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, órgão vinculado à Presidência da república aos partidos políticos, deputados e senadores da base aliada e demais candidatos petistas nos estados. Consta que tudo ficou em R$ 72 mil reais. O governo, como sempre, negou que se tratasse de propagando eleitoral. Neste vale-tudo, quem acredita nisto? Pensam o que da gente? Que somos débeis mentais? No comício no Rio de Janeiro foram flagradas peruas a serviço da prefeitura da cidade transportando material de propaganda do PT. Sigilo fiscais são quebrados ao bel prazer dos funcionários públicos a serviço dos petistas como aconteceu com as declarações de renda de dirigente do PSDB, visando prejudicar a candidatura de Serra. Até onde vamos parar com esta total falta de ética, de pudor e vergonha na cara? Quando as autoridades vão se tocar que estão prevaricando? Há mais de três anos Lulla ilude o eleitorado com propaganda maciça de sua ungida como vemos na estória do PAC, onde até agora foram só gastos e propaganda... Sem contar o absurdo do pessoal pago para engrossar o comício de Dilma no Rio de Janeiro na sexta-feira. Nada disso configura crime eleitoral?