sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

EDUCAÇÃO PARA A REPRESSÃO - NADIR CABRAL

Educação para a Repressão
Artigo no Alerta Total - www.alertatotal.net - Por Nadir Cabral

A gente comum não percebe o processo de implantação da cultura marxista nas escolas públicas do país, cujo objetivo é semelhante ao “Modelo nazista para a educação orientada para resultados”.No Sul do país, um Promotor de Justiça tentou fazer face ao “movimento” de João Pedro Stédile e coibir nas escolas dos acampamentos “cartilhas” que ensinam táticas de guerrilhas para crianças, além de orientá-las nas ações de invasão de terras. O Promotor não obteve êxito, principalmente porque o tal “movimento”, dissimuladamente, não tem personalidade jurídica e os indivíduos do bando são, quando o são, processados individualmente. Mas, pasmem, há representantes do Judiciário brasileiro, premiando e se deixando fotografar ao lado do líder das invasões.Contudo, a preocupação ultrapassa o que se ensina nesses campos de treinamento de guerrilheiros, ela adentra os portões escolares de todo o país e encontra as cabecinhas ingênuas e simples das crianças brasileiras, incapazes de censura, prontas para receberem o aprendizado doutrinário.A desonestidade mesquinha e pensada de nossos “líderes” foi forjada nas cartilhas do revolucionário ateu Karl Marx. Como é difícil doutrinar pessoas mais velhas e experientes, o alvo a ser atingido é a criança.A máxima “transforme o mundo por meio da transformação das crianças”, é ampla e ferozmente utilizada pelo Governo Federal. A líder da Liga dos Professores Nazistas, Hans Schemm orientava: “Aqueles que têm a juventude ao seu lado controlarão o futuro”; “Crie o cidadão de classe mundial”; “Crie um novo tipo de aluno”.Essa trama de implantação de um regime comunista no país é velha e persistente, inicia-se por volta de 1935. O enredo obteve seu maior êxito após 1985, quando o Governo foi entregue aos civis.O mais lamentável e digno de se fazer perder o sono, é a propaganda antimilitar que se faz durante todos esses anos, sem nenhuma resposta dessa Instituição indispensável a qualquer nação. Quando os dignos Generais ocuparam o cargo de Presidentes do Brasil, não aventaram para a necessidade de exposição honesta, das ações genocidas perpetradas pelos comunistas da Europa e da Ásia.Quem hoje sabe que o “Ato Institucional n° 5”, foi editado em razão dos ataques terroristas que vitimaram dezenas de inocentes e de pessoas que nada tinham em comum com os revolucionários? Os terroristas de ontem, ocupam cargos de altíssima importância na Política Nacional de hoje e contribuem diretamente para o alijamento das liberdades individuais, por meio de uma educação a serviço de seus interesses menos louváveis.A ”educação continuada” é mais uma demonstração da implantação desse modelo nazista no qual a criança e o adolescente sabem que podem cursar vários anos sem demonstrar qualquer desempenho intelectual, moral ou disciplinar, mas que no final receberá os seus certificados de aptidão para as próximas etapas. Resultado: analfabetos funcionais até nas escolas superiores.O Estado, priorizando o tópico “educação para resultados”, programou direcionar o aluno para o primeiro emprego – “Programa Escola-Trabalho”, como fizeram os nazistas em tempo de quebra das Bolsas de Valores, 1929, antes da ascensão de Hitler ao poder em 1933, época de profundo desemprego na Alemanha.A cartilha nazista do “Domínio da Aprendizagem", condiciona as crianças e jovens a abrir mão de sua individualidade, para cultivar o sentimento coletivista de servidores da sociedade. O indivíduo a serviço do Estado, subordinado às suas vontades e determinações, um “utilitário” da sociedade. A expressão “politicamente correto” surgiu na época de domínio nazista. Os professores de Munique eram orientados da seguinte forma: “De agora em diante não cabe a vocês decidir se algo é ou não verdadeiro, mas se é do interesse da revolução nacional-socialista”.Não fazer uso da leitura é mais uma das orientações nazistas, cuja preocupação é definir resultados afetivos e não cognitivos. Parece que estamos falando do Brasil atual, onde o “conhecimento é publicamente condenado”, como na Alemanha de Hitler.Invariavelmente estamos diante de um modelo de sociedade idêntico ao daquela época, cujo ataque ideológico aniquilou com a tradição do respeito hierárquico e autoridade familiar. "Apelou ao desejo da juventude de ser independente do mundo adulto e explorou o conflito de gerações e a tendência típica dos jovens de desafiarem as figuras de autoridade, sejam pais ou professores”.Desorientar os jovens por meio de “ações chocantes”, como por exemplo, educação sexual, onde os “educadores” se valem de enormes órgãos genitais masculinos para ensinar as crianças a colocar o preservativo. No Maranhão, o Governo do Estado autorizou testes de AIDS em menores de idade, diga-se, crianças, sem a autorização dos pais, uma afronta à Constituição Federal, artigo 226, § 7º.Tudo isto tem um significado incontestável: o (des)Governo e seu séquito, objetiva aniquilar a Lei Maior do país e implantar a “lei” totalitária do coletivismo da nova ordem mundial. Eles silenciaram a oposição, como também prevê a cartilha de Hitler. O Brasil não possui “direita”, a única direita que existiu, foi quando os Militares assumiram e se empenharam em desenvolver nos brasileiros espírito de patriotismo e de cidadania.Certa vez, exaltada, indignada por tudo o que vem acontecendo questionei um amigo: - Bem, se à época do Regime Militar, alguns jornais brasileiros não publicavam notícias “censuradas” pelos Militares, e, ao invés disso, publicavam receitas de bolos, porque os Generais não “pagaram” para que fossem publicadas as verdades ocultas, a agenda oculta dos revolucionários em todo o mundo?Eis a resposta: - “Imagino que não pagaram porque a formação militar é muito específica: estratégias de defesa, engenharia, informação, segurança, armamento. O”inteligente”? = Golbery... da estratégia para a segurança nacional, criador do SNI, defensor da tolerância aos marxistas nas escolas superiores... O único que tinha sensibilidade filosofia, política, humanidades, era o Castelo Branco. O resto desprezava tudo isto. O Figueiredo gostava de cavalos. O Costa e Silva de jogar nos cavalos, o Médici gostava mesmo era de futebol. Eram pessoas comuns, gente honesta, sem os vícios da política.”“E foi bem por isso que não pagaram aos jornais. Também por alheamento, desconhecimento ou desprezo dos estudos de psicologia aplicada do Bernays, depois dos Tavistock... acho que consideravam isso “frescura” de gringo. Não pagaram por ética e por uma repulsa ao que considerariam corrupção, uma repulsa característica dos governantes militares, devido a sua formação na caserna e desprezo às práticas políticas tradicionais dos oligarcas.”Então, caros leitores, o momento da reflexão já passou. Temos de agir em defesa de nossas crianças e jovens, da propriedade e da liberdade. Conheço um indivíduo que em um dos momentos da História do Brasil, foi estudante primário e que teve uma coleguinha de sala que disse: “a fazenda de seu fulano será do meu pai (operário) se o Brizola ganhar as eleições”.Preocupante, não?
Fonte: O Modelo Nazista Para a Educação Orientada Para Resultados - Autora: Berit Kjos.
Nadir Cabral é Professora Universitária.

FHC MERECE ADVERSÁRIOS MENOS BOÇAIS E ALIADOS MAIS CORAJOSOS

Fernando Henrique Cardoso

COLUNA AUGUSTO NUNES - 09/02/2010


FHC merece adversários menos boçais e aliados mais corajosos
9 de fevereiro de 2010

“Para ganhar sua guerra imaginária, o presidente distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos”, constata Fernando Henrique Cardoso já no primeiro parágrafo do artigo publicado no domingo. O que faz o governo Lula para “desconstruir o inimigo”?, pergunta-se linhas adiante. A resposta resume a tática que o pastor ensinou ao rebanho: “Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido”.
Surpreendida pela contundência do ex-presidente, que desmontou com menos de mil palavras vigarices reiteradas há sete anos, a matilha companheira foi à luta, desta vez sem o comandante. Como faz sempre que sabe com quem está falando, Lula achou melhor perder a voz. Enquanto ensaia o que dizer, falarão por ele os sarneys e os dirceus, os jucás e os berzoinis, os renans e os vaccarezzas, as dilmas e as idelis, os tarsos e os mercadantes, os destaques e os figurantes do elenco de filme de terror.
Não falarão por Fernando Henrique os aliados, incapazes sequer de compreender que, mais que um artigo-manifesto, acabam de ganhar a segunda parte do roteiro para a montagem do discurso que, segundo Lula, a oposição não tem. A primeira foi publicadoa há três meses, no artigo com o título “Para onde vamos?”. O texto demonstra que o autoritarismo popular instituído por Lula pode desembocar, num Brasil presidido por Dilma Rousseff, no que qualificou de “subperonismo”.
A previsão foi confirmada em dezembro pela aparição do Programa Nacional de Direitos Humanos. Nenhum tucano associou o artigo ao documento, que pretende chegar ao futuro pela estrada que termina no século 19. Se o horizonte próximo o inquieta, Fernando Henrique se mostra sem medo do passado, título do segundo artigo. Discurso, portanto, a oposição já tem. Falta agora descobrir que tem. Falta criar coragem para pronunciá-lo. Falta o candidato que tem jeito de candidato, modos de candidato, cara de candidato e vontade de ser candidato enfim confessar que é candidato.
Tolerante, bem-humorado, substantivamente democrata, Fernando Henrique merecia adversários menos boçais e aliados mais corajosos. Há algo de muito errado com os partidos de oposição quando um grande governante tem de recordar ele próprio o muito que fez. Há algo de muito estranho quando FHC tenta impedir, sem a solidariedade ativa dos militantes, que se consume outra morte da verdade, sucessivamente assassinada desde janeiro de 2003.
Há mais de sete anos, patrulhas federais se valem da meia verdade ou da mentira grosseira para transformarem em herança maldita um legado de estadista. A cada avanço dos vendedores de fumaça corresponde uma rendição sem luta do PSDB, do DEM e do PPS. A oposição vive comprando como verdades milenares as mentiras que o governo vende. Lula, que precisou do segundo turno até para vencer Geraldo Alckmin, virou um imbatível campeão de votos. FHC, que o surrou duas vezes no primeiro turno, é apresentado como má companhia eleitoral.
Depois da vaia no Maracanã, Lula só testa a popularidade em institutos de pesquisa. Mas ficou estabelecido que ninguém foi tão amado desde Tomé de Sousa. Fernando Henrique anda pelas ruas sozinho entre cumprimentos e saudações da gente anônima. Foi mais de uma vez aplaudido no Viaduto do Chá, foi homenageado pela multidão de cariocas na praia do Leblon. O Planalto espalhou que o país inteiro gostaria de vê-lo na guilhotina. A oposição acredita. É o Brasil.
As reações ao artigo escancararam o abismo existente entre a tibieza da oposição oficial e o ânimo combatente dos incontáveis brasileiros inconformados com a Era Lula que se movem e se agrupam na internet. Centenas de milhares de adversários do governo transformaram o artigo em bandeira e se juntaram à ofensiva de FHC. Sabem que não se ganha uma eleição sem confrontos nem se chega ao poder com mesuras. Sabem que disputa presidencial não é concurso de biografias, e que não é possível ser tão gentil com seitas primitivas.
Por tudo isso, aceitaram com entusiasmo o repto do Planalto. Lula quer uma disputa plebiscitária, certo? Por que não começar com um debate público entre Lula e Fernando Henrique? Pelo falatório governista, seria o duelo entre o pai dos pobres e o grande satã neo-liberal. Já estão descobrindo que tal simplificação é suicida. Uma coisa é discursar num palanque, cercado de amigos que agem como garotas de auditório e sob os olhos de plateias amestradas. Outra é expor-se ao contraditório, à réplica, ao aparte, à divergência, à cobrança, ao desmentido. Lula foge de entrevistas com jornalistas independentes como foge o vampiro do crucifixo. Vai precisar de coragem para enfrentar um adversário que tem razão.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NUNCA FALE A VERDADE - HUMBERTO DE LUNA FREIRE FILHO

Carta de Humberto deLuna Freire Filho ao Estadão - 11/02/2010
O general Maynard Marques de Santa Rosa, chefe do Departamento-Geral do Pessoal do Exército, foi exonerado do cargo pelo ministro da defesa Nelson Jobim por ter criticado a Comissão da Verdade inserida no Plano Nacional de Direitos Humanos. Disse ele, ser esta comissão formada por fanáticos e que viraria uma comissão da vingança. Onde foi que ele errou?Não se pode mais falar a verdade no país das mentiras? No país do 'eu não sabia', no país dos currículos falsos? Eu acrescentaria às palavras do general que, além de ser formada por fanáticos, terroristas, sequestradores e ladrões de bancos, não só a comissão mais todo esse tendencioso Plano, ainda tem na retaguarda um bando de salafrários que investiram em um falso patriotismo e agora colhem os dividendos. Receberam indenizações milionárias e mensalmente recebem altas pensões vitalícias, o que já custou aos cofres públicos mais de quatro bilhões de reais. São os verdadeiros gigolôs da República. A relação dos que entraram na justiça reclamando essa excrescência, e ainda estão na fila de espera, forma um verdadeiro exército, tem mais de trinta mil nomes com aval e estímulo do Ministro da Justiça. Para que não sabe, vale a pena dizer que eles tem como patrono o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-vice prefeito de Luiza Erundina, personagem principal do, na época, rumoroso caso Lubeca. Um amigo inseparável do sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Dá para entender o que está por trás de tudo isso?

LULLA ESTÁ INDO ATÉ A BATIZADO DE BONECA - LÚCIA HIPPÓLITO


Lucia Hippolito: Presidente Lula vaiado em interior de Minas 10/2/2010
Lula está indo até a batizado de boneca
Em comentário à rádio CBN, Lucia Hippolito disse que os políticos já perceberam que a eleição será decidida em Minas Gerais, tanto pelo PSDB, que quer Aécio Neves na chapa de José Serra, quanto pelo governo, pois a ministra Dilma Rousseff e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não saem do estado.
A colunista chamou a visita de Lula à Minas Gerais para inaugurar 98 casas populares e o campus de uma universidade que ainda não foi concluída de “agenda de prefeito”. “O presidente está indo até a batizado de boneca, e ontem ele foi a mais um.” Durante a inauguração da universidade, o presidente foi vaiado pelos estudantes.
Para Hippolito, a situação é boa para Dilma Rousseff treinar. “Ontem ela foi a Governador Valadares e chamou a cidade de Juiz de Fora".
NOTA: a "Universidade" , quando estiver pronta, será composta de 10 prédios, dos quais 5 estão em construção e 3 não saíram do papel, faltam professores e até água. As estradas são barrentas e nem ônibus trafegam quando chove. Lúcia disse que Lula ficou muito bravo com as vaias dos estudantes...

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

POLÍTICA INTERNACIONAL BRASILEIRA - AUGUSTO ZIMMERMANN


Lula e Amorin

O fato de que ele aparenta tanto valorizar a sua estranha amizade com ditadores brutais e líderes autoritários pode ser interpretado, com toda justiça, como um sinal de que ele não é um democrata verdadeiro nem um líder particularmente interessado na proteção dos direitos humanos fundamentais.
Os seguidores do presidente Lula freqüentemente nos lembram que ele é também bastante apreciado pelos jornalistas estrangeiros. Bem, trago algumas más notícias para essa gente: Lula já não é, definitivamente, mais "amado" por eles como já foi.
De certa forma, tudo começou a mudar quando o Brasil decidiu apoiar o pedido de Cuba e da Líbia para suspender o status consultivo da Repórteres Sem Fronteiras na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Unindo-se a países com um extenso registro de violações aos direitos fundamentais como China, Cuba, Qatar e Arábia Saudita, o Brasil votou pela suspensão de uma das poucas organizações que representam a liberdade de imprensa e que têm status consultivo nesse importante órgão das Nações Unidas.
Outro conflito de interesses entre o governo Lula e a mídia estrangeira ocorreu em 2004, durante a desastrosa tentativa do governo de expulsar o correspondente Larry Rohter, do The New York Times. O visto do jornalista foi cancelado porque ele havia ousado escrever uma reportagem mostrando preocupações públicas sobre os hábitos de beber do presidente.
Como todos sabem, em conseqüência das críticas generalizadas que recebeu internacionalmente da mídia, Lula achou melhor encerrar o imbróglio com uma farsa. Na impossibilidade de se retratar de sua atitude autoritária sem ficar desmoralizado, Lula decidiu interpretar como "retratação" uma carta na qual o jornalista norte-americano confirmava tudo o que tinha escrito. Assim, a situação foi resolvida não como uma questão de respeito à legalidade, mas como um gesto de aparente magnanimidade do presidente.
Apesar da "generosidade" de Lula, o seu governo foi novamente criticado quando este se absteve, em resoluções da ONU, de condenar os inúmeros abusos dos direitos humanos cometidos no Congo, Sri Lanka, Sudão e na Coréia do Norte. Por exemplo, um recente artigo na Newsweek acusa o governo brasileiro de estar completamente silente em relação às políticas genocidas do governo islâmico do Sudão, abstendo-se até mesmo na votação que concedia aos monitores dos direitos humanos uma missão mais ampla naquele país.
A Newsweek também informa a seus milhões de leitores que o homem forte da Venezuela, Hugo Chávez, "não tem um amigo mais próximo do que Lula", apesar de seu regime político ser acusado regularmente por grupos de defesa dos direitos humanos, como o Human Rights Watch, de violações generalizadas, incluindo restrições à liberdade de expressão, assassinato de adversários políticos, tortura política e politização do Judiciário. Mesmo assim, Lula disse a Newsweek que ele realmente acredita que a Venezuela tem um governo democrático e que "cada país estabelece a democracia que serve a seu povo".
O fato de o presidente Lula desenvolver, tão entusiasticamente, ótimas relações de amizade com o presidente iraniano Ahmadinejad, também não foi ignorado. Segundo a Newsweek, isso pode ser demonstrado pelo simples fato de Lula "defender enfaticamente o programa nuclear do Irã e até ter convidado Ahmadinejad a visitar o Brasil". Como a United Press International (UPI) destacou recentemente, Lula até mesmo questionou o direito democrático do povo iraniano de protestar contra as eleições fraudulentas, ao comentar: "No Brasil, também temos pessoas que não aceitam as derrotas eleitorais".
O aparente apoio do Brasil a essa República Islâmica, mesmo quando a China e a Rússia condenaram o programa nuclear iraniano, vem sendo interpretado por diversos setores da imprensa internacional como um "movimento desastroso". De acordo com um recente editorial do prestigioso The Washington Post, tal apoio demonstra que os países do Ocidente estavam absolutamente certos ao não oferecerem para o Brasil um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Para ter uma influência positiva no mundo, afirma o editorial, Lula precisaria parar de abraçar párias como Ahmadinejad.
Sobre sua interferência na política da América Central, o The Wall Street Journal (o jornal com maior circulação nos Estados Unidos) publicou há poucos dias atrás um interessante artigo sugerindo que a intervenção do Brasil em Honduras foi um obstáculo à solução pacífica (e democrática) para a crise naquele país. Escrito pela doutora Susan Kaufman Purcell, a diretora do Centro para a Política Hemisférica da Universidade de Miami, o artigo explica que durante a recente crise em Honduras, Lula apoiou firmemente o presidente deposto Manuel Zelaya, que tentou seguir os passos de seu aliado venezuelano, Hugo Chávez, particularmente em relação a seu desejo de desconsiderar os limites ao mandato presidencial estabelecidos pela Constituição hondurenha, que foi o motivo para ele ser deposto.
Quando Zelaya se refugiou na embaixada brasileira, a rede de TV a cabo CNN reportou em seu website que o ministro das Relações Exteriores, Celso Antônio Amorim, havia declarado que o presidente deposto tinha sido eleito pelo povo hondurenho e que o Brasil não iria tolerar nenhuma ação contra a embaixada. A posição do governo Lula em relação à importância do governo democrático foi considerada altamente hipócrita, porque o Brasil tinha acabado de votar na Organização dos Estados Americanos (OEA) para retirar a proibição da participação de Cuba - um país que não realiza uma eleição democrática há 50 anos. O voto brasileiro contradiz as diretrizes democráticas da organização.
Logo, não é surpresa alguma que diversos jornalistas estrangeiros estejam ficando um tanto desconfiados com o presidente Lula. O fato de que ele aparenta tanto valorizar a sua estranha amizade com ditadores brutais e líderes autoritários pode ser interpretado, com toda justiça, como um sinal de que ele não é um democrata verdadeiro nem um líder particularmente interessado na proteção dos direitos humanos fundamentais. Assim sendo, se Lula está saindo totalmente das graças da mídia estrangeira, ele só tem a si mesmo (e a sua desastrosa política externa) para culpar.
Publicado originalmente no Diário do Comércio, 3 de fevereiro de 2010.
Augusto Zimmermann é professor de direito na Universidade Murdoch, na Austrália

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

E SEGUEM OS TRABALHOS - DOCA RAMOS MELLO

...E seguem os trabalhos!


Com o samba na ponta da língua, a Unidos da Sofisticada Organização Criminosa já está distribuindo o panfleto que explica o enredo e a evolução da escola para este ano na passarela – só não conta as tramóias porque isso é coisa da diretoria, segredo de Estado.

Começão de Frente: é isso mesmo, a escola não tem comissão, mas começão no sentido de apetite, comilança de tudo quanto é tipo (eles são meio ignorantes, daí a invenção do termo, mas para quem fala “menas”, começão é bico), porque a escola está comendo o kipuburruá pelo rabo e pretende não deixar nem os ossos de fora desse rega-bofe. A começão, pois, vem com todos os presidentes estaduais dos núcleos que a escola mantém em Kizumba-lelê, o país das maracutaias. A fantasia deles traz uma imensa máscara vermelha toda bordada com falsas promessas, estrelas e rios de dinheiro no bolso. Os integrantes desfilam com a boca escancarada cheia de dentes (pobre Raul...), cuecas sobre as calças e meias largas carregadas de propina, digo serpentina. O carro abre-alas vem logo a seguir com o logotipo da agremiação, uma manopla de quatro dedos.

Ala Bolsa-Família: precedida do carro alegórico “Nóis segura a onda do Cabra, nóis tem a bolsa”, cujo destaque são falsos operários de macacão, capacetes dourados e língua presa (por isso não cantam o samba, só fazem movimentos com a boca, de forma a enganar os jurados), é ala badalada e sua fantasia sai dos bolsos da tribo kipovuburruá, que paga o estilista, a costureira, o pano, a linha e outras cositas mais... São milhares de componentes que desfilam a soldo, carregando como alegoria uma tabela de pesquisa que mostra a aprovação popular do samba de Inacinho Nove Dedos de Garanhuns, como forma de induzir o juri a dar o tricampeonato para a agremiação.

Rainha da Bateria: é Lady Dil, a guerreira Companhêra Karadekatraia, que vem com tudo, isto é, grosserias, mentiras, sequestros, assaltos, roubos, falsos diplomas, pedantismo, campanha fora de hora, arrogância e agendas, fantasiada de Mãe do PAC, maquiada para parecer Luma de Oliveira e iludir o kipovuburruá, que vai estar nas arquibancadas tomando chuva, como sempre. Um caminhão de cristais russos vai lhe cobrir a cara, o corpo e os dentes de coelho, para que ninguém reconheça nela a bonequinha terrorista dos anos 60. Karadekatraia quer dominar a nação kipovuburruá e tem muita gente apostando que só mesmo para conquistar o posto de rainha da bateria é que tem engolido o cacique Sapukururu Barbudo Sentado no Trono e suas metáforas horrorosas. “Tudo por esse cocar”, raciocina prática.

Bateria: os ritmistas entram na passarela, fantasiados de Francenildo, O Caseiro Humilhado. Trata-se de uma sátira, deboche do compositor Palofinho da Mary Jane, um dos autores do samba, que idealizou, ele próprio, uma roupa especial toda recoberta com contas da Caixa Econômica bordadas com paetês vermelhos. E furadas bem na parte do saldo bancário.

Ala dos Baianos: Só mesmo o carro alegórico é certeza até agora, e vem com o tema “Ministro, compositor e trovador”. Espera-se que Gilberto Gil puxe o cordão, mas a escola depende do ainda aval de dona Flora, a mão de ferro, habituada a dar ordens e ser obedecida. Se ela cismar que não, ou não lhe agradar o cachê, babau, o trovador não aparece no desfile...

Ala Minha Voz continua a Mesma, mas os Meus Cabelos...ah!: sob o comando do sambista ZéDedo Leve do Mensalão, que vem com arrogância e cheio de mando, dando ordens e distribuindo grana para a escola levar o título. Consta que já subornou muita gente e que, se derem chance, bota o dedo nos envelopes dos jurados e manipula os resultados. ZéDedo se autoescalou para ser o destaque do carro alegórico “Eminência pouco parda com dois nomes e algumas plásticas”, com a fantasia “Sou Dirceu, o kipovuburruá é meu, só O Cara ainda não percebeu, aqui mando eu”. Que por sinal custou uma baba e alguns charutos cubanos.

Ala Ave, Ciro!: todos os integrantes usam máscara com a cara do arauto de Sobral e não cantam o samba com a letra oficial porque o coordenador da ala tem outra visão da passarela, do samba, da evolução, do enredo, do carnaval, da letra, da melodia, de tudo, enfim. Discorda, inclusive, da escolha da rainha da bateria – considera-a ruim de molejo e doente do pé. É praticamente uma sub-escola dentro da escola e os sambistas desfilam entalados na garganta da diretoria. Destaque de chão, o coordenador entra na passarela com um traje metade Napoleão, metade Virgolino Lampião, batizado de “Eu sou o máximo”, e sua alegoria atende pelo nome de Patrícia.

Porta-Bandeira e Mestre-Sala: a dançarina Ângela Guadagnin deixa o recesso em que se meteu depois de sua última apresentação do solo Dança da Pizza no Plenário, para carregar o pavilhão vermelho pobre, ao lado do também desaparecido Gushiken, grande mestre-sala (quarto, cozinha, banheiro...) dos fundos de pensão. O casal vem com a fantasia “Doces Ditadores, ah, que delícia de esquerda!”, uma releitura do traje militar de Fidel Castro.

Ala Direitos Humanos contra a Liberdade de Imprensa: os integrantes desfilam logo depois do carro alegórico “Aê, Franklin, tá bom p’ro cê, p’ro povo tá ruim, então vai ficar assim”, todos de boca costurada, de sorte que ninguém canta porque quem canta seus males não espanta e ainda pode ser enquadrado e pegar um xilindró forte.

Ala Vacas de Presépio: maior em número de componentes, traz a tribo kipovuburruá representada por desdentados, analfabetos, miseráveis, portadores de vermes, burros, intelectuais entediados, imbecis, mendigos, pedintes, ingênuos, inocentes úteis, desprotegidos, doentes, assaltados, esfomeados, etc. Eles vêm logo após o carro “Massa de manobra em paetês de paz e miçangas de amor, ai que loucura!”. No desfile, repetem o mantra com o qual os adestrou a diretoria e que diz “nunca antes neste país”, mas que eles não sabem o que significa. Desfilam sempre de braços levantados, como se estivessem votando alguma coisa sob comando de greve, mas também não entendem a razão disso.
DOCA publicou esta crôncia em: http://www.papolivre.com.br

domingo, 7 de fevereiro de 2010

UM PASSARINHO ME CONTOU...


Um passarinho me contou que um certo passarinho andava brigando com a passarinha, já muito aborrecido foi conversar com outro passarinho amigo, lá do nordeste, este igualmente muito grosseiro, com o qual acabou brigando, depois, mais aborrecido ainda, andou tomando água que passarinho não bebe, depois... não pôde voar...