sexta-feira, 9 de maio de 2014
ABORTE OU VOLTE!
quinta-feira, 8 de maio de 2014
VISÃO MÍOPE - ADRIANO PIRES
Visão míope
- Autor: Adriano Pires
A discussão da autossuficiência energética no Brasil tem se limitado à
questão do petróleo e dos combustíveis fósseis. De fato, a estagnação da
produção da Petrobras, a insuficiente capacidade de refino num cenário de
consumo crescente, vem fazendo com que o volume de importações seja cada vez
maior, sendo responsável por parte significativa da deterioração das contas
externas e dos maus resultados da estatal. No entanto, essa discussão deveria
ter um caráter mais abrangente, uma vez que o Brasil possui uma grande
diversidade de fontes energéticas, capazes de garantir a autossuficiência
energética e a segurança de abastecimento, fatores fundamentais para um país que
deseja ter um papel preponderante na cena internacional.
Nesse sentido, tanto o gás natural quanto o etanol têm apresentado uma
participação na matriz energética brasileira muito abaixo dos seus potenciais.
Isso é consequência de uma visão míope por parte do governo, que não leva em
consideração as características desses dois combustíveis em relação aos demais,
principalmente, no que se refere ao meio ambiente.
O monopólio da Petrobras tem sido prejudicial ao crescimento do gás na matriz
energética. Na realidade, a estatal sempre considerou o gás como subproduto do
petróleo, focando suas campanhas exploratórias na descoberta de petróleo na
plataforma continental. Com o sucesso das descobertas de petróleo e gás
associado no mar criou-se a ideia de que o Brasil não tem petróleo e gás em
terra. Quando a verdade está no fato de que quase não se furou em terra no
Brasil. Assim, têm-se adiado a descoberta e a produção de um gás natural mais
barato, quer pela ausência de leilões onshore contínuos, quer pela
ausência de uma legislação e regulação específicas que diferenciem a exploração
do mar e da terra.
A ideia de que não existe gás em terra já foi contrariada pela descoberta de
pelo menos três bacias: Bacia do Solimões, Bacia do Parnaíba e Bacia do São
Francisco. Na Bacia do Parnaíba, já se descobriram reservas com mais de 30
bilhões de m³ de gás natural, dos quais mais de 7 bilhões de m³ já são provados
na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em relação à Bacia do São Francisco, que
tem potencial para mudar o mercado brasileiro de gás, devido à proximidade com
os centros consumidores, a campanha exploratória já notificou mais de 16
descobertas de hidrocarbonetos, desde 2005.
O monopólio da Petrobras tem sido prejudicial ao crescimento do gás
na matriz energética
No entanto, as médias empresas que estão à frente desses projetos esbarram na
falta de tecnologia, capital e infraestrutura para levar esse gás ao mercado. O
seu aproveitamento parcial vem se dando por meio da instalação de usinas
termoelétricas na “boca do poço”, deixando-se de lado usos mais nobres como a
cogeração e o consumo na indústria.
No caso do etanol, que antes do pré-sal era visto como estratégico, perdeu
competitividade por conta da política de preços subsidiados da gasolina e pelo
fim da Cide. A baixa competitividade do etanol fez com que os consumidores
optassem pela gasolina, fazendo com que as vendas do derivado disparassem,
enquanto as do biocombustível se reduziram nos últimos anos. Com a redução da
demanda, as empresas se viram em dificuldades financeiras, levando o setor a um
ciclo negativo de falta de investimento, baixa de produtividade e queda de
produção. O resultado é que trocamos o projeto “Arábia Saudita Verde” pelo
projeto de nos tornarmos membro da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep), à semelhança da Venezuela.
Os problemas apontados no gás natural e no etanol afetam as demais fontes de
energia e se refletem na falta de planejamento de longo prazo, abandonado pelo
atual governo. Em vez de definir metas de participação para cada uma das fontes
na matriz energética e estabelecer políticas públicas, baseadas em regras de
mercado, que garantam esse objetivo, o governo opta por eleger o “preferido” da
vez, que é beneficiado e ao mesmo tempo punido com medidas de curto prazo, como
o pré-sal, criando distorções de preços relativos e contribuindo para uma má
alocação de recursos na economia. O Brasil possui enorme vantagem comparativa
quando o assunto é disponibilidade de energia. No entanto, a interferência
governamental desastrosa não permite que essa vantagem comparativa se traduza em
vantagem competitiva e desenvolvimento para o país.
Fonte: O Estado de S. Paulo, 07/05/2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
QUE POVO É ESTE? - Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
“QUE
POVO É ESTE?”
As
denúncias, muitas irrefutáveis contra os desgovernos petistas se repetem e
renovam, diariamente. Contudo, são palavras ao vento.
Não
percebemos a menor marola de indignação no povaréu brejeiro, e ao que tudo
indica nada alterará o abominável trajeto que os donos do Brasil têm traçado
para esta impoluta Pátria.
Por
vezes, podemos imaginar que um suspiro de contrariedade percorre o coração da
plebe, pois em grupelhos indignados saem às ruas para externar a sua
insatisfação.
No
início, nos alegramos, pois parece que no reino da fantasia baixara o espírito
da justiça. Porém, ledo e tenebroso engano. A turma querendo algum tipo de
desforra ataca e incendeia com satisfação e enorme gáudio, os
ÔNIBUS.
Realmente,
ao incendiar os transportes coletivos, que não podem se defender e muito menos
reagir, encontramos sintetizada toda a bravura e a coragem
nacional.
Diariamente,
nem sei quantos ônibus são incendiados. Um monte.
No
Guarujá uma cidadã foi espancada. Moradores da área onde residia a infeliz
Fabiana julgaram - na como sequestradora de crianças, e por ser parecida com uma
pretensa criminosa mimoseada no facebook, fizeram a sua injustiça com as
próprias mãos.
A
turba “justiceira” linchou a pobre mulher. Uma vergonha, uma violação dos
direitos de outrem, que nunca será resgatada.
Não
sabemos como começou a barbárie.
Provavelmente,
um ou uma idiota alertou um grupo de moradores da área de que ela era a
sequestradora. Até aí tudo bem ou tudo mal, como queiram, mas o impressionante é
que os justiceiros, livres de qualquer responsabilidade, amoitando - se
no anonimato, agrediram - na com a desculpa de que era preciso
justiçar.
“Fabiana,
que também foi arrastada no meio da rua, teve ferimentos graves e chegou a ser
socorrida com vida. O Corpo de Bombeiros a encontrou com os pés amarrados e o
rosto desfigurado”.
Ela
foi internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Santo Amaro, com
traumatismo craniano, mas não resistiu e faleceu ontem.
Meus
conterrâneos, nós tivemos uma pálida ideia de que “povo é este”,
descaradamente jeitoso e alegremente irresponsável, capaz de atacar ônibus sem
qualquer defesa, e de linchar pessoas sem qualquer culpa.
É
o mesmo povo que recebe esmolas governamentais, que não se importa com as
denúncias, que não liga em chamar de heróis conhecidos terroristas, que não se
amofina de pagar régias indenizações a alentados facínoras da subversão, e que
não dá a mínima para a desmoralização das Forças Armadas e dos agentes que
batalharam para a manutenção da lei e da ordem e, grotescamente, são perseguidos
pela Comissão da Verdade.
Este
é o povo que nem liga para os esculachos que são realizados na frente da
residência dos abnegados agentes que ainda sobrevivem, apesar de todas as
acusações e perseguições que têm sofrido,
Um
vergonhoso povo que merece a reeleição da inútil, que merece o retorno da
maior praga que já assolou esta pobre terra.
É,
merecemos tudo o que o futuro do petismo comuna e o sindicalismo boçal nos
destinam.
Entretanto,
continuaremos denunciando, reagindo, pois os nossos mestres nas Escolas
Militares nos ensinaram a ter determinação, a preservar a nossa honra e a
lutarmos com dignidade. Lamentavelmente, parece que alguns dormiram nas
aulas.
Mas,
prosseguiremos desiludidos, pois a dimensão da galera é por demais
insignificante, para termos a menor esperança de que poderemos mudar o nosso
fatídico e infeliz futuro.
Seguidamente,
nos deparamos com equivocada indagação “que País é este?”, quando, de
fato, a grande incógnita é, “que miserável povo é este”?
Brasília,
DF, 07 de maio de 2014
Gen.
Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
segunda-feira, 5 de maio de 2014
O NAVIO QUE NÃO NAVEGA... Júlia Rodrigues
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