sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CONGRESSO DO PT EM BRASÍLIA - MARA MONTEZUMA ASSAF

Quando Lula escolheu Dilma como sua preposta, foi com evidente contrariedade que o PT acolheu sua decisão, mas curvou-se diante da obviedade de que Lula é maior que o PT, portanto, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Só que nestes 9 meses de governo , pariu-se uma Dilma que não só ousa andar com as próprias pernas, como abre caminho para dar clareza à herança mais que maldita que Lula deixou-lhe, e também ao Brasil : a corrupção como conduta habitual, usual, sacramentada e oficializada por decisões de múltiplas instâncias que absolvem meliantes-políticos ou (se bobearmos) até deixam prescrever processos contra ladrões do erário e quadrilheiros...já que, ao que tudo indica, partem do princípio supraconstitucional de que "contra argumentos, não há fatos" (Nêumanne Pinto).
Em decorrência da insubordinação da preposta, o tema central do 4o Congresso do PT em Brasília será uma crítica à faxina compulsória (que nem bem começou, já acabou) levada à cabo por Dilma que - segundo o documento que norteará o Congresso - não passa de uma "conspiração midiática" insuflada pela oposição, que quer dissolver a base parlamentar do governo. Ora, se a mídia divulgasse fatos mentirosos, seria uma vera conspiração, mas sucede que o PT quer nos obrigar a conviver cegos e mudos em meio a maior sujeira acumulada pelo governo Lula...o responsável por ter transformado o Congresso e governo brasileiro numa casa de "colecionista", termo que define pessoas que, por problemas mentais, acumulam trastes e porcarias quase até o teto de suas residências, tornando o local onde vivem em verdadeiros lixões . O PT não quer que a oposição se utilize destes fatos para abalar a base parlamentar do governo, ou seja, o PT não admite que a oposição exercite seu papel de oposição. O pior disso tudo, é que políticos ilustres como Aécio Neves , Fernando Henrique Cardoso e até os peemedebista Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos apoiam esta idéia do PT, visto que recomendaram que neste momento não se façam críticas ao governo de Dilma para resguardar a tal "governabilidade". O PT, penhoradamente, agradece .

Mara Montezuma Assaf -





quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DEU A LÓGICA! - JÚLIO FERREIRA

Nada mais natural do que a absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), ameaçada de perder o mandato, por falta de decoro parlamentar, após ser flagrada em um vídeo, gravado em 2006, no qual "elazinha" aparece recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Quem acreditava na possibilidade da condenação de Jaqueline Roriz, só pode ser daquele tipo de eleitor que continua acreditando em Papai Noel.

Ora minha gente, a deputada foi "julgada" por seus "pareceiros", que obviamente, principalmente por conta da imensa maioria ter o rabo preso, tinham mesmo que absolver a "pobrezinha", até mesmo para evitar que ela "botasse a boca no trombone", e desse o nome dos outros "bois que comeram no mesmo pasto, ou em pastos análogos.

Faça-me um favor! Uma votaçãozinha mequetrefe como essa, feita à portas fechadas, exatamente para evitar que os eleitores tomem conhecimento de quem apoiou a absolvição de Jaqueline, é uma desavergonhada forma de manter o povo brasileiro enganado a respeito da honestidade de seus representantes no Congresso. Fica a nítida impressão de que o episódio pode ser comparado a uma fábula moderna, na qual bando de raposas seria encarregada de julgar uma "raposinha", que teria tido o "azar" de ser pega enquanto "roubava galinhas no galinheiro".

Dá para, em uma situação dessas, pensar em outro resultado que não a absolvição? A resposta é: NÃO! Infelizmente, mais uma vez, deu a lógica!

Júlio Ferreira
Recife - PE
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BASE ALIADA? - JÚLIO FERREIRA


Seria cômico, se não fosse trágica, essa conversa mole da presidente Dilma, quando fala da sua base aliada.Ora, dona presidente, de que base aliada a senhora está falando? Afinal, o que existe no Congresso, dando sustentação política ao seu governo, não passa, no mais das vezes, de alguns "grupos" de deputados e senadores, tão descompromissados com sua gestão quanto com as normas estatutárias das legendas às quais estão "eventualmente" filiados.

Na realidade, toda a sustentação que a senhora chama de base aliada, resume-se a um amontoado de parlamentares que não estão nem aí para o Brasil, e muito menos para os brasileiros, interessando-se basicamente em saber quais serão as vantagens que poderão usufruir, juntamente com seus parentes e aderentes, nesse sórdido esquema de "toma lá, dá cá", em que foram transformadas as "negociações políticas" nesse país Tiririca.

Na verdade dona Dilma, esses congressistas não são seus aliados, e sim "estão seus aliados", pois uma aliança verdadeira e confiável exigiria a convergência de idéias e intenções, o que a senhora sabe que não é o caso. Esses parlamentares, falaciosamente chamados de base aliada, só permanecerão "fechados" com seu programa de governo enquanto estiverem conseguindo levar vantagens na implementação, pois ao primeiro sinal de que seus mesquinhos, e muitas vezes inconfessáveis, interesses pessoais possam ser minimamente arranhados, a debandada vai ser geral, pois inexistem compromissos políticos regidos por um mínimo de honestidade de propósitos. Estou errado?

Júlio Ferreira
Recife - PE
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