sábado, 14 de janeiro de 2012

RATOS NO SENADO?




Parece piada, não é mesmo? Falar de ratos num ambiente tão “limpo” como o senado, parece mesmo brincadeira. Já fizeram várias “desratizações”, porém, os ratos teimam em lá permanecerem. Dizem, inclusive, que existe por lá um rato de enormes bigodes que ninguém consegue pegar, escapa de todas as armadilhas e acaba se impondo a todos.
Será que, algum dia, ficaremos mesmo livres dele e dos demais roedores?




A respeito da “mordida” que uma funcionária sofreu, a Assessoria de Imprensa do órgão publicou a seguinte nota:




“O Senado Federal lamenta o episódio ocorrido na última quarta-feira em suas dependências em que uma servidora foi vítima de ferimento no pé ocasionado, supostamente, por animal não identificado.
A servidora foi prontamente encaminhada para atendimento médico, tomou preventivamente vacinas e remédios e passa bem.
A Casa esclarece que segue rigorosamente um calendário regular de limpeza e de prevenção, que inclui dedetização e desratização. Esse trabalho compreende, ainda, a limpeza de bueiros, latas de lixo externas e isolamento de frestas e caixas externas. O Senado recebe, inclusive, visitas periódicas de agentes da Gerência de Zoonoses do Distrito Federal, que estabelece procedimentos no combate a animais de proliferação usual, como roedores e insetos em geral.
Cabe ressaltar que, em áreas de grande concentração de documentos, como a biblioteca e a Secretaria-Geral da Mesa, o trabalho preventivo é ainda mais intenso e de maior regularidade. Em todas as dependências da Secretaria-Geral da Mesa foram realizadas dedetizações e desratizações. Além desta sexta-feria, 13 de janeiro, o Senado realizou os mesmos procedimentos em 3 de janeiro e em dezembro de 2011. E em todo o ano passado, as dedetizações e desratizações ocorreram em três oportunidades.
Senado Federal / Assessoria de Imprensa / Secretaria Especial de Comunicação”

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

QUEREM IMPOR A MORDAÇA - MARCO ANTONIO VILLA

Querem impor a mordaça
Marco Antonio Villa, O Globo, 27/12/2011.
Não é novidade a forma de agir dos donos do poder. Nas três últimas eleições presidenciais, o PT e seus comparsas produziram dossiês, violaram sigilos fiscais e bancários, espalharam boatos, caluniaram seus opositores, montaram farsas. Não tiveram receio de transgredir a Constituição e todo aparato legal.
Para ganhar, praticaram a estratégia do vale-tudo. Transformaram seus militantes, incrustados na máquina do Estado, em informantes, em difamadores dos cidadãos. A máquina petista virou uma Stasi tropical, tão truculenta como aquela que oprimiu os alemães-orientais durante 40 anos.
A truculência é uma forma fascista de evitar o confronto de ideias. Para os fascistas, o debate é nocivo à sua forma de domínio, de controle absoluto da sociedade, pois pressupõe a existência do opositor.
Para o PT, que segue esta linha, a política não é o espaço da cidadania. Na verdade, os petistas odeiam a política. Fizeram nos últimos anos um trabalho de despolitizar os confrontos ideológicos e infantilizaram as divergências (basta recordar a denominação “mãe do PAC”).
A pluralidade ideológica e a alternância do poder foram somente suportadas. Na verdade, os petistas odeiam ter de conviver com a democracia. No passado adjetivavam o regime como “burguês”; hoje, como detém o poder, demonizam todos aqueles que se colocam contra o seu projeto autoritário.
Enxergam na Venezuela, no Equador e, mais recentemente, na Argentina exemplos para serem seguidos. Querem, como nestes três países, amordaçar os meios de comunicação e impor a ferro e fogo seu domínio sobre a sociedade.
Mesmo com todo o poder de Estado, nunca conseguiram vencer, no primeiro turno, uma eleição presidencial. Encontraram resistência por parte de milhões de eleitores. Mas não desistiram de seus propósitos. Querem controlar a imprensa de qualquer forma.
Para isso contam com o poder financeiro do governo e de seus asseclas. Compram consciências sem nenhum recato. E não faltam vendedores sequiosos para mamar nas tetas do Estado.
O panfleto de Amaury Ribeiro Junior (“A privataria tucana”) é apenas um produto da máquina petista de triturar reputações. Foi produzido nos esgotos do Palácio do Planalto. E foi publicado, neste momento, justamente com a intenção de desviar a atenção nacional dos sucessivos escândalos de corrupção do governo federal.
A marca oficialista é tão evidente que, na quarta capa, o editor usa a expressão “malfeito”, popularizada recentemente pela presidente Dilma Rousseff quando defendeu seus ministros corruptos.
Sob o pretexto de criticar as privatizações, focou exclusivamente o seu panfleto em José Serra. O autor chegou a pagar a um despachante para violar os sigilos fiscais de vários cidadãos, tudo isso sob a proteção de uma funcionária (petista, claro) da agência da Receita Federal, em Mauá, região metropolitana de São Paulo. Ribeiro — que está sendo processado — não tem vergonha de confessar o crime. Disse que não sabia como o despachante obtinha as informações sigilosas.
Usou 130 páginas para transcrever documentos sem nenhuma relação com o texto, como uma tentativa de apresentar seriedade, pesquisa, na elaboração das calúnias. Na verdade, não tinha como ocupar as páginas do panfleto com outras reportagens requentadas (a maioria publicada na revista “IstoÉ”).
Demonstrando absoluto desconhecimento do processo das privatizações, o autor construiu um texto desconexo.
Começa contando que sofreu um atentado quando investigava o tráfico de drogas em uma cidade-satélite do Distrito Federal. Depois apresenta uma enorme barafunda de nomes e informações. Fala até de um diamante cor-de-rosa que teria saído clandestinamente do país.
Passa por Fernandinho BeiraMar, o juiz Nicolau e por Ricardo Teixeira. Chega até a desenvolver uma tese que as lan houses, na periferia, facilitam a ação dos traficantes. Termina o longo arrazoado dizendo que foi obrigado a fugir de Brasília (sem explicar algum motivo razoável).
O panfleto não tem o mínimo sentido. Poderia servir — pela prática petista — como um dossiê, destes que o partido usa habitualmente para coagir e tentar desmoralizar seus adversários nas eleições (vale recordar que Ribeiro trabalhou na campanha presidencial de Dilma). O autor faz afirmações megalomaníacas, sem nenhuma comprovação.
A edição foi tão malfeita que não tomaram nem o cuidado de atualizar as reportagens requentadas, como na página 170, quando é dito que “o primo do hoje candidato tucano à Presidência da República...” A eleição foi em 2010 e o livro foi publicado em novembro de 2011 (e, segundo o autor, concluído em junho deste ano).
O panfleto deveria ser ignorado. Porém, o Ministério da Verdade petista, digno de George Orwell, construiu um verdadeiro rolo compressor. Criou a farsa do livro invisível, isto quando recebeu ampla cobertura televisiva da rede onde o jornalista dá expediente.
Junto às centenas de vozes de aluguel, Ribeiro quis transformar o texto difamatório em denúncia. Fracassou. O panfleto não para em pé e logo cairá no esquecimento. Mas deixa uma lição: o PT não vai deixar o poder tão facilmente, como alguns ingênuos imaginam. Usará de todos os instrumentos de intimidação contra seus adversários, mesmo aqueles que hoje silenciam, acreditando que estão “pela covardia” protegidos da fúria fascista.
O PT não terá dúvida em rasgar a Constituição, se for necessário ao seu plano de perpetuação no poder.
O panfleto é somente uma pequena peça da estrutura fascista do petismo.

Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (SP).
Imagem: WEB

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CRACOLÂNDIA - MARA MONTEZUMA ASSAF



Enquanto os doentes pela droga e pelo abandono familiar, social e estatal amontoavam-se na Cracolândia juntamente com os traficantes que livremente comerciazavam o crack, recentemente juntaram-se a eles elementos paus-mandados , militantes organizados que chegaram com tendas, fogões e tranqueiras para acampar junto aos miseráveis e assim fazer avolumar o caos da região pois aumentaram o territórios da Cracolândia em vários quarteirões , e através de individuos truculentos postados nas esquinas impediam o trânsito de cidadãos que normalmente se utilizavam daquelas vias...Pois enquanto isso acontecia , nenhum condoído psicólogo, assistente social, jornalista ou político apareceu para sugerir uma solução, abrir vagas para internação, tentar contato com as famílias destes miseráveis que alcançaram o último degrau de degradação humana...ninguem quis meter a mão neste vespeiro.
Mas agora que foi tomada uma iniciativa pelo governo do Estado e da cidade de São Paulo...a máquina eleitoral de um partido que se propõe a fazer eleger um candidato que conseguiu o grande feito de desacreditar o Enem como instrumento de avaliação do aprendizado dos alunos brasileiros...esta máquina (que está funcionando através de pessoas que aparentemente nada tem à ver com a campanha política) , está atacando de todas as formas - através da mídia - o desempenho do governo do Estado e e da cidade nas ações que tem como escopo acabar não só com a Cracolândia, como também prender traficantes e principalmente conseguir internação para todo drogado que se dispuser a ser tratado. No meu entender, o ideal seria que todos os doentes fossem internados compulsóriamente , e o governo só não está os internando contra suas vontades porque esta máquina eleitoral e de propaganda partidária está pronta a atacar alegando que este método é impositivo e próprio de regime autoritário...utilizado por higienistas sociais bláblabla...Por isso, somente pouco mais trinta pessoas aceitaram tratamento, até agora.
Para estes militantes críticos de tudo que não seja proposto pelo seu partido eu faço lembrar que no dia 05/10/2011 o ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, Alexandre Padilha, afirmou , durante uma reunião do Conselho Nacional de Saúde, em Brasília, que o consumo do crack no Brasil não é uma epidemia. Esta foi toda a contribuição que o Ministério da Saúde deu para solucionar o problema dos doentes drogados deste país. Portanto, que moral tem esta militância de criticar a iniciativa dos paulistas?

Mara Montezuma Assaf

Imagem: WEB

domingo, 8 de janeiro de 2012

RACISMO EM CONCURSO PÚBLICO - DIDYMO BORGES


As cotas raciais inicialmente usadas como critério para admissão nas universidades públicas podem ter uso mais pervasivo e ser usado como instrumento clientelista em concursos públicos quebrando o princípio da isonomia entre os candidatos. O caso vem à baila com um concurso público para professores da rede pública estadual gaúcha que deverá admitir 10 mil professores, inclusive 1,8 mil pelo sistema de cota racial,ou seja, quase 20% dos aprovados deverão ser beneficiado pelo critério da cota racial. Não se sabe com precisão como este percentual foi fixado. Mas se o critério foi fixado por motivação clientelista-populista não faz importância para o gestor público se o percentual é demais ou de menos já que ele não está conectado com os superiores interesses públicos.

Relevante é ressaltar que a adoção do critério de cotas raciais para qualquer finalidade tem sido motivo de reprovação tendo em vista que muitos o considera de natureza racista e, por via de conseqüência, deve ser rejeitado pela sua natureza abominável. Uma revisitação ao tema sob outros aspectos é proporcionada pela postagem sob o título “AS COTAS RACIAIS NO CONCURSO PÚBLICO” no blog InfoBRASIL, a realidade nua e crua. Trata-se de assunto palpitante no momento em que gestores públicos brasileiros macaqueiam a adoção das cotas por terem motivação supostamente “politicamente corretas” pelo que foram adotadas nos Estados Unidos que tem um histórico de discriminação racial particularmente violento e cruel. Para acessar o texto:
http://infobrasil.spaceblog.com.br/1771135/AS-COTAS-RACIAIS-EM-CONCURSO-PUBLICO/