sexta-feira, 4 de outubro de 2013

VELHO TAMBÉM PENSA E TEM O QUE DIZER - CÉLIO HEITOR GUIMARÃES


 
Velho também pensa e tem o que dizer
quinta-feira, 03 outubro 2013 06:16
porCélio Heitor Guimarães
É possível que o distraído leitor não tenha sabido, mas nessa segunda-feira, 1º de outubro, comemorou-se o Dia do Idoso. Até 2006, a data era celebrada em 27 de setembro, mas com o advento do Estatuto do Idoso em 1º de outubro, o dia dos velhinhos mudou para essa data. Agora, o “comemorou-se” dito acima é apenas maneira de dizer, porque comemoração, se houve, foi insignificante.
E isso porque velho é quase sempre um estorvo, “enxada velha”, na definição do meu querido Rubem Alves – que completou 80 anos em 15 de setembro último e a quem dedico esta crônica, com imenso carinho –, ferramenta que, depois de haver sido usada a vida toda, é largada num canto qualquer da casa, como inútil, que apenas ocupa espaço.
Pois, como Rubem, também estou envelhecendo. E isto, para surpresa de muita gente, causa-me alegria. Uma sensação de vida vivida, de aprendizado sem preço, de missão praticamente cumprida, de histórias para contar, de experiência para repartir. Não tivesse envelhecido, não teria bagagem armazenada, não teria a presença e o carinho de netos nem a coragem necessária para fazer coisas de faço e dizer coisas que digo.
É ainda de Rubem a descoberta de que há coisas que só se faz ou se diz quando se envelhece. E cita Nietzsche, que ele tanto ama: “Mesmo o mais corajoso entre nós só realmente tem coragem para aquilo que realmente conhece”. E também Albert Camus, leitor de Nietzsche: “Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos”.
Sabe o amável leitor por quê? Porque, como também ensina o sábio Rubem Alves, “a velhice é o tempo da verdade da alma”.
Por isso, os jovens precisam aprender a respeitar os velhos. Não apenas porque sem os velhos eles, os moços, simplesmente não existiriam, mas porque, embora isso possa ser surpresa para os jovens, os velhos continuam pensando, têm as suas próprias convicções e sabem perfeitamente expressá- las se houver alguém que tenha a paciência de ouvi-las.
Foi exatamente isso que fez dona Ruth Moreira, 84 anos, em desabafo publicado no jornal O Estado de S. Paulo. Veja se há reparos a fazer:
“Estou com vergonha do Brasil. Vergonha do governo, com esse impatriótico,antidemocrático e antirrepublicano projeto de poder. Vergonha do Congresso rampeiro que temos, das Câmaras que dão com uma mão para nos surrupiar com a outra, políticos vendidos a quem dá mais. Pensar no bem do país é ser trouxa. Vergonha do dilapidar de nossas grandes empresas estatais, Petrobrás, Eletrobrás e outras, patrimônio de todos os brasileiros, que agora estão a serviço de uma causa só, o poder. Vergonha de juízes vendidos. Vergonha de mensalões, mensalinhos, mensaleiros. Vergonha de termos quase 40 ministros e outro tanto de partidos a mamar nas tetas da viúva, enquanto brasileiros morrem em enchentes, perdendo casa e familiares por desídia de políticos, se não desonestos, então incompetentes para o cargo. Vergonha de ver a presidente de um país pobre ir mostrar na Europa uma riqueza que não temos (onde está a nossa guerrilheira, era tudo fantasia?). Vergonha da violência que impera e de ver uma turista estuprada durante seis horas por delinquentes fichados e à solta fazendo barbaridades, envergonhando-nos perante o mundo. Vergonha por pagarmos tantos impostos e nada recebermos em troca – nem estradas, nem portos, nem saúde, nem segurança, nem escolas que ensinem para valer, nem creches para atender a população que forçosamente tem de ir à luta. Vergonha de todos esses desmandos que nos trouxeram de volta a famigerada inflação.
“Agora pergunto: onde estão os homens de bem deste país? Onde estão os que querem lutar por um Brasil melhor? Por que tantos estão calados? Tenho 84 anos e escrevo à espera de um despertar que não se concretiza. Até quando isso vai continuar? Até quando veremos essas nulidades que aí estão sendo eleitas e reeleitas? Estou com muita vergonha do Brasil”.
Dona Ruth Moreira sabe o que está dizendo. E tem autoridade para dizê-lo, pois envelheceu com dignidade. Do alto dos seus 84 anos, lúcida e ativa, deu toda uma vida ao Brasil. Como tantos outros velhinhos e velhinhas hoje largados detrás das portas, construiu esta Nação. Agora, olha a planície brasileira e sente vergonha. Devíamos todos nós tê-la também e fazer eco à desesperada pergunta da notável cidadã: onde estão os homens de bem deste país?
No poder certamente não estão.
 

(Texto publicado nesta quinta-feira no blog do jornalista Zé Beto - www.jornalenoticias.com.br/zebeto)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MARINA CAIU NA REDE


MARINA CAIU NA REDE

Quando Marina Silva, nas eleições de 2010, com seus 20 milhões de votos no primeiro turno, não quis dar seu apoio ao PSDB preferindo ser fiel ao seu ex-lider Lulla da Silva, perdeu a oportunidade de acabar com o coronelismo no norte e nordeste, ficando na esperança de futuramente obter apoio, ou pelo menos consideração, de Lulla, PT e aliados. Agora não consegue sequer registrar seu partido para poder disputar as próximas eleições presidenciais, pois o Lula e seus quadrilheiros sabem muito bem que Marina não conseguiria ganhar de Dilma apoiada pela massa de petralhas e associados que controlam os milhões de votos da bolsa família e outras mais, contudo, poderia desviar votos que o governo conta para ganhar o pleito logo no primeiro turno como parece que vai acontecer.

Assim, evitando que Marina possa disputar o pleito pelo seu partido a REDE  e contando com o revide que certamente o PSDB paulista dará ao traíra do mineirinho, que já conta como certo a sua indicação para a disputa, Dilma ganharia fácil já no primeiro turno.

Como já estamos nos últimos dias para o registro do tal partido, o  PT e associados demonstram claramente que as pesquisas de voto que dão Dilma em primeiro destacado e Marina em segundo, não merecem fé,  manobram, com todos os recursos torpes de que são capazes para que o partido dela não obtenha registro e assim ela fique mesmo fora do páreo. Não se sabe se ela migraria para outro partido e se neste outro partido, porventura conseguisse ser indicada. Vamos ver no que vai dar a sua decisão que deverá ser tomada nas próxima horas.

A própria Dilma afirmou o: -“o PT vai fazer o diabo para ganhar as eleições”. E este diabo já começou quando 95 mil fichas apresentadas para a criação da Rede foram sumariamente desprezadas sob alegação de falsidade.

 

Sem ter sido agraciada com nenhum ministério, mesmo estes criados só para acalmar partidários e amigos só resta a Marina a oposição. Daria ela, em último caso, apoio ao mineirinho traíra? É o que veremos!
 
Antônio Carlos Pereira

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A HERANÇA MALDITA - MARCO ANTONIO VILLA

A herança maldita

  • Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista
ARTIGO – MARCO ANTONIO VILLA
Publicado:
O lulismo vai deixar sinais indeléveis no Estado brasileiro. E, pelo visto, deve permanecer no poder até, no mínimo, 2018. Inexiste setor do Estado em que não tenha deixado sua marca. A eficácia na tomada do aparelho estatal é parte de um projeto de manietar o país, de controlar os três poderes.
O grande empresariado foi se transformando em um dos braços do Estado. A cada dia aumentou sua dependência dos humores governamentais. Ter uma boa relação com o Palácio do Planalto virou condição indispensável para o sucesso. O empresário se tornou capitalista do capital alheio, do capital público. Para a burguesia lulista, nenhum empreendimento pode ter êxito sem a participação dos fundos de pensão dos bancos e empresas estatais, dos generosos empréstimos do BNDES e da ação direta do governo criando um arcabouço legal para facilitar a acumulação de capital — sem esquecer as obras no exterior, extremamente lucrativas, de risco inexistente, onde a empresa recebe de mão beijada, sem concorrência, como as realizadas na África e na América Latina.
A petrificação da pobreza se transformou em êxito. Coisas do lulismo. As 14 milhões de famílias que recebem o benefício do Bolsa Família são, hoje, um importante patrimônio político. Se cada família tiver, em média, 4 eleitores, estamos falando de 1/3 do eleitorado. A permanência ad aeternum no programa virou meio de vida. E de ganhar eleição. Que candidato a presidente teria coragem de anunciar o desejo de reformar o programa estabelecendo metas de permanência no Bolsa Família?
A máquina do Estado foi inchada por milhares de petistas e neopetistas. Além dos quase 25 mil cargos de assessoria, nos últimos onze anos foram admitidos milhares de novos funcionários concursados — portanto, estáveis. Diversamente do que seria razoável, a maior parte não está nas áreas mais necessitadas. Um bom (e triste) exemplo é o das universidades federais. Foi realizada uma expansão absolutamente irresponsável. Faculdades, campi, cursos, milhares de funcionários e docentes, para quê? Havia algum projeto de desenvolvimento científico? A criação dos cursos esteve vinculada às necessidades econômicas regionais? Foi realizado algum estudo das carências locais? Ou tudo não passou, simplesmente, de atendimento de demandas oligárquicas, corporativas e para dourar os números do MEC sobre o total de universitários no país?
Sem ter qualquer projeto para o futuro, foi acentuado o perfil neocolonial da nossa economia. Vivemos dependentes da evolução dos preços das commodities no mercado internacional — e rezando para que a China continue crescendo. Não temos uma política industrial. O setor foi perdendo importância. O investimento em ciência e tecnologia é ínfimo. A chamada nova economia tem importância desprezível no nosso PIB. A qualificação da força de trabalho é precária. Convivemos com milhões de analfabetos como se fosse um dado imutável da natureza.
A política externa amarrou o destino do Brasil a um terceiromundismo absolutamente fora de época. Nos fóruns internacionais, o país se transformou em aliado preferencial das ditaduras e adversário contumaz dos Estados Unidos. Abandonamos o estabelecimento de acordos bilaterais para fomentar o comércio. Enquanto o eixo dinâmico do capitalismo foi se transferindo para a região Ásia-Pacífico, o Brasil aprofundou ainda mais sua relação com o Mercosul. Em vez de buscar novas parcerias, optamos por transformar os governos bolivarianos em aliados incondicionais.
Entre os artistas, a dependência estatal foi se ampliando. Uma simples peça de teatro, um filme, um show musical, nada mais é realizado sem que tenha a participação do Estado, direta ou indiretamente. Ter bons relações com o lulismo virou condição indispensável para a obtenção de “apoio cultural”. Nunca na história republicana artistas foram tão dependentes do governo — nem no Estado Novo. E cumprem servilmente o dever de obediência ao governo, sem qualquer questionamento.
O movimento sindical foi apresado pelo governo. Os novos pelegos controlam com mão de ferro “seus” sindicatos. Recebem repasses milionários sem ter de prestar contas a nenhum organismo independente. Não vai causar estranheza se o Congresso — nesta escalada de reconhecer novas profissões — instituir a de sindicalista. A maioria dos dirigentes passou rapidamente pela fábrica ou escritório e está há décadas “servindo” os trabalhadores. Ser sindicalista virou um instrumento de ascensão social. E caminho para alçar altos voos na política.
O filé mignon do sindicalismo são os fundos de pensão das empresas e bancos estatais. Seus diretores — do dia para a noite — entraram no topo da carreira de profissionais do mercado financeiro. Recebem salários e bonificações de dar inveja aos executivos privados. Passam a conviver com a elite econômica. São mimoseados pela burguesia financeira de olho nos recursos milionários dos fundos. Mas ser designado para a direção do Fundo de Amparo ao Trabalhador é o sonho dourado dos novos pelegos.
Em meio a esta barafunda, não causam estranheza o ataque, o controle e a sujeição do Supremo Tribunal Federal à horda lulista. Os valores éticos e republicanos não combinam com sua ação política. Daí a necessidade de aparelhar todas as instâncias do Estado. E colocá-las a seu serviço, como já o fez com o Congresso Nacional; hoje, mero puxadinho do Palácio do Planalto.
Na república lulista, não há futuro, só existe o tempo.
Marco Antonio Villa é historiador

domingo, 29 de setembro de 2013

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.- ARNALDO JABOR

A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.
(ARNALDO JABOR)
 
O que foi que nos aconteceu?
No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou  melhor, 'explicáveis' até demais.
Quase toda a verdade já foi descoberta, quase todos os crimes provados, quase todas as mentiras percebidas.
Tudo já aconteceu e quase nada acontece. Parte dos culpados estão catalogados, fichados, processados e condenados e quase nada rola.
A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe, tais são as manobras de procrastinação, movidas por um sem número de agentes da quadrilha. Isto é uma situação inédita na História  brasileira!!!!!!!
Nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente e desfigurada!!!!!!!!
Os fatos reais mostram que, com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo, de cabo a rabo da máquina pública e desviou bilhões de dinheiro público para encher as contas bancárias dos quadrilheiros e dominar o Estado Brasileiro, tendo em vista se perpetuarem no poder, pelo menos, por 70 anos, como fizeram os outros comunas, com extinta UNIÃO SOVIÉTICA!!!!
Grande parte dos culpados, já são conhecidos, quase tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas os governos psicopatas de Lula e Dilma negam e ignoram tudo!!!!!
Questionado ou flagrado, o psicopata CHEFE, não se responsabiliza por suas ações.
Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso, nem vergonha do que fez!!!!!
Mente, compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir o poder. Estes governos são psicopatas!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior, é que a dupla Lula-Dilma, amparada em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas, em acusações  'falsas', a condição de Cúmplices e Comandantes, em 'vítimas'!!!!!
E a população ignorante e alienada, engole tudo.. Como é possível isso?
Simples: o Judiciário paralítico entoca a maioria dos crimes, na Fortaleza da lentidão e da impunidade, a exceção do STF, que, só daqui a seis meses, na melhor das hipóteses, serão concluídos os julgamentos iniciais da trupe, diz o STF.
Parte dos delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem, com a ajuda sempre presente, dos TÓFFOLIS e dos LEVANDOWISKIS.
A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.
Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desses últimos dois governos.
Sei que este, é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tinha de ser escrito...
Está havendo uma desmoralização do pensamento.  Deprimo-me:
Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'
A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua.
Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios.
A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.
A cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as ideias não correspondem mais aos fatos!!!!!
Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.
Nos últimos anos, tivemos um grande momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.
Depois, surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e a Denúncia do Procurador-geral da república, enquadrando os 39 quadrilheiros do escândalo do MENSALÃO. Faltou o CHEFÃO.
São verdades cristalinas, com sol a Pino.
E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.
Lulo-Petistas clamam: 'Como é que o Procurador Geral, nomeado pelo Lula, tem o desplante de ser tão claro! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito e, como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ? Como pode ser tão fiel à letra da Constituição, o infiel Joaquim Barbosa ? Como ousaram ser tão honestos?'
Sempre que a verdade eclode, reagem.
Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda, no Maranhão, a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando....
Mas agora é diferente. As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo de Lula, foi criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política. Uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando  para o futuro político simplista, que está se consolidando no horizonte.
Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e  oposições, como tendem a fazer o Populismo e o Simplismo.