terça-feira, 13 de outubro de 2009

EXPORTANDO CORRUPÇÃO

Produzimos tanta corrupção que já entramos na fase da exportação. Denúncias lá do oriente, precisamente do Japão nos dão conta que houve compra de votos descarada - na votação que deu a vitória do Rio de Janeiro para sediar os próximos Jogos Olímpicos. É isto, excesso de produção tem que ser exportada! Promessas de compra dos caças Rafale da França, nunca testados em combate e com pouca autonomia de voo para um pais continental como o nosso, promessas de ajuda para os povos pobres da África foram apenas algumas das moedas de troca. Pode até ser dor de cotovelo, mas pelo que conhecemos de nossos governantes...

MULHER DE ZELAYA EXPULSA JORNALISTA BRASILEIRA DE NOSSO EMBAIXADA


A VERGONHA BRASILEIRA NÃO PODIA SER MAIOR, 4 jornalistas foram expulsos da embaixada brasileira pela mulher de Zelaya. Entre eles, a brasileira Laubana Santana. Como se fosse a dona da casa, anteontem (sexta), a ex-primera-dama Xiomara Castro de Zelaya expulsou de nossa embaixada em Tegucigalpa quatro jornalistas: uma jornalista nicaragüense, um fotógrafo venezuelano da rede Telesur, um repórter hondurenho. E... o que causa ainda mais pasmo: uma correspondente brasileira foi expulsa da embaixada de seu próprio país, por uma estrangeira. Pela esposa de um ex-presidente que ali também se encontra alojado, ambos na condição de "hóspedes", ao arrepio do Direito Internacional e da Constituição brasileira. Por André F. Falleiro Garcia

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

TINO COMERCIAL - DOCA RAMOS MELLO




Faz tempo que a Vergonha na Cara abandonou não só a cara, mas também a cabeça, tronco, membros, atitudes, bolsos, conversas e a biografia dos senhores políticos da terra de Rui Barbosa que, com a graças de Deus, está sepultado e livre de ter de se pronunciar novamente contra o fato de ver prosperar a desonra... Etc.
Em todo caso, o senador Oquifio Dumaégua da Silva, fundador do PPV – Partido Puta Veia (a tal reforma da língua só serve para quem escreve ter de se explicar a toda hora, ô inferno, esse “veia” é de “véia”, ou seja “velha”; puta velha, no popular), conhecido pela transparência com que conduz seu cargo, sem ocultar uma única das mutretas de que participa, está pelas tampas com a questão dos fichas sujas.
“Acho isso tudo uma sacanagem. Se for exigir ficha limpa, limpa, no cacau, branco no branco, quá quá, quá, aposto que 90% dos candidatos vão p’ro brejo e acaba que não teremos gente suficiente para assumir os cargos, ora. Até porque quem está no baile sabe que essa gentinha honesta e chata que ainda sobrevive parcamente por aí, rareia na mesma medida em que se ofende se convidada a fazer uma filiação partidária! Experimente chegar para um cidadão de bem (credo!), desses respeitados pela conduta, pelo dinheiro ganho com suor e honestidade, pelo respeito que têm pela família, os amigos, a sociedade, gente que paga as contas regularmente, não rouba e cumpre compromissos, blá, blá, blá... Pois experimente convidar um bocó desses para se candidatar a vereador que seja e ele vai fazer um escândalo no ato: ‘Está me estranhando, acha que sou ordinário, é isso?!’ O povo fica puto.”
Diante dessas considerações, Dumaégua da Silva tem uma solução que, segundo ele, vai resolver a questão da ficha suja para os políticos. “A minha ideia é fazer todo mundo feliz, basta raciocinar politicamente com um olho no cravo e outro, na ferradura, é elementar. Seguinte: como é que nós, políticos, limpamos o dinheiro que extraímos dos lombos do povo que trabalha e paga impostos para nos sustentar as mordomias, a vida de abastança, amantes, bebidas finas, jóias, fazendas, empresas, castelos, aviões, enfim, esses pequenos luxos de que necessitamos para gozar os mandatos? Lavando a grana, pessoal. Simples assim, ora essa”.
Dumaégua da Silva diz que, da mesma forma usada para lavar a dinheirama roubada ao povo, deve o político alvejar sua ficha. Como? Primeiro, negando veementemente, sempre com lágrimas nos olhos – vale invocar mãe, filhos, avó paralítica. Segundo, processando os acusadores e pedindo indenizações de peso por calúnia, difamação e danos à imagem. Terceiro, com bons advogados caríssimos e marqueteiros, pagos com o dinheiro do povo mesmo. E criatividade, nariz em pé, encenação, contatos, amigos de fé e tretas, penetração na Justiça, arranjos, conluios, algumas ameaças, claro, e muitos outros itens manobráveis com facilidade. “A ficha fica límpida como água de riacho intocado, uma alma de bebê!”
Para agilizar tais providências, ele acaba de montar em Brasília a Lavanderia Dumaégua Dois em Um PPV, projeto que oferece o Pacote 100% Limpeza, com a finalidade de lavar, enxaguar, secar, perfumar e embelezar, de uma só chacoalhada, a grana ilícita e também a ficha suja do candidato, em caso de reeleição. Para os novatos interessados em entrar na boca com a mesma cara de pau, a lavagem só inclui a ficha suja, inicialmente, mas o cliente pode deixar apalavrado e assinado contrato para que no futuro próximo a empresa lhe assegure sossego total, tão logo comece a entrar dinheiro grosso em seu bolso ou nas Ilhas Caimã.
“Vamos fazer um arrastão de limpeza na vida e na obra de todos aqueles que vierem para o Puta Veia, ‘xa comigo. Denúncias, condenações, acusações, dinheiro em paraíso fiscal, fotos e vídeos de negociatas, quadrilha montada, o diabo, a gente vai lavar bonitinho, deixar branco Omo, sem que o candidato perca tempo com isso. Ou seja, a Dois em Um cuida do branqueamento, temos até assessor de imprensa e de imagem, gente nossa nos tribunais, tudo, tudo! Em caso de xilindró em curso, como o do Hildebrando Pascoal, vamos apelar para a vigência da exceção, do absurdo, e dar um trato legal na ficha que ficou preta, uma vigorosa enxaguada no prontuário e um chega p’ra lá em quem se meter a besta, coisa que acabo de aprender melhor com o dono do Maranhão. Pronto. Tipo assim, a Lavanderia arruma um Quase Indigente para pagar a conta, ou seja, ser apontado como mandante do crime, desviador do dinheiro ou outra coisa qualquer como inimigo da democracia, zelite, sei lá. Essa particularidade nem vem ao caso”.
Grana limpinha, ficha lavadinha: Lavanderia Dumaégua Dois em Um PPV, eis a peça publicitária do negócio. E se apropriando com a cara lavada de slogan alheio, o marketing diz ainda “Vem p’ro Puta Veia você também, vem!”
Fazendo uso da música da marchinha carnavalesca “Cachaça não é água”, com letra de Sarney e Jader, eis o jingle da Lavanderia, na voz de Agaciel Maia, com Palocci na bateria, Zédirceu na cuíca, Maluf no agogô, Lady Dil na performance e milhares de políticos no ‘backing vocal’.

Você pensa que minha ficha é suja
Minha ficha não é suja, não
O PPV deixou limpinha
Também lavou meu dinheirão

Pode me faltar vergonha
Honestidade, decência ,afeição
Pode me faltar a ética
Essa merda toda não faz falta, não

Pode me faltar dignidade
Isso eu até acho graça
Só não pode me faltar
A delícia da trapaça
Doca publicou esta crônica em: http://papolivre.com.br/

domingo, 11 de outubro de 2009

E O BRASILEIRO SEQUESTRADO?

Nosso querido e competente presidente bem que poderia acionar o seu amigo Chaves, notório cúmplice dos bandidos das FARC, para interceder junto aos malfeitores pela libertação do empresário brasileiro já há tempos sequestrado. Nosso eminente e também competente ministro da relações exteriores, o arrepiado Amorin alegou que não pode fazer nada pois se trata de ação efetuada em território estrangeiro. E o caso do Zelaya em nossa embaixada em Honduras, hoje apenas um comitê político do deposto presidente, infringindo todas as leis de asilo ou abrigo, pois de lá o Chapeludo conclama seus adeptos à rebelião. Ai não tem interferência? Coitado do sequestrado, não deve ser filiado do PT nem amigo do rei!