segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CHORORÔ DE TORCIDA PERDEDORA


Logo após a eleição fraudulenta do cumpanhero Mahmoud Ahmadinejad, o "ditador" do Irã, amigo "do cara", este, após reconhecer a eleição do amigo, embora as próprias autoridades iranianas houvessem reconhecido que houve fraude, nosso ilustrado presidente, entrou com uma de suas ridículas metáforas futebolistas: - "isto é chororô de torcida perdedora". Pois é, até hoje a torcida perdedora está lutando por eleições justas e como lá campeia a "democracia e a liberdade", a polícia do Mahmoud desceu o porrete nos dissidentes, oito foram mortos e mais de trezentos foram presos. É esta a democracia dos amigos de Lulla, como: Castro, Chaves, Correia, Morales e tantos outros da mesma laia. No Brasil, a "cartilha" está sendo cumprida à risca: populismo exacerbado, domínio da máquina, desmoralização dos poderes do estado, destruição da família, censura da imprensa e por ai vai... A inversão de valores, a impunidade a roubalheira sem fim é apenas um efeito colateral... E vem ai a Estela para arrematar... Acorda Brasil!

SERRA OU DILMA? A ESCOLHA DE SOFIA - RODRIGO CONSTANTINO


“Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada
façam ” (Edmund Burke)

Votar nulo é votar em Lulla...

Aécio Neves pulou fora da corrida presidencial de 2010. Agora é
praticamente oficial: José Serra e Dilma Rousseff são as duas opções viáveis
nas próximas eleições. Em quem votar? Esse é um artigo que eu não gostaria
de ter que escrever, mas me sinto na obrigação de fazê-lo. Afinal, o futuro
da liberdade está em jogo, sob grande ameaça. Nenhuma das opções é
atraente.
Nenhum dos candidatos representa uma escolha decente para aqueles que
defendem as liberdades individuais. Será que há necessidade de optar? Ou
será que o voto nulo representa a única alternativa?
Tais questões me levaram à lembrança do excelente livro O Sonho de
Cipião, de Iain Pears, uma leitura densa que desperta boas reflexões sobre o
neoplatonismo. Quando a civilização está em xeque, até onde as pessoas de
bem podem ir, na tentativa de salvá-la da barbárie completa? Nas palavras
doautor: “Usamos os bárbaros para controlar a barbárie? Podemos explorálos
de modo que preservem os valores civilizados ao invés de destruí-los?
Os antigos atenienses tinham razão ao dizerem que assumir qualquer lado é
melhor do que não assumir nenhum?”
Permanecer na “torre de marfim”, preservando uma visão ideal de mundo,
sem sujar as mãos com um voto infame, sem dúvida traz conforto. Manter a
paz da consciência tem seus grandes benefícios individuais. Além disso, o
voto nulo tem seu papel pragmático também: ele representa a única arma
de protesto político contra todos que estão aí, contra o sistema podre atual.
Somente no dia em que houver mais votos nulos do que votos em
candidatos o recado das urnas será ouvido como um brado retumbante,
alertando que é chegada a hora de mudanças estruturais. Os eleitos sempre
abusam do respaldo das urnas, dos milhões de eleitores que deram seu aval
ao programa de governo do vencedor, ainda que muitas vezes tal voto seja
fruto do desespero, da escolha no “menos pior”.
Mas existem momentos tão delicados e extremos, onde o que resta das
liberdades individuais está pendurado por um fio, que talvez essa postura
idealista e de longo prazo não seja razoável. Será que não valeria a pena ter
fechado o nariz e eliminado o Partido dos Trabalhadores Nacional-
Socialista em 1933 na Alemanha, antes que Hitler pudesse chegar ao
poder? Será que o fim de eliminar Hugo Chávez justificaria o meio
deplorável de eleger um candidato horrível, mas menos louco e autoritário?
São questões filosóficas complexas. Confesso ficar angustiado quando
penso nisso.
Voltando à realidade brasileira, temos um verdadeiro monopólio da
esquerda na política nacional. PT e PSDB cada vez mais se parecem.
Ambos desejam mais governo. Ambos rejeitam o livre mercado, o direito
de propriedade privada, o capitalismo liberal. Mas existem algumas
diferenças importantes também. O PT tem mais ranço ideológico, mais
sede pelo poder absoluto, mais disposição para adotar quaisquer meios – os
mais abjetos – para tal meta. O PSDB parece ter mais limites éticos quanto
a isso. O PT associou-se aos mais nefastos ditadores, defende abertamente
grupos terroristas, carrega em seu âmago o DNA socialista. O PSDB não
chega a tanto.
Além disso, há um fator relevante de curto prazo: o governo Lula aparelhou
a máquina estatal toda, desde os três poderes, passando pelo Itamaraty,
STF, Polícia Federal, as ONGs, as estatais, as agências reguladoras, tudo!
O projeto de poder do PT é aquele seguido por Chávez na Venezuela, Evo
Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, enfim, todos os comparsas
do Foro de São Paulo. Se o avanço rumo ao socialismo não foi maior no
Brasil, isso se deve aos freios institucionais, mais sólidos aqui, e não ao
desejo do próprio governo. A simbiose entre Estado e governo na gestão
Lula foi enorme O estrago será duradouro. Mas quanto antes for abortado,
melhor será:haverá menos sofrimento no processo de ajuste.
Justamente por isso acredito que os liberais devem olhar para este aspecto
fundamental, e ignorar um pouco as semelhanças entre Serra e Dilma. Sim,
Serra tem forte viés autoritário, apresenta indícios fascistas em sua gestão
no governo de São Paulo, deseja controlar a economia como um czar faria,
estou de acordo com isso tudo. Serra representa um perigo para as
liberdades isso é fato. Mas uma continuação da gestão petista através de
Dilma é um tiro certo rumo ao pior. Dilma é tão autoritária ou mais que
Serra, com o agravante de ter sido uma terrorista na juventude comunista,
lutando não contra a ditadura, mas sim por outra ainda pior, aquela
existente em Cuba ainda hoje. Ela nunca se arrependeu de seu passado
vergonhoso; pelo contrário, sente orgulho. Seu grupo Colina planejou
diversos assaltos. Como anular o voto sabendo que esta senhora poderá ser
nossa próxima presidente?!
Como virar a cara sabendo que isso pode significar passos mais acelerados
em direção ao socialismo “bolivariano”?
Entendo que para os defensores da liberdade individual, escolher entre Dilma
e Serra é como uma escolha de Sofia: a derrota está anunciada antes mesmo da
decisão. Mesmo o resultado “desejado” será uma vitória de Pirro. Algo como
escolher entre um soco na cara ou no estômago. Mas situações extremas
demandam medidas extremas, e infelizmente colocam certos valores puristas
em xeque. Anular o voto, desta vez, pode significar o triunfo definitivo do mal
Em vez de soco na cara ou no estômago, podemos acabar com um tiro na
nuca.
Dito isso, assumo que votarei em Serra, mas não sem antes tomar um Engov.
Meu voto é anti-PT acima de qualquer coisa. Meu voto é contra o Lula, contra
o Chávez, que já declarou abertamente apoio a Dilma. Meu voto não é a favor
de Serra. E, no dia seguinte da eleição, já serei um crítico tão duro ao governo
Serra como sou hoje ao governo Lula. Mas, antes é preciso retirar a corja que
está no poder. Antes é preciso desarmar a quadrilha que tomou conta de
Brasília. Ainda que depois ela seja substituída por outra parecida em muitos
aspectos. Só o desaparelhamento de petistas do Estado já seria um ganho para
a liberdade, ainda que momentâneo.
Respeito meus colegas liberais que discordam de mim e pretendem anular o
voto. Mas espero ter sido convincente de que o momento pede um pacto
temporário com a barbárie, como única chance de salvar o que resta da
civilização – o que não é muito.

Economista pela PUC-RJ, com MBA de Finanças pelo IBMEC. Trabalha no mercado financeiro desde 1997. É autor de "Egoísmo Racional: O Individualismo de Ayn Rand", "Prisioneiros da Liberdade" e "Estrela Cadente: as Contradições e Trapalhadas do PT. Edita o blog Rodrigo Constantino - Idéias de um Pensador Independente e Libertário


http://rodrigoconstantino.blogspot

DÍVIDA EXTERNA... DE QUEM?

Apesar de amplamente divulgado pela web desde 1992, este discurso cuja autenticidade nunca foi comprovada, não deixa de ser muito interessante. Veja observações ao final:
Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.
A Conferência dos Chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e historicamente exato.

· Eis o discurso:

"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.
Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indenização por perdas e danos.

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?
Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bônus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, concluímos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?

Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação da dívida histórica..."



Quando terminou o seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a verdadeira Dívida Externa.
Obs:
Lenda? Discurso do Cacique Guaicaipuro Cuatemoc Ao pesquisar o termo "guaicaipuro cuatemoc" no Google, retornam mais de 840 resultados. Todos eles referem-se a um discurso que teria sido proferido pelo Cacique Guaicaipuro Cuatemoc numa reunião de chefes de estado da Comunidade Européia. O discurso é reproduzido nos mais diversos idiomas. Existem páginas em italiano, espanhol, português, alemão, inglês, francês, holandês e catalão. Quem é ou quem foi o cacique Guaicaipuro Cuatemoc? Onde se realizou e quem estava presente a essa reunião de chefes de estado da Comunidade Européia? A verdade é que não existem maiores informações sobre o cacique, a que tribo ou nação ele pertence, nem qual o seu país de origem. Uma das páginas fala no "cacique de uma nação indígena da América Central". É a referência mais precisa. Até mesmo a data em que o discurso teria sido proferido não é muito precisa. Para L'Espace Citoyens a reunião teria ocorrido no mês de abril de 2002 na cidade de Valência (Espanha). Na maioria das páginas, no entanto, a data informada é 08 de fevereiro de 2002. Página da New Internationalist Publications diz que o discurso foi proferido pelo cacique, um líder indígena mexicano, na Europa em 1992, durante comemoraçòes do descobrimento da América. Segundo essa página, o texto foi reproduzido segundo o original publicado em Renacer Indianista No 7, e da tradução contida na revista Resurgence No 184.








sábado, 26 de dezembro de 2009

PLANTA TESTADA NO COMBATE AO CÂNCER

Aveloz
Pesquisadores brasileiros estudam medicamento à base de ervas contra a doença
Rio - O Brasil poderá ter o primeiro medicamento oncológico nacional. A avelós, uma planta usada em chás medicinais e nas populares “garrafadas”, produto que contém diversas ervas, está sendo testada no tratamento do câncer. Estudos realizados no Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, em São Paulo, mostram que ela conseguiu estabilizar o quadro clínico de uma doente terminal e que também reduziu as dores. A planta, encontrada no Norte e no Nordeste do país, produz uma seiva semelhante ao látex, que é muita tóxica e cáustica. O primeiro passo foi então isolar apenas as substâncias benéficas da planta e transformá-las em uma pílula, chamada de AM10. A droga foi testada em sete pacientes oncológicos terminais, que já haviam recebido todo tipo de tratamento disponível sem resultado. O objetivo foi descobrir a dose máxima da substância tolerada pelo organismo. Um paciente teve a doença estabilizada.



O DIA ONLINE - 26/12/2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

OLHA O FIM DE 2009 AÍ, GENTE!!!! - DOCA RAMOS MELLO

Olha o fim de 2009 aí, gente!!!!!


Vamos pois, aos votos!

Você olha para trás e vê que conseguiu sobreviver ao sétimo ano da era da Sofisticada Organização Criminosa, aos discursos medonhos de V. Exa. Metalurgíssima, que não foi assaltado (e se foi, só lhe levaram bens materiais) nem assassinado, que apesar de todos os pesares suas dívidas são remediáveis, que o efeito estufa ainda não estufou de vez a sua cabeça, que o PCC não chegou a sua casa, que Tarso Genro ainda não solapou suas mais ínfimas esperanças, etc. Então lhe vem a confortável sensação de que brilha uma luzinha de lamparina tremelicante no fim da caverna nacional, aleluia! Mesmo que boa parte dessa chama seja somente efeito de sua boníssima vontade, regada ao espírito natalino, aproveite, deite e role! Deixe seu coração dançar um pouco, alimente seus pensamentos com boas emoções, procure ter fé na vida e nas pessoas, encha os pulmões com novos ares e pense que, se Deus for justo – e Ele é -, as coisas hão de melhorar neste país para todos nós.

Faço votos que, na noite de Natal, um apagão do bem dure o tempo certo do pronunciamento natalino de V. Exa. Metalurgíssima via tv, para que você fique livre de mais um atentado contra a velha e boa última flor do Lácio, inculta e maltratada feito meretriz de beira de estrada por O Cabra. De quebra, estará isento de ouvir mais ladainhas mentirosas naquela indomável voz de taquara rachada sindical;

Um pouquinho mais de fé e você também não haverá de ver a mensagem de Natal que Lady Dil (the lady in red, eca!) deve fazer em rede nacional aos brasileiros, por entre os dentes que lhe saltam para fora e debaixo do capacete capilar, ameaçando tomar conta deste terreiro enquanto seu lobo não volta, afinal ele ensinou o caminho a ela, Jesus!;

Tomara que, para sua felicidade, o Suplicy não apareça em público para cantar ‘Noite Feliz’ em inglês, vestido com o styling da cueca vermelha sobre as calças, até porque tudo pode piorar se ele resolver levar o filho roqueiro com ele – você não merece, ninguém merece;

Desejo de coração que este Natal seja o último em que Wagner Love use trancinhas ora verdes, ora azuis, pois tenho p’ra mim que elas são fatores desencadeantes do aquecimento global que prejudica a Terra e os seus olhos. O cara se chamar Wagner Love ainda dá p’ra levar na boa, fazer o quê? Já as trancinhas, francamente... Mas para compensar, vem aí Roberto Carlos, o rei das coxas e do meião;

Deus não permita que você receba de presente dois produtos de ponta da promissora fábrica de fazer dinheiro no mole, a Arruda & Arruda Comércio Ltda, isto é, o Panetone Federal e o Minivestido Rosa Gordinha Arrasa-Universidade.

Peço a todos os santos que você tenha paz, amor, saúde, felicidade imensa e dinheiro no bolso, a família reunida debaixo da árvore, ceia farta, um bom vinho e muitos sonhos realizados. Espero, sinceramente também, que você não receba aquelas mensagens que vertem melado grosso e português presidencial, cruz-credo...

Feliz Natal!

* Doca Ramos Mello
DOCA publicou esta crônico em:
http://www.papolivre.com.br

SÓ PASSAMOS VERGONHA!


Neste ano que vemos chegar ao fim, nós brasileiros, só passamos vergonha, quer no âmbito interno quer no externo. Nosso ministério de relações exteriores, regido pelo Itamarati, aquele mesmo em que o Barão do Rio Branco, Rui Barbosa e outros ilustres brasileiros souberam conquistar o respeito e a admiração do mundo, está hoje nas mãos de pessoas que só pensam e agem dominados por ideologias ultrapassadas, que ao contrário de nossos antigos representantes só souberam colocar o país em situações humilhantes. Como o problema, ainda em andamento, de Zelaya em Honduras, do assassino condenado à prisão perpétua na Itália, Cesare Battisti, e agora até do menino Sean, com nosso país correndo o risco de ser denunciado nas cortes internacionais em virtude do não cumprimento da Convenção de Haia sobre seqüestro internacional de crianças que prevê a devolução imediata do filho indevidamente subtraído dos pais. Neste últimos casos tivemos a confusa atuação do STF, cujos ministros, igualmente vinculados a ideologias diversas se digladiam em discussões improdutivas e vexatórias para a justiça como um todo. Nas humilhações sofridas perante a Bolívia no caso da Petrobrás e das negociações do gás, do vergonhoso acordo com o Paraguai com relação à energia de Itaipu, com o apoio à entrada da Venezuela como membro pleno do Mercosul, quando lá não campeia a verdadeira democracia como exige os estatutos do grupo. A recepção ao Mahmoud Ahmadinejad, o fraudulento presidente do Irã, que após ter o apoio de Lulla testou um míssil capaz de atingir Israel, países da Europa e até bases da OTAN, sem contar a divulgação da notícia de que vai mandar construir mais umas 10 ou 15 usinas nucleares.
No âmbito interno então, o despudor e a falta de vergonha da maioria dos nossos políticos, com grande parte deles envolvidos em falcatruas de todos os tipos, envolvendo todos os partidos começando com o pagamento, no começo do ano, das horas-extras para os funcionários do senado, isto quando o mesmo se encontrava em recesso, o caso dos atos secretos, com o envolvimento do Presidente da Casa, o senador Sarney, a censura ao Estadão com relação ao seu filho Fernando Sarney, envolvido na chamada operação Boi Barrica, o mensalão do DEM, envolvendo o governador Arruda, do Distrito Federal, as constantes e acintosas infrações cometidas pelo presidente Luis Inácio, com relação à sua candidata, a terrorista Estela, há anos em constante campanha eleitoral em acintoso desrespeito ao TSE, que vergonhosamente se omitiu de qualquer medida contra tal atitude. Dos palavrões do nosso festejado presidente em aparições públicas em que fala e gesticula como se em campanha estivesse nas portas de fábrica, esquecendo-se totalmente da liturgia do cargo como aconteceu há dias na Favelas do Alemão e Manguinhos no Rio de Janeiro. Nos últimos dias o presidente nos brindou com a seguinte frase sobre o caso Battisti: -"Não me importo o que disse o STF. Ele teve a chance de fazer e fez. Eu não dei palpite. Agora a decisão sobre Batistti é minha. Tomo a decisão que for melhor para o País". É de arrepiar o desrespeito às instituições e a prepotência do "cara" que do alto de sua enorme aprovação pelo povão ignaro se julga até um messias, inconteste em suas decisões. Até que enfim este ano está acabando...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O IMPÉRIO MUNDIAL DA BURLA - OLAVO DE CARVALHO




Até umas décadas atrás, o jornalismo refletia a convivência, ora pacífica, ora conflitiva, das três forças que determinavam a sua orientação: o orgulho profissional dos jornalistas, que concorriam entre si na tarefa de informar mais e melhor; os objetivos econômicos dos empresários de mídia; e os diferentes interesses políticos que, através desses dois grupos, disputavam a hegemonia sobre as redações. A variedade das combinações possíveis, num ambiente de concorrência capitalista e liberdade democrática (mesmo em situações políticas não totalmente democráticas), demarcava os perfis dos diferentes órgãos de mídia, desde os grandes jornais e redes de TV até os tablóides de propaganda ideológica e os programas radiofônicos das mais modestas estações do interior.
Nos anos recentes, tudo mudou.
1) Por toda parte, a propriedade dos órgãos de mídia concentrou-se nas mãos de empresas multinacionais bilionárias, associadas ao projeto de governo mundial e dispostas a sofrer por ele até mesmo vultosos prejuízos financeiros, que por outro lado não as prejudicam de maneira alguma, de vez que são amplamente compensados por lucros obtidos em outros negócios. A tremenda queda de prestígio e a quase falência de jornais como o New York Times ou o Los Angeles Times não os induziu a mudar no mais mínimo que fosse as respectivas orientações políticas que puseram seus leitores em fuga: ao interesse financeiro imediato de uma empresa em particular sobrepõem-se os interesses estratégicos maiores dos grupos empresariais que a controlam de longe.
2) Desde que as maiores universidades, em quase todos os países do Ocidente, caíram sob o domínio de intelectuais ativistas imbuídos da mentalidade "pós-moderna" e "desconstrucionista", isso teve um efeito letal sobre a formação profissional dos jornalistas: a simples noção de objetividade jornalística não pode sobreviver num ambiente cultural onde a crença em verdades objetivas é tratada como um resíduo supersticioso de épocas bárbaras e um odioso instrumento de opressão capitalista. Se a obrigação dos intelectuais já não é mais buscar a verdade, mas apenas dar apoio a causas feministas, gayzistas, abortistas, globalistas e socialistas, mesmo aquele que não tenha grande entusiasmo pessoal por essas causas fica desprovido de um critério de veracidade pelo qual possa julgá-las, e acaba colaborando com elas, no mínimo, por omissão.
3) A convergência desses dois fatores gerou, como era de se esperar, a uniformização ideológica da mídia em escala mundial, transformando jornais, estações de rádio e redes de TV num maciço e coerente aparato de propaganda que cada vez menos admite divergências e cada vez mais se empenha em selecionar as notícias segundo sua conveniência política, desprezando cinicamente os critérios tradicionais de objetividade. O noticiário fraudulento, que num ambiente de concorrência capitalista normal acabava sempre sendo dissolvido pela variedade das abordagens jornalísticas mutuamente contraditórias, tornou-se a norma imperante, só contestada em publicações menores e em alguns sites de jornalismo eletrônico, facilmente neutralizados como "loucos", "teóricos da conspiração", "fofoqueiros da internet" etc.
Em resultado, os acontecimentos mais decisivos são freqüentemente mantidos fora do horizonte de visão do público, enquanto lendas, mentiras e imbecilidades úteis à causa comum do globalismo e da militância jornalística são alardeadas nos quatro quadrantes da Terra como verdades definitivas, sem que se ouça uma única voz de protesto contra a fraude geral. Trabalhando em uníssono com o show business, com as fundações culturais bilionárias e com os organismos administrativos internacionais, o jornalismo tornou-se pura propaganda, amparada num eficiente sistema de exclusão e boicote que só os mais valentes, cada vez mais raros, ousam enfrentar.
As grandes empresas jornalísticas já não têm nem mesmo a preocupação de camuflar a uniformidade mundial das campanhas que promovem: outro dia, 44 dos 56 maiores jornais do mundo publicaram o mesmo editorial, repetido em toda parte ipsis litteris, em favor da centralização do poder em escala mundial, para salvar o planeta de riscos aliás perfeitamente inexistentes.
Quase ao mesmo tempo, a Rede Globo, dominadora absoluta da audiência e portanto da formação da mentalidade pública neste país, exibiu novamente, como dado científico comprovado, o famoso gráfico de Al Gore, em que duas curvas, uma assinalando os aumentos das emissões de CO2, outra as elevações da temperatura terrestre, se superpõem harmoniosamente, "provando" a origem humana do aquecimento global.
Nos meios científicos, não há um só profissional idôneo que engula essa fraude grotesca. Todo mundo sabe que as curvas são similares, sim, mas que as elevações de temperatura antecedem e não se sucedem ao aumento das emissões de CO2 , isto é, que Al Gore inverteu propositadamente causa e efeito para fomentar a campanha do imposto mundial.
Já o escândalo do "Climagate", em que prestigiosos cientistas foram surpreendidos tramando falsificação de dados, vem sendo abafado por todos os meios possíveis: se você depender do New York Times ou da CNN para informar-se a respeito, não ficará jamais sabendo de nada, ou pelo menos terá a impressão de que a vigarice de alguns pesquisadores isolados não afeta em nada a confiabilidade das teses dominantes quanto ao aquecimento global. Impressão falsa. Philip Jones, Keith Briffa e Michael Mann, os pesquisadores de East Anglia pegos de calças na mão, são os principais autores dos dois relatórios da ONU que servem de base à campanha do imposto global, isto é, da extorsão global de três bilhões de dólares para salvar o mundo de uma ameaça forjada (v. http://www.telegraph.co.uk/comment/columnists/christopherbooker/6738111/Climategate-reveals-the-most-influential-tree-in-the-world.html).
Do mesmo modo, os órgãos da "grande mídia" não publicam uma só linha quanto aos processos que a jornalista austríaca Jane Burgermeister está movendo contra a Organização Mundial da Saúde, o governo Obama e algumas poderosas indústrias farmacêuticas. As vacinas contra gripe suína, já obrigatórias em alguns Estados americanos, e que a presidência Obama pretende impor a todo o país, estão contaminadas com o vírus da gripe aviária, muito mais perigosa: é o que afirma Burgermeister, sustentando suas palavras com ações que não são de ordem a tornar a sua existência nem um pouco mais confortável (v. http://www.theflucase.com/). Para impor a obrigatoriedade da vacinação, o governo americano e a OMS promoveram uma campanha alarmista, com forte apoio de jornais, TVs, universidades, instituições científicas e artistas de Hollywood, exagerando brutalmente os riscos da gripe suína. Agora, que as vacinas estão matando muito mais gente do que a própria gripe, a mídia e as autoridades se calam ominosamente, mostrando que não estão interessadas na saúde do público mas em proteger os autores de uma fraude genocida. E notem: os envolvidos nessa fraude são os mesmos apóstolos do imposto global, assim como os meios usados para ludibriar o público são os mesmos em ambos os casos: a propaganda maciça em escala mundial, travestida de "jornalismo", e a supressão sistemática dos fatos indesejáveis.
Cada vez mais, entramos num novo mundo onde não se poderá confiar em nenhuma instituição, em nenhuma autoridade, em nenhum prestígio, e onde cada um terá de buscar a verdade por seus próprios meios, se os tiver. Como a maioria não os tem, será cada vez mais difícil encontrar alguma diferença entre esse novo mundo e o império global da burla anunciado pelos profetas e pelo Falstaff de Verdi.
Fonte: Diário do Comércio, 14 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

FRAUDE E FALSIDADE - JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO


Vale a pena ler este artigo, publicado na Folha sobre o momentoso assunto "Aquecimento global"
ou "resfriamento"?

São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
TENDÊNCIAS/DEBATES - Fraude e falsidade - Folha 17/12/2009 - A3
JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO
Vários e-mails trocados entre integrantes do IPCC indicam a manipulação de dados para ocultar a queda de temperatura na Terra.
O LIVRO "Betrayers of the Truth - Fraud and Deceit in the Halls of Science" ("Traidores da Verdade - Fraude e Falsidade nos Umbrais da Ciência"), de W. Broad e N. Wade, analisa casos de fraude e falsidade na comunidade científica e como elas permanecem não detectadas durante anos.Ptolomeu, por exemplo, considerado o maior astrônomo da Antiguidade, não teria feito observações astronômicas, mas adaptado para a cidade de Alexandria as feitas por Hiparco na ilha de Rodes, o que gerou distorções identificáveis. O caso Ptolomeu é analisado em detalhes no livro de R. Newton, "The Crime of Claudius Ptolemy", e por J. Rawlins, no "Journal of the History of Astronomy".Falsidades cometidas por Galileu, Newton, Dalton, Mendel, J. Bernoulli -que tomou de seu filho a equação que leva o seu nome- e outros são analisadas por Broad e Wade.Essas observações vêm a propósito da divulgação ("climategate") pela internet de 1.079 e-mails e 79 documentos dos computadores do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade East Anglia (CRU, na sigla em inglês), órgão de referência mundial sobre o clima. Vários e-mails trocados entre integrantes do IPCC indicam a manipulação de dados para ocultar a queda de temperatura na Terra.Paul Chesser, correspondente do Heartland Institute, revelou que M. Mann -que fraudou dados sobre o clima dos últimos mil anos para levar à crença de que há o aquecimento global antropogênico- recebeu US$ 6 milhões por seus artigos e projeções.Mann está sob investigação pela Universidade Estadual da Pensilvânia.P. Jones, diretor do CRU, afastou-se ou foi afastado do cargo e há suspeita de ter recebido dinheiro para fraudar dados. E o Senado dos EUA, por iniciativa do senador J. Inhofe, abriu investigação sobre o "climategate", que ele considera ser a maior fraude científica dos tempos modernos.A leitura de vários e-mails robustece a antiga suspeita de que há fraude na manipulação de dados do CRU, que sempre se recusou a revelá-los, contrariando procedimento salutar e usual da comunidade científica.Até agora, nada disso foi objeto de consideração na reunião em Copenhague, que parece cuidar mais de pancadarias e passeatas, na melhor tradição da juventude nazista, como lembrou o visconde Monckton.Parece que não há previsão sobre as conclusões da reunião, dita científica, e que a fantástica soma de US$ 300 bilhões/ano pleiteada para "combater o aquecimento" ficará aquém disso.I. Plimer é um respeitado geólogo da Universidade de Adelaide, Austrália, editor e coautor da "Encyclopedia of Geology", um trabalho de fôlego com cinco volumes, 2.750 páginas e 320 colaboradores.Plimer publicou recentemente o livro "Heaven and Earth: Global Warming - the Missing Science" ("Céu e Terra: Aquecimento Global - a Ciência que Falta"), com 2.311 referências científicas que convalidam o que diz o livro, que é uma crítica fundamentada ao IPCC e às projeções feitas por computador, que não têm valor porque a ciência do clima não existe.O IPCC não consegue explicar o que ocorreu nos últimos mil anos nem por que, no final da última glaciação, o Norte dos EUA, acima do paralelo de Washington, a Europa e a Ásia estavam sob camada de geleiras cuja espessura variava de 2 km a 5 km.Esse gelo derreteu, o nível dos oceanos subiu 130 m e atingiu o nível atual. Nessa ocasião -e em nenhuma Era Glacial anterior- houve CO2 "antropogênico" para derreter geleiras. Sobre isso o IPCC nada diz.O livro de Plimer é leitura recomendada a todos os que se interessam pelos aspectos científicos do clima e procuram saber o que há por trás dessa algaravia global, que consome bilhões de dólares, faz reuniões pseudocientíficas e nunca chega a nenhum resultado.A maior ameaça à humanidade não é o aquecimento antropogênico. Afinal, a Terra está esfriando e se aproxima de um novo período glacial -isso é comprovado por vários fatores, incluindo a inexistência de manchas solares, que desapareceram há quase um ano. O que a ameaça a humanidade é a intromissão, na vida das pessoas e das nações, de órgãos sem mandato eletivo e de grupos econômicos, além da ONU. Eles querem nos governar e determinar às nações o que podem fazer, quanto podem crescer e consumir e se podem ser livres e independentes.

JOSÉ CARLOS DE ALMEIDA AZEVEDO , 77, é doutor em física pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, EUA). Foi reitor da Universidade de Brasília (1976 a 1985).

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CHAVES DECRETA O FIM DA PROPRIEDADE PRIVADA




Uma notícia gravíssima, que não vi comentada aqui no Brasil, feita na calada da noite pela ditadura chavista, está deixando os venezuelanos de cabelos em pé e não sem razão. Foi publicado na Gaceta Oficial do dia 25 de setembro de 2009, uma “Providência Administrativa” que torna edifícios, casas, praças, monumentos, igrejas, etc., “patrimônio cultural” do município Libertador, do Distrito Capital de Caracas. (Abro um parênteses: neste mesmo dia, a Assembléia Nacional aprovou por unanimidade o caráter “sigiloso e inviolável” dos acordos militares entre Venezuela e Rússia, enquanto Chávez e o PT de Lula ficam “exigindo” que a Colômbia revele integralmente seus acordos com os Estados Unidos. Mas isto comento em um artigo proximamente). Trocando em miúdos, isto significa dizer que Chávez decretou que tudo agora é patrimônio do Estado, de modo que qualquer proprietário de imóvel perdeu seu direito legítimo de fazer qualquer coisa com seu bem, seja alugar, doar, vender ou deixá-lo em herança, pois a partir da data de sua publicação, quem decide o que fazer com a propriedade de cada um agora é o Estado. Não é uma violência isso?
Chamo a atenção deste fato, sobretudo para os empresários e políticos que estão se rasgando para colocar este psicopata comunista no MERCOSUL a qualquer preço, pois isto que ele acaba de fazer – fora os incontáveis roubos que ele cinicamente chama de “expropriação” -, é uma atitude reconhecidamente de regimes totalitários ditatoriais, onde não existe democracia, nem liberdade – em nenhuma de suas formas -, nem Estado de Direito e tampouco o Império das Leis. Chávez está seguindo fielmente a cartilha do ditador Fidel Castro, exatamente como naquela carta que o Notalatina divulgou há alguns anos e republicou há pouco, lembram?
Traduzo abaixo um artigo escrito por Mercedes Montero, jornalista venezuelana, pois ela explica com clareza o que este infame decreto quer dizer. Entretanto, os que quiserem ver o que textualmente diz o Decreto, podem fazê-lo através de Noticero Digital, em seu original em espanhol.
Antes, porém, o Notalatina apresenta com exclusividade para o Brasil dois Comunicados da Secretaria de Relações Exteriores do Governo de Honduras, ambos datados de 21 de outubro de 2009 em formato PDF. No primeiro deles, a acusação formal ante a OEA, da intromissão nos assuntos internos de Honduras e incitação à rebelião feita por Chávez e Daniel Ortega, durante o último encontro da ALBA em Cochabamba. Além disso, denuncia e clama providências à OEA, quanto a uma aeronave de matrícula venezuelana apreendida há poucos dias em território hondurenho, contendo drogas e armas que está em poder das autoridades militares de seu país. E no segundo comunicado, o presidente Micheletti justifica a demora na resolução da Comissão Negociadora da Mesa de Diálogo Guaymuras, que está sendo travada por Zelaya e seus representantes, que não aceitam o único ponto referente ao retorno ou não de Zelaya ao poder, além de incitar seus seguidores a exigir uma assembléia constituinte e desconhecer as eleições marcadas para 29 de novembro. Não deixem de ler estes documentos, pois neles pode-se ver a transparência e integridade com que age o Governo de Micheletti, em detrimento da irresponsabilidade e desonestidade de Zelaya e seus militantes comunistas.
Leiam agora o artigo de Mercedes Montero e pressionem os senadores da Comissão de Relações Exteriores do Senado a não permitirem a entrada deste psicopata comunista no MERCOSUL. Fiquem com Deus e até a próxima!
Adeus, propriedade privada!
Mercedes Montero
A Gaceta Oficial nº 39.272 de 25 de setembro de 2009, trouxe a seguinte informação, que foi transmitida por diversas vias.
Segundo Providência Administrativa nº 019/09, datada de 28 de agosto de 2009, do Ministério Popular para a Cultura, foram declarados Bens de Interesse Cultural e incluídos no Catálogo do Patrimônio Cultural Venezuelano, ruas, avenidas, parques zoológicos, praças, monumentos, estádios, bibliotecas, árvores, centros culturais chácaras, casas, edifícios, clubes, colégios privados, colégios gremiais, comércios, bancos, clínicas e hospitais públicos e privados, centros comerciais, igrejas, capelas e conjuntos habitacionais inteiros, de todos os bairros do Município Libertador do Distrito Capital, sem exceção.
Isto significa que qualquer ato de disposição, como são venda, doação, herança, constituição de gravamens, deverá ser previamente autorizado pelo Instituto do Patrimônio Cultural, pelo qual os registradores, notários e juízes não poderão dar curso a documentos pertinentes ao ato de autenticar, registrar, decretar medidas, etc., sem a prévia autorização referida. Ademais, os registradores deverão proceder a escrever a correspondente nota de afetação a estes imóveis em sua margem correspondente.
Ao revisar a Gaceta Oficial nº 39.272, sem cair em detalhes que tomam páginas e páginas, temos que os bairros afetados (não se pode aplicar um termo diferente) são os seguintes: Altagracia, Antímano, Caricuao, Catedral, Coche, El Junquito, El Paraíso (Vista Alegre), El Recreo, El Valle, La Candelaria, La Pastora, La Vega, Maracao, San Agustín, Paseo Vargas, Santa Rosália, San Bernardino, San José, San Juan, San Pedro, Santa Teresa, Sucre e 23 de Enero.
Nesses bairros está situado o lastro histórico da cidade, são os terrenos mais caros de Caracas, há uma grande densidade populacional, a maioria dos habitantes é gente humilde ou de classe média aos quais lhes custou um grande esforço adquirir um apartamento ou uma casinha humilde, ou vivem em super-blocos ou em ranchos que construíram com suas próprias mãos, muitas vezes mendigando à autoridade de turno ou ao político em campanha que lhes doe alguns tijolos, sacos de cimento ou pranchas de zinco para levantá-los. Os que levantaram centros comerciais, hospitais e clínicas, bancos, etc., investiram o produto de seu trabalho de muitos anos e criaram fontes de trabalho. Em grande quantidade de casos, os proprietários ainda estão pagando os empréstimos adquiridos para montar um negócio ou comprar uma moradia. Absolutamente todos, têm direito e desejam uma propriedade sua, por essa razão deram metade de suas vidas para tê-la.
O arquiteto José Manuel Rodríguez é o Presidente do Instituto de Patrimônio Cultural (Encarregado), entretanto, é quem aparece assinando o decreto declarando o patrimônio cultural a metade de Caracas. O significado desta ação é a limitação de todos os direitos que a propriedade privada dá aos legítimos donos dos imóveis.
A pergunta que cabe formular, é: a que se deve tal abuso? Será pelo simples fato de que Caracas votou em Ledezma para Prefeito e, portanto, tem que castigar os cidadãos que exerceram seu direito de se expressar? O certo é que é sim um assalto.
Porém, aqui na Venezuela não está acontecendo NADA; se acredito que não afeta a “mim”, que bobagem! Passo agachado, sou transparente, não me diga, não ouço, não é comigo. Adeus propriedade privada! A Cuba de Fidel parece ser nosso destino!
Traduções e comentários: G. Salgueiro
Postado por G. Salgueiro às 1:12 AM
http://notalatina.blogspot.com/
Comentário: Chaves segue com todo rigor a cartilha de Fidel a Venezuela logo será uma Cuba ampliada. O Brasil nas mãos de Lula está no mesmo caminho.

BOI VERDE, BOI CRIMINOSO - CARLOS ALBERTO SARDENBERG


Artigo - Boi verde, boi criminoso

Carlos Alberto Sardenberg*
Segunda-Feira, 14/12/09 - Estadão

Não é exagero dizer que o agronegócio salvou o Brasil. Ao gerar superávits comerciais de US$ 40 bilhões/ano, deixou aqui uma sobra de dólares que foram comprados pelo governo e incorporados às reservas do Banco Central. Isso permitiu ao Brasil superar o velho problema do financiamento da dívida externa. Se não fossem as reservas, em grande parte geradas pelo agronegócio, repito, o Brasil teria quebrado nesta última crise. E quebrado, no caso, significaria recessão, eliminação muito maior de empregos, perda de renda e aumento da pobreza.

Além disso, o agronegócio puxou negócios em toda a economia brasileira. Forneceu alimentos, especialmente a proteína da carne, para populações brasileira e no mundo todo. Ou seja, há razões para dizer que o agronegócio brasileiro é um caso de sucesso.
Há algum tempo era também um sucesso ambiental. Foi no período da vaca louca, doença adquirida por animais confinados e alimentados com rações. Na ocasião, o boi brasileiro ganhou status de boi verde, duplamente saudável. Primeiro, porque só comia grama e, segundo, porque crescia caminhando pelos pastos, sendo mais musculoso e menos gordo.
Hoje o Brasil é o maior exportador mundial de carnes e um dos maiores em alimentos em geral. E o agronegócio tornou-se alvo preferencial de boa parte dos ambientalistas, internacionais e nacionais.
Acusações: as pastagens estão no lugar de matas nativas e parte delas se fez com o desmatamento da Amazônia; a atividade é poluente, ao usar máquinas e veículos motorizados, queimando petróleo, fertilizantes, adubos; e o boi e a vaca emitem gases metano com seus arrotos e puns.
Mas o problema maior parece ser a Amazônia, já que todas as pastagens e toda a agricultura do mundo estão no lugar de matas nativas e já que o boi arrota igual em todo mundo. Toda agricultura é uma intervenção na natureza.
O problema na Amazônia é real. Há pecuaristas e assentados da reforma agrária que derrubam árvores para criar bois. Mas há também grileiros e índios que derrubam árvores para vender como madeira. Tudo ilegal e, não raro, violento.
É certo que isso não pode continuar e que o objetivo de desmatamento zero é um bom objetivo. Mas isso não pode condenar a pecuária como um todo, que tem no Brasil graus de eficiência elevada em várias regiões.
Além disso, qual é a ambição, justa, dos povos mais pobres? Ter, por exemplo, um consumo de proteína nos níveis do Primeiro Mundo, com o que serão mais saudáveis, morrerão menos, viverão mais, serão mais altos e... mais gordos. Ou seja, o mundo precisa e quer mais carne - e, especialmente, quer carne barata, como é a brasileira.
Dizer que a carne brasileira seria a mais cara do mundo se incorporasse no seu preço os custos ambientais é um argumento duvidoso. Porque aí seria preciso incorporar esses custos em toda a atividade econômica. Assim, quanto custaria uma passagem de avião Rio-São Paulo? Qual o custo ambiental num aparelho de TV? Num celular? E, nessa sequência, esses produtos seriam acessíveis apenas aos mais ricos.
OK. Há tecnologia para produzir mais carne em menos espaço, no caso brasileiro, nas pastagens já existentes e com bois e vacas que arrotem menos e soltem menos puns. Mas essa tecnologia precisa ser desenvolvida e implantada, o que custa dinheiro. É preciso financiar essas inovações tecnológicas.
Há teses segundo as quais o esforço de aumentar a produção é inútil, pois não haveria condições de produzir carne para uma humanidade em expansão.
Ou, mais amplamente, que a Terra não suporta uma população crescente, com ambições de ter padrões de consumo semelhantes aos do Primeiro Mundo.
Se isso for verdade, qual a consequência? Que os povos mais pobres terão de abrir mão de aumentar seu consumo de tudo, de carnes a celulares e automóveis. Com isso, e convencendo-se os mais ricos a reduzir seu padrão, a coisa estaria resolvida. Agora, quem vai dizer para os pobres que eles não podem comer carne nem ter carro?
Estou fazendo caricatura? Pode ser, mas o ponto é este: precisamos de uma economia mais limpa, sem dúvida, não podemos mais desmatar a Amazônia, mas também precisamos aumentar a produção de alimentos e de bens de consumo.
Não adiantará nada ter uma economia limpa que não forneça alimentos e conforto aos povos. A transição para a economia limpa é, pois, extremamente complexa, porque é preciso manter um tipo de produção atual enquanto se criam e aplicam novas modalidades.
Por que ninguém propõe uma regra mundial do tipo: só se pode vender carro elétrico daqui em diante? Porque seria uma coisa acessível apenas aos mais ricos, exatamente esses que estão bem e cujo nível de consumo deixou poluição por toda parte. E porque os chineses e indianos, para não falar dos brasileiros, continuariam a fazer os seus carrinhos a gasolina ou coisa pior.
Resumindo: o mundo inventou a agricultura, domesticou e criou os novos bois e porcos, aumentou extraordinariamente a produção de alimentos mais baratos, eliminou a fome para bilhões de pessoas. Criou o conforto da sociedade de consumo e... destruiu ambientes, e parte da humanidade ficou rica com isso, outra parte está na classe média e outra continua pobre. E agora?
Concordo com o que disse a revista The Economist: mesmo que haja dúvidas quanto ao processo de aquecimento global, vale a pena combatê-lo no mínimo como um seguro. Mesmo que os céticos tenham razão, ainda assim existiria uma possibilidade de que não tivessem, de modo que seria muito risco não fazer nada desde já.
Agora, seguros são caros e complexos - e não podem ser tão caros que inviabilizem o bem segurado.
Em tempo: não é a primeira vez que cientistas dizem que faltarão alimentos.
*Carlos Alberto Sardenberg é jornalista
Site: http://www.sardenberg.com.br/

SINAL DOS TEMPOS - MERVAL PEREIRA



Merval Pereira - Sinal dos tempos
O GLOBO (11/12/09) - O historiador americano Henry Brook Adams cunhou a definição de prática política como sendo a arte de "ignorar fatos". O presidente Lula, provavelmente por intuição, há muito tempo adota esse comportamento, e parece cada vez mais convicto de que sua popularidade inabalável o protegerá até mesmo da sua própria língua. Já se dá ao desplante de falar palavrões em comício e, modestamente, garante que a Conferência do Clima em Copenhague ganhou nova dimensão depois que o Brasil saiu na frente dos países desenvolvidos e anunciou metas de redução das emissões de carbono na atmosfera. Como a revista inglesa "The Economist" previu, parece que o pecado da "hubris" - que na mitologia grega representa o excesso, a arrogância - está tomando conta do "filho do Brasil". O problema climático não constava da pauta de prioridades do governo Lula, e só passou a fazer parte dela quando a senadora Marina Silva colocou-o na agenda da sucessão presidencial, ela mesma saída do Ministério do Meio Ambiente por absoluta impossibilidade de fazer com que a questão ambiental fosse uma política de governo. Colocada lá ainda no primeiro ministério, Marina não aceitou ser apenas um símbolo, depois de diversas derrotas na tentativa de impor uma agenda ecológica ao governo. Lula fazia blague com a proteção dos "bagrinhos" e, mais que isso, ele e a candidata oficial à sua sucessão, ministra Dilma Rousseff, consideravam que os ambientalistas atrasavam as obras do PAC e o progresso do país. Até o último momento o governo hesitou em fixar metas para a redução do efeito estufa, e o "compromisso voluntário" só saiu a muito custo. Pois agora Lula arvora-se a ecologista pioneiro, em mais um ato explícito de oportunismo político. Não foi outro o espírito da legislação que enviou ao Congresso supostamente para combater a corrupção no país. Transformar em hediondo os crimes de corrupção não fará diferença alguma se a postura dos governantes continuar sendo de leniência com os corruptos, e a Justiça não os colocar na cadeia. O Lula que discursou sobre os males da corrupção, afirmando num ato falho que os que mais gritam contra ela geralmente são os mais corruptos, é o mesmo Lula que durante mais de 20 anos perambulou pelo país com a bandeira da corrupção como sua principal arma eleitoral. Chegou a afirmar que a chegada do PT ao poder central reduziria de imediato a corrupção. Sabe-se hoje que o PT, enquanto se colocava como exemplo de moral e bons costumes, fazia uma política corrupta nas prefeituras para as quais elegia seus filiados, montando um esquema de caixa dois que financiaria as diversas campanhas presidenciais do próprio Lula. Quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005, o ponto mais dramático foi o depoimento do marqueteiro Duda Mendonça na CPI da Câmara, na qual confessou que seu trabalho na campanha eleitoral de Lula em 2002 foi pago em parte com dinheiro ilegal depositado no exterior. Um depoimento que ligava diretamente o candidato à corrupção de sua campanha eleitoral, da mesma maneira que a formação do caixa dois na campanha para o governo de Minas de 1998 levou o hoje senador Eduardo Azeredo a ser incluído no processo aberto pelo Supremo Tribunal Federal. Lula livrou-se do processo do Supremo sobre o mensalão, que identificou uma "quadrilha" atuando a partir do gabinete do então ministro José Dirceu no Palácio do Planalto, por um detalhe político: a oposição ficou com receio de pedir seu "impeachment", ou pelo menos de tentar ouvi-lo na CPI. Mas, para quem não tem memória curta, é uma ousadia, que talvez só a "hubris" explique, Lula encher a boca para falar em combate à corrupção. Sua tentativa de tirar proveito político da acusação contra o governador José Roberto Arruda, de Brasília, que é do DEM, quando se portou de maneira leniente e conivente com os políticos de sua base congressual acusados de participar do mensalão, é um sinal dos tempos em que, incentivados pela impunidade, todos fazem como ele, falam uma coisa e fazem outra, na certeza de que o cidadão comum perdeu o discernimento do que é certo e errado. É assim que os chamados "movimentos sociais", os mesmos que ameaçavam sair às ruas não para protestar contra o mensalão, mas para defender o mandato de Lula, agora estão nas ruas de Brasília contra o mensalão do DEM. Não se mobilizaram também contra Renan Calheiros nem contra José Sarney, apadrinhados de Lula, mas estão indignados com Arruda. O sinal trocado dos tempos também faz com que o governador do Distrito Federal, apanhado com a boca na botija com direito a vídeo e áudio, ainda tenha forças para reprimir as manifestações contra ele. E se sinta em condições políticas de tentar se manter à frente do governo, apoiado por uma maioria de deputados distritais envolvidos nas mesmas tenebrosas transações, todos flagrados em vídeo. E ainda falando em mudar "os hábitos políticos". Quando prenderam aquele petista com dólares na cueca, não houve imagens. Desta vez, temos imagens e som de deputados e jornalista colocando bolos de Real na cueca, nas meias, nos bolsos. E estão todos soltos. Ao mesmo tempo em que o presidente Lula se mostra indignado seletivamente com a corrupção dos outros, o PT faz uma festa para seus ex-presidentes e consuma a reabilitação de todos os mensaleiros, a começar pelo que está sendo julgado pelo Supremo como o "chefe da quadrilha", o ex-ministro José Dirceu, identificado como figura "imprescindível" na campanha presidencial de Dilma Rousseff. Que, por sinal, deu entrevistas classificando de "chocantes" as imagens do mensalão do DEM para, em seguida, confraternizar com os mensaleiros do PT.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

AÉCIO DESISTE DA PRÉ-CANDIDATURA


Nesta quinta, o governador mineiro, Aécio Neves, mandou carta ao presidente do PSDB, o senador Sérgio Guerra, anunciando não ser mais pré-candidato do PSDB à Presidência da República. Em sua missiva dá a entender que apoiará quem for candidato do partido, com toda certeza o governador de São Paulo, José Serra. Bom seria que ele, além de apoiar Serra fosse também seu vice. Será que isto acontecerá?

RELAÇÃO DOS SENADORES QUE SE JUNTARAM A CHÁVEZ



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


Abaixo, segue a lista dos que votaram a favor da entrada da Venezuela no Mercosul e dos que votaram contra. Não houve defecções na oposição: só os senadores da base de apoio ao governo Lula deram uma forcinha a Hugo Chávez:

A FAVOR 1. Acir Gurgacz (PDT/RO) 2. Almeida Lima (PMDB/SE) 3. Aloizio Mercadante (PT/SP) 4. Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) 5. Augusto Botelho (PT/RR) 6. Eduardo Suplicy (PT/SP) 7. Epitácio Cafeteira (PTB/MA) 8. Francisco Dornelles (PP/RJ) 9. Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN) 10. Gim Argello (PTB/DF) 11. Ideli Salvatti (PT/SC) 12. Inácio Arruda (PCdoB/CE) 13. João Durval (PDT/BA) 14. João Pedro (PT/AM 15. João Ribeiro (PR/TO) 16. João Vicente Claudino (PTB/PI) 17. Lobão Filho (PMDB/MA) 18. Magno Malta (PR/ES) 19. Marcelo Crivella (PRB/RJ) 20. Mozarildo Cavalcanti (PTB/RR) 21. Osmar Dias (PDT/PR) 22. Osvaldo Sobrinho (PTB/MT) 23. Patrícia Saboya (PDT/CE) 24. Paulo Duque (PMDB/RJ) 25. Paulo Paim (PT/RS) 26. Pedro Simon (PMDB/RS) 27. Renan Calheiros (PMDB/AL) 28. Renato Casagrande (PSB/ES) 29. Roberto Cavalcanti (PRB/PB) 30. Romero Jucá (PMDB/RR) 31. Romeu Tuma (PTB/SP) 32. Sadi Cassol (PT/TO) 33. Sérgio Zambiasi (PTB/RS) 34. Valdir Raupp (PMDB/RO) 35. Wellington Salgado de Oliveira (PMDB/MG)

CONTRA 1. Adelmir Santana (DEM/DF) 2. Alvaro Dias (PSDB/PR) 3. Antonio Carlos Jun 4. Arthur Virgílio (PSDB/AM) 5. Cícero Lucena (PSDB/PB) 6. Demóstenes Torres (DEM/GO) 7. Eduardo Azeredo (PSDB/MG) 8. Efraim Morais (DEM/PB) 9. Eliseu Resende (DEM/MG) 10. Fernando Collor (PTB/AL) 11. Flávio Arns (PSDB/PR) 12. Gilberto Goellner (DEM/MT) 13. Heráclito Fortes (DEM/PI) 14. Jarbas Vasconcelos (PMDB/PE) 15. João Tenório (PSDB/AL) 16. José Agripino (DEM/RN) 17. Lúcia Vânia (PSDB/GO) 18. Mão Santa (PSC/PI) 19. Marco Maciel (DEM/PE) 20. Marconi Perillo (PSDB/GO) 21. Maria do Carmo Alves (DEM/SE) 22. Marisa Serrano (PSDB/MS) 23. Papaléo Paes (PSDB/AP) 24. Raimundo Colombo (DEM/SC) 25. Rosalba Ciarlini (DEM/RN) 26. Sérgio Guerra (PSDB/PE) 27. Valter Pereira (PMDB/M


COMENTÁRIO: o trio de São Paulo deu vexame: Mercadante, Suplicy e Tuma. Outros que decepcionaram: Simon e Dorneles. O resto, é o resto...

CPI DA PETROBRAS É CONCLUÍDA...



Sem oposição e sem apontar responsabilidades, CPI da Petrobras é concluída.

Claudia Andrade Do UOL NotíciasEm Brasília
17/12/2009 - 12h43

Após dois adiamentos, a CPI da Petrobras votou nesta quinta-feira (17) o relatório final, elaborado pelo líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O relatório apresentado na terça afasta qualquer irregularidade na estatal, rebatendo as denúncias apresentadas pela oposição, que abandonou a CPI há mais de um mês. A votação ocorreu com apenas seis dos 11 titulares presentes, incluindo o relator e o presidente da CPI, senador João Pedro (PT-AM). Os questionamentos ficaram por conta de Fernando Collor (PTB-AL).Collor reclamou do pouco tempo para analisar o relatório e dar publicidade a alguns pontos levantados. Analisou vários pontos, entre eles a manobra contábil realizada pela estatal que resultou em redução de tributos. "Caberia à CPI aprofundar essa investigação", disse, mas em seguida completou dizendo que a Receita Federal "em nenhum momento colocou em dúvida a validade da transação". "Apenas acho que esse tema poderia ter sido um pouco mais debatido, para ficar isso ainda mais claro".
O parecer do líder do governo considera as denúncias relativas a este ponto "improcedentes". "De tudo o que foi exposto e analisado, conclui-se que são improcedentes as acusações de que a Petrobras teria diminuído ilicitamente a os valores dos tributos devidos ao fisco", diz o texto, acrescentando que a mudança que permitiu a redução poderia ter sido feita a qualquer momento do ano. Jucá afirmou que acolheria as ponderações de Collor "como sugestões para o debate, como adendo para pontos de discussão". Disse, no entanto, que "em nenhum momento, de uma etapa para outra, restou qualquer dúvida, qualquer questionamento". "Cada etapa foi concluída de forma bastante contundente", afirmou.Além da manobra contábil, uma das principais acusações feitas pela oposição, o relatório final também isentou a empresa de irregularidades na construção de plataformas de petróleo e ainda da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. No capítulo relacionado aos patrocínios da estatal, o relator afirmou que é possível observar "alguns problemas de execução", mas que a fiscalização é feita. "Uma plêiade de projetos tão ampla certamente inclui alguns contratos nos quais se observam alguns problemas de execução. Porém, cabe ressaltar que, no que tange a patrocínios, as atribuições de fiscalização e controle da Petrobras são seguidas fielmente, bem como são acompanhados pela Auditoria Interna da Companhia, pelos órgãos de Controle Interno do Poder Executivo, CGU, assim como o Órgão de Controle Externo, Tribunal de Contas da União", diz o relatório.Jucá também apresentou duas propostas legislativas, uma delas relacionada à medida provisória que trata da mudança tributária utilizada pela Petrobras no cálculo dos tributos, com o objetivo de "suprimir qualquer dúvida futura em relação à possibilidade de se exercer, a qualquer tempo, a opção", defende o relator. A outra proposta disciplina as licitações e contratos da estatal "no sentido de contribuir para correção das falhas e para o aprimoramento das contratações". As propostas deverão ser analisadas pela Casa.

Comentário de Paulo Sergio Loredo:


Quer legalizar a corrupção, o roubo, as falcatruas com dinheiro público? É só abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito, a famosa CPI. É tudo o que este governo quer. Hoje será aprovado o Relatório da CPI da Petrobras, validando roubos de centenas de milhões de reais. Com uma novidade: junto com o relatório, o seu relator Romero Jucá (PMDB-RR) inclui dois projetos de lei que beneficiam a companhia. O primeiro legaliza a manobra contábil que a estatal usou para deixar de pagar R$ 2,14 bilhões em impostos. O segundo simplifica os procedimentos licitatórios das empresas de economia mista, convertendo em lei o decreto presidencial que a Petrobras usa para contestar auditorias do Tribunal de Contas da União. O resultado da CPI não poderia ser mais impressionante. Em vez de condenar crimes, legaliza.

OS AMIGOS DE LULLA....E NOSSO PREJUIZO


Petrobras vai absorver impacto da alta no preço do gás boliviano
Autor(es): Cláudia Schüffner
Valor Econômico - 17/12/2009

A Petrobras não deverá repassar para as distribuidoras o novo preço do gás boliviano, ao qual será acrescida uma cobrança de US$ 100 milhões por ano pelas partes "ricas" do gás, entre elas o etano, butano, propano e gasolina natural. A estatal deverá absorver sozinha o impacto do aumento, fruto de negociação política entre os presidentes Luis Inácio Lula da Silva e Evo Morales. Outra opção seria repassar de forma indireta, via aumento do gás nacional.
O presidente da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), Zevi Khan, disse que não está previsto no contrato entre a Petrobras e as distribuidoras de São Paulo - Comgás , Gas Natural São Paulo e a Gás Brasiliano - qualquer repasse de preço.
"Não há nenhum motivo de força maior. Trata-se de uma decisão unilateral da Petrobras de aceitar uma alteração no contrato com a Bolívia, cujos termos eu não conheço", disse Khan ao Valor.
Apesar da ampla divulgação na Bolívia sobre a assinatura de um aditivo ao contrato de compra e venda de gás, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, não fala sobre o assunto. A estatal sequer confirma que o documento será assinado amanhã pelos presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Carlos Villegas. A empresa também não informa se continua estudando uma unidade petroquímica na fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
Entre analistas do mercado financeiro, ninguém conhece as condições do contrato e como ele será lançado no balanço da estatal. A analista Paula Kovarsky, do Itaú Securities, diz que em 2007 o acordo pareceu uma solução inteligente para ambas as partes, na medida que não alterava o preço do gás natural em si e que havia a perspectiva de utilizar estes líquidos na produção de GLP ou petroquímicos.
Nelson Rodrigues de Matos, analista do Banco do Brasil Investimentos, estranha que a companhia não tenha divulgado nenhum fato relevante, como aconteceu após o acordo com o governo do Rio de Janeiro para pagar Participação Especial (PE) retroativa pela produção no campo de Marlim.
"Não dá para ver no balanço porque essa é uma perda provável. Mesmo que ela não tenha pago ainda, o correto seria provisionar ou aumentar o custo da área", diz Rodrigues. "Vamos pagar por um gás que não usamos."
O novo acordo com a Bolívia vai aumentar em US$ 1,2 bilhão (em valores presentes) o desembolso da Petrobras até 2019, quando vence o prazo do contrato de suprimento de gás (GSA). O valor inclui créditos acumulados entre 2007 e 2009 que somam US$ 300 milhões.
A estatal resistiu o quando pôde à assinatura de um contrato dessa natureza, já que não usa essas partes mais nobres, que são entregues à indústria do jeito que chegam ao Brasil. Mas em 2007, depois de um acordo político a empresa aceitou aumentar o preço. Na época ela informou que pagaria à YPFB um adicional pelas frações de hidrocarbonetos líquidos presentes no gás natural efetivamente entregue que elevam seu poder calorífico para valores acima de 8900 quilocalorias (kcal) por metro cúbico. Contudo, uma fonte do setor explicou que o gás da Bolívia não é tão rico, e que esse seria apenas um pretexto para aumento do preço. "O gás considerado pobre tem 8900 Kcal por metro cúbico e o da Bolívia tem 9400 Kcal. Não há tanto líquido nobre a ser retirado", explica a fonte.
Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE) acha que o acordo chega em má hora para a Petrobras. "Sobram 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás e em 2009 o consumo do Brasil voltou aos níveis de 2005. Como é que a Petrobras vai aumentar o preço do gás?", questiona.
Atualmente o gás importado da Bolívia custa US$ 4,8269 por milhão de BTU no Sudeste, US$ 4,8252 no Sul e US$ 5,5410 no Centro-Oeste, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. A esses preços são adicionados o custo do transporte e impostos.
Os contratos de petróleo subiram pelo segundo pregão consecutivo. O mercado já esperava uma diminuição das reservas americanas da commodity, mas os dados divulgados mostraram uma queda ainda maior do que o previsto. Em Nova York, o WTI para janeiro ganhou US$ 1,97, para US$ 72,66. Em Londres, o Brent para janeiro de 2010 subiu US$ 1,50, para

RECEITA FEDERAL LIBERA LOTES 2005 E 2006

Receita Federal libera consulta aos lotes residuais do IRPF 2005 e 2006

A Receita Federal disponibilizou o acesso aos lotes residuais do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) de 2005 e 2006. Para os contribuintes, o valor do imposto arrecadado em 2005 será corrigido em 58,99% e estará disponível a partir do dia 22 de dezembro de 2009. Já o valor correspondente a 2006 será corrigido em 41,89% e poderá ser sacado a partir do dia 23 de dezembro de 2009.
As consultas podem ser feitas diretamente pelo portal da Receita Federal ou pelo telefone 146.

CASO BATTISTI - E AGORA LULLA?




Plenário retifica proclamação de resultado do caso Battisti e esclarece que presidente deve observar o tratado Brasil-Itália

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quarta-feira (16), por votação majoritária, retificar a proclamação do resultado do julgamento do pedido de Extradição (EXT 1085) do ativista político italiano Cesare Battisti, formulado pelo governo da Itália.
A decisão foi tomada na apreciação de uma questão de ordem levantada pelo governo italiano quanto à proclamação do resultado da votação, no dia 18 de novembro passado. A proclamação dizia que, por maioria (5 a 4), a Suprema Corte autorizou a extradição, porém, também por maioria (5 a 4), “assentou o caráter discricionário” do cumprimento da decisão pelo presidente da República. Ou seja, que cabia ao presidente da República decidir sobre a entrega ou não do ativista italiano.
Pela decisão desta tarde, ficou determinado que será retirada da proclamação do resultado a discricionariedade do presidente da República para efetuar a extradição e constará que ele não está vinculado à decisão da Corte que autoriza a extradição.
Questão de ordem
A questão de ordem suscitada pelo governo italiano dizia respeito ao voto do ministro Eros Grau e provocou discussões quanto a seu cabimento. Os ministros Marco Aurélio e Carlos Ayres Britto, votos vencidos quanto à retificação da proclamação, sustentavam o não cabimento da discussão, antes da publicação do acórdão.
Segundo eles, o governo italiano deveria esperar a publicação do acórdão (decisão colegiada) para, se considerar que há erro, omissão ou contradição na decisão da Suprema Corte, opor embargos de declaração.
O ministro Cezar Peluso, no entanto, informou que a questão de ordem quanto à proclamação, em caso de erro, é cabível no prazo de 48 horas após a proclamação, de acordo com o artigo 89 do Regimento Interno da Corte (RISFT), e que o pedido foi formulado tempestivamente pelo governo italiano.
Ministro Eros Grau
Na sessão desta quarta-feira, o ministro Eros Grau repetiu o voto proferido durante o julgamento do pedido de extradição e disse que não era preciso mudar uma só palavra nele. Recordou que, inicialmente, votou-se o cabimento da extradição. Disse que votou contra, juntamente com os ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa.
Em seguida, conforme recordou, votou-se se a decisão do STF vinculava o presidente da República, ou seja, obrigava o presidente a extraditar Battisti. Seu voto foi que não vinculava, sendo que também os ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Joaquim Barbosa, além do ministro Carlos Britto, votaram no mesmo sentido.
“O presidente da República tem a possibilidade de entregar ou não o extraditando”, afirmou o ministro Eros Grau. “Nesse ponto, eu acompanhei a divergência do ministro Marco Aurélio, do ministro Carlos Britto, no sentido de que o presidente pode ou não determinar a extradição.”
“O único ponto que precisava ser esclarecido é que, no meu entender, ao contrário do que foi afirmado pela ministra Cármen Lúcia, em primeira mão, o ato não é discricionário, porém há de ser praticado nos termos do direito convencional”, observou o ministro Eros Grau, lembrando que, neste ponto, seguia jurisprudência firmada por voto do ministro Vítor Nunes Leal (aposentado), em outro caso de extradição.
O ministro disse querer deixar claro, "para evitar confusão", que o resultado é o seguinte: “Eu acompanhei, quanto à questão da não vinculação do presidente da República à decisão do Tribunal, a divergência. Mas, com relação à discricionariedade ou não do seu ato, eu direi: esse ato não é discricionário porque ele é regrado pelas disposições do tratado”.
Entretanto, da proclamação constou que cinco ministros teriam votado no sentido de que o cumprimento da decisão é um ato discricionário do presidente da República. E é aí que o voto do ministro Eros Grau divergiu. O relator, ministro Cezar Peluso, chamou atenção para este fato, observando que o voto de Eros Grau não se encaixava em nenhuma das duas correntes.
Hoje o ministro Eros Grau confirmou que seu voto foi no sentido de que a execução da decisão do STF, ou seja, a entrega de Battisti, não é um ato discricionário do presidente da República. No entender dele, não vincula o presidente à decisão do STF, mas o presidente tem que agir nos termos do tratado de extradição entre Brasil e Itália, firmado em 17 de outubro de 1989 e promulgado pelo Decreto nº 863, de 9 de julho de 1983. “O presidente autoriza ou não, nos termos do tratado”, observou o ministro Eros Grau.
Segundo o ministro Cezar Peluso, o presidente da República somente pode deixar de efetuar a extradição se a lei o permite. E entre essas hipóteses, conforme lembrou – e isto constou também do seu voto –, estão basicamente duas: 1) se o Estado requerente não aceitar a comutação da pena (na extradição, o país requerente só pode aplicar penas previstas pela legislação brasileira): 2) quando ele pode diferir a entrega, após processo pendente no Brasil contra o extraditando.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

A VERDADE SOBRE HONDURAS - PERCIVAL PUGINA


FATOS? ORA OS FATOS!
Percival Puggina


Quando explodiu a crise em Honduras com a deposição de Mel Zelaya, a esquerda berrou “Golpe!”. E a boiada foi atrás, gritando “Golpe! Golpe! Golpe!”. Não adiantou argumentar. Já estava decidido que era golpe. Aquilo que eu e mais uns poucos tivemos o cuidado de fazer antes de opinar, ou seja, inteirar-se dos fatos e ler a Constituição de Honduras, foi considerado providência irrelevante. Estava decidido que Honduras proporcionara caso singularíssimo à história universal: um golpe perpetrado em uníssono pela Assembléia Nacional e pela Corte Suprema do país. Zelaya, desrespeitando rígidos preceitos constitucionais e expressas determinações judiciais, era o único soldado de passo certo no batalhão das instituições golpistas.

Em que se sustenta tamanho disparate? A resposta mais óbvia é a que o meu leitor está considerando: a esquerda é perita em construir versões ao arrepio dos fatos. Mas a inacreditável alavanca que move a realidade para onde lhe convém dispunha, neste caso, de um pontinho de apoio: quando o Exército hondurenho, cumprindo ordem judicial, prendeu Zelaya, em vez de o colocar atrás das grades (como talvez devesse), retirou-o do país. Aquele excesso de prudência para preservar a ordem pública foi o que bastou. O ex-presidente em pijamas, despachado para o exterior, era a imagem que a esquerda precisava para chamar de golpe um procedimento rigorosamente constitucional.

Quando Zelaya foi preso, já não era mais presidente por determinação da Corte Suprema. Talvez tenha havido um erro posterior, de natureza processual penal, mas até isso é duvidoso porque, na forma da constituição de Honduras, Zelaya perdeu a cidadania hondurenha ao pleitear reeleição. A questão aí envolvida pode suscitar gostos ou desgostos, despertar interesse jurídico, mas é irrelevante sob o ponto de vista da legitimidade constitucional da deposição.

Pois eis que os sábios assessores de Lula em questões internacionais viram ali a chance de dar ao “cara” um certo sotaque latino-americano. O Brasil, como se sabe, tem com a democracia e os direitos humanos continentais responsabilidades que terminam na praia cubana de Varadero. Cometemos, então, a grande burrada de albergar Zelaya na embaixada de Tegucigalpa, onde ele fez, com o refúgio que lhe foi concedido, o mesmo que antes tentara com o ordenamento constitucional de seu país. Tomou conta do pedaço, promoveu comícios, chamou sua turma e agiu de modo tão espaçoso que a representação brasileira precisou abandonar o ponto.

Agora, o povo de Honduras votou. Numa eleição absolutamente regular e de comparecimento voluntário (como também aqui deveria ser), a abstenção foi proporcionalmente a mesma da rumorosa eleição norte-americana que deu o poder a Obama. Mais de 60% dos eleitores compareceram às urnas (percentual que superou o do pleito vencido por Zelaya). O candidato eleito abriu larga margem sobre seu rival. O povo hondurenho decidiu sobre seu destino. Diante disso, pergunto: até quando o governo brasileiro, para constrangimento nosso, vai continuar se metendo na vida daquela nação? Vamos prosseguir sustentando o insustentável? E a mídia militante, vai continuar mandando os fatos para o mesmo lugar onde Lula disse que o povo está?
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* Percival Puggina (64) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site http://www.puggina.org/, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.

DECISÕES POLÍTICAS, SEMPRE CONTRA O BRASIL


Mais uma vez o Brasil, mercê de decisão política do presidente Lulla, tem que pagar mais do que o combinado em contratos em vigor, como agora acorre com o acordo fechado com a Bolívia sobre fornecimento de gás. A mesma Bolívia, que a mando de seu presidente cocaleiro, tomou à força de armas patrimônio da Petrobrás, sem que nossas autoridades tomassem nenhuma medida para evitar o esbulho e a ofensa, no mais vergonhoso evento de nossa política externa. Ficamos apequenados no episódio, sem levar em conta que as tubulações de gás foram feitas às nossas expensas, e ainda com um agravante, não consumimos todo o gás importado em virtude de nosso parco crescimento que gerou o "pibinho", tão valorizado pelo nosso ministro Mantega. Dai para a frente o Brasil só cedeu em todos os acordos internacionais com nossos vizinhos bolivarianos. É o caso de Itaipu Binacional, onde o Brasil arcou com toda a construção da usina, com contrato de uso da energia lá gerada e não utilizada pelo Paraguai, com preços constantes do contrato até o pagamento final que só ocorreria lá para o ano 2023. O presidente paraguaio, o ex-bispo paternal Lugo, bateu o pezinho e Lulla logo concordou com as exigências de aumento de preços, sob a justificativa de que o Paraguai é um país pobre e nós temos a obrigação de ajudar nossos hermanitos. Com a arrogante Argentina é a mesma coisa, nas disputas comerciais só perdemos. Agora vem a Venezuela com seu presidente Chaves, que só sabe fazer intriga e quer mandar em tudo, aceito pelo nosso domado senado para fazer parte do Mercosul, onde com certeza, semeará a cizânia. Sem contar o perdão para os diversos países africanos sob a justificativa de que exploramos a escravidão e eles são muito pobres. Até quando seremos obrigados a pagar pelas decisões políticas de nosso megalômano presidente, que no afã de se tornar cada vez mais popular torra os recursos do nosso querido Brasil?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

NÃO EXISTE AQUECIMENTO GLOBAL - CARLOS MOLION

2009.12.12 "Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul Por Carlos Madeiro - Especial para o UOL Ciência e SaúdeCom 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos. UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade. UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem bóias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas bóias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O Oceano Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado. UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso. UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados. Molion: Depende de como se mede.UOL: Mede-se errado hoje?Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento. UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento. UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro. UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção. UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos. UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões? Não vai mudar absolutamente nada no clima.UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem das queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas. UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares. UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a freqüência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar. UOL: Mas o mar não está avançando?Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global. UOL: O senhor viu algum avanço com o Protocolo de Kyoto?Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discurso de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista. UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo. UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.