terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SINAIS ALARMANTES - FERNANDO HENRIQUE CARDOSO



Publicado no Estadão deste domingo

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Finalmente se fez justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Eles estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público. Mais melancólico ainda é ver pessoas que outrora se jogavam por ideais ─ mesmo que controversos ─ erguerem os punhos como se vivessem uma situação revolucionária, no mesmo instante em que juram fidelidade à Constituição. Onde está a revolução? Gesticulam como se fossem Lenines que receberam dinheiro sujo, mas o usaram para construir a “nova sociedade”. Nada disso: apenas ajudaram a cimentar um bloco de forças que vive da mercantilização da política e do uso do Estado para se perpetuar no poder. De pouco serve a encenação farsesca, a não ser para confortar quem a faz e enganar seus seguidores mais crédulos.

 

Basta de tanto engodo. A condenação pelos crimes do mensalão deu-se em plena vigência do Estado de Direito, num momento em que o Executivo é exercido pelo Partido dos Trabalhadores (PT), cujo governo indicou a maioria dos ministros do Supremo. Não houve desrespeito às garantias legais dos réus e ao devido processo legal. Então, por que a encenação? O significado é claro: eleições à vista. É preciso mentir, autoenganar-se e repetir o mantra. Não por acaso, a direção do PT amplifica a encenação e Lula diz que a melhor resposta à condenação dos mensaleiros é reeleger Dilma Rousseff… Tem sido sempre assim, desde a apropriação das políticas de proteção social até a ideia esdrúxula de que a estabilização da economia se deveu ao governo do PT. Esqueceram as palavras iradas que disseram contra o que hoje gabam e as múltiplas ações que moveram no Supremo para derrubar as medidas saneadoras. O que conta é a manutenção do poder.

Em toada semelhante, o mago do ilusionismo fez coro. Aliás, neste caso, quem sabe, um lapso verbal expressou sinceridade. “Estamos juntos”, disse Lula. Assumiu meio de raspão sua fatia de responsabilidade, ao menos em relação a companheiros a quem deve muito. E ao país, o que dizer?

Reitero, escrevo tudo isso com melancolia, não só porque não me apraz ver gente na cadeia, embora reconheça a legalidade e a necessidade da decisão, mas principalmente porque tanto as ações que levaram a tão infeliz desfecho como a cortina de mentiras que alimenta a aura de heroicidade fazem parte de amplo processo de alienação que envolve a sociedade brasileira. São muitos os responsáveis por ela, não só os petistas. Poucos têm tido a compreensão do alcance destruidor dos procedimentos que permitem reproduzir o bloco de poder hegemônico; são menos numerosos ainda os que têm tido a coragem de gritar contra essas práticas. É enorme o arco de alianças políticas no Congresso cujos membros se beneficiam por pertencerem à “base aliada” de apoio ao governo. Calam-se diante do mensalão e das demais transgressões, como se o “hegemonismo petista” que os mantém fosse compatível com a democracia. Que dizer, então, da parte da elite empresarial que se ceva dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e de seus acólitos? Ou da outrora combativa liderança sindical, hoje acomodada nas benesses do poder?

Nada há de novo no que escrevo. Muitos sabem que o rei está nu e poucos bradam. Daí a descrença sobre a elite política reinante na opinião pública mais esclarecida. Quando alguém dá o nome aos bois, como, no caso, o ministro Joaquim Barbosa, que estruturou o processo e desnudou a corrupção, teme-se que, ao deixar a presidência do STF, a onda moralizante dê marcha à ré. É evidente, pois, a descrença nas instituições. A tal ponto que se crê mais nas pessoas, sem perceber que por esse caminho voltaremos aos salvadores da Pátria. São sinais alarmantes.

Os seguidores do lulopetismo, por serem crédulos, talvez sejam menos responsáveis pela situação a que chegamos do que os cínicos, os medrosos, os oportunistas, as elites interesseiras que fingem não ver o que está à vista de todos. Que dizer, então, das práticas políticas? Não dá mais! Estamos a ver as manobras preparatórias para mais uma campanha eleitoral sob o signo do embuste. A candidata oficial, pela posição que ocupa, tem cada ato multiplicado pelos meios de comunicação. Como o exercício do poder se confundiu, na prática, com a campanha eleitoral, entramos já em período de disputa. Disputa desigual, na qual só um lado fala e as oposições, mesmo que berrem, não encontram eco. E sejamos francos: estamos berrando pouco.

É preciso dizer com coragem, simplicidade e de modo direto, como fizeram alguns ministros do Supremo, que a democracia não se compagina com a corrupção nem com as distorções que levam ao favorecimento dos amigos. Não estamos diante de um quadro eleitoral normal. A hegemonia de um partido que não consegue deslindar-se de crenças salvacionistas e autoritárias, o acovardamento de outros e a impotência das oposições estão permitindo a montagem de um sistema de poder que, se duradouro, acarretará riscos de regressão irreversível. Escudado nos cofres públicos, o governo do PT abusa do crédito fácil que agrada não só aos consumidores, mas, em volume muito maior, aos audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei. A infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida e por oportunistas que querem beneficiar-se do Estado distorce as práticas republicanas.

Tudo isso é arquissabido. Falta dar um basta aos desmandos, processo que, numa democracia, só tem um caminho: as urnas. É preciso desfazer na consciência popular, com sinceridade e clareza, o manto de ilusões com que o lulopetismo vendeu seu peixe. Com a palavra as oposições e quem mais tenha consciência dos perigos que corremos.

 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

ESTAMOS NUM HOSPÍCIO - GRUPOGUARARAPES


ESTAMOS NUM HOSPÍCIO. DOC: 186 – 2013

WWW.FORTALNET.COM.BR/GRUPOGUARARAPES

Quem tem um pouco de juízo deve estar ficando doido por não entender como
se pode morar num país de loucos.
È de estarrecer o que aparece na Internet e nos meios de Comunicação.
Se alguém compreender o tratamento dado pela Comissão de Direitos Humanos
ao criminoso que estuprou, matou e estuprou novamente o cadáver de uma
menina inocente ficaremos sem entender como podemos viver no Brasil.
Parecia que o jovem criminoso, que já tinha morto uma senhora em outra
cidade, não era responsável pelo bárbaro crime. Outra coisa louca é que a
família da vítima nenhuma assistência recebeu do Poder Público. Um animal
deste deveria ser julgado e condenado à morte, pois o que sociedade vai
gastar com este animal poderia ser empregado em escola.
A Polícia ainda não sabe quem matou a criança de três anos e jogada no Rio.
Seja quem for parece ser mais um animal atacado pela raiva do que um ser
humano. Não se conhece nenhum animal que mate o seu semelhante e quando o
faz é por necessidade de matar a fome. Tubarão não ataca tubarão, mas o
animal homem é capaz de praticar o mais bárbaro crime e aqui no Brasil
esses assassinos são tratados como vítimas.
Quem viu os destroços deixados pelos pseudo-alunos que ocuparam a reitoria
da USP (um milhão de prejuízo) deve perguntar: são estudantes ou vândalos?
Serão ou não expulsos da Universidade? Quem vai pagar o prejuízo causado à
União? Serão todos presos? O Reitor continuará reitor? São perguntas feitas
e que mereceram respostas.
Em todo grande roubo no Brasil tem mulher no meio. Ou são exploradas ou
querem  tirar proveito do roubo. Quem viu a senhora do Deputado Costa Neto
gritando na Comissão do Mensalão viu logo que ela dizia a verdade e ficou
por isso mesmo e deputado é deputado. Quem viu a virtual Rosemary dando
entrevista à Veja vê logo que ela mente aos borbotões e como tem muito
dinheiro tem 40 advogados ( é o que falam) para defendê-la. Agora mais no
caso da Prefeitura de SP. Agora vão tentar esconder este roubo, pois entrou
gente do PT. Era destruir os outros e agora estão no rolo.
Tudo que foi escrito acima é para deixar todos LOUCOS. Jantares, cassinos,
mulheres, dinheiro, farra em Paris e o povo enganado com bolsa família. O
dinheiro gasto e roubado salvaria as Santas Casas.
VAMOS FICAR TODOS LOUCOS?

    ESTAMOS VIVOS! GRUPO GUARARAPES! PERSONALIDADE JURÍDICA sob reg. Nº12
58 93. Cartório do 1º Registro de Títulos e Documentos, em Fortaleza.
Somos 1.837 civis – 49 da Marinha -  479 do Exército – 51 da Aeronáutica;
2.416  RP: 
batistapinheiro30@yahoo.com.br  2 de dez. 2013
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“A VERDADE É A ÚNICO TERRENO SEGURO QUE PODEMOS PISAR”  ELIZABETH CADY
STANTON (1815 – 1902)
“UMA SOCIEDADE DE OVELHAS COSTUMA DAR LUGAR A UM ESTADO DE LOBOS”.        
                                                        JOSÉ MANUEL DE ALMEIDA

PRECISAMOS APRENDER PARA EVOLUIR. A EVOLUÇÃO É INTELIGENTE. A MUDANÇA É
TRAUMÁTICA NA  HISTÓRIA DO MUNDO.
OS QUE QUEREM MUDANÇAS QUEREM O PODER PARA ELES.
OS QUE QUEREM EVOLUÇÃO AMAM A DEMOCRACIA.
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

MÉDICA BRASILEIRA FALA PARA A PRESIDENTA - FERNANDA MELO


 

 

Médica brasileira fala para a Presidenta:

 

Tudo que uma médica BRASILEIRA, que trabalha no interior, quer falar pra "Presidenta":

 

Dilma, deixa eu te falar uma coisa!

Este ano completo 7 anos de formada pela Universidade Federal Fluminense e desde então, por opção de vida, trabalho no interior.

Inclusive hoje, não moro mais num grande centro.

Já trabalhei em cada canto...

Você não sabe o que eu já vi e vivi, não só como médica, mas como cidadã brasileira.

Já tive que comprar remédio com meu dinheiro, porque a mãe da criança só tinha R$ 2,00 para comprar o pão.

Por que comprei?

Porque não tinha vaga no hospital para internar e eu já tinha usado todos os espaços possíveis (inclusive do corredor!) para internar os mais graves.

 

Você sabe o que é puxadinho? Agora, já viu dentro de enfermaria? Pois é, eu já vi. E muitos.

Sabe o que é mãe e filho dormirem na mesma maca porque simplesmente não havia espaço para sequer uma cadeira?

Já viu macas tão grudadas, mas tão grudadas, que na hora da visita médica era necessário chamar um por um para o consultório porque era impossível transitar na enfermaria?

Já trabalhei num local em que tive que autorizar que o familiar trouxesse comida (não tinha, ora bolas!) e já trabalhei em outro que lotava na hora do lanche (diga-se refresco ralo com biscoito de péssima q ualidade) que era distribuído aos que aguardavam na recepção.

Já esperei 12 horas por um simples hemograma.

Já perdi o paciente antes de conseguir um mera ultrassonografia.

Já vi luva descartável ser reciclada. Já deixei de conseguir vaga em UTI pra doente grave porque eu não tinha um exame complementar que justificasse o pedido.

Já fui ambulanzando um prematuro de 1Kg (que óbvio, a mãe não tinha feito pré natal!) por 40 Km para vê-lo morrer na porta do hospital sem poder fazer nada.

A ambulância não tinha nada...

Tem mais, calma!

Já tive que escolher direta ou indiretamente quem deveria viver. E morrer...

Já ouvi muito desaforo de paciente, revoltando com tanto descaso e que na hora da raiva, desconta no médico, como eu, como meus colegas, na enfermeira, na recepcionista, no segurança, mas nunca em você.

Já ouviu alguém dizer na tua cara: meu filho vai morrer e a culpa é tua? Não, né?

E a culpa nem era minha, mas era tua, talvez.

Ou do teu antecessor. Ou do antecessor dele...Já vi gente morrer!

Óbvio, médico sempre vê gente morrendo, mas de apendicite, porque não tinha centro cirúrgico no lugar, nem ambulância pra transferir, nem vaga em outro hospital?

Agonizando, de insuficiência respiratória, porque não tinha laringoscópio, não tinha tubo, não tinha respirador?

De septicemia, porque não tinha antibiótico, não tinha isolamento, não tinha UTI?

A gente é preparado pra ver gente morrer, mas não nessas condições.

Ah Dilma, você não sabe mesmo o que eu já vi!

Mas deixa eu te falar uma coisa: trazer médico de Cuba, de Marte ou de qualquer outro lugar, não vai resolver nada!

E você sabe bem disso.

Só está tentado enrolar a gente com essa conversa fiada.

É tanto descaso, tanta carência, tanto despreparo...

As pessoas adoecem pela fome, pela sede, pela falta de saneamento e educação e quando procuram os hospitais, despejam em nós todas as suas frustrações, medos, incertezas...

Mas às vezes eu não tenho luva e fio pra fazer uma sutura, o que dirá uma resposta para todo o seu sofrimento!

O problema do interior não é falta de médico.

É falta de estrutura, de interesse, de vergonha na cara.

Na tua cara e dessa corja que te acompanha!

Não é só salário que a gente reivindica.

Quer um conselho? Pare de falar besteira em rede nacional e admita: já deu pra vocês!

Eu sei que na hora do desespero, a gente apela, mas vamos combinar, você abusou!

Se você não sabe ser "presidenta", desculpe-me, mas eu sei ser médica, mas por conta da incompetência de vocês, não estou conseguindo exercer minha função com louvor!

Eu não quero ganhar muito num lugar que tenha que fingir que faço medicina.

E acho que a maioria dos médicos brasileiros também não.

Não sei se isso vai chegar até você, mas já valeu pelo desabafo!

Fernanda Melo, médica, moradora e trabalhadora de Cabo Frio, cidade da baixada litorânea do estado do Rio de Janeiro.