sábado, 17 de dezembro de 2011

CARLOS MARIGHELLA, O HERÓI ERRADO - JOSÉ NEUMANE



Estação Nêumanne, a página oficial de José Nêumanne Pinto
CARLOS MARIGHELLA, O HERÓI ERRADO

Anteontem foi perpetrada uma das maiores injustiças provocadas por hipocrisia oportunista, cegueira ideológica, mistificação política e arrogância dos grupos que estão no poder e“nunca antes cometidas na História deste País”, como diria o líder deles, Luiz Inácio Lula da Silva, em suas arengas. Na ocasião da comemoração do centenário de nascimento do militante comunista Carlos Marighella, sua família recebeu, em Salvador, cidade natal do ex-líder da Ação Libertadora Nacional (ALN), pedido formal de desculpas do Estado brasileiro pela perseguição política de que ele teria sido, segundo a versão oficial, vítima ao longo de toda a sua vida.
O que há de verdadeiro e nobre nesta atitude é residual. Marighella teve seu mandato de deputado federal cassado no regime liberal sob a vigência da Constituição de 1946 porque a legenda pela qual fora eleito, a do Partido Comunista Brasileiro (PCB), havia sido extinta. Pode-se argumentar, e com razão, que o pretexto para jogar o “Partidão” na clandestinidade foi mesquinho: o chefão comunista, Luiz Carlos Prestes, foi ambíguo ao responder se lutaria pelo Brasil numa guerra eventual contra a União Soviética e isso valeu o registro do PCB. Mas é preciso entender que, naqueles anos 40, o Brasil vivia a aurora de uma nova democracia e a pátria do socialismo internacional era submetida a uma das mais bárbaras ditaduras da história e ao tacão de um tirano que se tornaria conhecido, depois da morte, como um dos maiores assassinos do século – Josef Stalin. Reza a lenda que Marighella chorou quando foi informado disso.
Em pleno regime militar brasileiro, quando a União Soviética ainda estava submetida à “ditadura do proletariado”, Marighella rompeu com a linha “revisionista” da Internacional Comunista, vassala dos interesses geopolíticos de Moscou, e aderiu às teses “foquistas” dos barbudos de Sierra Maestra, em Cuba, que derrubaram a ditadura de Batista para instalar a de Fidel Castro. Portanto, ele lutou, sim, contra a ditadura militar brasileira, mas não pela democracia, e sim por outra tirania.
Marighella nunca empunhou uma arma em defesa da Pátria: é herói, então, de quê? Enfrentou, armado, a ditadura direitista para implantar outra, de esquerda, não sendo, pois, mártir da democracia. A Comissão de Anistia do governo federal do PT promove uma retaliação histórica pelo método stalinista de reescrever a história. A homenagem a Marighella dá uma má ideia do tipo de “verdade” que a comissão de Dilma persegue. Se busca um herói, sugiro o capitão aviador Sérgio “Macaco”, que desafiou a hierarquia militar, negando-se, em 1968, a explodir o Gasômetro do Rio, como mandou o brigadeiro João P. Burnier.

O SUJO E O MAL LAVADO - JÚLIO FERREIRA

ATÉ QUANDO OS BRASILEIROS SERÃO OBRIGADOS A "ESCOLHER ENTRE O SUJO E O MAL LAVADO"?


Sabe o “causo” daquele sujeito que descobriu que era corno, mas como não podia deixar a mulher, pois dependia financeiramente dela, passa a fingir que não sabe da sua “cornice”?

Pois é exatamente assim que se comportam os militantes petralhas, desde quando foram traídos por seus líderes, que antes viviam dizendo ser “reserva moral da política brasileira”, primando pelo princípio de “não roubar, nem deixar que outros roubassem”, mas que tão logo assumiram o poder, partiram para um magnífico esquema de corrupção, praticando tudo de “podre” que antes criticavam nos governantes anteriores.

Pois bem, como não podem brigar com quem lhes traiu, por não conseguirem abrir mão das “mamatas” que arranjaram, os nazipetralhas partem para cultivar, a guisa de consolo, a busca de outros casos de “traições”, a exemplo de tentar demonstrar que os militantes tucanos também foram “cornos”, em outras eras, em virtude de mazelas cometidas por outros governos, como se o fato de descobrirem que não são os únicos cornos os fizessem menos cornos do são.

A última tentativa de aliviar a “cornice aguda” tem sido a “orgástica” alegria em divulgar o livro “A Privataria Tucana”, de Amaury Ribeiro Jr.,como se os fatos apontados na obra fossem grandes novidades. É muita cara de pau! As maracutaias tucanas vêm sendo denunciadas desde a época em que ocorriam, e não constituem novidade para ninguém, tendo inclusive servido de “modelo” para muitas das armações engendradas pelos petralhas.

Afinal, se o povo brasileiro estivesse, em 2001, satisfeito com o modo tucano de governar, não teria caído na “lábia” de Lulla, quando, fazendo-se passar por “paladino da moral e da ética na vida pública”, enrolou os eleitores com aquela “conversa mole de não ter medo de ser feliz”.

Júlio Ferreira
Recife – PE

E-mail: julioferreira.net@gmail.com
Blog: www.ex-vermelho.blogspot.com/

http://www.youtube.com/watch?v=eFjnQbhIGb8(assistam este vídeo)


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

LEI DA PALMADA - MARA MONTEZUMA ASSAF



Mãe! Pai! Abençoados sejam pelos limites educativos que me impuseram quando eu era criança, pois vocês me criaram para me tornar uma cidadã.
Hoje o que vigora é o que nos impõe o ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente ..que defende para.o menor abandonado tanto pelos pais como pelo Estado o direito de ir e vir...num perene abandono...Estão querendo até legalizar o uso de drogas talvez para facilitar-lhes adquirir o vício...e depois os hipócritas se queixam das cacrolândias...quando se sabe que o Estado só agora, em vésperas de ano eleitoral resolveu investir na área da Saúde em prol dos drogados.Hoje os deputados aprovam uma tal lei contra a palmada educativa ...ao invés de enrijecerem a lei dos abusos físicos e morais contra menores submetidos à espancamento e morte por quem deveria deles cuidar; e os ridículos e inócuos conselhos tutelares - formados por pessoas absolutamente despreparadas - já por várias vezes decretaram a pena de morte para algumas crianças ao ignorarem seus apelos contra a violência dos pais , mandando-as de volta para o martírio do lar. Hoje existe até uma lei não escrita do sexo e ventre livre ..pois as mulheres engravidam de forma irresponsável apesar da pílula...apesar do preservativo...e depois se livram do "incômodo" nas caçambas e nos córregos...Pai! Mãe ! Obrigada pelos castigos e pelas palmadas que só o amor de verdadeiros pais sabem aplicar . E que Deus nos proteja destes políticos e ideológos partidários dos quais, mais do que vergonha...sinto é asco.

Mara Montezuma Assaf


Imagem: WEB

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O BRASIL É O MAIS DEPENDENTE DA UE! - BEATRIZ CAMPOS

Brasil é o mais dependente da UE!
Quer dizer então que existem mais de US$-400 bilhões investidos no Brasil vindo da União Europeia que por sinal está quebrada? Daquele tipo de investimento que num fechar de olhos vira pó? Então toda essa grana poderá ir embora se a situação mundial se agravar e dos pouco mais de US$-300 bilhões de superávit primário voltaremos às parcas cifras dos governos anteriores ao “do cara”. Infelizmente será uma forma dura de o povo entender que Lulla voou oito anos em céu de brigadeiro com um mundo gastador e sua sucessora nadará na mesma miséria mundial que deixou o Brasil quebrado nas eras anteriores. Com mais um agravante: o atual governo gastou de forma irresponsável, inconsequente o que não era seu. Só assim o povão que acreditou em Papai Noel, aprenderá como a coisa funciona no mundo real e que Lulla nunca foi nem será um ser “iluminado”! Ele é apenas muito sortudo!


Beatriz Campos
por e-mail

PARAÍSO DA IMPUNIDADE - EDISON VICENTINI BARROSO

PARAÍSO DA IMPUNIDADE

Tudo tem limite, mesmo no Brasil! A vida em sociedade impõe-no, atento à pacificação social. Por isso, a razão das leis – para conter, corrigir e punir abusos.

Mas, para atingir a seus objetivos, a lei não pode ser frouxa. Há de ser tal que leve o infrator a pensar antes de agir; porque, então, saberá das conseqüências do ato – iguais ou piores daquilo que praticou (a chamada sanção psicológica).

Parece-me ser este o sentido que a deve nortear. Do contrário, cairá no vazio, incapaz de repercutir no ânimo do transgressor. Todavia, a lei é criada. Haveria de sê-lo, por princípio, com base nas necessidades e anseios da sociedade que deve reger.

Porém, sobretudo nos últimos tempos, neste País, paraíso de belezas naturais, no campo da segurança pública, aquele que faz a lei (o legislador) muito tem deixado a desejar, distanciando-se daqueles anseios e necessidades, de forma a torná-la figura de retórica, pois que, na prática, pelas leis existentes, se tem fomentado o ilícito.

De fato, infelizmente, no Brasil (terra dos sonhos de nossos ancestrais), o crime tem compensado. Leis fracas, insuscetíveis de coibir ou desestimular crimes, têm se sucedido. Fruto dum legislador despreparado, ao largo da efetiva segurança pública, geram, no espírito do criminoso (seja de que espécie for), a certeza da impunidade. Decerto, diz este: pratico o crime; se me pegarem, quando não me livre rapidamente, pelos muitos benefícios legais, livro-me logo mais, para mais e melhor delinquir. Sim, melhor, porque, sabidamente, os presídios e penitenciárias brasileiras traduzem verdadeira universidade do crime.

E os absurdos enxameiam, com requintes de inigualável crueldade. Pari passu, o povo padece sob o jugo de criminosos; mais que isso, sob o guante da omissão criminosa dum legislador que o haveria de proteger.

Mães e pais choram a perda de filhos; filhos pranteiam a perda de pais e irmãos; amigos separam-se de amigos, compulsoriamente. E tudo, sob o olhar compassivo daqueles que têm por missão, fundamentalmente, zelar pela preservação da paz social.

Hoje, mais que nunca, encontramo-nos presos dentro de casa – como se isto resolvesse a situação! A selva é o mundo lá fora; as presas somos nós, enjaulados nos lares, de corações opressos pela tirania duma realidade sequer fustigada pela ação institucional de quem tem condição de mudar as coisas.

Queremos paz. Urgentemente, precisamos ter paz! Contudo, necessitamos que nossos representantes legislativos saiam da redoma em que se encastelaram e assumam, de vez e definitivamente, a postura de defensores da sociedade – tão precisada de apoio.

Diz-se, por aí, que a culpa é do Poder Judiciário. Ledo engano. Apesar de suas mazelas, este não pode ir além do que a lei prevê. Se esta é fraca, a desatender àquilo que a vida social necessita, que se lha mude. E isso cabe ao legislador (deputados e senadores).

Enquanto o delinquente saiba ser inócua a pena, continuará a delinquir. Enquanto os benefícios legais pululem, não se lho dissuadirá do ato malfazejo, em prejuízo da harmonia social. Enquanto os fautores das leis durmam em berço esplêndido, à distância da brutalidade que assola a população brasileira, nada mudará.

Indispensável haja reação, para que se fuja à inação e se deixe de reforçar a conspiração do mal – sempre a fustigar o bem. Neste País, enquanto a vítima (ou seus familiares) chora, o criminoso sorri, certo de que os direitos humanos só lhe dizem respeito, e não às famílias enlutadas. De se lembrar, a este passo, que, em verdade, os direitos humanos dirigem-se aos humanos direitos.

Quanto mais será preciso para que os discursos, vazios de real significação, cedam passo à ação efetiva em favor da população brasileira? Quantos interesses inconfessáveis se haverão de vencer para que o pórtico do Olimpo Legislativo crie juízo e faça o que deve fazer? Quantos lares esfacelados, corações dilacerados, se apresentarão clamando para que se desça do pedestal da inércia e se realize, enfim, o sonho da contenção dos múltiplos desatinos do dia-a-dia?

Estas são questões cruciais, quanto excruciantes, a tomarem corpo na vida do brasileiro comum, às voltas com as inevitáveis perdas de entes queridos – que não voltam mais. Que se mudem as leis, pois. Se o caso, por plebiscito. O que não mais se suporta é a continuidade desse estado de coisas, a transformar o Brasil, este País lindo por natureza, já de algum tempo, no “Paraíso da Impunidade”.

Edison Vicentini Barroso – magistrado e cidadão brasileiro.