terça-feira, 5 de junho de 2012

ME ENGANA QUE EU GOSTO - LEDA NAGLE

 Qual é a embalagem do açúcar que você compra? Saco plástico. Onde vem o sal que você compra? Em saco plástico. E a farinha de trigo, de mandioca, o fubá, o feijão, o arroz nosso de cada dia? Todos embalados em sacos plásticos. Onde é que você coloca as frutas e os legumes que você compra no supermercado? Em sacos plásticos. Onde vem os remédios que você compra nas farmácias? Em sacolas plásticas. E, por acaso, esta profusão de sacos plásticos que fazem parte do seu dia a dia não poluem o ambiente? Não destroem o planeta? O único saco plástico que polui é a sacola plástica que você recebe dos supermercados?

Aquelas mesmo que você recicla colocando seu lixo de casa. Aquelas que, se for civilizado, você usa para apanhar e descartar as cacas do seu cachorro. Aquelas mesmo que as grandes redes de supermercado querem parar de fornecer a você na hora das compras. E o que eles dizem? Que elas são as responsáveis pela poluição do nosso planeta. Por que só elas? Só o plástico com que elas são feitas poluem rios, destroem as matas, tornam nosso mundo menos habitável? Mas porque só elas? Quem disse? As grandes redes de supermercado. E quem ganha com isto? O planeta? Me engana que eu gosto. Além dos fabricantes de rolos de sacos de lixo, que também são feitos de plástico, quem mais ganha com a proibição das sacolas de plástico são as grandes redes de supermercado que, a partir de agora, em cidades como São Paulo e Belo Horizonte, por exemplo, não terão mais despesa alguma com o consumidor. Depois que ele pagar — e muito bem — os produtos que comprar o problema de levar os produtos para casa passa a ser só do consumidor.

Como você vai levar seus produtos para sua casa? Problema seu. Até porque não são eles que vão entrar nos ônibus cheios, nos trens lotados, no metrô entupido, nas barcas sobrecarregadas, levando uma caixa de papelão. Uma mala sem alça. E ainda querem convencer você, pessoa de boa fé, que está ajudando na reconstrução do planeta. Não é meigo? Não. Acho cínico. E a parte deles? Bom, eles vendem a você sacolas retornáveis. E sabe o que acontece dentro delas? Se você não limpá-las, adequadamente, lavando com água e sabão, bactérias e fungos crescem dentro delas. Sabia também que o correto seria usar uma sacola para carnes, outra para vegetais e outra para produtos de limpeza? Sabia que elas não podem ser feitas de produto muito resistente, com muitas tramas? Porque as bactérias se entranham nos tecidos mais fortes com mais facilidade. E então? Mais tranquilos? Vai dar trabalho, ficará mais caro e você ainda acha mesmo que vai ajudar a salvar o planeta

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A CORRUPÇÃO - ROBERTO SOUZA


A corrupção

  A corrupção no Brasil não começou há pouco tempo, infelizmente isso já está no DNA brasileiro, desde a “descoberta” dos portugueses já somos passivos de sermos corruptos. Vemos hoje no senado brasileiro uma piada sem graça com os cidadãos honestos, mas será mesmo que os grandes culpados são os políticos e não a própria população em seu geral?
  Tomando como exemplo a educação brasileira, hoje, em Campinas no estado de São Paulo, a população tem escolas públicas, professores altamente qualificados e bons materiais para estudo, e então por que a educação não melhora? Não é por culpa de nenhum político, a culpa é nossa. Pessoas que não respeitam a sabedoria de um mestre, não se encaixarão em nenhum local de nossa sociedade. O mais interessante disso, é que, logo após se formar, esse mesmo aluno, que ontem desrespeitava o professor, critica o governo, por não lhe dar chances para um bom emprego e uma vida boa, um ato de hipocrisia e falta de moral.
  A culpa de o Brasil estar onde está não é de nenhum político, não é de nenhuma CPI ou escândalos em Brasília, a culpa é da população, no geral, que é corrupta. Como uma população que elege um “palhaço” pode pedir por um país menos corrupto?
  Hoje, verbas que seriam usadas em hospitais, escolas e outras tantas áreas carentes do Brasil são desviadas para contas em paraísos fiscais. E estão certos! A população brasileira merece isso, a juventude de hoje merece o seu futuro de podridão, esparramados em favelas e em hospitais sem médicos, todos clamam e reclamam, mas quando estão com a “mesa farta” o problema é de terceiros.
  Concluindo, para o país mudar, para a corrupção acabar, não temos que acabar com os políticos, com a polícia corrupta e nem com a impunidade, temos é que acabar com “jeitinho brasileiro”, jeito hipócrita, jeito sem jeito, jeito de deixar a vida levar, sem pensar no futuro, sem pensar no próximo.
-Roberto é aluno do colégio Pedro Salvetti, em Campinas (SP)