Está cada vez mais difícil para o cidadão brasileiro conviver com as
podridões desse governo, que após contaminar todos os ministérios, finalmente,
chegou ao Palácio do Planalto. A dona Dilma acaba de tentar justificar o
injustificável, ao se referir às falcatruas praticadas na Petrobrás com o aval
dela durante o período em que era ministra da Casa Civil (sempre os porões da
Casa Civil), e comandava o Conselho de Administração da empresa, para efetivar a
compra de uma sucata nos EUA, que valia apenas U$ 42,5 milhões e foi
adquirida por nada menos que U$ 1,18 bilhão ( R$ 2,76 bilhões).
Não quero pensar em mau caratismo ou em uma cumplicidade para roubar
o patrimônio publico e também privado, afinal a Petrobrás é uma empresa de
economia mista. Prefiro pensar em incompetência, aliás, a marca registrada do
petismo. A "Presidenta" alegou que o material que embasou sua decisão não trazia
justamente a cláusula que obrigaria a Petrobras a ficar com toda a refinaria -
a cláusula Put Option que manda uma das partes da sociedade comprar a outra
em caso de desavença entre os sócios. Uma outra não vista por dona Dilma
- cláusula Marlim que garante à ex sócia (a belga Astra Oil) uma participação
de 6,9% ao ano, mesmo que as condições de mercado fossem adversas. Espero que as
investigações da Polícia Federal (PF), do Tribunal de Contas da União (TCU) e do
Congresso mostrem além da cláusula Marlim as cláusulas Enchova, Badejo, Camorim,
Robalo...enfim que o investidor privado foi roubado.
Vamos depositar nossas esperanças nas investigações da PF e do TCU.
Desse Congresso imundo composto, salvo raríssimas exceções, por bandidos da pior
espécie, não podemos esperar nenhum ato de brasilidade. O Palácio do Planalto já
atravessou a praça dos três poderes e meteu as sujas patas na comissão externa
da Câmara dos Deputado que irá investigará as denúncias de corrupção. Conseguiu
emplacar cinco picaretas da quadrilha e a oposição, apenas três. Se são oito
membros, por que não quatro e quatro? Estão preparando o circo para mais um
espetáculo deprimente, desmoralizante e que agride a inteligência de qualquer
brasileiro que não faz parte do sistema, que não é bolsa-família e que não tem
preguiça de ler.
Para que se tenha uma ideia do que é o "cometa" Petrobrás, analisem
a lama na cauda: Dilma Rousseff, na época ministra chefe da Casa Civil e
presidente do Conselho de Administração, hoje, infelizmente, presidente dessa
pobre Republiqueta; Antônio Palocci, então ministro da Fazenda, alijado da
política por ultrapassar as raias da corrupção institucionalizada; Jaques
Wagner, ministro das Relações Institucionais e hoje governador da Bahia; Sérgio
Gabrielli, presidente da empresa, hoje secretário de imprensa de Jaques Wagner;
Nestor Cerveró, diretor internacional da Petrobrás e indicado para o cargo pelo
bandido José Dirceu, na época, já envolvido no mensalão. Os dois primeiros
deputados indicados pela base aliada do governo para a investigação na Câmara
são da Bahia. Não precisa mais nada para explicar porque a maior empresa
brasileira que valia no mercado internacional U$ 200 bilhões, hoje vale U$ 100
bilhões e deve U$ 100 bilhões.
Humberto de Luna Freire Filho, médico
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