Projeto de
Alvaro Dias impede sigilo do BNDES em empréstimos externos
Na
sessão desta quinta-feira (06/02), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou
projeto de sua autoria com objetivo de extinguir o sigilo bancário nas operações
de crédito e empréstimos feitos por instituições oficiais brasileiras, como o
BNDES, para outros países. O projeto de Alvaro Dias, que altera o artigo 1º da
Lei Complementar nº 105, foi, segundo ele, motivado pelas recentes manifestações
de indignação da população com a transferência de recursos do país para a
construção de um porto em Havana, capital de Cuba. O porto de Mariel foi
construído graças ao empréstimo de US$ 800 milhões do BNDES para a ditadura
cubana, mas como lembrou o senador, nem o Congresso nem a população tem acesso
aos detalhes desta operação de crédito, que recebeu a tarja de “sigiloso” do
governo brasileiro. Em seu projeto, o senador Alvaro Dias destaca que o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e outras instituições oficiais de
crédito têm recebido vultosos recursos subsidiados do Tesouro Nacional que são
repassados na forma de operações de crédito a tomadores finais. Como afirma o
senador, os custos do Tesouro Nacional com as emissões que lastreiam esses
empréstimos finais têm sido sistematicamente superiores ao retorno que obtém e,
o que é mais preocupante, esses custos têm crescido exponencialmente. “Se existe
esse imenso subsídio nas operações de crédito lastreadas em endividamento
público, é incompreensível que o benefício seja estendido a outras nações à
custa do sofrido contribuinte brasileiro, que sofre cada vez mais com a precária
infraestrutura brasileira. Esses são recursos que estão indo para Cuba pertencem
aos trabalhadores brasileiros, são retirados da nossa população com juros
subsidiados para outros povos de outros países. O governo não tem esse direito.
E ainda mais com essa inovação, de fazer com que o empréstimo tenha a tarja de
secreto, quando a nossa Constituição institui que deve haver transparência e
publicidade dos atos públicos”, afirmou o senador Alvaro Dias, ao apresentar seu
projeto na Tribuna. No Plenário, o senador paranaense lembrou que o governo
Dilma, recentemente, divulgou, por ocasião da inauguração do Porto de Mariel, em
Cuba, que, a despeito do empréstimo subsidiado de cerca de US$ 800 milhões para
aquele país, teríamos nos beneficiado na operação, pois, como ela afirmou,
“teriam sido criados mais de 150 mil empregos no Brasil”. Empregos diretos,
indiretos e induzidos, esses últimos de estranha e incomum classificação, todo
decorrentes das encomendas necessárias à construção do Porto de Mariel. “Ora, se
US$ 800 milhões de exportações de bens e serviços gerassem de fato 157 mil
empregos como afirmou a presidente Dilma, então a soma de exportações do Brasil
no ano passado, US$ 242 bilhões, teria gerado 47,5 milhões de empregos diretos,
indiretos e induzidos, o equivalente a 50% da mão-de-obra ocupada no Brasil.
Ocorre, entretanto, que as exportações brasileiras equivalem tão-somente a 11%
do PIB nacional. Se fosse verdade a versão oficial, os demais 89% do PIB
estariam gerando apenas 50% do emprego no País. Portanto, é evidente que é uma
falácia o que o governo falou. Não houve o propalado benefício para o País na
forma de criação de empregos”, afirmou o senador Alvaro Dias, para depois
concluir, citando a necessidade de o governo impor tarja de sigilo aos
empréstimos do BNDES a Cuba: “Não é por outra razão que as condições contratuais
dessa operação de crédito do BNDES estão guardadas a sete chaves. Não é possível
verificar o seu mérito econômico-financeiro”.
Parabéns ao Senador Álvaro Dias, temos que acabar com esta pouca vergonha de nosso governo ao tirar recursos brasileiros para "aplicação" em outros países, no caso Cuba, também em outros países, quase sempre os governados por corruptos...
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