domingo, 15 de abril de 2012

AVERMELHANDO O MAPA

Se pararmos para pensar, logo veremos que o mapa da América Latina está se tornando cada vez mais vermelho, começando pelo nosso país, onde teoricamente estamos numa democracia, quando na verdade estamos na mão de uma plutocracia, não no sentido lato do termo, poder do dinheiro, sim poder dos “endinheirados” de hoje, aqueles que se diziam defensores da liberdade nas décadas de 60/80, estes mesmos que naquela época cometiam toda sorte de maldades: sequestros, terrorismo, assaltos a bancos, assassinatos, etc.
Hoje, regiamente indenizados (nosso país é único que indenizou e indeniza terroristas) e hoje, endinheirados e poderosos governam como querem o pais já que detém o poder executivo, legislativo e judiciário (este nossa última esperança) e o apoio do povão.
Assim, não há como fazer uma revolução como a de 64, pois os poderes exercidos são legais, não obrigatoriamente morais. Naquela oportunidade se os militares, tão difamados pelo governo atual, tivessem agido como o guru, o mestre, o mentor deste governo atual, o barbudo Fidel Castro, teriam nos poupado tantos aborrecimentos, presentes e futuros, pois nosso futuro, com as artimanhas e falcatruas do poder atual nos levarão firmemente para um governo com poder ilimitado e absoluto, quem viver, verá!
Só sei dizer que este governo, com nosso povo, na sua maioria composto de analfabetos funcionais, como costumamos dizer, com as bolsas cada vez mais abrangentes, nunca mais sairá do poder, só mesmo quando a situação econômica do pais se deteriorar por inteiro (nossa dívida interna já está perto dos dois trilhões de reais). Enquanto o governo tiver crédito e aqueles que trabalham e pagam impostos aguentarem, a situação permanecerá.
A Copa do Mundo está ai, pouco mais de dois anos e em seguida a Olimpíada, podemos imaginar, desde já, os gastos fabulosos que serão feitos, e, por tabela, as propinas e maracutaias daí decorrentes.
Naquela época, quem queria trabalhar - e progredir - em paz, não foi molestado em nenhum momento pela ditadura militar. Eu mesmo trabalhei, estudei, casei, progredi e tive meus filhos sem nunca ter tido o menor problema com os militares.
Aqueles que não estavam a fim de trabalhar e se manter dentro da lei, tiveram sim problemas, pois queriam, como hoje, conseguirem o enriquecimento rápido e sem trabalho, isto sabemos, não existe dentro da honestidade.
Por falar em honestidade, os presidentes militares saíram todos como entraram no poder, vida modesta, dentro do padrão de militares do alto escalão. Nenhum deles conseguiu fazer parte da lista da Revista Forbes como certos mandatários da atualidade.
Você, amigo leitor, já deve ter recebido aquela mensagem com o título: “Como prender porcos selvagens”. Vai se colocando uma isca, faz-se uma cerca de um lado, depois do outro, depois do outro e, finalmente, fecha-se a porteira. Isto já está acontecendo conosco, brasileiros, a isca, bolsas disto, bolsas daquilo, até bolsas verdes e o povão só entrando. A ignorância, a lavagem cerebral com a propaganda maciça em todos os meios de comunicação, principalmente a TV e rádio, já que o povão, de um modo geral não lê jornais e revistas, vai fazendo a cabeça do eleitorado, cada vez mais dominado e, com isto, mantendo o curral eleitoral.
O ufanismo das propagandas, cada vez mais mentirosas vai corrompendo cada vez mais a mente do brasileiro, a corrupção que começou endêmica atingindo certas camadas, tornou-se, com o tempo, numa pandemia, espalhando-se por todo o pais e por toda a sociedade. Já não estranhamos mais os escândalos que são apontados e noticiados diuturnamente pela mídia, apenas esperamos que surja um mais cabeludo. O poder da propaganda é plenamente demonstrada pelo incrível índice de popularidade da presidente Dilma, maior mesmo que o de FHC na época do Real e do próprio Lula com o mesmo tempo de governo. A que se deve isto? A, por exemplo, rede de mentiras sobre o crescimento e progresso do pais, (omite-se as dívidas e os índices de crescimento pífios), à falsa interpretação sobre os ministros defenestrados, como se fosse uma “faxina” feita pela presidente, quando na realidade caíram de podres e foram substituídos por quem? Não foi uma demonstração de combate à corrupção nos meios governamentais e sim uma acomodação quando não era mais possível manter os “amigos” nos cargos. Na realidade, os escândalos foram tornados públicos pela mídia, ainda com força para isto. Não é atoa, que, por várias medidas, tentam calar este inimigo tão valoroso, ainda bem, que numa situação limite sempre teremos (assim espero) a internet para nos manter em dia com os acontecimentos.
Antonio Carlos Pereira

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