quinta-feira, 25 de junho de 2009

O QUE FAZER?????? - Carlos Martins

O QUE FAZER ???????????



Sempre me considerei um homem antenado com o tipo de política que se pratica no Brasil e no mundo. Também me considero um homem com relativa experiência de vida por tudo aquilo que já vivenciei. Desde o suicídio de Getúlio Vargas em 1954 quando ainda estudante, até a segunda eleição do molusco Lula. Passei pelo governo Jânio Quadros com suas medidas idiotas e a deposição do boneco João Goulart quando era suboficial do exército brasileiro. Apoiei a Revolução de 31 de Março e logo depois me decepcionei. Tomei conhecimento do comunismo e anarquismo e não gostei. O maior erro da “Revolução” foi não ter fechado as casas legislativas de todo território nacional e tornado inelegíveisad perpetum” seus membros na ocasião. Se assim tivessem feito e após um hiato de 5 anos promovessem eleições com “sangue novo” não estaríamos nesta situação em que velhos “centenários” ainda mandam e governam.

Fui testemunha da eleição de Tancredo Neves que depois de sua morte inesperada se transformou em herói nacional. Esquecem que foi primeiro ministro de João Goulart quando da rápida passagem do parlamentarismo pelo Brasil. Infelizmente esse falecimento propiciou à ascensão de José Sarney a presidência ocasionando um retrocesso de 50 anos ao nosso desenvolvimento. Fernando Collor surgiu como a solução, não por suas credenciais, mas pela ânsia do povo em busca de novos caminhos. Mais uma perda de tempo... Não se pode negar que o governo FHC trouxe novos ventos a nossa jornada. Estabilizou a economia, valorizou nossa moeda e não inventou medidas estapafúrdias e ineficazes. Na realidade foi a continuação dessa postura que trouxe ao governo Lula estabilidade e tranquilidade mesmo não agindo como um estadista. Entretanto, como contrapeso, acompanha o crescimento da corrupção. Nunca na história destes pais se teve conhecimento de tantos escândalos. O governo Lula tenta explicar que sempre houve corrupção e agora existe “transparência” e antes não. Ao verificarmos com mais atenção, observamos que 80% dessa situação é originada pelo Partido dos Trabalhadores, o mesmo do presidente. Aliás, considero que o individuo depois de eleito presidente, deveria se desfiliar de seu partido. Ele passa a ser presidente de uma nação e é a ela que ele deve explicações.


Todos nós sabemos que existem somente dois caminhos para resolvermos esses problemas.

O primeiro seria através das eleições, elegendo pessoas dignas e honestas que no fim, certamente serão corrompidas pelo sistema. Assim, teríamos que acabar com o “sistema” que nada mais é do que a permanência dos velhos mandatários. Uma forma de renovação seria limitar em 70 anos a idade máxima para se candidatar ou ser empossado em qualquer atividade pública. Se existe uma idade mínima também deverá existir uma idade máxima. Porem, mudar as regras pela eleição, demandam sofridas dezenas de anos para a depuração necessária. Acrescente-se ainda o fato de que o provo brasileiro não sabe votar. Neste mister estamos de braços dados com os argentinos, ou seja, fomos capazes de eleger alguém que já havia sido ditador. Getúlio Vargas no Brasil e Juan Perón na Argentina.

O segundo caminho seria fechar o pais politicamente, através de uma “revolução popular” ou mesmo “golpe de estado” para que fossem instituídas novas leis com menos poder e vantagens aos políticos. Nesse caso faríamos uma reforma tributária, penal e quantas mais necessárias, sem casuísmos ou “entre linhas”. Certamente iríamos correr o risco de que essa cúpula sentisse o gosto do poder e se perpetuasse.

Enfim, não vejo uma solução que possa ser aplicada e traga bons resultados em curto prazo, ou seja, em pelo menos 10 anos. Alguns dizem que a democracia é o melhor sistema de governo, esquecem porem, que com a passagem de centenas de anos seus dogmas foram deturpados e corrompidos. O fulcro de um bom sistema de governo está atrelado a honestidade, acuidade, moralidade e ética do homem, predicados que facilmente são sobrepujados pela arrogância, amoral, poder e ganância.

Estou cansado de abrir o jornal, ligar o rádio, acessar a Internet e tomar conhecimento, todos os dias, de novas noticias sobre novos fatos de corrupção, abusos de poder, falcatruas e imoralidades na classe política.

Aliás, no meu conceito, político não tem classe...


Carlos Martins
25/06/2009

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