quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O CASO MOLINA

 

Uma ocorrência inusitada de desrespeito aos Direitos Humanos vinha opondo o Brasil e a Bolívia no campo diplomático: a negativa de Evo Morales, o índio cocaleiro, em conceder salvo-conduto para que o Senador oposicionista Roger  Molina, que já estava na embaixada do Brasil na Bolívia há 455 dias com asilo concedido, porém , num verdadeiro cárcere privado já que não lhe era concedida a possibilidade de visitas e muito menos declarações à mídia como diferentemente acontece com Julian Assange, o mentor do Wiki Leaks na Inglaterra.

Ora, em 12 de julho, a Bolívia, juntamente com os membros do Mercosul assinou um acordo em que “[Os presidentes] reafirmaram a plena vigência do direito de asilo, consagrado no artigo 14 da Declaração Universal de Direitos Humanos e, portanto, reiteraram a faculdade que assiste a todo Estado soberano de outorgar asilo a qualquer cidadão do mundo em conformidade com as normas de direito internacional que regem esta matéria”.

Cansado de esperar por uma decisão do presidente cocaleiro e vendo que a chancelaria brasileira, hoje com minúsculas mesmo, não tomava nenhuma providência para resolver o impasse, o representante brasileiro, Eduardo Saboia, resolveu assumir o risco de trazer o “prisioneiro” para o Brasil, e assim o fez com a ajuda do Senador Ricardo Ferraço –PMD-SC, pois, segundo Saboia, o senador boliviano corria risco de vida.

A crise que se embeleceu após a fuga do senador boliviano, perseguido por denunciar o envolvimento de autoridades bolivianas com o narcotráfico e asilado na embaixada brasileira desde 28 de maio de 2012, que estava em condições psicológicas muito ruins não chegaria a este ponto se as autoridades brasileiras tivessem exigido o cumprimento do acordo recentemente firmado.

Infelizmente é o que tem acontecido desde que o PT assumiu o poder, humilhações em cima de humilhações e o nosso pais sempre de quatro para os “cumpanheiros” bolivarianos!

Que saudades do Barão do Rio Branco...

PS: fiquei sabendo agora que o índio cocaleiro está "exigindo" a repatriação imediata de Molina. Será que mais uma vez o governo brasileiro vai ficar de quatro? Não devolveram o criminoso italiano, julgado com todas as garantias num pais democrático como a Itália, será que ficarão com medinho do cocaleiro?

 




 

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