terça-feira, 11 de junho de 2013

GOVERNO INCOMPETENTE... - SENADOR ÁLVARO DIAS

Governo é incompetente na gestão e vive de propaganda, afirma Alvaro DiasAo analisar, na sessão plenária desta segunda-feira (10/06), a recente pesquisa Datafolha, que revelou uma queda de oito pontos na popularidade da presidente Dilma, o senador Alvaro Dias salientou que no Brasil atual vive-se um período de grave inversão de prioridades. Segundo o senador do PSDB do Paraná, a avaliação do desempenho do governo federal não se dá em razão do seu sucesso ou insucesso de gestão e sim, primordialmente, por conta da qualidade da propaganda oficial. “Se há uma sensação de bem-estar coletivo, aprova-se os governos, mesmo que eles sejam absolutamente incompetentes e desonestos. Temos que fazer essa constatação. Não se trata de comemorar se a presidente Dilma sofreu uma queda de oito pontos na sua popularidade. Trata-se, isto sim, de analisar o que está acontecendo no Brasil”, afirmou Alvaro Dias. Um dos problemas destacados por Alvaro Dias que comprometem a eficiência da administração Dilma está na falta de seriedade e competência com que são tocadas as obras públicas. O senador citou no Plenário declarações recentes de ministros do governo federal, que tentam justificar o abandono dos projetos executivos das obras e a demora na sua conclusão, apesar da constatação de que existem recursos disponíveis para os projetos. Para Alvaro Dias, as declarações dos ministros representam a prova cabal da irresponsabilidade pública com a questão ética no País. “Verificamos, há poucos dias, uma ministra justificando que não havia projeto executivo porque a obra era mais importante. A obra é importante, mas o projeto executivo também é importante para evitar o sobrepreço e o superfaturamento da obra. Portanto, a declaração é irresponsável, o dinheiro público é jogado pelas janelas da incompetência e da desonestidade. Ainda nesse domingo, nós ouvimos outro ministro afirmando que dinheiro o governo tem, mas as obras não acontecem por falta de competência nos últimos anos. Ou seja, é o reconhecimento de um ministro do atual governo que, aliás, já tem 10 anos ou mais. O governo reconhece que os recursos existem, mas por incompetência dele próprio, não conseguem usá-lo. Por isso, é nosso dever despertar os olhos dos que prestam menos atenção ao que está ocorrendo no Brasil”, afirmou o senador Alvaro Dias. O senador do PSDB, em seu discurso, criticou também o governo por desrespeitar compromissos assumidos, especialmente com relação às obras não realizadas. Segundo o senador, dos R$ 130 bilhões que seriam destinados para obras neste ano, apenas R$ 22 bilhões foram aplicados, o que equivale a 17%. “Nós ficamos na dúvida porque, em determinados momentos, nós ouvimos que faltam recursos, que os recursos são escassos. Especialmente quando se fala de saúde pública, de educação, de segurança pública, a justificativa é a de que os recursos são insuficientes, mas nós ouvimos ministros afirmando que os recursos existem”, disse. Alvaro Dias citou algumas obras prometidas pelo governo Dilma e até hoje ainda não entregues à população, tais como: a Ferrovia Norte-Sul; a Transnordestina; a Ferrovia Oeste-Leste; as estradas federais; a Transposição do Rio São Francisco. Alvaro Dias lembrou que, todos os anos, ministérios devolvem ao Tesouro Nacional recursos que não foram gastos, sinal de que compromissos não foram cumpridos. “Não podemos quantificar o prejuízo quando se trata da perda de seres humanos, como vimos ontem [domingo], na televisão, um pai afirmando que se a obra tivesse sido concluída no tempo prometido sua filha poderia estar viva. Enfim, essa é uma questão que afeta todos os brasileiros, certamente”, lamentou. Eleição no caminho Alvaro Dias também criticou no Plenário a “deterioração das contas públicas”, com desonerações e empréstimos concedidos pelo governo federal. O senador citou o alerta do economista Mansueto de Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta desequilíbrio causado pela “agenda de curto prazo" do governo. Essa agenda de curto prazo, na opinião do parlamentar, tem como objetivo as próximas eleições. “A marca deste governo é a de operar no curtíssimo prazo em busca da aprovação popular, tentando frear o declínio da popularidade que se esvai. Planejamento estratégico é uma expressão banida na gestão da presidente Dilma. O economista Mansueto Almeida lembra que o montante de empréstimos do BNDES concedidos em 2009 passíveis de equalização pelo Tesouro totalizam R$ 44 bilhões. Em 2013 o montante é de R$ 320 bilhões. Para ele, boa parte dessa despesa está sendo postergada para o próximo governo, que vai assumir num cenário de superávit primário menor, despesas correntes elevadas e baixa arrecadação. Ou seja, praticamente não terá espaço fiscal”, afirmou. Além dos gastos excessivos, com redução da meta de superávit primário, Alvaro Dias citou outros problemas por que passa a economia no Brasil, e que denunciam a falta de estratégias para combater as dificuldades atuais: 1. Inflação em alta (projeções por volta de 6%); 2. Redução da meta do resultado superávit primário; 3. Crescimento do déficit em conta corrente (3% do PIB em 12 meses); 4. Atrasos no cronograma de concessões das rodovias e ferrovias; 5. Forte redução no saldo da balança comercial (menos de US$ 10 bilhões projetados para 2013 e 2014 – pior resultado dos últimos 12 anos); 6. Fraca recuperação da indústria; 7. Valorização do dólar devido à recuperação em curso da economia americana; 8. Crescimento fraco do PIB. “Como disse o poeta, ´no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho…´. No caminho a ser percorrido, essa pedra tem nome: eleição. Ou seja, se o governo ficar muito preocupado e adotar novas medidas com o foco no curto-prazo, corre-se o risco de piorar ainda mais o cenário para o médio prazo”, finalizou o senador Alvaro Dias.

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