Segundo recentes informações, a situação em El Aaiun melhorou um pouco quanto à violência que campeava na cidade. Um pouco mais de distensão está ocorrendo, embora variadas restrições ainda estejam em vigor por parte do governo marroquino.
Outra coisa importante foi o relatório publicado hoje pela Anistia Internacional, onde confirma as denúncias já feitas pelos saharauis pedindo às autoridades marroquinas para investigar com imparcialidade e independência os abusos que ocorreram contra os Direitos Humanos no Sahara Ocidental desde o desmantelamento do acampamento, Gdeim Izik, montado no deserto pelos saharauis exatamente para chamar atenção do mundo contra as constantes violações perpetradas pelo Marrocos.
Duvido muito que o governo marroquino venha a punir membros de seu exército ou mesmo os colonos que agiram sob a proteção dos militares cometendo toda sorte de violências contra o povo local. Mesmo as torturas a que foram submetidos os prisioneiros nas temidas cadeias do Marrocos acabarão ficando impunes.
Todavia, só o fato de a Anistia Internacional ter finalmente se mexido já é alguma coisa. No seu relatório a Anistia Internacional destaca ainda a falta de informações para as famílias sobre o destino dos presos, o que é uma violação flagrante dos DD.HH. e critica a restrição à entrada de jornalistas estrangeiros no território.
Esperamos que esta ação seja o início de uma manifestação do mundo civilizado contra tanta maldade perpetrada contra um povo indefeso!
Esperemos que o ocorrido "sirva" para tirar esse conflito africano do impasse em que se encontra.
ResponderExcluirÉ preciso divulgar esta notícia:
ResponderExcluirA polícia marroquina assassinou, com um tiro na testa e outro no tórax, o saaraui de 26 anos, Said Sidi Ahmed Damber, na quarta dia 22 de dezembro. O motivo desta vez, como em muitas outras, simplesmente ser saaraui.
A notícia deste assasisnato nos chega quando a mídia começa a se esquecer da tragédia de centenas de detidos e torturados em consequência do brutal desmantelamento do acampamento de Gdeim Izik (El Aaiún, Sáara Ocidental ocupado pelo Marrocos)
Detenções de centenas de pessoas, torturas, desaparições,destruições de moradias e de estabelecimentos da população saaraui, invasões das casas, de dia, de noite, de madrugada. Escolas primárias transformadas em delegacias e em quartéis de reclusão. Este é o panorama que a mídia já não divulga e que a comunidade internaciernacional insiste em ignorar.
Sara Macías Perales.
Vamos Anistia internacional, omissão também é crime
ResponderExcluirKaltoum libsir e Mariam Lbourhimi, duas activistas dos directos humanos saharauis foram detidas pela polícia marroquina no aeroporto de Casablanca (MohamedV) no dia 26 de Dezembro de 2010 quando regressavam do XVII Festival Internacional da Juventude e dos Estudantes que se realizou na África do Sul.
ResponderExcluirAs duas jovens saharauis foram submetidas a duros interrogatorios pela polícia marroquina e ameaçadas de serem violentadas, tanto na comissaria de CasaBlanca como, posteriormente, nas dependências da gendarmeria da cidade saharaui ocupada de El Aiun.
Hoje, 29 de Dezembro, foram apresentadas perante o procurador geral do tribunal de apeçação de El Aiun e postas em liberdade condicional até 24 de Março de 2011, acusadas dos acontecimentos registados no acampamento de Gdeim Izik e das manifestações de El Aiun.
Fonte: http://aapsocidental.blogspot.com/