domingo, 16 de fevereiro de 2014

SANTIAGOS - SÃO 47 MIL - HUMBERTO DE LUNA FREIRE FILHO

   Nada contra as generalizadas manifestações de sentimento e indignação que estão ocorrendo na imprensa pela morte de Santiago Andrade. Até acho necessárias para alertar a sociedade do perigo que todos nós corremos em consequência da falta de governo, do vácuo deixado pelo poder legítimo.  Porém me surge uma pergunta; por que não se noticia com mais destaque e indignação a morte dos Santigos que fazem parte da Polícia Militar e que morrem no comprimento do dever? Dos Santiagos que trabalham na construção civil e são assassinados a caminho de casa? Dos Santiagos, de todas as profissões, mortos nas esquinas das grandes cidades por "di menor" protegidos de dona Maria do Rosário e do sr. José Eduardo Cardozo? São 47 mil Santiagos mortos anualmente no país e nenhuma medida eficaz no combate ao crime é tomada efetivamente, tendo em vista que o número de assassinatos no país aumenta a cada ano ao invés de diminuir. Aliás o ex Ministro da Justiça tomou uma medida beneficiando a bandidagem: desarmou a população. Medida essa mantida e sacramentada pelo atual de plantão.  Chega do mau caratismo, de políticos corruptos e dos funcionários incompetentes que inundam esse governo tirando proveito político das desgraças alheias. Chega da hipocrisia e do comprometimento de grande parte da imprensa nacional altamente beneficiada com a propaganda oficial superfaturada. Chega de acordos entre grandes empresas e o Planalto em troca de financiamento de campanha. Chega de pseudos empresários, leia-se Eike Batista, e empresas de faixada terem cópia da chave do BNDES.  O país precisa e merece um governo sério, nunca essa quadrilha que até hoje, em onze anos de dominação, não fez outra coisa a não ser aparelhar o Estado, usando mais de setenta mil cargos de confiança, o que tornou-se fonte de renda para o partido através dos dízimos; criar ministérios para alojar mais corruptos à medida que novos partidos (bandos) são criados; além de segregar o país, jogando brasileiros contra brasileiros e estabelecendo o caos social que já começa a ser sentido nas ruas das grandes cidades. Também está na hora da maior rede brasileira de televisão pagar suas dívidas com o governo central, deixar de lado as suas convenientes contradições e ter a necessária liberdade editorial para exercer a cidadania, juntamente com 25% da sociedade, e ensinar para os 75% de analfabetos, semi analfabetos e bolsa-família, que hoje decidem as eleições, o que é uma verdadeira Democracia representativa. Humberto de Luna Freire Filho, médico


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