domingo, 22 de setembro de 2013

ALEGRIA DOS MENSALEIROS


ALEGRIA DOS MENSALEIROS

       Enquanto o povo brasileiro sente uma tremenda frustração com a decisão do supremo ao aceitar os “embargos infringentes” o que na prática dará aos mensaleiros oportunidade de se livrarem das condenações do julgamento que todos nós leigos, achávamos que já tinha acabado e que finalmente a justiça seria feita: quadrilheiros, corruptos, safados vendo o sol nascer quadrado, lego engano, Celso de Mello, o decano dos ministros, tendo uma oportunidade única de entrar para historia como herói preferiu o papel de Calabar, dando aos mensaleiros e quadrilheiros do Processo 470 a chance de se livrarem das penalidades para as quais já haviam sido condenados!

       Vejam a cara deles:

 
 
Agora vejam como ficou a nossa cara:
 
 
 
 

       Com a desculpa esfarrapada de que não se pode negar direito de defesa a ninguém e outras questões técnicas ele demonstrou falta total de sensibilidade aos clamores do povo, deixou passar a oportunidade já que, segundo experientes juristas havia tanto o entendimento da aceitação como da negação aos tais “embargos infringentes”, tanto que havia um empate de cinco a cinco entre os demais ministros.

       Interessante que já havia condenado anteriormente os réus, inclusive com frases contundentes como esta:

“Nada mais ofensivo e transgressor à paz pública do que a formação de quadrilha no núcleo mais íntimo e elevado de um dos poderes da República, com o objetivo de obter, mediante a perpetração de outros crimes, o domínio do aparelho do Estado e a submissão inconstitucional do Parlamento aos desígnios criminosos de um grupo que desejava controlar o poder.”

       A respeito destas atuações sinuosas do ministro recebi de uma amiga um trecho de um livro do ex-ministro Saulo Ramos:

 

O diálogo abaixo foi extraído do livro Código da Vida, do jurista Saulo

Ramos (já falecido), entre o autor e o ministro Celso de Mello, do Supremo

Tribunal Federal - STF, que nunca se pronunciou a respeito desse assunto.

 

"Apressou-se ele próprio a me telefonar, explicando:

 

- Doutor Saulo, o senhor deve ter estranhado o meu voto no caso do

Presidente.

 

- Claro, o que deu em você?

 

- É que a Folha de São Paulo, na véspera da votação, noticiou a afirmação de

que o Presidente Sarney tinha os votos certos dos ministros que enumerou e

citou meu nome como um deles. Quando chegou minha vez de votar, o Presidente

já estava vitorioso pelo número de votos a seu favor. Não precisava mais do

meu. Votei contra para desmentir a Folha de São Paulo. Mas fique tranquilo.

Se meu voto fosse decisivo, eu teria votado a favor do Presidente.

 

Não acreditei no que estava ouvindo. Recusei-me a engolir e perguntei:

 

- Espere um pouco. Deixe-me ver se compreendi bem. Você votou contra o
 
 
Sarney porque a Folha de São Paulo noticiou que você votaria a favor?
 
- Sim.
 
- E se o Sarney já não houvesse ganhado, quando chegou sua vez de votar,
você, nesse caso, votaria a favor dele?
 
- Exatamente. O senhor me entendeu?
 
- Entendi. Entendi que você é um juiz de merda!
 
Bati o telefone e nunca mais falei com ele".
 
 
 
OBS.: Celso de Mello,  promotor de justiça do Estado de São Paulo, foi
nomeado ministro do STF pelo presidente da República José Sarney, por
indicação do advogado Saulo Ramos , então ministro da Justiça.
 
 
 
 
 
 
 
 

 




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