UMA VISÃO FUTURÍSTICA - HUMBERTO DE LUNA F. FILHO

O plebiscito realizado para decidir sobre a divisão do estado do Pará, que custou R$ 17 milhões aos cofres públicos e causou injustificado orgulho ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Ricardo Lewandowisk, teve 2/3 dos votos favoráveis ao bom senso. Essa consulta popular hoje não teria acontecido, se a população do estado tivesse conhecimeno da carta que foi enviada há alguns séculos a D.João VI, rei de Portugal, pelo padre Antonio Vieira. Um jesuita que vivia no Brasil e era conselheiro, além de confessor do rei. Naquela época a divisão política do país se resumia a dois estados, o do Maranhão e o do Grão-Pará, e que há muito já sofriam pressões dos corruptos da época para dividi-los. Então o padre Vieira, excelente observador e dono de extraordinária visão futurística, convenceu o rei a não ceder à ideia da divisão, e mais, a fazer o contrário, unificá-los. Para isso usou o simples e direto argumento de que é mais fácil vigiar um ladrão do que dois. Também concordo, imginem vigiar três.

Humberto de Luna Freire Filho - médico
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