Nascedouro da nacionalidade, berço da liberdade e sacrário dos valores eternos,
minha Minas Gerais não ficará silente nem deserdará seus filhos neste momento
tenebroso por que passa o Brasil.
Nuvens
negras já despontam no horizonte da Pátria com vistas a turvar e demolir a nossa
democracia penosamente construída.
Homens
inescrupulosos, impatrióticos e vendilhões se apoderaram do poder em todos os
níveis e nele pretendem se perpetuar, impondo-nos ideologia e regime político
alienígenas, incompatíveis com nossa tradição, nossas aspirações e com a nossa
história.
Estes
se espelham no decadente facínora Fidel Castro, nos inconcebíveis regimes ditos
bolivariano, da Venezuela, e nos mais sanguinários ditadores do
mundo.
Aspiram
se eternizarem no poder mediante o covarde silêncio do Congresso Nacional e da
recente decisão do STF no escandaloso caso de corrupção denominado
"mensalão".
O
povo, em boa parte analfabeta, carente e dependente das tais bolsas compra votos
(bolsa família, bolsa gás, bolsa escola, bolsa prostituta, etc...) não
vislumbra, por absoluta incapacidade de discernir, o perigo que se
avizinha.
Já
perdemos nossa identidade cívica, social e moral e, não demorará perderemos a
liberdade caso prossigamos nesta trilha maldita de corrupção e cinismo
implantada pelo PT comandado por Lula.
É
revoltante assistir a presidente empunhando entusiasticamente a bandeira cubana
ao lado do ditador ilhéu; congressistas ostentando nas paredes de seus gabinetes
a foto do sanguinário Che Guevara e o presidente da Câmara a afrontar em momento
solene o Ministro Joaquim Barbosa, Presidente do STF.
Avulta-se,
com desenvoltura nunca vista, o aparelhamento do Estado, a compra de
parlamentares, o sucateamento das Forças Armadas, o manietar da Polícia Federal
e pior, o silêncio complacente das instituições, especialmente dos Ministérios
Público Federal e Estaduais e a leniência de boa parte do Judiciário além do
andar paquidérmico dos processos.
Os
políticos, por seu turno, perderam a hombridade e se quedam em covarde
passividade diante destes descalabros. Não há oposição para combater tantos
desmandos; nenhuma voz se alteia contra este estado de coisas, no Congresso
submisso.
Empréstimos
secretos são feitos a ditaduras; dívidas de países governados por ditadores são
perdoadas sem que a opinião pública brasileira seja consultada; investimentos
milionários são feitos em Cuba sob o suspeito crivo de "secretos"; igualmente
"secretos" e suspeitos são os gastos com cartões corporativos, as viagens da
secretária do ex-presidente e as despesas com viagens internacionais, enquanto
ministérios inúteis foram criados para arrebanhar cúmplices neste nefasto
aparelhamento do estado petista.
Não
há uma ação sequer do governo petista que seja clara e induvidosa. Sobre todas
pairam suspeitas e inexplicável silêncio dos governantes.
O
Supremo Tribunal Federal, salvo as notórias exceções, hoje mais ainda realçadas,
resvalou para o julgamento de conveniência e já não há um cidadão que lhe renda
o devido respeito.
As
Forças Armadas - silentes por enquanto- se submetem a inaceitável e proposital
sucateamento e ainda são humilhadas pela unilateral Comissão da
Verdade.
Nossas
fronteiras, deliberadamente escancaradas ao narcotráfico, ao contrabando e ao
descaminho, às FARC e aos médicos cubanos, são indícios de que estamos perdendo
nossa soberania e o controle do que se passa em nosso território.
Adicionem-se
a este quadro nebuloso da nacionalidade as suspeitas demarcações de terras
indígenas, a desenvoltura do MST, (este claramente estimulado e financiado pelo
Planalto) e tem-se o caldo da desobediência civil, do atrito entre irmãos e do
caos social.
A
violência urbana, já incontrolável, domina todas as comunidades do país; as
drogas já escravizam milhões de brasileiros e, segundo consta, já passa de um
milhão a coorte de menores zumbis que vaga pelas cidades, dependentes que são do
"crak".
Saúde
pública vergonhosa, ensino público sofrível, segurança pública
nenhuma.
Direitos
humanos só para transgressores da lei em inaceitável inversão de
valores.
No
malsinado governo Goulart, no qual as ameaças foram muito mais tímidas Minas
Gerais se levantou e espantou o fantasma que nos rondava.
Na
verdade, o Brasil é hoje, apesar da sua grandiosidade, país satélite das
diminutas (em todos os sentidos) republiquetas sul-americanas.
Pergunto
então: onde está a Maçonaria?
Onde
estão as comunidades religiosas?
Onde
estão os Clubes de Serviço apologistas das liberdades? Onde estão os homens de
bem deste país? Onde estão as forças vivas da comunidade brasileira? Onde está a
imprensa?
Estão
fingindo nada ver e nada ouvir e fazendo cara de paisagem diante da borrasca
político/social que se avizinha.
Creio
e espero que agora, se necessário for, Minas novamente se levantará contra o
caudilhismo e o comunismo que aí estão à vista e já avizinhados, para honrar a
tradição de liberdade que naquelas montanhas é cultuada desde os primórdios da
colônia.
Se
assim for, estimarei ser convocado e serei um entusiasmado
voluntário.
Se
o outro nome de Minas é Liberdade como acentuou Tancredo Neves, ela, a
Liberdade, daquelas montanhas jamais se arredará.
Tenho
fé.
Mozart
Hamilton Bueno*
*Juiz
de Direito aposentado e Professor
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