ALEGRIA
DOS MENSALEIROS
Enquanto o povo brasileiro sente uma tremenda frustração com a
decisão do supremo ao aceitar os “embargos infringentes” o que na prática dará aos
mensaleiros oportunidade de se livrarem das condenações do julgamento que todos
nós leigos, achávamos que já tinha acabado e que finalmente a justiça seria
feita: quadrilheiros, corruptos, safados vendo o sol nascer quadrado, lego
engano, Celso de Mello, o decano dos ministros, tendo uma oportunidade única de
entrar para historia como herói preferiu o papel de Calabar, dando aos
mensaleiros e quadrilheiros do Processo 470 a chance de se livrarem das penalidades para as quais
já haviam sido condenados!
Vejam a cara deles:
Agora vejam como ficou a nossa cara:
Com a desculpa esfarrapada de que não se pode negar direito de
defesa a ninguém e outras questões técnicas ele demonstrou falta total de
sensibilidade aos clamores do povo, deixou passar a oportunidade já que,
segundo experientes juristas havia tanto o entendimento da aceitação como da
negação aos tais “embargos infringentes”, tanto que havia um empate de cinco a
cinco entre os demais ministros.
Interessante que já havia condenado anteriormente os réus,
inclusive com frases contundentes como esta:
“Nada mais ofensivo e transgressor
à paz pública do que a formação de quadrilha no núcleo mais íntimo e elevado de
um dos poderes da República, com o objetivo de obter, mediante a perpetração de
outros crimes, o domínio do aparelho do Estado e a submissão inconstitucional
do Parlamento aos desígnios criminosos de um grupo que desejava controlar o
poder.”
A respeito destas atuações sinuosas do ministro recebi de uma
amiga um trecho de um livro do ex-ministro Saulo Ramos:
O diálogo abaixo foi extraído do
livro Código da Vida, do jurista Saulo
Ramos (já falecido), entre o
autor e o ministro Celso de Mello, do Supremo
Tribunal Federal - STF, que nunca
se pronunciou a respeito desse assunto.
"Apressou-se ele próprio a me
telefonar, explicando:
- Doutor Saulo, o senhor deve ter
estranhado o meu voto no caso do
Presidente.
- Claro, o que deu em você?
- É que a Folha de São Paulo, na véspera
da votação, noticiou a afirmação de
que o Presidente Sarney tinha os votos
certos dos ministros que enumerou e
citou meu nome como um deles. Quando
chegou minha vez de votar, o Presidente
já estava vitorioso pelo número de votos
a seu favor. Não precisava mais do
meu. Votei contra para desmentir a Folha
de São Paulo. Mas fique tranquilo.
Se meu voto fosse decisivo, eu teria
votado a favor do Presidente.
Não acreditei no que estava ouvindo.
Recusei-me a engolir e perguntei:
- Espere um pouco. Deixe-me ver se
compreendi bem. Você votou contra o
Sarney porque a Folha de São Paulo
noticiou que você votaria a favor?
- Sim.
- E se o Sarney já não houvesse ganhado,
quando chegou sua vez de votar,
você, nesse caso, votaria a favor dele?
- Exatamente. O senhor me entendeu?
- Entendi. Entendi que
você é um juiz de merda!
Bati o telefone e nunca mais falei com
ele".
OBS.: Celso de Mello, promotor de justiça do
Estado de São Paulo, foi
nomeado ministro do STF pelo presidente da
República José Sarney, por
indicação do advogado Saulo Ramos , então ministro
da Justiça.
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