Nos últimos dez anos, o Partido dos Trabalhadores não criou, mas
institucionalizou no Brasil a roubalheira, a pouca vergonha e a falta de ética e
moral nas esferas oficiais. Não é difícil constatar a podridão reinante, basta
não ser parte do sistema, não ser analfabeto, nem fazer parte do bolsa-tudo. Os
jornais e revistas, mesmo aqueles a soldo do governo, não tem como fugir da
triste realidade, vão ter que escrever, trazer a público a imoralidade política
e administrativa do país, a não ser que comecem a preencher seus espaços com
receitas de bolo, resumos de novelas, horoscópo e resenhas futebolísticas com
discursos de Neymar.
Terão que retratar daqui para a frente a triste realidade de um país em
decomposição. Produção em baixa, inflação em alta e um governo sem credibilidade
e capacidade administrativa, desencorajando investidores nacionais e
internacionais, além de criar insegurança jurídica, uma vez que o Legislativo e
o próprio partido governista, com a conivência do Executivo, tentam desmoralizar
o Supremo Tribunal Federal (STF) por ter condenado em um julgamento aberto,
livre e realizado dentro dos princípios constitucionais, uma leva de corruptos
que fazia parte da elite governista e descaradamente loteavam o país e dividia
entre políticos corruptos, funcionários corruptos e os banqueiros, que o partido
oficial hipocritamente combatia quando não era governo.
O PT tornou-se expert em escolher bandidos para cargos chave da
administração pública e outras entidades que recebem direta ou indiretamente
subsídios do governo. O Senador Eduardo Suplicy faz questão de tornar público o
seu empenho em nomear o bandido Cesare Battisti para o cargo de Assessor
Internacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), alegando que ele fala
vários idiomas e que tem vasto conhecimento sobre temas de interesse da Central.
Quais? Cometer assassinatos? Enfim, fato consumado e emprego garantido, segundo
acerto feito entre Vagner Freitas, presidente da CUT, e o advogado do vira-latas
italiano, o famoso Luiz Eduardo Greenhalgh, que entrou para a política como vice
prefeito de Luiza Erundina e logo fuçou no lixo da empresa Lubeca. Hoje é
patrono dos beneficiários do bolsa-ditadura, verdadeiros descarados gigolôs da
República.
No Brasil vemos de tudo, porém a falta de caráter e personalidade tornou-se
a tônica. Há poucos dias, um politiqueiro há muito envolvido em falcatruas,
Henrique Eduardo Alves, foi eleito presidente da Câmara dos Deputados, terceiro
na linha sucessória da Presidência da República e, diante das TVs, esbravejou
que os deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) não seriam
cassados e que a decisão final seria da Câmara. Não demorou 48 horas, foi
fotografado diante do presidente do STF com cara de madalena arrependida, e, sem
o mínimo de personalidade, afirma diante das mesmas TVs que a possibilidade de
desrespeitar a decisão do STF é "zero". Dá para acreditar nesse tipo de gente,
sem palavra, sem caráter, que poderá assumir, nem que seja interinamente, a
presidência do país? Quer discordar da decisão judicial que o faça, mas continue
mantendo sua palavra, nem que tenha seus direitos políticos cassados. Enfim,
seja homem, ou saia definitivamente de cena.
Há não muito tempo, eu havia comentado, em um texto enviado a alguns
jornais, que a bandidagem varrida do governo por um surto moral que acometeu
temporariamente a dona Dilma, demitindo sete ministros, não demoraria muito para
a volta de todos os demitidos ao seio da quadrilha, o afastamento seria apenas
uma decisão estratégica para calar a imprensa. O governo precisa desse tipo de
gente, experiente na arte de roubar; o partido precisa fazer caixa e, por hora,
não conta com Delúbio Soares nem com Marcos Valério. Essa gente é muito útil
para a execução de um projeto de poder ad infinitum. Precisa dos bandidos de 1ª
linha, selecionados no governo anterior, e que agora estão voltando
sorrateiramente. A fila é grande; o PDT de "Lupinho" será o segundo. O primeiro
a ser convocado é cacique da sigla que foi alvo da "pseudo faxina". Sim, o PR.
Agora ele vai "cimentar" a primeira laje do edifício que abrigará a corrupção
institucionalizada, que comandará a eleição presidencial de 2014. Quando esse
bando comandou o Ministério dos Transportes meteu a grana no bolso e o asfalto
não feito matou 40.000 brasileiros em um ano.
Finalizando, o chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams,
sabidamente envolvido na operação Porto Seguro, e depois de um período na
geladeira, segundo a imprensa, reaparece e gargalhando da cara dos brasileiros
afirmou: " Minha carreira está em uma crescente", confirmando que hoje a pouca
vergonha e o mau caratismo, substituindo a meritocracia, são combustíveis para a
ascensão política e administrativa na triste república de Macunaíma, atualmente
vivendo o pleno apogeu da revolução dos bichos e consolidando a novilíngua, onde
adjetivos outrora pejorativos, hoje são sinônimos de virtudes.
Humberto de Luna Freire Filho, médico e CIDADÃO brasileiro em medo de
CORRUPTOS.
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