O lado bom
Doca Ramos Mello
ddramosmello@uol.com.br
Não
acho justo falarem tanto mal assim da eleição do Renan Ca(na)lheiros para
presidente do Senado. A gente tem, antes de mais nada, de ser justo, e ser
justo é ver o lado bom das coisas. Por exemplo:
1.A jornalista ingênua e apaixonada
(Renan é um Apolo, difícil resistir...) poderá voltar às bancas de revistas
para mostrar a tatuagem (muita gente sente saudades do desenho) e, de quebra,
ter de volta sua vaga na TV - é menos uma desempregada na rua da amargura.
2.A santa esposa de Renan pode
vir a público, uma vez mais, demonstrar seu apoio incondicional ao coronel,
digo, ao marido, e manter aquela cara desenxabida no plenário – é um fator de
união familiar. E família é tudo.
3. Fernando Collor, o injustiçado
por conta de um carrinho chinfrim, teve a chance de fazer discurso de desagravo
debaixo dos seus cabelos grisalhos e longe do impeachment e da ex, que pede milhões de pensão.
4. Sarney teve a oportunidade de
fazer cara de ternurinha e terminar o discurso com um longo e respeitoso marimbondo,
digo, beijo na testinha de dona Marli – aquela que dá nome, se não me engano, a
uma pá de instituições no Maranhão. Por mérito, esclareça-se.
5. O Senado, como um todo,
afiançou a máxima do maior filósofo deste país, provando, com a eleição, a
presença de 300 picaretas na Casa – para arredondar o número, porque pode mais
ou “menas”...
6. E nós, o povo, podemos manter
incólume nossa marcha atrás “companhêra” que
carrega o cincerro.
É
como diz a brilhante juventude petista: “No final, tudo acaba bem, e se não
acabou bem é porque ainda não acabou”. Brasil – fecha a conta e passa a régua.
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